30.10.10

Ligações úteis a sítios da Internet

Amnistia Internacional
.
Cáritas
Cruz Vermelha
Prémio Nobel
Comité Olímpico Internacional
FIFA futebol
Tribunal Internacional de Justiça
Tribunal Penal Internacional
http://www.icc-cpi.int/
.
Organização Mundial do Comércio
ICNB, I. P. -Natureza e Biodiversidade
CPADA- Associações de Defesa do Ambiente
Liga para a Protecção da Natureza
European Environmental Bureau (EEB)
WWF International
http://www.panda.org/
.
World Resources Institute -WRI
Instituto Camões
Fundação das Universidades Portuguesas (FUP)
European University Association (EUA)
Património arquitectónico e arqueológico
Centro Georges Pompidou
Portal da Cultura .gov
Presidência da República Portuguesa
Assembleia da República Portuguesa
Supremo Tribunal de Justiça
Provedor de Justiça
Agência Ecclesia
AFP- Agence France-Presse
Reuters
United Press International (UPI)
Agência Brasil

29.10.10

A descendência patrilinear de D. Afonso Henriques

A descendência patrilinear
  • Roberto I, rei dos Francos (filho do conde Roberto de Anjou, fundador da família dos "Robertiens")
  • Hugo, o Grande, duque dos Francos, conde de Paris
  • Hugo Capeto, rei dos Francos (fundador da Dinastia Capetiana)
  • Roberto II, o Pio, rei dos Francos
  • Roberto I, duque de Borgonha
  • Henrique de Borgonha, herdeiro de Roberto I (faleceu pouco antes do seu pai)
  • Henrique de Borgonha, conde de Portucale (viveu em 1066-1112), descendente da linhagem dos reis francos e do ducado da Borgonha (pai de Afonso Henriques)


A descendência patrilinear de D. Afonso Henriques
  • D. Afonso Henriques, "o Conquistador" (1111-1185), primeiro rei de Portugal da I Dinastia Afonsina
  • D. Sancho I, "o Povoador" (1154–1211), rei
  • D. Afonso II, "o Gordo" (1185-1223), rei, foi seu sucessor D. Sancho II (1202-1248)
  • D. Afonso III, "o Bolonhês" (1210-1279), rei, filho de Afonso II (sucedeu ao irmão Sancho II)
  • D. Dinis I, "o Lavrador" (1261-1325), rei
  • D. Afonso IV, "o Bravo" (1291-1357), rei
  • D. Pedro I, "o Justiceiro" (1320-1367), rei
  • D. João I, "o de Boa Memória" (1357-1433), rei fundador da II Dinastia de Avis
  • D. Afonso I duque de Bragança (1377-1461)
  • D. Fernando I duque de Bragança (1403-1478)
  • D. Fernando II duque de Bragança (1430-1483)
  • D. Jaime I duque de Bragança (1479-1532)
  • D. Teodósio I duque de Bragança (?-1563)
  • D. João I duque de Bragança (1543-1583)
  • D. Teodósio II duque de Bragança (1568-1630)
  • D. João IV, "o Restaurador" (1604-1656), rei fundador da IV Dinastia de Bragança, foi seu sucessor D. Afonso VI (1643-1683)
  • D. Pedro II, "o Pacífico" (1648-1706), rei, filho de João IV (sucedeu ao irmão Afonso VI)
  • D. João V, "o Magnânimo" (1689-1750), rei, foi seu sucessor D. José I (1714-1777, pai de Maria I)
  • D. Pedro III (1717-1786), rei consorte de D. Maria I (1734-1816), filho de João V
  • D. João VI,"o Clemente", (1767-1826), rei

28.10.10

Cronologia dos Duques de Bragança

Duques de Bragança

O rei D. João I e o Condestável D. Nuno Álvares Pereira contribuíram para o estabelecimento da Casa de Bragança pelos dotes que o primeiro fez ao seu filho bastardo, que teve de Inês Pires, D. Afonso (o primeiro duque de Bragança) e o segundo à sua filha D. Beatriz Pereira Alvim, pelo casamento de ambos realizado em 1401. Em 1442, foi instituído o Ducado de Bragança.

D. Afonso I de Bragança (n.1377 – m.1461)
D. Afonso, 8.º conde de Barcelos e 1.º duque de Bragança, filho bastardo reconhecido de D. João I e genro de D. Nuno Álvares Pereira, Condestável do Reino.
D. Afonso I, filho ilegítimo de D. João I de Portugal, casa com D. Beatriz Pereira Alvim, filha do condestável D. Nuno Álvares Pereira.
Herdeiro de um vastíssimo património, ainda enriquecido pelo dote concedido por D. Nuno a sua filha, D. Afonso tornar-se-ia um dos mais ricos senhores da sua época. Feito 8.º conde de Barcelos em 1401, título que também recebia em herança do condestável D. Nuno, haveria de ser agraciado com o título de 1.º duque de Bragança, em 1442, pelo infante D. Pedro, então regente de D. Afonso V.
D. Afonso I, filho ilegítimo de D. João I e de Inês Pires Esteves, nasceu provavelmente em 1380, no castelo de Veiros (Estremoz). Em 1401 casou com D. Beatriz Pereira, de quem teve três filhos. A sua primeira esposa era filha de Nuno Álvares Pereira e, como dote pelo seu casamento com o infante, receberia a vila e castelo de Chaves, a terra e o julgado de Montenegro (Valpaços), o castelo de Montalegre, as terras de Barroso e Barcelos, a que se juntavam outros coutos e honras de Entre-Douro-e-Minho e de Trás-os-Montes, bens que se vinham acrescentar às doações de D. João I a seu filho, sobretudo os julgados de Viana, Faria e Vermoim e ainda a terra de Penafiel. Foi este o imenso núcleo patrimonial que esteve na origem da Casa de Bragança, cujo título ducal viria a ser concedido a D. Afonso em 1442. Em 1414, D. Afonso enviuvou e contraiu segundas núpcias com D. Constança de Noronha, em 1420. D. Afonso morreu em 1461, encontrando-se sepultado na Igreja dos Agostinhos (Panteão dos Duques), em Vila Viçosa.
D. Afonso I de Bragança faleceu em 1461 e esteve sepultado no interior da Igreja do Antigo Convento de S. Francisco de Chaves, em mausoléu erigido por D. João IV. No centro de Chaves, onde existia a igreja de Nossa Senhora do Rosário do século XV, entre 1635 e 1637 foi construído um convento franciscano. Anos depois, devido às guerras Peninsulares, o rei D. João IV ordenou a construção de muralhas em volta do convento transformando-o numa fortaleza militar, onde durante séculos conviveram monges franciscanos e militares. Aí esteve até 1943 o túmulo do 1.º duque de Bragança, mas devido ao mau estado de conservação de todo o monumento do Forte de S. Francisco de Chaves, a igreja e todo forte em geral, resolveu-se transladar os seus restos mortais para o Paço Ducal em Vila Viçosa.
D. Fernando I de Bragança (1403-1478)
D. Fernando II de Bragança (1430-1483)
D. Jaime I de Bragança (1479-1532)
D. Teodósio I de Bragança (?-1563)
Ignora-se a data de nascimento (por volta de 1510?) do 5.º duque de Bragança, filho de D. Jaime.
D. João I de Bragança (1543-1583)
D. João I de Bragança, 6.º Duque de Bragança, casou em 1563 com D. Catarina (1540-1614), sua prima, filha do infante D. Duarte e de D. Isabel, irmã de seu pai.
D. Catarina, Infanta de Portugal, duquesa de Bragança, foi a segunda filha do Infante D. Duarte, Duque de Guimarães e filho do rei D. Manuel I, e da Infanta D. Isabel de Bragança, filha do 4.º Duque de Bragança, D. Jaime I.
D. Teodósio II de Bragança (1568-1630)
Foi o 7.° Duque de Bragança. Casou em 1603 com Ana de Velasco. O seu primogénito, D. João II, herdou o ducado de Bragança e foi coroado rei de Portugal em 1640, com o nome de D. João IV, iniciando-se desta forma a Dinastia de Bragança (1640-1910).

D. João IV, rei de Portugal (1604-1656)
D. João IV, Rei (Dinastia de Bragança) 1640-1656. Casou em 1632 com Luísa de Gusmão (da Casa Ducal de Medina-Sidónia).
D. Teodósio III de Bragança (1634-1653)
D. Teodósio III, simultaneamente D. Teodósio, Príncipe do Brasil, herdeiro presuntivo de D. João IV (1604-1656). 
D. Afonso VI, rei de Portugal (1643-1683)
Irmão do precedente, filho do rei D. João IV.
D. João V, rei de Portugal (1689-1750)
Sobrinho do precedente, filho do rei D. Pedro II.
D. José I, rei de Portugal (1714-1777)
D. Maria I, rainha de Portugal (1734-1816)
D. José de Bragança (1761-1788)
D. José II, simultaneamente D. José, Príncipe do Brasil, herdeiro presuntivo de D. Maria I (1734-1816). 
D. João VI, rei de Portugal (1767-1826)
Irmão do precedente, filho da rainha D. Maria I.
D. Pedro IV, rei de Portugal (1798 - 1834)
D. Miguel I, rei de Portugal (1802-1866)
D. Maria II, rainha de Portugal (1819-1853)
D. Pedro V, rei de Portugal (1837-1861)
D. Carlos I, rei de Portugal (1863 - 1908)
Sobrinho do precedente, filho do rei D. Luís I.
D. Luís Filipe de Bragança (1887-1908)
Príncipe Real D. Luís Filipe, herdeiro presuntivo de D. Carlos I.
D. Manuel II, rei de Portugal (1889-1932)
D. Duarte Nuno de Bragança (1907-1976)
Filho de D. Miguel de Bragança (1853-1927) e neto do rei D. Miguel I. Em 1942, casou com D. Maria Francisca de Orleães e Bragança, princesa de Orléans e Bragança e bisneta de Pedro II, Imperador do Brasil (1825-1891).
D. Duarte Pio de Bragança (1945…)
            Filho de D. Duarte Nuno de Bragança.

27.10.10

Condes de Portucale (Antecedentes do Reino de Portugal)

Condes de Portucale

Vimara Peres, Conde de Portucale (868-873)
Vimara Peres (Reino de Galiza, c. 820 – 873), senhor da guerra cristão da segunda metade do século IX do Noroeste da Península Ibérica. Vassalo de Afonso III de Leão foi enviado a reclamar o vale do Douro já antigamente integrado na Galécia.
Vimara foi um dos responsáveis pela repovoação da linha entre o Minho e Douro e, auxiliado por cavaleiros da região, pela acção de presúria do burgo de Portucale (Porto), que foi assim definitivamente conquistado aos muçulmanos no ano de 868.
Nesse mesmo ano, tornou-se o primeiro conde de Portucale.
Vimara Peres foi também o fundador de um pequeno burgo fortificado, Vimaranis (derivado do seu próprio nome), o qual, por evolução fonética, deu Guimarães, tendo sido o principal centro governativo do condado Portucalense aquando da chegada de D. Henrique de Borgonha.
Foi em Guimarães que viria a falecer, em 873. O seu filho, Lucídio Vimaranes (etimologicamente, «filho de Vimara»), sucedeu-lhe à frente dos destinos do condado, instituindo-se assim uma dinastia condal que governaria a região até 1071.

Lucídio Vimaranes, Conde de Portucale (873-)
Lucídio Vimaranes foi o 2.º Conde de Portucale, nomeado em 873.
Foi filho de Vimara Peres e pai da condessa Onega Lucides (filha de Lucídio) que casou com Diogo Fernandes que assumiu o condado à sua morte.

condessa Onega Lucides ~ conde Diogo Fernandes (conde desde antes de 924)
Diogo Fernandes casou com a Condessa Onega Lucides (filha de Lucídio). Desta relação nasceu Mumadona Dias. Recebe o título de Conde de Portucale por morte de Lucídio Vimaranes, pai de Onega Lucides.
condessa Mumadona Dias ~ conde Hermenegildo Mendo Gonçalves (-950)
Hermenegildo Mendo Gonçalves, filho do conde Gonçalo da Galiza, casa em 926 com Mumadona Dias (filha de Onega e Diogo, era tia do rei Ramiro II de Leão e bisneta de Vimara Peres).

conde Gonçalo Mendes, dux (950-999)
Gonçalo Mendes, filho de Mumadona e Mendo, em 997 assumiu o título de magnus dux portucalensium.

conde Mendo Gonçalves, dux ~ condessa Tutadona Moniz (999-1008)
Mendo Gonçalves, filho de Gonçalo, foi conde (comes), igualmente chamado duque (dux), de Portucale sucessor de Gonçalo Mendes, casou com a condessa Tutadona. Teria ainda se responsabilizado pela educação do filho de Bermudo II de Leão (r. 985-999), Afonso V de Leão, o Nobre (r. 999-1028), que em sua menoridade teve Mendo por regente da coroa.

conde Alvito Nunes, dux (1008-1015)
Alvito Nunes (linha colateral, vinda de Vimara Peres).

condessa Ilduara Mendes ~ conde Nuno Alvites, dux (1015-1028)
Nuno Alvites, filho do conde Alvito Nunes, dux, casou com Ilduara Mendes, filha de Mendo Gonçalves e Tutadona.

conde Mendo Nunes, dux (1028-1050)
Pai de Nuno Mendes.

conde Nuno Mendes, dux (1050-1071)
Nuno Mendes, último descendente conhecido de Vimara Peres. Derrotado pelo rei Garcia II da Galiza, na Batalha de Pedroso (Braga). Foi o derradeiro conde de Portucale descendente da família de Vimara Peres. Filho do conde Mendo Nunes, a quem sucedeu por volta de 1050, as suas aspirações a uma maior autonomia dos portucalenses face ao reino da Galiza levaram-no a enfrentar o rei Garcia II e a reclamar a independência e o título de Rei de Portugal em 1070. Em 1071 trava-se a batalha de Pedroso, tendo como desfecho final a sua derrota – e morte, travando assim as ambições dos barões portucalenses. Garcia II da Galiza e Portucale não teria melhor sorte, pois no ano seguinte seria preso pelo irmão Afonso VI de Leão, assim vivendo até falecer em 1090; em 1093, o condado de Portucale seria restaurado na pessoa de Henrique de Borgonha.

26.10.10

Antecedentes dos Reis de Portugal – geral



Antecedentes dos Reis de Portugal – cronologia comparada

Reis das Astúrias:
Afonso I, o Católico (reina 739-757), auto-proclama-se primeiro Rei das Astúrias

Reino franco:
Dinastia carolíngia: Pepino, o Breve, foi o rei dos Francos de 751 a 768, pai de Carlomano I e Carlos Magno e filho de Carlos Martel
Fruela I (757-768)
Carlomano I de França (rege 768-771)

Carlos Magno, Carlos I (768-800 como rei dos Francos e 800-814 como Imperador do Ocidente)
Aurélio (768-774)

Silo (774-783)
Mauregato, o Usurpador (783-788)
Bermudo I, o Diácono, ou Vermudo (788-791)
Afonso II, o Casto (791-842)
Luís I, o Piedoso (r. 814-840)

Carlos II, o Calvo (r. 840-877)
Ramiro I (842-850)
Ordonho I (850-866)

Reis de Leão: Afonso III de Leão, o Grande ou Afonso Magno de Leão (866-910), Rei das Astúrias.
Consolidou o Reino da Galiza (Galécia, antiga província romana a noroeste da Península Ibérica, que correspondia ao território onde se encontra a actual Astúrias, Galiza, e o norte de Portugal) durante um período de fraqueza dos Omíadas de Córdova.
Em 868 conquista o Porto e, em 878, a cidade de Coimbra. Ordena a redacção das suas crónicas, em que apresenta o Reino das Astúrias como herdeiro do Reino visigodo.
Após a sua morte, a capital do Reino translada-se para Leão e o reino é dividido pelos seus três filhos: Leão para Garcia, Galiza para Ordonho e as Astúrias para Fruela. Porém, o reino nunca deixou de ser o mesmo e sob a mesma família real, nem perdeu a sua concepção unitária, como se manifesta perante a morte de Garcia (914), herdando o trono os seus irmãos sucessivamente, prática semelhante à monarquia dos Francos, onde com muitos ducados foi mantida a ideia da unidade do reino.
Condes de Portucale:
Vimara Peres, Conde de Portucale (em 868-873)

Lucídio Vimaranes, Conde de Portucale (873- ?)
Luís II, o Gago (r. 877-879)

Luís III (r. 879-882)

Carlomano II (r. 879-884), rei da Francia Ocidental, pertencente à dinastia carolíngia, era filho do Rei Luís II, o Gago. Quando o seu pai morreu, em 879, Carlomano tornou-se rei, juntamente com o seu irmão Luís III

Carlos, o Gordo (r. 884-887)

Odo (Eudes ou Odon, em francês), conde de Paris (r. 888-898), “famille des Robertiens

Carlos III, o Simples (r. 893-922) filho de Luís II
Garcia I de Leão (910-914)


Ordonho II de Leão (914-924), também rei da Galiza (910-924)
condessa Onega Lucides casada com
conde Diogo Fernandes (conde desde antes de 924)
Roberto I (r. 922-923) irmão de Odo, “famille des Robertiens

Raul (r. 923-936), “famille des Bosonides”, filho de Ricardo, o Justiceiro, primeiro duque de Borgonha, e genro de Roberto I
Fruela II de Leão (924-925), também rei das Astúrias (910-925); rei da Galiza (924-925)


Sancho Ordonhes (925), reinado contestado; foi deposto pelo primo Afonso Froilaz; também rei da Galiza (925-929)
Afonso Froilaz (925-926), reinado contestado; foi deposto pelo primo Afonso IV de Leão; também rei da Galiza (925-926), em oposição a Sancho Ordonhes
Afonso IV de Leão, o Monge (925-931), morre em 933
Ramiro II de Leão (931-951); rei da Terra Portucalense (925-931)
condessa Mumadona Dias casada com
conde Hermenegildo Mendo Gonçalves (? -950)

conde Gonçalo Mendes, dux (950-999)
Luís IV (r. 936-954) filho de Carlos III
Ordonho III de Leão, o Grande (951-956)

Lotário (r. 954-986)
Sancho I de Leão, o Crasso ou o Gordo (1.ª vez: 956-958)

Ordonho IV de Leão, o Mau (958-960)
Sancho I de Leão (2.ª vez: 960-966); rei da Galiza (960-966)
[Reis da Germânia: Otão I, o Grande (912-973), foi duque da Saxónia. Com a morte do pai (Henrique I) foi coroado rei dos Germanos em Aquisgrano (Aquisgranum/ Aix-La-Chapelle/ Aachen), em 936, segundo a tradição carolíngia. O Papa João XII reconhece o papel dominante de Otão e coroa-o como imperador do Ocidente, em 962, do Sacro Império Romano-Germânico.]
Ramiro III de Leão (967-984)

Bermudo II de Leão, o Gotoso (985-999); rei da Galiza (982-999)
Luís V, o Indolente (r. 986-987)

Dinastia Capetiana: Hugo Capeto, duque dos francos, conde de Paris, eleito rei dos Francos (r. 987-996), neto de Roberto I (rei dos Francos)

Roberto II, o Pio (r. 996-1031), filho de Hugo Capeto, rei dos Francos, pai de, entre outros, Henrique I (1008-1060) rei dos Francos e Roberto I (1011-1076) duque de Borgonha
Afonso V de Leão, o Nobre (999-1028)
conde Mendo Gonçalves, dux, casado com
condessa Tutadona Moniz (999-1008)


conde Alvito Nunes, dux (1008-1015)


condessa Ilduara Mendes casada com
conde Nuno Alvites, dux (1015-1028)

Bermudo III de Leão (1028-1037)
conde Mendo Nunes, dux (1028-1050)
Henrique I (r. 1031-1060), rei dos Francos de 1031 até à sua morte e, antes, duque de Borgonha de 1016 a 1031 (cedeu o ducado, quando subiu ao trono do reino dos Francos, ao irmão Roberto I)


Ducado da Borgonha:
Henrique II, duque de Borgonha (rege 1016-1031), depois rei dos Francos, como Henrique I

Roberto I, duque de Borgonha (r. 1032-1076). Tornou-se duque de Borgonha por doação do irmão Henrique (filhos do rei dos Francos Roberto II). Casado com Hélia de Semur, irmã de São Hugo de Cluny.
Henrique de Borgonha foi o filho herdeiro de Roberto I e faleceu pouco antes do pai não o tendo, por isso, sucedido na Borgonha e teve os seguintes filhos:

- Hugo I (r. 1076-1079), sucessor de Roberto I;

- Odo I (r. 1079-1102), sucessor do irmão no ducado da Borgonha;

- Roberto (1059-1111), bispo de Langres;

- Hélia (n.1061), freira;

- Beatriz (n.1063), casou com Guy III de Vignory, Senhor de Vignory;

- Reinaldo (1065-1092), abade de Saint-Pierre de Flavigny (Borgonha);

- Henrique de Borgonha, Conde de Portugal (1066-1112), que se tornou vassalo de Leão e Castela e o senhor do Condado Portucalense em 1093; o seu filho Afonso Henriques foi o primeiro rei de Portugal.
Sancha I de Leão (1037-1065)
Fernando I de Leão, o Grande ou Fernando Magno (1037-1065), casado com Sancha de Leão (filha de Afonso V, irmã e sucessora de Bermudo III), foram proclamados reis de Leão Fernando I e Sancha I
Após a morte de Fernando Magno (Fernando I, o Magno, de Leão e Castela), em 1065, os seus estados foram divididos pelos três filhos. Sancho II ficou a reinar em Castela; Afonso VI ficou a reinar em Leão; Garcia II ficou a reinar na Galiza, juntamente com a terra Portucalense.
conde Nuno Mendes, dux (1050-1071)
Rei da Galiza: Garcia II da Galiza (1065-1071)
Garcia II da Galiza e Portucale

Reis de Leão: Afonso VI de Leão, o Bravo, rei de Leão (1065-1109), da Galiza (1071-1109) e de Castela (1072-1109), usando o título de imperador a partir de 1073 (?)
Rei de Leão, 1.º reinado: 1065 – 1072. Seguido por: Sancho II, rei de Leão durante escassos meses no ano de 1072
Sancho II de Leão e Castela, o Forte, rei de Castela (1065-1072), chegou a reinar durante alguns meses de 1072 sobre Leão, que desapossou ao seu irmão
Rei da Galiza (1072)
Rei de Leão durante escassos meses no ano de 1072, seguido novamente por Afonso VI
Reis de Leão e Castela: Afonso VI de Leão e Castela. Imperador de Leão e Castela, casou em 1081 com Constança de Borgonha, filha do duque Roberto I de Borgonha (tia dos duques Hugo I e Odo I e do conde portucalense Henrique de Borgonha), de quem teve Urraca de Castela e Leão. Foi, também, pai de Teresa infanta de Leão, filha ilegítima, condessa de Portugal como parte do seu dote de casamento (com Henrique de Borgonha) e mãe do primeiro rei de Portugal, Afonso Henriques.
Rei de Leão, 2.º reinado: 1072 – 1109
Condado Portucalense:
Henrique de Borgonha, Conde de Portucale ( em 1093-1112)
Teresa, condessa (com seu marido)
Urraca de Castela e Leão (1109-1126), casada (1090) com Raimundo de Borgonha (filho de Guilherme I, conde palatino de Borgonha e cunhado do duque Odo I de Borgonha) e, depois da morte deste, com Afonso I de Aragão, o Batalhador, rei consorte, não de jure (até à anulação do matrimónio)
Filha do imperador Afonso VI e de Constança de Borgonha. Irmã unilateral da infanta Teresa de Leão (filhas de Afonso VI) e prima do marido desta, Henrique de Borgonha. Casada pela primeira vez com Raimundo de Borgonha (1070-1107), conde de Amous, filho de Guilherme I, o Grande, conde palatino de Borgonha e cunhado do duque Odo I de Borgonha (casado com Sibila de Borgonha), de quem teve Afonso VII.
Rainha Teresa, depois da morte de Henrique em 1112, governou o condado como regente na menoridade do filho Afonso Henriques (de 1112 a 1128), com o título de regina («rainha»)

Afonso Henriques, Conde de Portucale e depois primeiro Rei de Portugal (rege 1112-1139)
Afonso VII de Castela e Leão, com o título de imperador (1126-1157)
Ainda antes de subir ao trono de Leão-Castela (1126), foi feito por sua mãe rei da Galiza (1112), procurando assim a rainha Urraca de Castela e Leão obstar às revoltas da nobreza contra a sua ligação matrimonial ao rei Afonso I de Aragão. Rei da Galiza entre 1112 e 1157, o título passou, por sua morte, para os seus sucessores no título de reis de Leão.
Reis de Portugal:
D. Afonso Henriques (rei em 1139-1185), ou D. Afonso I de Portugal (1111? -1185), foi o primeiro rei de Portugal – independente desde 1139, reconhecido pelo rei de Leão e Castela em 1143 e pelo Papa em 1179


O conde portucalense D. Henrique (bisneto de Roberto II, rei dos Francos e irmão dos duques de Borgonha Hugo I e Odo I) e a rainha D. Teresa (filha do imperador Afonso VI de Leão e Castela) foram os pais do primeiro rei de Portugal, D. Afonso Henriques.

D. Afonso Henriques ou D. Afonso I (1111? -1185), "o Conquistador”, primeiro rei de Portugal, iniciando a Dinastia Afonsina em 1143, casado com D. Mafalda de Sabóia.

Afonso Henriques foi neto do imperador Afonso VI de Leão e Castela. Este rei de Leão, da Galiza e de Castela, era filho de Fernando Magno e de Sancha I de Leão. Imperador de Leão e Castela, dividiu a Galiza em dois condados para as filhas e genros cruzados borgonheses: o condado da Galiza foi concedido a Urraca e Raimundo e o condado Portucalense (terras entre os rios Minho e Douro e de Coimbra) foi oferecido como dote de casamento a Teresa e Henrique.

A sucessão de Afonso VI de Leão e Castela originou diversos litígios, ainda em vida do rei e após a sua morte (1109). Em 1108 morre na Batalha de Uclés o infante Sancho, único filho varão de Afonso VI, em derrota diante os mouros, ficando o rei sem o seu herdeiro (reconhecido sucessor durante pouco tempo), dando lugar à sucessão pelas suas filhas (de diversas relações matrimoniais e extra-matrimoniais) e a um período conturbado.

Henrique de Borgonha, bisneto de Roberto II, rei dos Francos e irmão dos duques de Borgonha Hugo I e Odo I, conde portucalense de 1093 a 1112, era sobrinho da rainha Constança (casada com Afonso VI de Leão e Castela) e sobrinho-neto do abade S. Hugo de Cluny. Primo de Urraca de Castela e Leão (filha de Constança de Borgonha), era também cunhado da irmã de Raimundo de Borgonha (Sibila de Borgonha, irmã de Raimundo, estava casada com o duque Odo I de Borgonha, irmão de Henrique).

Guilherme I, “o Grande”, conde palatino de Borgonha foi pai de, entre outros, Reinaldo II e Estêvão I (também condes, seus sucessores), Raimundo de Borgonha conde da Galiza, Papa Calisto II (de 1119 a 1123), Sibila de Borgonha (casada com Odo I, duque de Borgonha) e Berta de Borgonha (terceira esposa, após a morte de Constança, de Afonso VI de Leão e Castela que faleceu sem gerar filhos).

Guido de Borgonha (1060? -1124), arcebispo de Vienne, depois Papa Calisto II (em 1119-1124), filho do conde palatino de Borgonha, foi feito arcebispo de Vienne, França (na região de Ródano-Alpes), em 1088, antes de ter sido eleito Papa em 1119, num conclave reunido em Cluny. Convocou o Concílio de Latrão I (1123).

A Abadia de Cluny, localizada na Borgonha, de ligação imediata à Santa Sé, fundada no século X, tornou-se na maior e mais prestigiada instituição monástica da Europa, especialmente com São Hugo de Cluny (1024-1109; cunhado do duque Roberto I de Borgonha), que serviu muitos Papas e foi conselheiro de imperadores, reis, bispos e superiores religiosos, uma das figuras mais marcantes do seu tempo, tendo exercido influência dominante na esfera política e religiosa de então. O Conde D. Henrique era um dos filhos segundos de Henrique de Borgonha (herdeiro do duque Roberto I de Borgonha, tendo falecido pouco antes deste), bisneto de Roberto II, rei dos Francos e sobrinho-neto do abade S. Hugo de Cluny.



Reino franco:

Roberto, “o Forte”, conde de Anjou (fundador da família dos “Robertiens”, antepassado da Dinastia Capetiana), pai de, entre outros:
- Odo, conde de Paris, rei dos Francos;
- Roberto I, rei dos Francos.

Roberto I, rei dos Francos e pai de, entre outros:
- Ema de França, casada com Raul, rei dos Francos e filho de Ricardo de Borgonha, “o Justiceiro” (858-921), primeiro duque de Borgonha (880? -921);
- Hugo, “o Grande”, duque dos Francos, conde de Paris (pai de Hugo Capeto).

Hugo Capeto, rei dos Francos, pai de Roberto II, “o Pio”. Fundador da Dinastia Capetiana (depois dos Merovíngios e dos Carolíngios), Hugo Capeto governava directamente uma grande parte da França, com a capital em Paris, mas muitos dos seus vassalos, como os duques da Normandia, Borgonha e Aquitânia, eram quase tão poderosos como ele (mas sem força suficiente para o derrubar). Depois de se ter feito eleger, Hugo Capeto assegurou a sua sucessão fazendo coroar o filho antes de morrer, prática que durou dois séculos e contribuiu para estabilidade da França. Os príncipes Capetianos reinaram também no ducado da Borgonha e sobre o império latino de Constantinopla.

Roberto II, “o Pio”, rei dos francos (em 996-1031) e pai de, entre outros:
- Henrique I (1008-1060) rei dos Francos;
- Roberto I (1011-1076) duque de Borgonha.



Ducado da Borgonha:

Henrique II, duque de Borgonha (em 1016-1031)
Filho de Roberto II e neto de Hugo Capeto (fundador da Dinastia Capetiana), reis dos Francos. Depois da sua ascensão à coroa do reino dos Francos, como Henrique I, cedeu o ducado ao irmão Roberto I.

Roberto I, duque de Borgonha (em 1032-1076)
Tornou-se duque de Borgonha por doação do irmão Henrique (filhos do rei dos Francos Roberto II). Casado com Hélia de Semur, irmã de São Hugo de Cluny, (São Hugo, “o Grande”, abade de Cluny a partir de 1049, morre em 1109), tiveram como filhos (entre outros):
- Henrique de Borgonha (pai dos futuros duques de Borgonha e do conde portucalense);
- Constança de Borgonha, casada com Afonso VI de Leão e Castela, de quem teve Urraca de Castela e Leão.
O seu filho herdeiro do ducado, Henrique de Borgonha, faleceu primeiro e teve, entre outros, os seguintes filhos: Hugo I e Odo I, sucessores de Roberto I no ducado da Borgonha, e Henrique de Borgonha (1066-1112), Conde de Portugal.