13.7.14

Dinastia Filipina ou da Casa de Áustria dos Reis de Portugal



Dinastia Filipina ou da Casa de Áustria dos Reis de Portugal


Dinastia Filipina ou da Casa de Áustria dos Reis de Portugal – I PARTE
(I/II)


I PARTE: Terceira Dinastia Filipina ou da Casa de Áustria dos Reis de Portugal, 1581-1640
II PARTE: A casa de Áustria e os imperadores do Sacro Império Romano-Germânico


Terceira Dinastia Filipina ou da Casa de Áustria dos Reis de Portugal, 1581-1640



Dinastia Filipina


Filipe I
D. Filipe I, "O Prudente" (1527-1598), rei de Portugal em 1580/81-1598, Filipe II de Espanha desde 1556, também duque de Milão (1540), rei de Nápoles (1554, Filipe I de Nápoles), rei de Inglaterra e Irlanda (1554-1558, com Maria I de Inglaterra), soberano dos Países Baixos (1555), duque titular de Borgonha (1556/58, soberania de vários estados borgonheses; Soberano Grão-Mestre da Ordem do Tosão de Ouro), rei da Sicília e da Sardenha (1556, com Espanha).

Casou com D. Maria de Portugal (primos-irmãos, infanta Maria Manuela de Portugal, princesa consorte das Astúrias, filha de João III), D. Maria Tudor (Maria I de Inglaterra e Irlanda, em 1553-1558, da dinastia Tudor, sem descendência; rainha consorte de Nápoles em 1554-1558; rainha consorte de Espanha e Sicília em 1556-1558), D. Isabel de Valois (rainha consorte de Espanha) e com D. Ana de Áustria (primos-irmãos, rainha consorte de Espanha). Filipe I de Portugal e II de Espanha e Ana de Áustria (filha do imperador Maximiliano II do Sacro Império) foram pais de Diogo Félix, príncipe das Astúrias e príncipe de Portugal e Filipe II.

Filipe I e Maria de Portugal (primeira consorte) foram pais do infante D. Carlos (1545-1568), que seria o príncipe das Astúrias de 1560 a 1568.



Filipe II e Margarida de Áustria
D. Filipe II, "O Pio" (1578-1621), rei de Portugal e Espanha (Filipe III) em 1598-1621, com D. Margarida de Áustria, rainha consorte de Espanha, Portugal, Nápoles e Sicília e arquiduquesa da Áustria (irmã do imperador Fernando II do Sacro Império). Os reis foram pais de Ana de Áustria, casada com Luís XIII da França (a rainha da França foi regente do filho Luís XIV em 1643-1661), Filipe III, Maria Ana de Áustria, casada com o sacro imperador romano-germânico Fernando III, Carlos de Áustria e o Cardeal-Infante Fernando de Áustria.



Filipe III e Isabel de França
D. Filipe III, "O Grande" (1605-1665), rei de Portugal em 1621-1640 e de Espanha (Filipe IV) em 1621-1665, com D. Isabel de França (1602-1644), rainha consorte de Espanha, Portugal, Nápoles e Sicília (irmã de Luís XIII da França). Os reis foram pais de Baltasar Carlos, príncipe das Astúrias e príncipe de Portugal e Maria Teresa de Áustria, casada com o primo direito Luís XIV da França (rei em 1643-1715).

Filipe IV de Espanha (em 1621-1665) foi sucedido pelo filho Carlos II de Espanha, rei em 1665-1700. Carlos II (1661-1700) foi filho da rainha consorte de Espanha (em 1649-1665) Mariana de Áustria (sobrinha do marido e filha do imperador Fernando III e Maria Ana de Áustria, infanta de Espanha), mais tarde também regente do filho em 1665-1675. Foi, também, o último rei espanhol da casa de Áustria. Em Portugal, deu-se a restauração da independência em 1640 e Filipe III de Portugal e IV de Espanha foi substituído no trono português por João IV, fundador da dinastia de Bragança.




A Dinastia de Avis e a Casa de Áustria


(Clicar na imagem para ampliar)



Os reis de Espanha da casa de Áustria



Carlos I de Espanha, depois imperador Carlos V


Carlos I de Espanha e V do Sacro Império Romano-Germânico foi o primeiro rei da casa de Áustria em Espanha (pai de Filipe I de Portugal e II de Espanha).

Carlos de Áustria (1500-1558), príncipe das Astúrias em 1506-1516, foi duque titular de Borgonha (e soberano dos Países Baixos, as Dezassete Províncias, até 1555) em 1506-1556, sucedendo a Filipe I de Castela (a regência, por menoridade, foi assumida pelo avô imperador Maximiliano I de Áustria e, depois, pela tia arquiduquesa Margarida de Áustria até 1515), rei de Espanha (Aragão, Castela, Leão, Navarra e reinos das Índias), de Nápoles (até 1554, que passa para o filho Filipe), da Sicília e da Sardenha em 1516-1556, sucedendo, com a mãe Joana I de Espanha (rainha até 1555), a Fernando II de Aragão (rei de Aragão e governador do reino de Castela), arquiduque soberano da Áustria e rei dos romanos em 1519-1558 (sucedendo o avô imperador Maximiliano I) e, em 1520-1558, sacro imperador romano-germânico (em 1535-1540 anexa o ducado de Milão aos domínios do Sacro Império, após a morte de Francisco II Sforza, que faleceu sem herdeiros).

O imperador Carlos V projecta uma monarquia universal e, para além do título imperial, baseia a sua força e poder universal num vasto império (o maior existente) desde grande parte da Europa à América, ao império ultramarino. Efectivamente, incluía o Sacro Império Romano-Germânico, Espanhas, Sicílias, Borgonha, Países Baixos, portos no Norte de África mediterrânico e imensos territórios na América, um império global “onde o sol nunca se punha”, sob a monarquia da casa de Áustria. O seu maior opositor continental, a França, persiste, entretanto, em reivindicar a herança de Carlos Magno (que Napoleão tentará concretizar).



O imperador Carlos V, senhor das terras espanholas do Novo Mundo, herda também um imenso império na Europa:

«Da avó paterna […] [Maria de Borgonha, duquesa titular de Borgonha (e do pai, Filipe I de Castela, duque titular de Borgonha)] herdara a Borgonha, um ducado que, no século XIV, se transformara numa das principais potências da Europa, quando agregou sucessivamente a Flandres, o Brabante, o Limburgo, o Hainaut (Henegouwen), a Zelândia (Zeeland), a Holanda, a Frísia e o Luxemburgo.» (MALTEZ, José Adelino. Tempo de Encruzilhada (Secs. XV a XVII). Em: <http://www.iscsp.utl.pt/~cepp/teoria_das_relacoes_internacionais/tempo_de_encruzilhada.htm>. Acesso em: 08 de Julho de 2014.)

«Do […] [trisavô Filipe III de Borgonha, o Bom, duque de Borgonha (descendente da dinastia de Valois), fundador da Ordem do Tosão de Ouro, casado com Isabel de Portugal, filha do rei João I e tia da imperatriz do Sacro Império, Leonor de Portugal (consorte do imperador Frederico III)] Filipe o Bom (1419-1467), casado com D. Isabel de Portugal, filha do nosso D. João I, mantinha o sonho de se assumir como o Grão-Duque do Ocidente e […] [do bisavô Carlos, o Temerário, duque de Borgonha (primo direito da imperatriz Leonor, ambos netos de João I; pai de Maria de Borgonha)] a ambição de constituir uma nova Lotaríngia, em rivalidade com o rei de França.» (Idem, ibidem.)

«Do avô paterno, Maximiliano I (1459-1519) [Maximiliano I de Áustria, imperador em 1508-1519 do Sacro Império (filho do imperador Frederico III e Leonor de Portugal), a quem sucedeu no trono imperial], ei-lo Habsburgo, herdeiro daquela família, originária da Suíça que, ao longo do século XIV, junta ao ducado da Áustria, a Carniola, o Tirol, a Ístria e o Trieste, esses herdeiros da marca oriental dos carolíngios que assumem a fronteira oriental da cristandade em tensão com os turcos, esses Habsburgos que […] foram elevados à categoria de Imperadores da Alemanha. Aliás, foi Maximiliano que iniciou aquele processo de alianças matrimoniais que tornaram o núcleo austríaco numa potência europeia, inspirando o dístico de “Bella gerant alii, tu, felix Áustria, nube; Nam quae Mars aliis, dat tibi regna Venus” (que os outros façam a guerra, tu, feliz Áustria, contratas casamentos. Porque os reinos que Marte dá aos outros, é Vénus que tos assegura).» (Idem, ibidem.)

«Da avó materna, Isabel de Castela (1451-1504) [Isabel I de Castela, “a Católica”], herda a principal potência continental da península ibérica, outra antiga marca fronteiriça que, em 1230, se unira a Leão e que, em conjunto com Aragão, conquistara Granada em 1492.» (Idem, ibidem.)

«Do avô materno, Fernando de Aragão (1452-1516) [Fernando II de Aragão, “o Católico”], recebe um reino unificado com a Catalunha, desde os começos do século XII, que, se alargara ao Rossilhão (finais do século XII), às Baleares, a Valência, à Sicília (século XIII), à Sardenha (século XIV) e a Nápoles (século XV), constituindo-se como a principal potência mediterrânica.» (Idem, ibidem.)

Imperador Carlos V do Sacro Império e rei de Espanha:

«Em 1516, assume-se rei de Espanha. Foi o papa Leão X que lhe concedeu tal título, como Alexandre VI o havia dado a Fernando o Católico, deste modo se concretizando o programa que levou ao casamento de Isabel e Fernando, em 1469, e à anexação de Navarra, em 1512. Aliás, perante tal circunstância, logo protestou o rei de Portugal […]» (Idem, ibidem.)

«O império de Carlos V resultava, assim, de uma adição de várias unidades políticas geradas nos finais da Idade Média, num misto de guerra e de uniões matrimoniais dinásticas.» (Idem, ibidem.)

«Com ele, nasce a Espanha, já religiosamente unificada desde 1478, com a Inquisição, e morre a Hispania. Ultrapassando-se a si mesma, esta nova entidade política vive em regime de excesso de uma incompleta realização. Como memória de um projecto que nunca realizou. Como o poder ser de uma monarquia universal.» (Idem, ibidem.)

«Mas os sucessores não deixam de continuar o acrescentamento. Fernando, irmão de Carlos V, pelo casamento de 1526, fizera juntar à Áustria as coroas da Boémia e da Hungria. Filipe II, em 1580, passará a rei de Portugal. Mas, se consegue levar a cristandade a vencer os turcos em Lepanto, em 1578, já não é capaz de domar a Inglaterra, com a derrota da Invencível Armada em 1588, nem de conservar a unidade dos Países Baixos, onde se dá a secessão das Províncias Unidas, a partir da União de Utreque em 1579.» (Idem, ibidem.)

«Assim, em 28 de Junho de 1519, quando foi eleito imperador, assumiu-se como Carolus semper Augustus orbis dominus. O seu chanceler, Marcurino Gattinara, não se rogou mesmo em proclamar: já que Deus vos concedeu a graça imensa de ser elevado acima de todos os reis e príncipes da cristandade, a uma autoridade e dominação de que, até agora, só o vosso antecessor Carlos Magno teve um antegozo, estais no caminho para a monarquia mundial, para a reunião da cristandade sob um pastor.» (Idem, ibidem.)

«A Espanha da modernidade deve-se aos reis Católicos, conformando-se depois da conquista de Granada em 1492 e a anexação de Navarra em 1512, operações que foram precedidas pela união de Aragão com a Catalunha, em 1137, e a união de Leão e Castela, em 1230. Mas a unidade espanhola só se concretiza, contudo, em 1516, com a subida ao trono de Carlos V, frustrando-se a integração do reino de Portugal, ainda concretizada durante sessenta anos, entre 1580 e 1640.» (MALTEZ, José Adelino. Tempo de Encruzilhada (Secs. XV a XVII). Em: 
<http://www.iscsp.utl.pt/~cepp/teoria_das_relacoes_internacionais/tempo_de_encruzilhada.htm>. Acesso em: 08 de Julho de 2014.)



Carlos V e o ducado de Borgonha


Carlos, o Temerário, duque de Borgonha em 1467-1477 foi, de facto, o último duque de Borgonha. Os seus domínios distribuíam-se essencialmente por três áreas da Europa ocidental, os Países Baixos (actual “Benelux”) a noroeste e, a sul destes, o ducado de Borgonha e o condado de Borgonha (ou Franco Condado, dos condes palatinos de Borgonha). Com a morte do duque em 1477, a herança da Borgonha foi disputada pelo rei Luís XI da França (em 1461-1483, da dinastia de Valois) e pelo imperador Maximiliano I do Sacro Império, consorte da filha de Carlos, o Temerário, Maria de Borgonha. Assim, o ducado de Borgonha e seus territórios passaram para a França, enquanto que os Países Baixos e o condado de Borgonha ficaram sob a soberania da dinastia austríaca de Habsburgo. Apesar da perda do ducado de Borgonha, os membros da dinastia de Habsburgo continuam a usar o título de duque de Borgonha para os seus territórios da Borgonha, mantendo também a pretensão ao ducado.

Por conseguinte, a partir de 1477, o duque titular de Borgonha detinha o Condado de Borgonha e seus territórios (até 1678, então incorporados na França), a sul dos Países Baixos, e os Países Baixos (as Dezassete Províncias). A soberania dos vários estados borgonheses também estava conectada ao título de Soberano Grão-Mestre da Ordem do Tosão de Ouro, que os duques fruíam.

Duque titular de Borgonha

da dinastia de Valois da Borgonha (1405-1482):
Maria de Borgonha, duquesa titular de Borgonha em 1477-1482, com o consorte Maximiliano I do Sacro Império

da dinastia de Habsburgo (1482-1678):
Filipe I de Castela, duque titular de Borgonha em 1482-1506 (sucede à mãe, com regência do pai, Maximiliano I, na sua menoridade, até 1494)
~
Carlos V do Sacro Império, duque titular de Borgonha em 1506-1556 (sucede ao pai Filipe I de Castela, com regência, por menoridade, assumida pelo avô imperador Maximiliano I e, depois, pela tia arquiduquesa Margarida de Áustria até 1515)
~
Filipe II de Espanha e I de Portugal, duque titular de Borgonha em 1556-1598, soberano dos Países Baixos desde 1555



Países Baixos dos príncipes da casa de Habsburgo


Em 1482, com Filipe I de Castela (Filipe I de Áustria, rei de Castela), o Belo, a suceder à mãe, Maria de Borgonha, como duque titular de Borgonha (em 1482-1506), com regência do pai, o imperador Maximiliano I do Sacro Império, na sua menoridade (até 1494), inicia-se a soberania da casa de Áustria sob os Países Baixos, ou seja, aproximadamente os territórios da actual Bélgica, Países Baixos e Luxemburgo. Todavia, localmente os Países Baixos foram regidos por um governador. Este período começou em 1482, com o fim do período da Borgonha, e terminou para os Países Baixos do norte em 1581 e para os Países Baixos do sul em 1795.

O período da Borgonha abrange os Países Baixos da Borgonha, até 1477, com a morte de Carlos, o Temerário, duque de Borgonha (em 1467-1477). Com Maria de Borgonha, duquesa titular de Borgonha (em 1477-1482) e o seu consorte, imperador Maximiliano I do Sacro Império, os Países Baixos da Borgonha passam a ser conhecidos por as Dezassete Províncias (dos Países Baixos) em 1477, até Filipe II de Espanha, duque titular da Borgonha em 1556-1598, soberano dos Países Baixos desde 1555, incluindo, deste modo, os soberanos Filipe I de Castela e Carlos V do Sacro Império.

Carlos V do Sacro Império, duque titular da Borgonha em 1505-1556, sendo soberano dos Países Baixos até 1555
~
Filipe II de Espanha e I de Portugal, duque titular da Borgonha em 1556-1598, soberano dos Países Baixos desde 1555



(Países Baixos da Borgonha; Dezassete Províncias)

A era espanhola deu-se com o reinado de Filipe II, rei de Espanha e duque titular de Borgonha em 1556, sendo soberano dos Países Baixos desde 1555 (domínio cedido pelo pai, imperador Carlos V do Sacro Império), até 1581, quando as províncias do norte se separaram do sul e declararam a sua independência, como a República das Sete Províncias Unidas dos Países Baixos (Províncias Unidas, República holandesa, de 1581/1588 até 1795, com a ocupação francesa). Os Países Baixos espanhóis, do sul, conservaram-se até 1713/15, quando esses territórios passam para o ramo austríaco da casa de Habsburgo (Filipe V de Espanha até 1706; seguiu-se um Conselho de Estado em 1706-1714, durante a Guerra da Sucessão Espanhola).

(Países Baixos espanhóis; República das Sete Províncias Unidas dos Países Baixos)

Os Países Baixos austríacos ocorreram na sequência da Guerra da Sucessão Espanhola, em 1715, com o imperador Carlos VI, até 1794/95 (anexação à Primeira República Francesa), com o imperador Francisco II do Sacro Império Romano-Germânico. A soberania dos imperadores sobre a região foi interrompida em 1746-48, com a ocupação francesa, em 1790, com a Revolução brabançona (a revolta dos Países Baixos do sul, causada pelas reformas do imperador José II, levou à breve existência, em 1790, de uma república, os Estados Belgas Unidos) e em 1792-93, Primeira República Francesa.

(Países Baixos austríacos; Estados Belgas Unidos)

Em 1795 acaba o reinado da casa de Áustria sobre os Países Baixos, com a anexação à Primeira República Francesa dos Países Baixos austríacos, do sul, e também dos Países Baixos do norte, a República das Sete Províncias Unidas dos Países Baixos.


Carlos V e o ducado de Milão


O imperador Carlos V anexa o ducado de Milão em 1535-1540 aos domínios do Sacro Império. Carlos V reivindica o ducado em 1535, após a morte sem herdeiros de Francisco II Sforza, como um feudo imperial para o filho Filipe de Áustria, disputando o território com o rei Francisco I da França, que mais tarde renuncia a Milão. Assim, em 1535 anexa o ducado ao seu domínio e, em 1540, confere o título de duque de Milão ao filho, príncipe Filipe de Áustria (futuro Filipe II de Espanha), que sucede ao duque Francisco II, embora só em 1554 é pública a investidura desse título. Contudo, o ducado foi localmente administrado por governadores.

Ducado de Milão:
Francisco II Sforza, duque de Milão em 1521-1535

Carlos V do Sacro Império, anexa o ducado de Milão em 1535-1540 (vacatura do ducado); pai de Filipe II de Espanha e I de Portugal

Filipe II de Espanha e I de Portugal, duque de Milão em 1540-1598, porém, só em 1554 é pública a investidura do título



Carlos V e Isabel de Portugal do Sacro Império Romano-Germânico


O imperador Carlos V do Sacro Império casa com a prima direita infanta Isabel (filha da sua tia Maria de Castela e de Manuel I), irmã do rei de Portugal, João III (que casa com a prima direita Catarina de Áustria, irmã da rainha Leonor de Áustria, consorte do pai Manuel I e, portanto, também irmã de Carlos V e Fernando I).



[Note-se que o ~ representa: filhos entre outros]


imperador Carlos V (1500-1558) do Sacro Império e Isabel de Portugal (1503-1539, filha de Manuel I)
~
Filipe II de Espanha e I de Portugal (1527-1598)
&
Maria de Espanha (1528-1603), imperatriz do Sacro Império, casada com o primo direito imperador Maximiliano II de Áustria (1527-1576), filho do imperador Fernando I e de Ana da Boémia e Hungria
&
Joana de Áustria (1535-1573), princesa de Portugal, casada em 1552 com o príncipe João de Portugal (1537-1554), filho (único, pois quando casou os irmãos já tinham falecido) de João III e de Catarina de Áustria, pais do rei Sebastião I, “o Desejado” (filho póstumo do príncipe João, que sucedeu o avô em 1557-1578)



O imperador Carlos V foi filho de Joana I de Espanha, a Louca e Filipe I de Castela, o Belo (Filipe I de Áustria, rei de Castela) e foi neto materno de Isabel I de Castela e Fernando II de Aragão, os Reis Católicos e neto paterno do imperador Maximiliano I de Áustria, do Sacro Império e Maria de Borgonha, duquesa titular de Borgonha (filha de Carlos, o Temerário, duque de Borgonha).

Isabel I de Castela, rainha de Castela em 1474-1504 e rainha consorte da coroa de Aragão em 1479-1504, e Fernando V de Castela (em 1475-1504) e II de Aragão (em 1479-1516) foram pais de Joana I, rainha de Castela em 1504-1555. Fernando II de Aragão foi governador do reino de Castela em 1504-1506 e 1507-1516.

Joana I (1479-1555) foi rainha de Castela de 1504 a 1555 (e também de Aragão e Navarra, posteriormente, Espanha).

1504-1506, Joana I de Castela, com Fernando II de Aragão como governador do reino de Castela

1506, Joana I com Filipe I de Castela (pais de Carlos de Áustria, príncipe das Astúrias)

1506-1507, Joana I de Castela

1507-1516, Joana I de Castela com o regente Fernando II de Aragão (foi governador do reino até morrer)

1516-1555, Joana I de Espanha com o filho Carlos I de Espanha



Carlos I foi rei de Espanha em 1516-1556 (reina com a mãe Joana I até 1555), iniciando-se a dinastia de Áustria, depois imperador Carlos V do Sacro Império.


Reis de Castela


Henrique II de Castela (fundador da dinastia de Trastâmara em Castela)
~
João I de Castela, casado com Leonor de Aragão (foram pais de Henrique III e do rei Fernando I de Aragão) e com Beatriz de Portugal (filha do rei Fernando I de Portugal)
~
Henrique III de Castela, casado com Catarina de Lencastre (filha de João de Gaunt, duque de Lencastre e infanta Constança de Castela, neta de Pedro I de Castela)
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João II de Castela, casado com a prima direita Maria de Aragão (filha de Fernando I de Aragão) e com Isabel de Portugal (filha do Infante Condestável, neta de João I de Portugal e, também, do duque Afonso I de Bragança)
~
Henrique IV de Castela (filho de João II e Maria de Aragão), casado com Joana de Portugal, filha do rei Duarte I de Portugal e de Leonor de Aragão, teve uma única filha, Joana, “a Excelente Senhora” (Joana de Trastâmara, ou de Castela), princesa das Astúrias (herdeira de Henrique IV, com quem o rei Afonso V de Portugal, seu tio, planeou casar)
&
Isabel I de Castela, “a Católica” (filha de João II e Isabel de Portugal), rainha de Castela em 1474-1504 (sucedeu o meio-irmão Henrique IV, sendo tia de Joana, “a Excelente Senhora”) com o esposo (desde 1469) Fernando V (“Reis Católicos”) e rainha consorte da Coroa de Aragão em 1479-1504 e rainha consorte de Nápoles em 1504



Isabel I de Castela e Fernando II de Aragão, Reis Católicos


Fernando II de Aragão, “o Católico” (filho de João II de Aragão e neto de Fernando I de Aragão), rei da Sicília em 1468-1516 (Fernando II da Sicília), rei de Castela e Leão em 1474-1504 com a esposa Isabel I (Fernando V), rei de Aragão em 1479-1516, rei de Nápoles em 1504-1516 (Fernando III de Nápoles), Governador do Reino de Castela (após a morte de Isabel I) em 1504-1506 e 1507-1516 e rei de Navarra em 1512-1515 (Fernando I de Navarra)
~
Joana I de Castela, “a Louca”, rainha de Castela em 1504-1516, com o pai Fernando, “o Católico”, como Governador do Reino de Castela em 1504-1506, em 1506 rainha com o esposo Filipe I de Castela (morreu nesse ano), novamente com Fernando, “o Católico” (assumindo a regência), a partir de 1515 rainha de Navarra e como sucessora de Fernando II de Aragão torna-se rainha de Espanha em 1516-1555, com o filho, rei Carlos I de Espanha
~
imperador Carlos V, rei de Espanha (Carlos I de Espanha), de Nápoles (até 1554), da Sicília e da Sardenha em 1516-1556 (com a mãe, rainha Joana I, até 1555), duque titular de Borgonha (e soberano dos Países Baixos, as Dezassete Províncias, até 1555) em 1506-1556, arquiduque soberano da Áustria e rei dos romanos em 1519-1558 e sacro imperador romano-germânico (Carlos V) em 1520-1558 (em 1535-1540 anexa o ducado de Milão aos domínios do Sacro Império)



Filhos dos Reis Católicos


Fernando II de Aragão (1452-1516) e Isabel I de Castela (1451-1504), “Reis Católicos”
~
Isabel de Castela (1470-1498), que casou com o príncipe Afonso de Portugal (herdeiro de João II) e, já viúva, com o rei Manuel I (sucessor do primo direito e cunhado, João II), de quem teve Miguel da Paz, príncipe das Astúrias e príncipe de Portugal
&
João de Aragão e Castela (1478-1497), casado com a arquiduquesa Margarida de Áustria (irmã de Filipe I de Castela, não teve filhos, seria regente na menoridade do sobrinho Carlos de Áustria nos Países Baixos)
&
Joana I de Espanha (1479-1555), casada com Filipe I de Castela (pais dos imperadores Carlos V e Fernando I e de Catarina de Áustria, rainha consorte do primo direito João III)
&
Maria de Castela (1482-1517), casada com o viúvo da irmã, o rei Manuel I, de quem teve os reis João III e Henrique I e a imperatriz Isabel de Portugal (que casou com o primo direito imperador Carlos V)
&
Catarina de Aragão (1485-1536), infanta de Aragão e Castela e rainha consorte de Inglaterra, mãe, com Henrique VIII de Inglaterra, de Maria I de Inglaterra (que casou com Filipe I de Portugal e II de Espanha)



Joana I de Espanha foi herdeira das coroas de Castela e Aragão, após a morte do irmão príncipe João, da irmã Isabel de Castela e (em 1500) do sobrinho Miguel da Paz (1498-1500, príncipe de Portugal e príncipe das Astúrias e de Girona, filho de Isabel de Castela e do rei Manuel I de Portugal).

O rei Manuel I de Portugal (em 1495-1521) casou com as rainhas Isabel de Castela (filha primogénita dos Reis Católicos), Maria de Castela (irmã da anterior) e Leonor de Áustria (sobrinha das anteriores, filha de Joana I de Espanha).



Manuel I (14.º rei de Portugal) e Isabel de Castela
~
Miguel da Paz, príncipe de Portugal, príncipe das Astúrias e de Girona (herdeiro das coroas de Portugal, de Castela e de Aragão)



Manuel I e Maria de Castela
~
João III (15.º rei), pai do príncipe João Manuel, avô de Sebastião I (16.º rei)
&
imperatriz Isabel de Portugal, casada com o imperador Carlos V do Sacro Império, mãe de Filipe I (19.º rei)
&
Beatriz de Portugal, duquesa de Sabóia, casada com o duque Carlos III de Sabóia
&
Luís, duque de Beja, condestável do reino, pai de António I (Prior do Crato, 18.º rei)
&
Henrique I (Cardeal-Rei, 17.º rei)
&
infante Duarte, duque de Guimarães, casado com Isabel de Bragança, bisavô de João IV (22.º rei)



Manuel I e Leonor de Áustria
~
Maria, infanta de Portugal



Joana I de Castela e Filipe I de Castela


Filipe I de Castela, o Belo, foi duque titular de Borgonha em 1482-1506 e rei de Castela em 1506 com a esposa Joana I (até morrer, nesse mesmo ano). Filipe de Áustria, filho do sacro imperador romano-germânico Maximiliano I (da casa de Habsburgo) e da duquesa Maria de Borgonha, casou com a infanta Joana de Castela e Aragão em 1496.



Joana I de Espanha, “a Louca” reinou em 1504-1555 (reinou com o pai Fernando II de Aragão, o esposo Filipe I de Castela e o filho Carlos I de Espanha) e
Filipe I de Castela, “o Belo”, rei de Castela em 1506 (com a esposa Joana I)
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Leonor de Áustria (1498-1558), rainha de Portugal em 1519-1521, terceira consorte de Manuel I (até à morte do rei, com descendência), e rainha da França em 1530-1547, segunda consorte (sem descendência) de Francisco I (rei da França em 1515-1547)
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Carlos V (1500-1558), rei de Espanha (Carlos I de Espanha), de Nápoles (até 1554), da Sicília e da Sardenha em 1516-1556 (com a mãe, rainha Joana I, até 1555), duque titular de Borgonha (e soberano dos Países Baixos, as Dezassete Províncias, até 1555) em 1506-1556, arquiduque soberano da Áustria e rei dos romanos em 1519-1558 e, em 1520-1558, sacro imperador romano-germânico Carlos V (em 1535-1540 anexa o ducado de Milão aos domínios do Sacro Império)
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Isabel de Áustria (1501-1526), rainha consorte do rei Cristiano II da Dinamarca e da Noruega e da Suécia (rei da União de Kalmar)
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Fernando I (1503-1564), sacro imperador romano-germânico em 1558-1564 (após a abdicação do irmão Carlos V, sendo sucedido pelo filho Maximiliano II)
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Maria de Áustria (1505-1558), rainha da Hungria e Boémia, consorte (sem descendência) de Luís II da Boémia e Hungria (que foi sucedido pelo cunhado imperador Fernando I, casado com a irmã, Ana da Boémia e Hungria) e, depois de enviuvar, foi governadora dos Países Baixos
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Catarina de Áustria (1507-1578), rainha de Portugal em 1525-1557, consorte do primo direito João III (rei em 1521-1557)



Em 1504 morre a rainha Isabel I de Castela (reinado de Isabel I de Castela desde 1474, reinado de Isabel I e Fernando V em 1475-1504), sucedida pela filha Joana I (reinado de Joana I desde 1504, reinado de Joana I e Filipe I de Castela em 1506, reinado de Joana I desde 1506, reinado de Joana I e Carlos I de Espanha em 1516-1555). Fernando II de Aragão proclama a filha rainha de Castela e fica como governador do reino de Castela (1504-1506), por se verificar incapacidade de Joana I por doença mental. Em 1506, Joana I e Filipe I de Castela são proclamados reis de Castela, terminando o governo de Fernando II de Aragão, e Carlos I príncipe das Astúrias. Em 1506 morre Filipe I de Castela, ficando Joana I a reinar sozinha. Em 1507, Fernando II de Aragão regressa a Castela e assume o cargo de governador do reino de Castela (1507-1516). Em 1515 Fernando II entrega à coroa de Castela o reino de Navarra e em 1516 morre, deixando viúva Germana de Foix (rainha consorte de Aragão, segunda esposa de Fernando II em 1505, filha de João de Foix, visconde de Narbona e neta de Leonor I, rainha de Navarra e Gastão IV, conde de Foix), sem descendência, como herdeira Joana I e como regente, no governo das coroas de Espanha, Carlos I. O cardeal Cisneros sucede a Fernando II como governador do reino de Castela em 1516-1517, até ao regresso de Carlos I, quando é proclamado rei de Castela com a mãe Joana I e, em Aragão, a regência fica a cargo de Afonso de Aragão, arcebispo de Saragoça, em 1516-1518, até ao juramento dos reis Carlos I e da mãe Joana I (regência em Aragão de Afonso de Aragão e Germana de Foix).



Joana I de Espanha e imperador Carlos V, rei de Espanha



Joana I de Espanha, “a Louca” (filha dos “Reis Católicos”, reis de Castela e Leão, Aragão, Sicília, Nápoles e, depois, de Navarra), rainha de Espanha (reinou em 1504-1555, com o pai, o consorte e o filho), casada com Filipe I de Castela, “o Belo”, rei de Castela em 1506 (com a esposa), da Casa de Áustria (filho do imperador Maximiliano I de Áustria, que reinou no Sacro Império Romano-Germânico em 1508-1519 e de Maria de Borgonha, duquesa titular de Borgonha)
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imperador Carlos V, rei de Espanha (Carlos I de Espanha), de Nápoles (até 1554), da Sicília e da Sardenha em 1516-1556 (com a mãe, rainha Joana I, até 1555), duque titular de Borgonha (e soberano dos Países Baixos, as Dezassete Províncias, até 1555) em 1506-1556, arquiduque soberano da Áustria e rei dos romanos em 1519-1558 e, em 1520-1558, sacro imperador romano-germânico Carlos V (em 1535-1540 anexa o ducado de Milão aos domínios do Sacro Império), primeiro rei da Casa de Áustria em Espanha, foi pai de Filipe I de Portugal e II de Espanha e, ainda, irmão do imperador Fernando I do Sacro Império (que lhe sucedeu, em 1558-1564)



Diversos reinos hispânicos, nomeadamente, os reinos de Castela e Toledo, reinos de Leão e Galiza e Astúrias, reino de Aragão e Catalunha e reinos de Valência e Maiorca, reino de Navarra, reinos de Granada e Córdova, deram origem ao reino de Espanha, que passou a partilhar a Península Ibérica (a Hispânia) com o reino de Portugal (separados do resto da Europa pela cordilheira dos Pirenéus, que forma uma fronteira natural entre França e Espanha).

A monarquia espanhola surge com a união dinástica entre os reinos peninsulares sob Fernando II de Aragão e Isabel I de Castela, que reinaram juntos como, respectivamente, rei de Aragão e consorte de Castela e rainha de Castela e consorte da Coroa de Aragão e, também, apelidados de Reis Católicos, título conferido pelo Papa Inocêncio VIII.

O início da formação da união dos reinos ibéricos sob uma só coroa associa-se ao casamento, em 1469, dos futuros Reis Católicos, à conquista do reino de Granada em 1492, último bastião muçulmano na Península Ibérica, à conquista de Navarra por Fernando II de Aragão em 1512, último reino anexado a Castela, e à ascensão ao trono, após a morte de Fernando II de Aragão em 1516, de Joana I (rainha desde 1504, depois da morte da mãe, Isabel I de Castela) e Carlos I de Espanha (mãe e filho).

Joana I e Carlos I (depois imperador Carlos V) foram reis de todos os reinos da Hespanha, excepto o reino de Portugal (da dinastia de Avis).

No entanto, a utopia de unificar a Península Ibérica num único reino cristão, como se viveu no tempo do Império Romano, na Hispânia e, também, com os reis Visigodos, convertidos ao catolicismo, com corte em Toledo, até 711, que surgiu com a Reconquista cristã (desde Pelágio, primeiro rei das Astúrias), só se realizaria em 1580 com a união dinástica entre Portugal e Espanha, união pessoal sob Filipe I de Portugal e II de Espanha.

O rei de Espanha foi, por herança e união dinástica ou por conquista, rei de Castela, de Leão, de Aragão, das Duas Sicílias, de Jerusalém, de Navarra, de Granada, de Toledo, de Valência, da Galiza, de Maiorca, de Sevilha, da Sardenha, de Córdova, da Córsega, de Múrcia, de Jaén, &c.





Dinastia de Trastâmara em Castela, Aragão, Navarra, Nápoles e Espanha (sucedida pela Casa de Áustria)

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Reis de Espanha da casa de Áustria, 1516-1700


1516-1556: Carlos I de Espanha, duque titular de Borgonha (e soberano dos Países Baixos, as Dezassete Províncias, até 1555) em 1506-1556 (com regentes até 1515), rei de Espanha, de Nápoles (até 1554), da Sicília e da Sardenha em 1516-1556 – sucedendo, com a mãe Joana I de Espanha (rainha até 1555), a Fernando II de Aragão –, arquiduque soberano da Áustria e rei dos romanos em 1519-1558 e, em 1520-1558, sacro imperador romano-germânico Carlos V (em 1535-1540 anexa o ducado de Milão aos domínios do Sacro Império)

Joana I de Espanha, “a Louca” reinou em 1504-1555 (regeu com o pai Fernando II de Aragão, o esposo Filipe I de Castela e o filho Carlos I de Espanha)

1556-1598: Filipe II de Espanha e I de Portugal, "O Prudente", duque de Milão em 1540, rei de Nápoles em 1554 (Filipe I de Nápoles), rei de Inglaterra e Irlanda de 1554 até 1558 (com Maria I de Inglaterra), duque titular de Borgonha em 1556 (1556/58, soberania de vários estados borgonheses; Soberano Grão-Mestre da Ordem do Tosão de Ouro), soberano dos Países Baixos desde 1555, rei de Espanha, da Sicília e da Sardenha em 1556 e rei de Portugal, por agregação dinástica, em 1580/81-1598

1598-1621: Filipe III de Espanha e II de Portugal, "O Pio", rei de Espanha e Portugal

1621-1665: Filipe IV de Espanha e III de Portugal, "O Grande", rei de Espanha, rei de Portugal até 1640 (restauração da independência com João IV)

1665-1700: Carlos II de Espanha (regência da mãe, Mariana de Áustria, em 1665-1675), o último rei da dinastia de Habsburgo em Espanha (a endogamia, as excessivas uniões consanguíneas, contribuiu para a extinção dessa dinastia); foi sucedido por Filipe V de Espanha, fundador da dinastia Bourbon em Espanha (também rei de Nápoles e da Sicília), neto de Luís XIV da França, em disputa do trono espanhol (Guerra da Sucessão Espanhola, em 1701-1713/15) com o imperador Carlos VI de Áustria, que também foi no Sacro Império o último membro da dinastia de Habsburgo em linha varonil directa



Note-se que os casamentos e filhos apresentados não são exclusivos.

Sinal gráfico (&) usado para substituir a conjunção e (representa a conjunção latina et).