14.7.14

A casa de Áustria e os imperadores do Sacro Império Romano-Germânico



Dinastia Filipina ou da Casa de Áustria dos Reis de Portugal – II PARTE
(II/II)



A casa de Áustria e os imperadores do Sacro Império Romano-Germânico


Soberanos da «Germânia»

Reis francos e, ainda, Carlos Magno e Luís I, o Piedoso, reis dos Francos e imperadores do Ocidente.

Reino dos Francos (481-843), desde Clóvis I, rei dos Francos em 481-511, até à divisão do Império Carolíngio, com o Tratado de Verdun de 843.


Império Carolíngio (Dinastia Carolíngia), 800-840

A Dinastia Carolíngia governou os Francos entre os séculos VIII e X e surgiu dos descendentes de Carlos Martel e de Carlos Magno (neto do anterior). O primeiro rei dos Francos da dinastia foi Pepino, o Breve (751), a quem se seguiram vários reis e, a partir de Carlos Magno, também alguns imperadores do Ocidente, tendo o reino dos Francos sofrido diversas divisões.

A dinastia Carolíngia teve início em 751 e durou
até 887 em Itália, com Carlos, o Gordo, rei dos Francos e imperador do Ocidente (foi rei da Alamânia em 876-882, rei de Itália em 879-887, imperador do Ocidente em 881-888, rei da Francia oriental em 882-887 e rei da Francia ocidental em 884-887), também
até 911 no reino oriental dos Francos, com Luís IV, o Menino (rei da Francia Oriental em 899/900-911) e, finalmente,
até 987 na Francia ocidental, com Luís V, o Indolente (reina em 986-987), último rei da dinastia Carolíngia.

Carlos, o Gordo, rei dos Francos e imperador do Ocidente foi o último monarca da dinastia Carolíngia a reinar sobre um império unificado.

Em Itália, ainda seria rei Arnolfo da Caríntia (falecido em 899), monarca da dinastia Carolíngia, que foi margrave da Caríntia desde 876, rei da Francia oriental em 887-899, rei de Itália em 894-895 e 896-899 e, também, imperador do Ocidente em 896-899. Arnolfo da Caríntia foi filho ilegítimo de Carlomano da Baviera (e, portanto, bisneto de Luís I, o Piedoso, rei dos Francos e imperador do Ocidente) e, num tempo de anarquia feudal no reino (desde a morte do imperador Carlos, o Gordo e que durou até à conquista de Otão I, o Grande, sacro imperador romano-germânico), contestou a ocupação do trono italiano por Berengário I de Itália (primo direito do seu pai) e por Lamberto de Espoleto.


Imperadores carolíngios:

Carlos Magno, rei dos Francos desde 768 e Imperador do Ocidente em 800-814

Luís I, o Piedoso, rei dos Francos e imperador do Ocidente em 814-840 (filho de Carlos Magno)


Carlos Magno foi o primeiro imperador do Ocidente romano desde a queda do Império Romano ocidental (Rómulo Augusto, último imperador romano do Ocidente, foi deposto em 476, subsistindo só o império do Oriente). O rei cristão dos Francos foi coroado imperador no Natal de 800, em Roma, pelo Papa Leão III que, depositário do poder divino, legava ao imperador os assuntos temporais, numa tentativa de restauração do Império Romano do Ocidente, com a translação da tradição imperial, reatando simbolicamente a linhagem dos imperadores romanos ocidentais.

A divisão do Império Carolíngio:
Reino Franco Central (depois, Lotaríngia, Provença e Itália), com o imperador Lotário I (imperador do Ocidente em 840-855 e rei da Francia central em 843-855)

Francia ocidental, com Carlos II, o Calvo (rei da Francia ocidental em 840-877, imperador do Ocidente em 875-877)

Reino oriental dos Francos, com Luís II, o Germânico (rei da Francia oriental em 843-876).


Reino oriental dos Francos, 843-918/962

O reino oriental dos Francos surge após o Tratado de Verdun de 843 e a divisão do Império Carolíngio pelos três netos de Carlos Magno, nomeadamente, o imperador Lotário I, com o Reino Franco Central, Luís II, o Germânico (rei da Francia oriental) e, ainda, Carlos II, o Calvo, com a Francia ocidental (filhos do imperador Luís I, o Piedoso).

Luís II, o Germânico foi rei da Francia oriental em 843-876, Francia Orientalis, reino oriental dos Francos, que incluía a Suábia, Francónia, Baviera e Saxónia, e onde mais tarde surgiria o título de rei da Germânia, núcleo do futuro Sacro Império Romano-Germânico.


Imperadores francos do Ocidente (800-924):

Carlos Magno (Carlos I), rei dos Francos desde 768 e Imperador do Ocidente em 800-814

Luís I, o Piedoso, rei dos Francos e imperador do Ocidente em 814-840, filho de Carlos Magno e pai do imperador Lotário I, de Luís II, o Germânico e de Carlos II, o Calvo

Lotário I (falecido em 855), imperador do Ocidente desde 840 (com o pai, Luís I, desde 817) e rei da Francia central em 843-855 (após o Tratado de Verdun de 843 e a divisão do Império Carolíngio pelos três netos de Carlos Magno); depois da sua morte, o reino central dos Francos dividiu-se em três reinos, a Lotaríngia, o reino da Borgonha e de Arles (Arles, Provença) e, ainda, o reino de Itália (norte e centro da Itália)

Luís II de Itália, imperador em 855-875, rei de Itália desde 844 (filho de Lotário I)

Carlos II, o Calvo, rei da Francia ocidental em 840-877, imperador em 875-877 (meio-irmão do imperador Lotário I)

Carlos, o Gordo, rei dos Francos e imperador do Ocidente (imperador de 881 a 888), filho mais novo de Luís II, o Germânico (rei da Francia oriental, que também foi pai de Carlomano da Baviera e de Luís, o Jovem) e neto do imperador Luís I, o Piedoso, foi o último monarca da dinastia Carolíngia a reinar sobre um império unificado (após a sua morte, o império divide-se em cinco reinos, Francia oriental, Francia ocidental, reino de Itália, reino da Alta Borgonha e reino da Aquitânia)

Guido III de Espoleto, rei de Itália em 889-894 e imperador do Ocidente em 891-894 (contestou o trono italiano com Berengário I de Itália)

Lamberto II de Espoleto, imperador do Ocidente em 892/894-898 e rei de Itália em 894-898, filho e sucessor de Guido III de Espoleto (contestou o trono italiano com Berengário I de Itália e Arnolfo da Caríntia)

Arnolfo da Caríntia (850-899), rei da dinastia Carolíngia da Francia oriental em 887-899, rei de Itália em 894-895 e 896-899 e, também, imperador do Ocidente de 896 a 899

Luís, o Cego, rei da Provença (em 887-928), rei de Itália (900-905) e imperador do Ocidente (em 901-905, Luís III), foi neto materno do imperador Luís II de Itália

Berengário I de Itália, rei de Itália em 888-924 (a ascensão do rei foi contestada por vários oponentes) e imperador do Ocidente em 915-924, margrave do Friul (Berengário do Friul), descendente da nobreza franca, foi o último imperador do Ocidente, seguindo-se a vacatura do título de imperador até Otão I, fundador do Sacro Império Romano-Germânico


Carlos, o Gordo, rei dos Francos e imperador do Ocidente (último monarca da dinastia Carolíngia a reinar sobre um império unificado) e Arnolfo da Caríntia, rei da Francia oriental e de Itália e, também, imperador do Ocidente são os únicos reis da Francia oriental que foram imperadores.


Reis da Francia oriental:

Luís II, o Germânico, rei da Francia oriental em 843-876 (reino, depois, dividido pelos filhos, Carlomano da Baviera, Luís, o Jovem e, ainda, Carlos, o Gordo), foi filho do imperador do Ocidente, Luís I, o Piedoso

Luís, o Jovem, rei da Francia oriental (em parte) em 876-882 (depois de 880, incluindo a Lotaríngia), sobrinho de Carlos II, o Calvo,(que foi rei da Francia Ocidental em 840-877 e imperador do Ocidente em 875-877)

Carlomano da Baviera, rei da Baviera em 876-880 e rei de Itália em 877-879 (Carlomano da Baviera e Luís, o Jovem, filhos do rei Luís II, governaram, em parte, o reino oriental dos Francos)

Carlos, o Gordo, rei dos Francos e imperador do Ocidente, foi rei da Alamânia em 876-882, rei de Itália em 879-887, imperador em 881-888, rei da Francia oriental em 882-887 e rei da Francia ocidental em 884-887, último monarca da dinastia Carolíngia a reinar sobre um império unificado, foi irmão e sucessor de Carlomano da Baviera e de Luís, o Jovem; seguiram-lhe, como imperadores, Guido III de Espoleto (em 891-894) e Lamberto II de Espoleto (em 892/894-898), reis de Itália e duques de Espoleto

Arnolfo da Caríntia, rei da Francia oriental em 887-899, rei de Itália em 894-895 e 896-899 e, também, imperador do Ocidente de 896 a 899. Arnolfo, margrave da Caríntia (em 876), foi filho ilegítimo de Carlomano da Baviera

Luís IV, o Menino (893-911; 18 anos de vida), último monarca carolíngio do reino oriental dos Francos em 899/900-911, filho do imperador Arnolfo da Caríntia

Conrado I da Germânia, duque da Francónia desde 906, de uma dinastia de condes e duques francos do século VIII e rei em 911-918 do reino oriental dos Francos, eleito pelos governantes dos ducados, ciosos do seu poder, para suceder ao rei Luís IV (pode-se considerar Conrado I o último rei da Francia oriental)


Reino da Germânia, 919-962

Reis:

Henrique I da Germânia, o primeiro da dinastia Otoniana de reis dos Germanos (e, depois, dos imperadores do Sacro Império), foi duque da Saxónia desde 912 e rei dos Germanos em 919-936, fundador do império alemão medieval (a ascensão ao trono foi contestada por Arnolfo da Baviera, duque da Baviera em 907-937, que foi derrotado por Henrique I, em 921)

Otão I, o Grande, rei desde 936 da Germânia (reino que subsistiu até 962, quando foi incorporado no Sacro Império Romano-Germânico) e sacro imperador romano-germânico em 962-973, considerado o fundador do Sacro Império (prossecutor do Império Carolíngio e do seu primeiro imperador, Carlos Magno)


Sacro Império Romano-Germânico, 962-1806

As tentativas posteriores de restaurar a antiga unidade carolíngia não tiveram êxito. Embora Carlos Magno tenha sido o primeiro imperador e ascendente dos imperadores seguintes, a linha contínua de imperadores só começou com Otão I, o Grande, quando voltou a ser coroado o imperador do Ocidente, em 962, podendo considerar-se que fundou o Sacro Império Romano-Germânico (962-1806), numa nova tentativa de restaurar o Império do Ocidente. O império foi uma união de vastos territórios sob a autoridade do imperador eleito. O último imperador do Sacro Império foi Francisco II de Áustria em 1792-1806, depois primeiro imperador da Áustria como Francisco I (1804-1835), que na sequência das Guerras Napoleónicas (1803-1815), após as vitórias de Napoleão I da França, teve de abdicar em 1806, dissolvendo-se o Sacro Império Romano-Germânico (com a renúncia ao título imperial).

Otão I, o Grande (912-973), foi duque da Saxónia. Com a morte do pai (Henrique I) foi coroado rei dos Germanos em Aquisgrano (Aquisgranum/ Aix-La-Chapelle/ Aachen), a capital imperial de Carlos Magno, em 936 segundo a tradição carolíngia. O Papa João XII reconhece o papel dominante de Otão e coroa-o como imperador do Ocidente, em 962, do Sacro Império Romano-Germânico.

Reis da Germânia e imperadores do Sacro Império Romano-Germânico, de Otão I, o Grande a Francisco II de Áustria.

Sacro Império Romano-Germânico (em latim, Sacrum Romanum Imperium e em alemão, Heiliges Römisches Reich, HRR), 962-1806 (Primeiro Reich).

Imperadores do Sacro Império:

Otão I, “o Grande” (reinado em 962-973)
Otão II (973-983)
Otão III (996-1002)
Henrique II (1014-1024)
Conrado II (1027-1039)
Henrique III (1046-1056)
Henrique IV (1084-1106)
Henrique V (1111-1125)
Lotário III (1133-1137)
Frederico I (1155-1190)
Henrique VI (1191-1197)
Otão IV (1209-1218)
Frederico II (1220-1250)
Interregno (1250-1273/1312)

Henrique VII (1312-1313)
Luís IV (1328-1347)
Carlos IV (1355-1378)
Segismundo (1433-1437)
Frederico III, da casa de Áustria (a partir de 1452)


No Sacro Império Romano-Germânico de 1250 (morte de Frederico II) a 1312 (com Henrique VII) não foram coroados imperadores (62 anos), como consequência de diversas disputas pela posse da coroa imperial (formalmente, um título electivo) – Interregno, 1250-1273/1312.

Entre 1250 e 1273 não foi unanimemente eleito nenhum rei na Germânia (até à eleição de Rodolfo I da Germânia, como “Rei dos Romanos”).

E entre 1273 e 1312, os reis na Germânia não foram coroados imperadores, detendo apenas o título de “Rei dos Romanos”.


Rei dos Romanos, na Germânia e a casa de Áustria

(reis dos Romanos…)

1273-1291: Rodolfo I da Germânia
Rodolfo I da Germânia, rei dos Romanos em 1273-1291 (rei da Germânia, Sacro Império Romano-Germânico), conde de Habsburgo e duque da Áustria (obtém os ducados da Áustria e da Estíria)
Rodolfo I da Germânia foi eleito rei (governando a Germânia), mas não foi coroado imperador do Sacro Império Romano-Germânico e foi, ainda, o primeiro da casa de Áustria no Sacro Império como rei dos Romanos (dinastia de soberanos na Alemanha, como reis dos Romanos e imperadores do Sacro Império Romano-Germânico).

1292-1298: Adolfo da Germânia
Adolfo da Germânia (Adolfo de Nassau), rei dos Romanos em 1292-1298 (rei da Germânia, Sacro Império Romano-Germânico) e conde de Nassau

1298-1308: Alberto I da Germânia
Alberto I da Germânia, rei dos Romanos em 1298-1308 (rei da Germânia, Sacro Império Romano-Germânico), duque da Áustria, foi filho de Rodolfo I da Germânia

(Henrique VII, imperador do Sacro Império…)


Alberto, “o Sábio”, conde de Habsburgo
~
Rodolfo I da Germânia, rei dos Romanos, conde de Habsburgo e duque da Áustria, foi o primeiro rei da casa de Áustria (Habsburgo)
~
Alberto I da Germânia, rei dos Romanos, duque da Áustria



Rodolfo I da Germânia, Adolfo da Germânia e Alberto I da Germânia foram “reis dos Romanos” (reis da Germânia, Sacro Império Romano-Germânico) de 1273 a 1308, sem serem coroados imperadores do Sacro Império.

Rodolfo I e Alberto I, pai e filho, são reis da casa de Áustria (ou de Habsburgo) e Adolfo da Germânia, rei da casa de Nassau.

Frederico III de Habsburgo, imperador do Sacro Império (em 1452-1493) e arquiduque da Áustria, foi trineto de Alberto I da Germânia.


Imperadores da casa de Áustria do Sacro Império

(Do imperador Otão I, o Grande, em 962-973, ao imperador Segismundo, em 1433-1437)

1452-1493: Frederico III de Habsburgo, arquiduque da Áustria, casado com a infanta D. Leonor de Portugal (filha de Duarte I), usou o lema simbólico esotérico «AEIOU»; no fim da Idade Média, Viena torna-se a sede da dinastia de Habsburgo, que aí estabelece residência e a corte imperial dos extensos territórios que governava (Frederico III de Áustria foi trineto de Alberto I da Germânia)

1508-1519: Maximiliano I de Habsburgo (imperador de facto desde a morte do pai em 1493 e com o título em 1508, no Sacro Império foi sucedido pelo neto Carlos V); filho do imperador Frederico III e da imperatriz Leonor de Portugal, casou com a herdeira da casa de Borgonha, Maria de Borgonha, duquesa titular de Borgonha (sucedida pelo filho Filipe I de Castela, duque titular de Borgonha, da dinastia Habsburgo), filha de Carlos, o Temerário, duque de Borgonha (que era primo direito da imperatriz Leonor, ambos netos de João I, e soberano de um ducado que, no século XIV, se transformara numa das principais potências da Europa)

1520-1556/58: Carlos V de Áustria, rei de Espanha (Carlos I de Espanha), de Nápoles (até 1554), da Sicília e da Sardenha em 1516-1556 (sucedendo, com a mãe Joana I de Espanha, rainha até 1555, a Fernando II de Aragão, rei de Aragão e governador de Castela), duque titular de Borgonha (e soberano dos Países Baixos, as Dezassete Províncias, até 1555) em 1506-1556 (sucedendo ao pai Filipe I de Castela, com regentes até 1515), arquiduque soberano da Áustria e rei dos romanos em 1519 e, em 1520-1558, sacro imperador romano-germânico (Carlos V, sucedendo ao avô paterno, o imperador Maximiliano I) e ainda, em 1535-1540 anexa o ducado de Milão aos domínios do Sacro Império, casado com Isabel de Portugal (irmã de João III e filha de Manuel I), dividiu a casa de Habsburgo nas linhas dinásticas austríaca - para o irmão Fernando I - e espanhola - para o filho Filipe II de Espanha e I de Portugal

1558-1564: Fernando I de Habsburgo sucedeu ao irmão Carlos V em 1558 no Sacro Império (netos de Maximiliano I), arquiduque da Áustria desde 1521, igualmente, sucedeu ao cunhado Luís II da Boémia e Hungria (que reinou em 1516-1526) como rei da Hungria e Boémia em 1526-1564, rei da Croácia desde 1526/27, acarretando a inclusão das terras das coroas da Boémia e da Hungria às suas possessões hereditárias, casado com Ana da Boémia e Hungria (irmã do rei Luís II da Hungria)

1564-1576: Maximiliano II de Habsburgo (casado com a prima direita Maria de Áustria, filha de Carlos V e Isabel de Portugal e irmã de Filipe I de Portugal e II de Espanha e de Joana de Áustria, que foi mãe do rei Sebastião I de Portugal)

1576-1612: Rodolfo II de Habsburgo

1612-1619: Matias de Habsburgo (irmão e sucessor de Rodolfo II)

1619-1637: Fernando II de Habsburgo (filho de Carlos II de Estíria), arquiduque de Áustria e neto do imperador Fernando I (reunificou todos os territórios austríacos que tinham sido divididos pelos filhos de Fernando I)

1637-1657: Fernando III de Habsburgo (casado, em primeiras núpcias, com Maria Ana de Áustria, filha de Filipe II de Portugal e III de Espanha)

1658-1705: Leopoldo I de Habsburgo (casado, em primeiras núpcias, com Margarida Teresa de Áustria, filha de Filipe IV de Espanha e III de Portugal) sucedeu ao irmão, Fernando de Áustria (Fernando IV, rei dos romanos, também rei da Hungria, morre em 1654), como herdeiro do pai, o imperador Fernando III; foi rei da Hungria em 1655, rei da Boémia em 1656, arquiduque da Áustria em 1657 (também rei da Croácia-Eslavónia) e imperador do Sacro Império em 1658 (reunificou, definitivamente, todos os territórios austríacos que tinham sido divididos por Fernando II, na sequência da Guerra dos Trinta Anos), até à sua morte em 1705, e combateu a expansão francesa de Luís XIV e a expansão do Império Otomano, aumentando a sua própria esfera de influência


Leopoldo I de Áustria e Leonor Madalena de Neuburgo (terceira consorte, filha de Filipe Guilherme, duque e conde palatino do Palatinado-Neuburgo e Eleitor do Palatinado)
~
José I, sacro imperador romano-germânico, pai de Maria Josefa de Áustria e Maria Amália de Áustria
&
Maria Isabel de Áustria, arquiduquesa da Áustria e governadora dos Países Baixos
&
rainha Maria Ana de Áustria, consorte do primo direito João V de Portugal (sobrinha da rainha Maria Sofia de Neuburgo, consorte de Pedro II)
&
Carlos VI, sacro imperador romano-germânico, último membro da dinastia de Habsburgo em linha varonil directa, pai de Maria Teresa de Áustria e Maria Ana de Áustria

[Note-se que o ~ representa: filhos entre outros]


Filipe Guilherme, duque e conde palatino do Palatinado-Neuburgo e Eleitor do Palatinado (teve vasta descendência; membro da dinastia de Wittelsbach)
~
imperatriz Leonor Madalena de Neuburgo, terceira consorte do imperador Leopoldo I do Sacro Império
&
João Guilherme, Eleitor do Palatinado
&
Carlos III Filipe, Eleitor do Palatinado
&
rainha Maria Sofia de Neuburgo, segunda consorte de Pedro II de Portugal
&
rainha Maria Ana de Neuburgo, segunda consorte de Carlos II de Espanha
&
Doroteia Sofia de Neuburgo, consorte de Eduardo Farnésio, príncipe herdeiro de Parma (pais de Isabel Farnésio) e de Francisco Farnésio, duque de Parma; portanto, mãe de Isabel Farnésio, princesa de Parma (enteada e sobrinha do príncipe Francisco Farnésio, duque de Parma; herdeira do Ducado de Parma), rainha consorte de Filipe V de Espanha (segunda consorte e, ainda, mãe do rei Carlos III de Espanha)
&
Hedviges Isabel de Neuburgo, consorte de Jaime Luís Sobieski, o príncipe herdeiro do rei João III da Polónia.





A casa de Áustria em Espanha e no Sacro Império

(Clicar na imagem para ampliar)



1705-1711: José I de Habsburgo

1711-1740: Carlos VI de Habsburgo (irmão e sucessor de José I), pai de Maria Teresa de Áustria, que foi casada com Francisco I de Lorena


Leopoldo I de Áustria, imperador do Sacro Império Romano-Germânico em 1658-1705, foi casado em primeiras núpcias com a sobrinha (e prima direita materna), Margarida Teresa de Áustria, infanta de Espanha (filha de Filipe IV de Espanha e, também, irmã consanguínea de Carlos II de Espanha, último rei da dinastia de Habsburgo em Espanha, falecido em 1700 – Guerra da Sucessão Espanhola, 1701-1713/15), que foi mãe de Maria Antónia de Áustria, em segundas núpcias com Cláudia Felicidade de Áustria (também uma membro da Casa de Áustria) e, ainda, em terceiras núpcias com Leonor Madalena de Neuburgo (filha de Filipe Guilherme, duque e conde palatino do Palatinado-Neuburgo e Eleitor do Palatinado e, também, irmã de Maria Sofia de Neuburgo, segunda consorte de Pedro II de Portugal)
~
Maria Antónia de Áustria (falecida em 1692, que foi filha de Margarida Teresa de Áustria), casada (primeira consorte) com Maximiliano II, Eleitor da Baviera (posteriormente foi pai de Carlos VII da Baviera, imperador do Sacro Império) e foram pais de José Fernando da Baviera (1692-1699)
&
José I, sacro imperador romano-germânico em 1705-1711 (sucessor do pai no trono, que foi filho de Leonor Madalena de Neuburgo), pai de Maria Josefa de Áustria (casada com Frederico Augusto II, príncipe-eleitor da Saxónia e, como Augusto III, rei da Polónia e grão-duque da Lituânia, com descendência) e de Maria Amália de Áustria (casada com Carlos Alberto da Baviera, Eleitor da Baviera, rei da Boémia, depois Carlos VII da Baviera, imperador do Sacro Império em 1742-1745, depois do imperador Carlos VI e antes do imperador Francisco I)
&
Maria Isabel de Áustria, arquiduquesa da Áustria e governadora dos Países Baixos
&
Maria Ana de Áustria, rainha consorte do primo direito João V de Portugal (filho de Maria Sofia de Neuburgo)
&
Carlos VI, sacro imperador romano-germânico em 1711-1740, último membro da dinastia de Habsburgo em linha varonil directa (Guerra da Sucessão da Áustria, 1740-1748), pai de Maria Teresa de Áustria (imperatriz do Sacro Império, rainha da Hungria, Croácia e Boémia e arquiduquesa da Áustria, casada com Francisco Estêvão de Lorena, o imperador Francisco I do Sacro Império em 1745-1765) e de Maria Ana de Áustria (casada com o príncipe Carlos Alexandre de Lorena, irmão do imperador Francisco I)






Imperador Carlos VI, o último descendente varão da casa de Áustria
Os últimos Habsburgo do Sacro Império Romano-Germânico

(Clicar na imagem para ampliar)




O imperador Carlos VI de Áustria, do Sacro Império, foi o último membro da dinastia de Habsburgo em linha varonil directa no trono imperial. Com a morte do imperador e a recusa de alguns de adesão à Pragmática Sanção de 1713, seguiu-se a Guerra da Sucessão da Áustria (1740-1748) e a subida ao trono do imperador Carlos VII da Baviera, da dinastia de Wittelsbach.




O imperador do Sacro Império da casa de Wittelsbach

… depois de 288 anos de domínio da casa de Áustria do trono imperial…

Depois de 288 anos de domínio da casa de Áustria do trono imperial foi eleito imperador um membro da casa de Wittelsbach.

Carlos VII da Baviera
Imperador do Sacro Império Romano-Germânico em 1742-1745

Carlos Alberto da Baviera, Eleitor da Baviera (1726-1745), rei da Boémia (1741-1743), depois Carlos VII da Baviera, imperador do Sacro Império (1742-1745).


Leopoldo I de Áustria e Leonor Madalena de Neuburgo
~
imperador José I, pai de Maria Josefa de Áustria (casada com Frederico Augusto II, príncipe-eleitor da Saxónia e, como Augusto III, rei da Polónia e grão-duque da Lituânia, com descendência) e Maria Amália de Áustria (casada com Carlos Alberto da Baviera, Eleitor da Baviera, rei da Boémia, depois Carlos VII da Baviera, imperador do Sacro Império)
&
imperador Carlos VI, pai de Maria Teresa de Áustria (casada com Francisco Estêvão de Lorena, o imperador Francisco I, do Sacro Império) e Maria Ana de Áustria (casada com o príncipe Carlos Alexandre de Lorena)


Carlos VII da Baviera e Maria Amália de Áustria
~
Maria Antónia da Baviera (casada com o primo direito Frederico Cristiano, príncipe-eleitor da Saxónia, príncipe da Polónia, filho de Frederico Augusto II da Saxónia e irmão de Maria Ana)
&
Maximiliano III, Eleitor da Baviera (em 1745-1777), casado com a prima direita Maria Ana da Saxónia, sem descendência; a morte de Maximiliano III levou à Guerra da Sucessão da Baviera (1778-1779), que opôs os arquiduques da Áustria ao reino da Prússia, Eleitorado da Saxónia e Eleitorado da Baviera
&
Maria Josefa da Baviera, casada com José II, sacro imperador romano-germânico, sem descendência




Os imperadores sucessores de Francisco I de Lorena e Maria Teresa de Áustria (herdeiros de Carlos VI de Áustria)

Os sucessores (Habsburgo-Lorena) de Francisco I de Lorena e Maria Teresa de Áustria (herdeiros de Carlos VI de Habsburgo) no Sacro Império Romano-Germânico (até 1806), no Império da Áustria (1804-1867) e no Império Austro-Húngaro (1867-1918).

Francisco I de Lorena
Imperador do Sacro Império Romano-Germânico em 1745-1765

Francisco III, duque de Lorena em 1729-1736, grão-duque da Toscana em 1737-1765, imperador do Sacro Império em 1745-1765. Casou em 1736 com Maria Teresa de Áustria (1717-1780), filha de Carlos VI, sacro imperador romano-germânico.

Maria Teresa de Áustria, imperatriz do Sacro Império, rainha da Hungria, Croácia e Boémia e arquiduquesa da Áustria

Com a morte do imperador Carlos VI do Sacro Império, em Outubro de 1740, a linhagem masculina da dinastia de Habsburgo extingue-se. A Pragmática Sanção de 1713 promulgada por Carlos VI, que previa, na monarquia austríaca, a descendência feminina na ausência de herdeiros masculinos, permitiu a sucessão da filha, Maria Teresa de Áustria, na monarquia da Áustria e também nos reinos da Boémia (excepto de 1741 a 1743, quando a Boémia foi governada por Carlos Alberto da Baviera), Hungria e Croácia e em vários ducados e condados, de 1740 até 1780.

Em Novembro de 1740, Maria Teresa, rainha da Hungria e Boémia, arquiduquesa da Áustria promove o marido, Francisco Estêvão de Lorena, grão-duque da Toscana, a co-governante dos seus territórios da monarquia austríaca.


Leopoldo I, imperador do Sacro Império Romano-Germânico
~
imperador Carlos VI
~
Maria Teresa de Áustria, imperatriz do Sacro Império, rainha da Hungria, Croácia e Boémia e arquiduquesa da Áustria (com o imperador Francisco I)


Francisco I e Maria Teresa, imperadores do Sacro Império Romano-Germânico
~
José II, sacro imperador romano-germânico
&
Maria Amália de Áustria (casada com Fernando I, duque de Parma)
&
Leopoldo II, sacro imperador romano-germânico (sucedeu ao irmão José II)
&
Maria Carolina de Áustria (casada com Fernando IV de Nápoles)
&
Fernando Carlos de Áustria, arquiduque da Áustria, duque titular de Modena e Regio, duque de Brisgóvia (Breisgau), casado com Maria Beatriz de Este (filha e herdeira de Hércules III de Este, duque de Modena e Regio), pais de Francisco IV de Áustria-Este, duque de Modena e Regio
&
Maria Antonieta de Áustria (casada com Luís XVI da França)



José II de Habsburgo-Lorena
Imperador do Sacro Império Romano-Germânico em 1765-1790


Leopoldo II de Habsburgo-Lorena (irmão e sucessor de José II)
Imperador do Sacro Império Romano-Germânico em 1790-1792
Grão-duque Pedro Leopoldo I da Toscana em 1765-1790 (sendo sucedido pelo filho, grão-duque Fernando III).


Leopoldo II de Habsburgo-Lorena, sacro imperador romano-germânico e Maria Luísa de Bourbon (filha de Carlos III de Espanha e Maria Amália da Saxónia)
~
Maria Teresa Josefa de Áustria (com António da Saxónia, rei da Saxónia, estado membro da Confederação Germânica em 1815-66, sob hegemonia austríaca)
&
Francisco I da Áustria, último sacro imperador romano-germânico, como Francisco II, e primeiro imperador da Áustria
&
Fernando III de Áustria, grão-duque da Toscana
&
arquiduque Carlos de Áustria, duque de Teschen (com descendência)
&
José de Áustria, Palatino da Hungria (arquiduque José António, com descendência)
&
Maria Clementina de Áustria (com Francisco I das Duas Sicílias)
&
Rainer de Áustria (pai de Maria Adelaide de Áustria, que casou com o rei Vítor Manuel II de Itália, depois pais de Humberto I de Itália, Amadeu I de Espanha e Maria Pia de Sabóia), vice-rei do reino Lombardo-Véneto (estado unido ao Império da Áustria na pessoa do soberano)



Francisco I da Áustria, antes Francisco II
Último imperador do Sacro Império Romano-Germânico em 1792-1806, como Francisco II de Habsburgo-Lorena (neto de Francisco I)

Francisco I da Áustria reinou de 1792 (ao assumir o trono do Sacro Império) até morrer, em 1835 (no trono austríaco).

Francisco I da Áustria, como primeiro imperador da Áustria em 1804, até 1835. Foi também presidente da Confederação Germânica em 1815-1835.


Francisco I da Áustria, último sacro imperador romano-germânico (Francisco II em 1792-1806) e primeiro imperador da Áustria (em 1804-1835; casa de Áustria, Habsburgo-Lorena, do Império da Áustria, estado que surgiu em 1804), presidente da Confederação Germânica (em 1815-1835) e a prima direita Maria Teresa de Nápoles (filha de Fernando I das Duas Sicílias)
~
Maria Luísa de Áustria (com Napoleão Bonaparte, depois pais de Napoleão II da França)
&
Fernando I da Áustria, imperador da Áustria, em 1835-1848, e presidente da Confederação Germânica (em 1835-1848)
&
Leopoldina de Áustria (com o rei Pedro IV de Portugal e imperador do Brasil)
&
Maria Clementina Francisca de Áustria (com o tio Leopoldo de Nápoles, depois pais de Maria Carolina Augusta de Bourbon e Duas Sicílias, esta casada com Henrique de Orleães, duque de Aumale)
&
Maria Carolina Fernanda de Áustria (com Frederico Augusto II da Saxónia, rei da Saxónia, que sucedeu ao tio António da Saxónia; filho do príncipe Maximiliano da Saxónia e irmão de João I, seu sucessor)
&
Francisco Carlos de Áustria (pai de Francisco José I, sucessor do tio Fernando I, e de Maximiliano de Áustria, depois imperador Maximiliano I do México, este foi noivo de Maria Amélia de Bragança, princesa do Brasil, filha de Pedro I)



Fernando I da Áustria
Monarca do Império da Áustria em 1835-1848 e presidente da Confederação Germânica (1835-1848)


Francisco José I da Áustria (sobrinho e sucessor de Fernando I)
Monarca do Império da Áustria (até 1867, passando a uma monarquia dualista) e do Império Austro-Húngaro de 1848 até 1916 e presidente da Confederação Germânica (1850-1866)


Francisco I e Maria Teresa, imperadores do Sacro Império Romano-Germânico
~
Leopoldo II, sacro imperador romano-germânico (sucedeu ao irmão José II)
~
Francisco I da Áustria, último sacro imperador romano-germânico, como Francisco II, e primeiro imperador da Áustria (sucedido pelo filho Fernando I, imperador da Áustria)
~
Francisco Carlos de Áustria (irmão do imperador Fernando I, que não teve descendência e foi sucedido pelo sobrinho Francisco José I)
~
Francisco José I da Áustria, imperador austro-húngaro (imperador do Império da Áustria que em 1867 se torna numa monarquia dualista até 1918, o Império Austro-Húngaro, Reinos e Terras representados no Conselho Imperial e as Terras da húngara Coroa de Santo Estêvão, imperador da Áustria e rei da Hungria), em 1848-1916, e presidente da Confederação Germânica (em 1850, depois das revoluções de 1848, até à dissolução da confederação em 1866, após a vitória do reino da Prússia na Guerra Austro-Prussiana)
&
Maximiliano de Áustria, depois imperador Maximiliano I do México
&
arquiduque Carlos Luís de Áustria (casado por três vezes, com Margarida da Saxónia, sem descendência, filha de João I da Saxónia, rei da Saxónia, com Maria Anunciada de Bourbon e Duas Sicílias, filha de Fernando II das Duas Sicílias, com quem teve quatro filhos e, finalmente, com Maria Teresa de Bragança, em 1873, filha de Miguel I de Portugal, com quem teve duas filhas, Maria Anunciada de Áustria e Isabel Amália de Áustria, arquiduquesa da Áustria e princesa de Liechtenstein), avô de Carlos I da Áustria











Os últimos Habsburgo reinantes (séc. XVIII-XX)
Casa de Áustria (Habsburgo / Habsburgo-Lorena)


(Clicar na imagem para ampliar)





Carlos I da Áustria (sobrinho-neto e sucessor de Francisco José I)
Último monarca do Império Austro-Húngaro em 1916-1918


arquiduque Carlos Luís de Áustria (1833-1896; irmão de Francisco José I da Áustria) e Maria Anunciada de Bourbon e Duas Sicílias (filha de Fernando II das Duas Sicílias)
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Francisco Fernando de Áustria (1863-1914), herdeiro do trono austro-húngaro após a morte do primo direito arquiduque Rodolfo, filho único do imperador Francisco José I (e da imperatriz Sissi)
&
Oto Francisco de Áustria (1865-1906), casado com Maria Josefa da Saxónia, filha de Jorge I da Saxónia e de Maria Ana de Bragança e neta materna de Maria II de Portugal (portanto, irmã do último rei da Saxónia, Frederico Augusto III), foram pais de Carlos I, último imperador austro-húngaro, que se tornou o sucessor do tio-avô Francisco José I em 1914, após o assassinato do tio arquiduque Francisco Fernando (e esposa) em Saraievo, o que serviu de pretexto para o início da I Guerra Mundial



Francisco I da Áustria, imperador da Áustria
~
Francisco Carlos de Áustria (irmão do imperador Fernando I)
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arquiduque Carlos Luís de Áustria (irmão do imperador Francisco José I)
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Oto Francisco de Áustria (com Maria Josefa da Saxónia, foram pais de Carlos I e do arquiduque Maximiliano Eugénio de Áustria, ambos com descendência)
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Carlos I da Áustria (1887-1922; Beato Carlos da Áustria), último imperador austro-húngaro, em 1916-1918 (dissolução do Império Austro-Húngaro, após a I Guerra Mundial), casou em 1911 com Zita de Bourbon e Parma (filha de Roberto I de Parma e Maria Antónia de Bragança e neta materna de Miguel I de Portugal) e foram pais de 5 filhos e 3 filhas
~
arquiduque Oto de Áustria (1912-2011), herdeiro do trono austro-húngaro em 1916-1918 (Oto de Habsburgo, Otto von Habsburg, também Otão de Habsburgo-Lorena, Otto Habsburg-Lothringen), casado com Regina da Saxónia-Meiningen, filha de Jorge da Saxónia-Meiningen (chefe da Casa da Saxónia-Meiningen, como Jorge III; neto de Jorge II, duque da Saxónia-Meiningen), o casal teve 5 filhas e 2 filhos
~
Carlos de Habsburgo-Lorena (pai de 2 filhas e de Fernando de Habsburgo-Lorena, Ferdinand Zvonimir Habsburg-Lothringen)



Carlos I da Áustria e Zita de Bourbon e Parma foram os últimos imperadores austro-húngaros, em 1916-1918 (pais do arquiduque Oto de Áustria). Em 1918 ocorre a dissolução do Império Austro-Húngaro, após a I Guerra Mundial.





Note-se que os casamentos e filhos apresentados não são exclusivos.
O sinal (~) representa: «filhos entre outros».

Sinal gráfico (&) usado para substituir a conjunção «e» (representa a conjunção latina et).


13.7.14

Dinastia Filipina ou da Casa de Áustria dos Reis de Portugal



Dinastia Filipina ou da Casa de Áustria dos Reis de Portugal


Dinastia Filipina ou da Casa de Áustria dos Reis de Portugal – I PARTE
(I/II)


I PARTE: Terceira Dinastia Filipina ou da Casa de Áustria dos Reis de Portugal, 1581-1640
II PARTE: A casa de Áustria e os imperadores do Sacro Império Romano-Germânico


Terceira Dinastia Filipina ou da Casa de Áustria dos Reis de Portugal, 1581-1640



Dinastia Filipina


Filipe I
D. Filipe I, "O Prudente" (1527-1598), rei de Portugal em 1580/81-1598, Filipe II de Espanha desde 1556, também duque de Milão (1540), rei de Nápoles (1554, Filipe I de Nápoles), rei de Inglaterra e Irlanda (1554-1558, com Maria I de Inglaterra), soberano dos Países Baixos (1555), duque titular de Borgonha (1556/58, soberania de vários estados borgonheses; Soberano Grão-Mestre da Ordem do Tosão de Ouro), rei da Sicília e da Sardenha (1556, com Espanha).

Casou com D. Maria de Portugal (primos-irmãos, infanta Maria Manuela de Portugal, princesa consorte das Astúrias, filha de João III), D. Maria Tudor (Maria I de Inglaterra e Irlanda, em 1553-1558, da dinastia Tudor, sem descendência; rainha consorte de Nápoles em 1554-1558; rainha consorte de Espanha e Sicília em 1556-1558), D. Isabel de Valois (rainha consorte de Espanha) e com D. Ana de Áustria (primos-irmãos, rainha consorte de Espanha). Filipe I de Portugal e II de Espanha e Ana de Áustria (filha do imperador Maximiliano II do Sacro Império) foram pais de Diogo Félix, príncipe das Astúrias e príncipe de Portugal e Filipe II.

Filipe I e Maria de Portugal (primeira consorte) foram pais do infante D. Carlos (1545-1568), que seria o príncipe das Astúrias de 1560 a 1568.



Filipe II e Margarida de Áustria
D. Filipe II, "O Pio" (1578-1621), rei de Portugal e Espanha (Filipe III) em 1598-1621, com D. Margarida de Áustria, rainha consorte de Espanha, Portugal, Nápoles e Sicília e arquiduquesa da Áustria (irmã do imperador Fernando II do Sacro Império). Os reis foram pais de Ana de Áustria, casada com Luís XIII da França (a rainha da França foi regente do filho Luís XIV em 1643-1661), Filipe III, Maria Ana de Áustria, casada com o sacro imperador romano-germânico Fernando III, Carlos de Áustria e o Cardeal-Infante Fernando de Áustria.



Filipe III e Isabel de França
D. Filipe III, "O Grande" (1605-1665), rei de Portugal em 1621-1640 e de Espanha (Filipe IV) em 1621-1665, com D. Isabel de França (1602-1644), rainha consorte de Espanha, Portugal, Nápoles e Sicília (irmã de Luís XIII da França). Os reis foram pais de Baltasar Carlos, príncipe das Astúrias e príncipe de Portugal e Maria Teresa de Áustria, casada com o primo direito Luís XIV da França (rei em 1643-1715).

Filipe IV de Espanha (em 1621-1665) foi sucedido pelo filho Carlos II de Espanha, rei em 1665-1700. Carlos II (1661-1700) foi filho da rainha consorte de Espanha (em 1649-1665) Mariana de Áustria (sobrinha do marido e filha do imperador Fernando III e Maria Ana de Áustria, infanta de Espanha), mais tarde também regente do filho em 1665-1675. Foi, também, o último rei espanhol da casa de Áustria. Em Portugal, deu-se a restauração da independência em 1640 e Filipe III de Portugal e IV de Espanha foi substituído no trono português por João IV, fundador da dinastia de Bragança.




A Dinastia de Avis e a Casa de Áustria


(Clicar na imagem para ampliar)



Os reis de Espanha da casa de Áustria



Carlos I de Espanha, depois imperador Carlos V


Carlos I de Espanha e V do Sacro Império Romano-Germânico foi o primeiro rei da casa de Áustria em Espanha (pai de Filipe I de Portugal e II de Espanha).

Carlos de Áustria (1500-1558), príncipe das Astúrias em 1506-1516, foi duque titular de Borgonha (e soberano dos Países Baixos, as Dezassete Províncias, até 1555) em 1506-1556, sucedendo a Filipe I de Castela (a regência, por menoridade, foi assumida pelo avô imperador Maximiliano I de Áustria e, depois, pela tia arquiduquesa Margarida de Áustria até 1515), rei de Espanha (Aragão, Castela, Leão, Navarra e reinos das Índias), de Nápoles (até 1554, que passa para o filho Filipe), da Sicília e da Sardenha em 1516-1556, sucedendo, com a mãe Joana I de Espanha (rainha até 1555), a Fernando II de Aragão (rei de Aragão e governador do reino de Castela), arquiduque soberano da Áustria e rei dos romanos em 1519-1558 (sucedendo o avô imperador Maximiliano I) e, em 1520-1558, sacro imperador romano-germânico (em 1535-1540 anexa o ducado de Milão aos domínios do Sacro Império, após a morte de Francisco II Sforza, que faleceu sem herdeiros).

O imperador Carlos V projecta uma monarquia universal e, para além do título imperial, baseia a sua força e poder universal num vasto império (o maior existente) desde grande parte da Europa à América, ao império ultramarino. Efectivamente, incluía o Sacro Império Romano-Germânico, Espanhas, Sicílias, Borgonha, Países Baixos, portos no Norte de África mediterrânico e imensos territórios na América, um império global “onde o sol nunca se punha”, sob a monarquia da casa de Áustria. O seu maior opositor continental, a França, persiste, entretanto, em reivindicar a herança de Carlos Magno (que Napoleão tentará concretizar).



O imperador Carlos V, senhor das terras espanholas do Novo Mundo, herda também um imenso império na Europa:

«Da avó paterna […] [Maria de Borgonha, duquesa titular de Borgonha (e do pai, Filipe I de Castela, duque titular de Borgonha)] herdara a Borgonha, um ducado que, no século XIV, se transformara numa das principais potências da Europa, quando agregou sucessivamente a Flandres, o Brabante, o Limburgo, o Hainaut (Henegouwen), a Zelândia (Zeeland), a Holanda, a Frísia e o Luxemburgo.» (MALTEZ, José Adelino. Tempo de Encruzilhada (Secs. XV a XVII). Em: <http://www.iscsp.utl.pt/~cepp/teoria_das_relacoes_internacionais/tempo_de_encruzilhada.htm>. Acesso em: 08 de Julho de 2014.)

«Do […] [trisavô Filipe III de Borgonha, o Bom, duque de Borgonha (descendente da dinastia de Valois), fundador da Ordem do Tosão de Ouro, casado com Isabel de Portugal, filha do rei João I e tia da imperatriz do Sacro Império, Leonor de Portugal (consorte do imperador Frederico III)] Filipe o Bom (1419-1467), casado com D. Isabel de Portugal, filha do nosso D. João I, mantinha o sonho de se assumir como o Grão-Duque do Ocidente e […] [do bisavô Carlos, o Temerário, duque de Borgonha (primo direito da imperatriz Leonor, ambos netos de João I; pai de Maria de Borgonha)] a ambição de constituir uma nova Lotaríngia, em rivalidade com o rei de França.» (Idem, ibidem.)

«Do avô paterno, Maximiliano I (1459-1519) [Maximiliano I de Áustria, imperador em 1508-1519 do Sacro Império (filho do imperador Frederico III e Leonor de Portugal), a quem sucedeu no trono imperial], ei-lo Habsburgo, herdeiro daquela família, originária da Suíça que, ao longo do século XIV, junta ao ducado da Áustria, a Carniola, o Tirol, a Ístria e o Trieste, esses herdeiros da marca oriental dos carolíngios que assumem a fronteira oriental da cristandade em tensão com os turcos, esses Habsburgos que […] foram elevados à categoria de Imperadores da Alemanha. Aliás, foi Maximiliano que iniciou aquele processo de alianças matrimoniais que tornaram o núcleo austríaco numa potência europeia, inspirando o dístico de “Bella gerant alii, tu, felix Áustria, nube; Nam quae Mars aliis, dat tibi regna Venus” (que os outros façam a guerra, tu, feliz Áustria, contratas casamentos. Porque os reinos que Marte dá aos outros, é Vénus que tos assegura).» (Idem, ibidem.)

«Da avó materna, Isabel de Castela (1451-1504) [Isabel I de Castela, “a Católica”], herda a principal potência continental da península ibérica, outra antiga marca fronteiriça que, em 1230, se unira a Leão e que, em conjunto com Aragão, conquistara Granada em 1492.» (Idem, ibidem.)

«Do avô materno, Fernando de Aragão (1452-1516) [Fernando II de Aragão, “o Católico”], recebe um reino unificado com a Catalunha, desde os começos do século XII, que, se alargara ao Rossilhão (finais do século XII), às Baleares, a Valência, à Sicília (século XIII), à Sardenha (século XIV) e a Nápoles (século XV), constituindo-se como a principal potência mediterrânica.» (Idem, ibidem.)

Imperador Carlos V do Sacro Império e rei de Espanha:

«Em 1516, assume-se rei de Espanha. Foi o papa Leão X que lhe concedeu tal título, como Alexandre VI o havia dado a Fernando o Católico, deste modo se concretizando o programa que levou ao casamento de Isabel e Fernando, em 1469, e à anexação de Navarra, em 1512. Aliás, perante tal circunstância, logo protestou o rei de Portugal […]» (Idem, ibidem.)

«O império de Carlos V resultava, assim, de uma adição de várias unidades políticas geradas nos finais da Idade Média, num misto de guerra e de uniões matrimoniais dinásticas.» (Idem, ibidem.)

«Com ele, nasce a Espanha, já religiosamente unificada desde 1478, com a Inquisição, e morre a Hispania. Ultrapassando-se a si mesma, esta nova entidade política vive em regime de excesso de uma incompleta realização. Como memória de um projecto que nunca realizou. Como o poder ser de uma monarquia universal.» (Idem, ibidem.)

«Mas os sucessores não deixam de continuar o acrescentamento. Fernando, irmão de Carlos V, pelo casamento de 1526, fizera juntar à Áustria as coroas da Boémia e da Hungria. Filipe II, em 1580, passará a rei de Portugal. Mas, se consegue levar a cristandade a vencer os turcos em Lepanto, em 1578, já não é capaz de domar a Inglaterra, com a derrota da Invencível Armada em 1588, nem de conservar a unidade dos Países Baixos, onde se dá a secessão das Províncias Unidas, a partir da União de Utreque em 1579.» (Idem, ibidem.)

«Assim, em 28 de Junho de 1519, quando foi eleito imperador, assumiu-se como Carolus semper Augustus orbis dominus. O seu chanceler, Marcurino Gattinara, não se rogou mesmo em proclamar: já que Deus vos concedeu a graça imensa de ser elevado acima de todos os reis e príncipes da cristandade, a uma autoridade e dominação de que, até agora, só o vosso antecessor Carlos Magno teve um antegozo, estais no caminho para a monarquia mundial, para a reunião da cristandade sob um pastor.» (Idem, ibidem.)

«A Espanha da modernidade deve-se aos reis Católicos, conformando-se depois da conquista de Granada em 1492 e a anexação de Navarra em 1512, operações que foram precedidas pela união de Aragão com a Catalunha, em 1137, e a união de Leão e Castela, em 1230. Mas a unidade espanhola só se concretiza, contudo, em 1516, com a subida ao trono de Carlos V, frustrando-se a integração do reino de Portugal, ainda concretizada durante sessenta anos, entre 1580 e 1640.» (MALTEZ, José Adelino. Tempo de Encruzilhada (Secs. XV a XVII). Em: 
<http://www.iscsp.utl.pt/~cepp/teoria_das_relacoes_internacionais/tempo_de_encruzilhada.htm>. Acesso em: 08 de Julho de 2014.)



Carlos V e o ducado de Borgonha


Carlos, o Temerário, duque de Borgonha em 1467-1477 foi, de facto, o último duque de Borgonha. Os seus domínios distribuíam-se essencialmente por três áreas da Europa ocidental, os Países Baixos (actual “Benelux”) a noroeste e, a sul destes, o ducado de Borgonha e o condado de Borgonha (ou Franco Condado, dos condes palatinos de Borgonha). Com a morte do duque em 1477, a herança da Borgonha foi disputada pelo rei Luís XI da França (em 1461-1483, da dinastia de Valois) e pelo imperador Maximiliano I do Sacro Império, consorte da filha de Carlos, o Temerário, Maria de Borgonha. Assim, o ducado de Borgonha e seus territórios passaram para a França, enquanto que os Países Baixos e o condado de Borgonha ficaram sob a soberania da dinastia austríaca de Habsburgo. Apesar da perda do ducado de Borgonha, os membros da dinastia de Habsburgo continuam a usar o título de duque de Borgonha para os seus territórios da Borgonha, mantendo também a pretensão ao ducado.

Por conseguinte, a partir de 1477, o duque titular de Borgonha detinha o Condado de Borgonha e seus territórios (até 1678, então incorporados na França), a sul dos Países Baixos, e os Países Baixos (as Dezassete Províncias). A soberania dos vários estados borgonheses também estava conectada ao título de Soberano Grão-Mestre da Ordem do Tosão de Ouro, que os duques fruíam.

Duque titular de Borgonha

da dinastia de Valois da Borgonha (1405-1482):
Maria de Borgonha, duquesa titular de Borgonha em 1477-1482, com o consorte Maximiliano I do Sacro Império

da dinastia de Habsburgo (1482-1678):
Filipe I de Castela, duque titular de Borgonha em 1482-1506 (sucede à mãe, com regência do pai, Maximiliano I, na sua menoridade, até 1494)
~
Carlos V do Sacro Império, duque titular de Borgonha em 1506-1556 (sucede ao pai Filipe I de Castela, com regência, por menoridade, assumida pelo avô imperador Maximiliano I e, depois, pela tia arquiduquesa Margarida de Áustria até 1515)
~
Filipe II de Espanha e I de Portugal, duque titular de Borgonha em 1556-1598, soberano dos Países Baixos desde 1555



Países Baixos dos príncipes da casa de Habsburgo


Em 1482, com Filipe I de Castela (Filipe I de Áustria, rei de Castela), o Belo, a suceder à mãe, Maria de Borgonha, como duque titular de Borgonha (em 1482-1506), com regência do pai, o imperador Maximiliano I do Sacro Império, na sua menoridade (até 1494), inicia-se a soberania da casa de Áustria sob os Países Baixos, ou seja, aproximadamente os territórios da actual Bélgica, Países Baixos e Luxemburgo. Todavia, localmente os Países Baixos foram regidos por um governador. Este período começou em 1482, com o fim do período da Borgonha, e terminou para os Países Baixos do norte em 1581 e para os Países Baixos do sul em 1795.

O período da Borgonha abrange os Países Baixos da Borgonha, até 1477, com a morte de Carlos, o Temerário, duque de Borgonha (em 1467-1477). Com Maria de Borgonha, duquesa titular de Borgonha (em 1477-1482) e o seu consorte, imperador Maximiliano I do Sacro Império, os Países Baixos da Borgonha passam a ser conhecidos por as Dezassete Províncias (dos Países Baixos) em 1477, até Filipe II de Espanha, duque titular da Borgonha em 1556-1598, soberano dos Países Baixos desde 1555, incluindo, deste modo, os soberanos Filipe I de Castela e Carlos V do Sacro Império.

Carlos V do Sacro Império, duque titular da Borgonha em 1505-1556, sendo soberano dos Países Baixos até 1555
~
Filipe II de Espanha e I de Portugal, duque titular da Borgonha em 1556-1598, soberano dos Países Baixos desde 1555



(Países Baixos da Borgonha; Dezassete Províncias)

A era espanhola deu-se com o reinado de Filipe II, rei de Espanha e duque titular de Borgonha em 1556, sendo soberano dos Países Baixos desde 1555 (domínio cedido pelo pai, imperador Carlos V do Sacro Império), até 1581, quando as províncias do norte se separaram do sul e declararam a sua independência, como a República das Sete Províncias Unidas dos Países Baixos (Províncias Unidas, República holandesa, de 1581/1588 até 1795, com a ocupação francesa). Os Países Baixos espanhóis, do sul, conservaram-se até 1713/15, quando esses territórios passam para o ramo austríaco da casa de Habsburgo (Filipe V de Espanha até 1706; seguiu-se um Conselho de Estado em 1706-1714, durante a Guerra da Sucessão Espanhola).

(Países Baixos espanhóis; República das Sete Províncias Unidas dos Países Baixos)

Os Países Baixos austríacos ocorreram na sequência da Guerra da Sucessão Espanhola, em 1715, com o imperador Carlos VI, até 1794/95 (anexação à Primeira República Francesa), com o imperador Francisco II do Sacro Império Romano-Germânico. A soberania dos imperadores sobre a região foi interrompida em 1746-48, com a ocupação francesa, em 1790, com a Revolução brabançona (a revolta dos Países Baixos do sul, causada pelas reformas do imperador José II, levou à breve existência, em 1790, de uma república, os Estados Belgas Unidos) e em 1792-93, Primeira República Francesa.

(Países Baixos austríacos; Estados Belgas Unidos)

Em 1795 acaba o reinado da casa de Áustria sobre os Países Baixos, com a anexação à Primeira República Francesa dos Países Baixos austríacos, do sul, e também dos Países Baixos do norte, a República das Sete Províncias Unidas dos Países Baixos.


Carlos V e o ducado de Milão


O imperador Carlos V anexa o ducado de Milão em 1535-1540 aos domínios do Sacro Império. Carlos V reivindica o ducado em 1535, após a morte sem herdeiros de Francisco II Sforza, como um feudo imperial para o filho Filipe de Áustria, disputando o território com o rei Francisco I da França, que mais tarde renuncia a Milão. Assim, em 1535 anexa o ducado ao seu domínio e, em 1540, confere o título de duque de Milão ao filho, príncipe Filipe de Áustria (futuro Filipe II de Espanha), que sucede ao duque Francisco II, embora só em 1554 é pública a investidura desse título. Contudo, o ducado foi localmente administrado por governadores.

Ducado de Milão:
Francisco II Sforza, duque de Milão em 1521-1535

Carlos V do Sacro Império, anexa o ducado de Milão em 1535-1540 (vacatura do ducado); pai de Filipe II de Espanha e I de Portugal

Filipe II de Espanha e I de Portugal, duque de Milão em 1540-1598, porém, só em 1554 é pública a investidura do título



Carlos V e Isabel de Portugal do Sacro Império Romano-Germânico


O imperador Carlos V do Sacro Império casa com a prima direita infanta Isabel (filha da sua tia Maria de Castela e de Manuel I), irmã do rei de Portugal, João III (que casa com a prima direita Catarina de Áustria, irmã da rainha Leonor de Áustria, consorte do pai Manuel I e, portanto, também irmã de Carlos V e Fernando I).



[Note-se que o ~ representa: filhos entre outros]


imperador Carlos V (1500-1558) do Sacro Império e Isabel de Portugal (1503-1539, filha de Manuel I)
~
Filipe II de Espanha e I de Portugal (1527-1598)
&
Maria de Espanha (1528-1603), imperatriz do Sacro Império, casada com o primo direito imperador Maximiliano II de Áustria (1527-1576), filho do imperador Fernando I e de Ana da Boémia e Hungria
&
Joana de Áustria (1535-1573), princesa de Portugal, casada em 1552 com o príncipe João de Portugal (1537-1554), filho (único, pois quando casou os irmãos já tinham falecido) de João III e de Catarina de Áustria, pais do rei Sebastião I, “o Desejado” (filho póstumo do príncipe João, que sucedeu o avô em 1557-1578)



O imperador Carlos V foi filho de Joana I de Espanha, a Louca e Filipe I de Castela, o Belo (Filipe I de Áustria, rei de Castela) e foi neto materno de Isabel I de Castela e Fernando II de Aragão, os Reis Católicos e neto paterno do imperador Maximiliano I de Áustria, do Sacro Império e Maria de Borgonha, duquesa titular de Borgonha (filha de Carlos, o Temerário, duque de Borgonha).

Isabel I de Castela, rainha de Castela em 1474-1504 e rainha consorte da coroa de Aragão em 1479-1504, e Fernando V de Castela (em 1475-1504) e II de Aragão (em 1479-1516) foram pais de Joana I, rainha de Castela em 1504-1555. Fernando II de Aragão foi governador do reino de Castela em 1504-1506 e 1507-1516.

Joana I (1479-1555) foi rainha de Castela de 1504 a 1555 (e também de Aragão e Navarra, posteriormente, Espanha).

1504-1506, Joana I de Castela, com Fernando II de Aragão como governador do reino de Castela

1506, Joana I com Filipe I de Castela (pais de Carlos de Áustria, príncipe das Astúrias)

1506-1507, Joana I de Castela

1507-1516, Joana I de Castela com o regente Fernando II de Aragão (foi governador do reino até morrer)

1516-1555, Joana I de Espanha com o filho Carlos I de Espanha



Carlos I foi rei de Espanha em 1516-1556 (reina com a mãe Joana I até 1555), iniciando-se a dinastia de Áustria, depois imperador Carlos V do Sacro Império.


Reis de Castela


Henrique II de Castela (fundador da dinastia de Trastâmara em Castela)
~
João I de Castela, casado com Leonor de Aragão (foram pais de Henrique III e do rei Fernando I de Aragão) e com Beatriz de Portugal (filha do rei Fernando I de Portugal)
~
Henrique III de Castela, casado com Catarina de Lencastre (filha de João de Gaunt, duque de Lencastre e infanta Constança de Castela, neta de Pedro I de Castela)
~
João II de Castela, casado com a prima direita Maria de Aragão (filha de Fernando I de Aragão) e com Isabel de Portugal (filha do Infante Condestável, neta de João I de Portugal e, também, do duque Afonso I de Bragança)
~
Henrique IV de Castela (filho de João II e Maria de Aragão), casado com Joana de Portugal, filha do rei Duarte I de Portugal e de Leonor de Aragão, teve uma única filha, Joana, “a Excelente Senhora” (Joana de Trastâmara, ou de Castela), princesa das Astúrias (herdeira de Henrique IV, com quem o rei Afonso V de Portugal, seu tio, planeou casar)
&
Isabel I de Castela, “a Católica” (filha de João II e Isabel de Portugal), rainha de Castela em 1474-1504 (sucedeu o meio-irmão Henrique IV, sendo tia de Joana, “a Excelente Senhora”) com o esposo (desde 1469) Fernando V (“Reis Católicos”) e rainha consorte da Coroa de Aragão em 1479-1504 e rainha consorte de Nápoles em 1504



Isabel I de Castela e Fernando II de Aragão, Reis Católicos


Fernando II de Aragão, “o Católico” (filho de João II de Aragão e neto de Fernando I de Aragão), rei da Sicília em 1468-1516 (Fernando II da Sicília), rei de Castela e Leão em 1474-1504 com a esposa Isabel I (Fernando V), rei de Aragão em 1479-1516, rei de Nápoles em 1504-1516 (Fernando III de Nápoles), Governador do Reino de Castela (após a morte de Isabel I) em 1504-1506 e 1507-1516 e rei de Navarra em 1512-1515 (Fernando I de Navarra)
~
Joana I de Castela, “a Louca”, rainha de Castela em 1504-1516, com o pai Fernando, “o Católico”, como Governador do Reino de Castela em 1504-1506, em 1506 rainha com o esposo Filipe I de Castela (morreu nesse ano), novamente com Fernando, “o Católico” (assumindo a regência), a partir de 1515 rainha de Navarra e como sucessora de Fernando II de Aragão torna-se rainha de Espanha em 1516-1555, com o filho, rei Carlos I de Espanha
~
imperador Carlos V, rei de Espanha (Carlos I de Espanha), de Nápoles (até 1554), da Sicília e da Sardenha em 1516-1556 (com a mãe, rainha Joana I, até 1555), duque titular de Borgonha (e soberano dos Países Baixos, as Dezassete Províncias, até 1555) em 1506-1556, arquiduque soberano da Áustria e rei dos romanos em 1519-1558 e sacro imperador romano-germânico (Carlos V) em 1520-1558 (em 1535-1540 anexa o ducado de Milão aos domínios do Sacro Império)



Filhos dos Reis Católicos


Fernando II de Aragão (1452-1516) e Isabel I de Castela (1451-1504), “Reis Católicos”
~
Isabel de Castela (1470-1498), que casou com o príncipe Afonso de Portugal (herdeiro de João II) e, já viúva, com o rei Manuel I (sucessor do primo direito e cunhado, João II), de quem teve Miguel da Paz, príncipe das Astúrias e príncipe de Portugal
&
João de Aragão e Castela (1478-1497), casado com a arquiduquesa Margarida de Áustria (irmã de Filipe I de Castela, não teve filhos, seria regente na menoridade do sobrinho Carlos de Áustria nos Países Baixos)
&
Joana I de Espanha (1479-1555), casada com Filipe I de Castela (pais dos imperadores Carlos V e Fernando I e de Catarina de Áustria, rainha consorte do primo direito João III)
&
Maria de Castela (1482-1517), casada com o viúvo da irmã, o rei Manuel I, de quem teve os reis João III e Henrique I e a imperatriz Isabel de Portugal (que casou com o primo direito imperador Carlos V)
&
Catarina de Aragão (1485-1536), infanta de Aragão e Castela e rainha consorte de Inglaterra, mãe, com Henrique VIII de Inglaterra, de Maria I de Inglaterra (que casou com Filipe I de Portugal e II de Espanha)



Joana I de Espanha foi herdeira das coroas de Castela e Aragão, após a morte do irmão príncipe João, da irmã Isabel de Castela e (em 1500) do sobrinho Miguel da Paz (1498-1500, príncipe de Portugal e príncipe das Astúrias e de Girona, filho de Isabel de Castela e do rei Manuel I de Portugal).

O rei Manuel I de Portugal (em 1495-1521) casou com as rainhas Isabel de Castela (filha primogénita dos Reis Católicos), Maria de Castela (irmã da anterior) e Leonor de Áustria (sobrinha das anteriores, filha de Joana I de Espanha).



Manuel I (14.º rei de Portugal) e Isabel de Castela
~
Miguel da Paz, príncipe de Portugal, príncipe das Astúrias e de Girona (herdeiro das coroas de Portugal, de Castela e de Aragão)



Manuel I e Maria de Castela
~
João III (15.º rei), pai do príncipe João Manuel, avô de Sebastião I (16.º rei)
&
imperatriz Isabel de Portugal, casada com o imperador Carlos V do Sacro Império, mãe de Filipe I (19.º rei)
&
Beatriz de Portugal, duquesa de Sabóia, casada com o duque Carlos III de Sabóia
&
Luís, duque de Beja, condestável do reino, pai de António I (Prior do Crato, 18.º rei)
&
Henrique I (Cardeal-Rei, 17.º rei)
&
infante Duarte, duque de Guimarães, casado com Isabel de Bragança, bisavô de João IV (22.º rei)



Manuel I e Leonor de Áustria
~
Maria, infanta de Portugal



Joana I de Castela e Filipe I de Castela


Filipe I de Castela, o Belo, foi duque titular de Borgonha em 1482-1506 e rei de Castela em 1506 com a esposa Joana I (até morrer, nesse mesmo ano). Filipe de Áustria, filho do sacro imperador romano-germânico Maximiliano I (da casa de Habsburgo) e da duquesa Maria de Borgonha, casou com a infanta Joana de Castela e Aragão em 1496.



Joana I de Espanha, “a Louca” reinou em 1504-1555 (reinou com o pai Fernando II de Aragão, o esposo Filipe I de Castela e o filho Carlos I de Espanha) e
Filipe I de Castela, “o Belo”, rei de Castela em 1506 (com a esposa Joana I)
~
Leonor de Áustria (1498-1558), rainha de Portugal em 1519-1521, terceira consorte de Manuel I (até à morte do rei, com descendência), e rainha da França em 1530-1547, segunda consorte (sem descendência) de Francisco I (rei da França em 1515-1547)
&
Carlos V (1500-1558), rei de Espanha (Carlos I de Espanha), de Nápoles (até 1554), da Sicília e da Sardenha em 1516-1556 (com a mãe, rainha Joana I, até 1555), duque titular de Borgonha (e soberano dos Países Baixos, as Dezassete Províncias, até 1555) em 1506-1556, arquiduque soberano da Áustria e rei dos romanos em 1519-1558 e, em 1520-1558, sacro imperador romano-germânico Carlos V (em 1535-1540 anexa o ducado de Milão aos domínios do Sacro Império)
&
Isabel de Áustria (1501-1526), rainha consorte do rei Cristiano II da Dinamarca e da Noruega e da Suécia (rei da União de Kalmar)
&
Fernando I (1503-1564), sacro imperador romano-germânico em 1558-1564 (após a abdicação do irmão Carlos V, sendo sucedido pelo filho Maximiliano II)
&
Maria de Áustria (1505-1558), rainha da Hungria e Boémia, consorte (sem descendência) de Luís II da Boémia e Hungria (que foi sucedido pelo cunhado imperador Fernando I, casado com a irmã, Ana da Boémia e Hungria) e, depois de enviuvar, foi governadora dos Países Baixos
&
Catarina de Áustria (1507-1578), rainha de Portugal em 1525-1557, consorte do primo direito João III (rei em 1521-1557)



Em 1504 morre a rainha Isabel I de Castela (reinado de Isabel I de Castela desde 1474, reinado de Isabel I e Fernando V em 1475-1504), sucedida pela filha Joana I (reinado de Joana I desde 1504, reinado de Joana I e Filipe I de Castela em 1506, reinado de Joana I desde 1506, reinado de Joana I e Carlos I de Espanha em 1516-1555). Fernando II de Aragão proclama a filha rainha de Castela e fica como governador do reino de Castela (1504-1506), por se verificar incapacidade de Joana I por doença mental. Em 1506, Joana I e Filipe I de Castela são proclamados reis de Castela, terminando o governo de Fernando II de Aragão, e Carlos I príncipe das Astúrias. Em 1506 morre Filipe I de Castela, ficando Joana I a reinar sozinha. Em 1507, Fernando II de Aragão regressa a Castela e assume o cargo de governador do reino de Castela (1507-1516). Em 1515 Fernando II entrega à coroa de Castela o reino de Navarra e em 1516 morre, deixando viúva Germana de Foix (rainha consorte de Aragão, segunda esposa de Fernando II em 1505, filha de João de Foix, visconde de Narbona e neta de Leonor I, rainha de Navarra e Gastão IV, conde de Foix), sem descendência, como herdeira Joana I e como regente, no governo das coroas de Espanha, Carlos I. O cardeal Cisneros sucede a Fernando II como governador do reino de Castela em 1516-1517, até ao regresso de Carlos I, quando é proclamado rei de Castela com a mãe Joana I e, em Aragão, a regência fica a cargo de Afonso de Aragão, arcebispo de Saragoça, em 1516-1518, até ao juramento dos reis Carlos I e da mãe Joana I (regência em Aragão de Afonso de Aragão e Germana de Foix).



Joana I de Espanha e imperador Carlos V, rei de Espanha



Joana I de Espanha, “a Louca” (filha dos “Reis Católicos”, reis de Castela e Leão, Aragão, Sicília, Nápoles e, depois, de Navarra), rainha de Espanha (reinou em 1504-1555, com o pai, o consorte e o filho), casada com Filipe I de Castela, “o Belo”, rei de Castela em 1506 (com a esposa), da Casa de Áustria (filho do imperador Maximiliano I de Áustria, que reinou no Sacro Império Romano-Germânico em 1508-1519 e de Maria de Borgonha, duquesa titular de Borgonha)
~
imperador Carlos V, rei de Espanha (Carlos I de Espanha), de Nápoles (até 1554), da Sicília e da Sardenha em 1516-1556 (com a mãe, rainha Joana I, até 1555), duque titular de Borgonha (e soberano dos Países Baixos, as Dezassete Províncias, até 1555) em 1506-1556, arquiduque soberano da Áustria e rei dos romanos em 1519-1558 e, em 1520-1558, sacro imperador romano-germânico Carlos V (em 1535-1540 anexa o ducado de Milão aos domínios do Sacro Império), primeiro rei da Casa de Áustria em Espanha, foi pai de Filipe I de Portugal e II de Espanha e, ainda, irmão do imperador Fernando I do Sacro Império (que lhe sucedeu, em 1558-1564)



Diversos reinos hispânicos, nomeadamente, os reinos de Castela e Toledo, reinos de Leão e Galiza e Astúrias, reino de Aragão e Catalunha e reinos de Valência e Maiorca, reino de Navarra, reinos de Granada e Córdova, deram origem ao reino de Espanha, que passou a partilhar a Península Ibérica (a Hispânia) com o reino de Portugal (separados do resto da Europa pela cordilheira dos Pirenéus, que forma uma fronteira natural entre França e Espanha).

A monarquia espanhola surge com a união dinástica entre os reinos peninsulares sob Fernando II de Aragão e Isabel I de Castela, que reinaram juntos como, respectivamente, rei de Aragão e consorte de Castela e rainha de Castela e consorte da Coroa de Aragão e, também, apelidados de Reis Católicos, título conferido pelo Papa Inocêncio VIII.

O início da formação da união dos reinos ibéricos sob uma só coroa associa-se ao casamento, em 1469, dos futuros Reis Católicos, à conquista do reino de Granada em 1492, último bastião muçulmano na Península Ibérica, à conquista de Navarra por Fernando II de Aragão em 1512, último reino anexado a Castela, e à ascensão ao trono, após a morte de Fernando II de Aragão em 1516, de Joana I (rainha desde 1504, depois da morte da mãe, Isabel I de Castela) e Carlos I de Espanha (mãe e filho).

Joana I e Carlos I (depois imperador Carlos V) foram reis de todos os reinos da Hespanha, excepto o reino de Portugal (da dinastia de Avis).

No entanto, a utopia de unificar a Península Ibérica num único reino cristão, como se viveu no tempo do Império Romano, na Hispânia e, também, com os reis Visigodos, convertidos ao catolicismo, com corte em Toledo, até 711, que surgiu com a Reconquista cristã (desde Pelágio, primeiro rei das Astúrias), só se realizaria em 1580 com a união dinástica entre Portugal e Espanha, união pessoal sob Filipe I de Portugal e II de Espanha.

O rei de Espanha foi, por herança e união dinástica ou por conquista, rei de Castela, de Leão, de Aragão, das Duas Sicílias, de Jerusalém, de Navarra, de Granada, de Toledo, de Valência, da Galiza, de Maiorca, de Sevilha, da Sardenha, de Córdova, da Córsega, de Múrcia, de Jaén, &c.





Dinastia de Trastâmara em Castela, Aragão, Navarra, Nápoles e Espanha (sucedida pela Casa de Áustria)

(Clicar na imagem para ampliar)



Reis de Espanha da casa de Áustria, 1516-1700


1516-1556: Carlos I de Espanha, duque titular de Borgonha (e soberano dos Países Baixos, as Dezassete Províncias, até 1555) em 1506-1556 (com regentes até 1515), rei de Espanha, de Nápoles (até 1554), da Sicília e da Sardenha em 1516-1556 – sucedendo, com a mãe Joana I de Espanha (rainha até 1555), a Fernando II de Aragão –, arquiduque soberano da Áustria e rei dos romanos em 1519-1558 e, em 1520-1558, sacro imperador romano-germânico Carlos V (em 1535-1540 anexa o ducado de Milão aos domínios do Sacro Império)

Joana I de Espanha, “a Louca” reinou em 1504-1555 (regeu com o pai Fernando II de Aragão, o esposo Filipe I de Castela e o filho Carlos I de Espanha)

1556-1598: Filipe II de Espanha e I de Portugal, "O Prudente", duque de Milão em 1540, rei de Nápoles em 1554 (Filipe I de Nápoles), rei de Inglaterra e Irlanda de 1554 até 1558 (com Maria I de Inglaterra), duque titular de Borgonha em 1556 (1556/58, soberania de vários estados borgonheses; Soberano Grão-Mestre da Ordem do Tosão de Ouro), soberano dos Países Baixos desde 1555, rei de Espanha, da Sicília e da Sardenha em 1556 e rei de Portugal, por agregação dinástica, em 1580/81-1598

1598-1621: Filipe III de Espanha e II de Portugal, "O Pio", rei de Espanha e Portugal

1621-1665: Filipe IV de Espanha e III de Portugal, "O Grande", rei de Espanha, rei de Portugal até 1640 (restauração da independência com João IV)

1665-1700: Carlos II de Espanha (regência da mãe, Mariana de Áustria, em 1665-1675), o último rei da dinastia de Habsburgo em Espanha (a endogamia, as excessivas uniões consanguíneas, contribuiu para a extinção dessa dinastia); foi sucedido por Filipe V de Espanha, fundador da dinastia Bourbon em Espanha (também rei de Nápoles e da Sicília), neto de Luís XIV da França, em disputa do trono espanhol (Guerra da Sucessão Espanhola, em 1701-1713/15) com o imperador Carlos VI de Áustria, que também foi no Sacro Império o último membro da dinastia de Habsburgo em linha varonil directa



Note-se que os casamentos e filhos apresentados não são exclusivos.

Sinal gráfico (&) usado para substituir a conjunção e (representa a conjunção latina et).