10.6.06

Antecedentes dos Reis de Portugal


Genealogia


Hispânia

Reis das Astúrias: Pelágio (em 718-737), lendariamente considerado descendente dos reis visigodos
Fávila (737-739)

Afonso I, “o Católico” (739-757), autoproclama-se primeiro Rei das Astúrias
Fruela I (757-768)
Aurélio (768-774)
Silo (774-783)
Mauregato, “o Usurpador” (783-788)
Bermudo I, “o Diácono”, (788-791), ou Vermudo
Afonso II, “o Casto” (791-842)
Ramiro I (842-850)
Ordonho I (850-866)
Afonso III, “o Grande” ou Afonso Magno (866-910), transfere a capital de Oviedo para Leão, sendo por isso considerado o primeiro monarca leonês (Afonso III de Leão); foi pai de Garcia I de Leão, Ordonho II de Leão e Fruela II de Leão;
Vimara Peres, conde de Portucale em 868, foi vassalo de Afonso Magno, rei de Leão e das Astúrias (condes de Portucale, 868-1071)
Fruela II (910-925), eventualmente subordinado ao rei de Leão; também rei de Leão (924-925)


Reis de Leão: Afonso III de Leão, “o Grande” ou Afonso Magno de Leão (866-910)
Garcia I de Leão (910-914)
Ordonho II de Leão (914-924), também rei da Galiza (910-924); foi pai de Sancho Ordonhes, Afonso IV de Leão e Ramiro II de Leão
Fruela II de Leão (924-925), também rei das Astúrias (910-925) e, ainda, rei da Galiza (924-925)
Sancho Ordonhes (925), reinado contestado, foi deposto pelo primo Afonso Froilaz (filho de Fruela II de Leão); também rei da Galiza (925-929)
Afonso Froilaz (925-926), reinado contestado, foi deposto pelo primo Afonso IV de Leão; também rei da Galiza (925-926), em oposição a Sancho Ordonhes
Afonso IV de Leão, “o Monge” (925-931), falecido em 933
Ramiro II de Leão (931-951), também rei da Terra Portucalense (925-931)
Ordonho III de Leão, “o Grande” (951-956)
Sancho I de Leão, “o Crasso” ou “o Gordo” (1.ª vez: 956-958)
Ordonho IV de Leão, “o Mau” (958-960)
Sancho I de Leão, “o Crasso” ou o “Gordo” (2.ª vez: 960-966); rei da Galiza (960-966)
Ramiro III de Leão (967-984)
Bermudo II de Leão, “o Gotoso” (985-999); rei da Galiza (982-999)
Afonso V de Leão, “o Nobre” (999-1028), foi pai de Bermudo III de Leão e Sancha I de Leão
Bermudo III de Leão (1028-1037)
Sancha I de Leão (1037-1065) e
Fernando I de Leão, “o Grande” ou Fernando Magno (1037-1065)
Fernando I, o Magno, de Leão e Castela, foi filho de Sancho III de Navarra, “o Maior” (falecido em 1035) e de Dona Mayor, condessa de Castela e, portanto, irmão de Garcia III de Navarra (rei em 1035-1054). A condessa D. Mayor recebe do irmão Garcia Sanches o condado de Castela, com a morte deste em 1028. Fernando é designado conde de Castela a partir de 1029 (para alguns, seria, então, o primeiro a usar o título de rei de Castela). Em 1032, casa com Sancha de Leão, filha de Afonso V e irmã de Bermudo III de Leão. Com a morte, sem descendência, de Bermudo III em 1035, Sancha e Fernando foram proclamados reis de Leão (a soberana de Leão é, de jure, Sancha I). Fernando I no fim do seu reinado decidiu dividir os seus estados pelos três filhos. Após a sua morte em 1065, Sancho II recebeu Castela, elevado à categoria de reino, Afonso VI o reino de Leão e, ainda, Garcia II recebeu o reino da Galiza e a reconquistada terra Portucalense.
Fernando I de Leão e Castela, o Magno


Rei da Galiza: Garcia II da Galiza (1065-1071)
Garcia II da Galiza e Portucale (c. 1040-1090) foi um dos três filhos e herdeiros de Fernando Magno de Leão e Castela. É também chamado Garcia I, visto que não houve mais nenhum rei Garcia a governar sobre a Galiza. Essa numeração deve-se ao facto de já ter havido um rei com o mesmo nome, que foi Garcia I de Leão (em 910-914).
Pela morte do pai (1065), coube a Garcia II em herança o reino da Galiza, correspondente à faixa mais ocidental do grande reino que o pai detivera (a Galécia, antiga entidade romano-goda, abrangendo a Galiza, Portucale, Leão, Astúrias e Castela, mas que também se poderia referir a todo o norte da Hispânia cristã). Garcia II teve de enfrentar os desejos autonomistas do conde de Portucale, Nuno Mendes, que encabeça uma revolta contra o rei, mas acaba derrotado e morto na batalha de Pedroso em 1071. Com essa vitória, Garcia II assumiu o título de rei de Portucale, procurando assim diminuir a insubmissão dos rebeldes portucalenses.
Teve também que enfrentar a guerra com os irmãos, Sancho II de Castela e Afonso VI de Leão; estes coligaram-se para lhe roubar a coroa, o que conseguiram nesse mesmo ano de 1071, tendo o reino da Galiza-Portucale sido reabsorvido pela coroa de Leão, e Garcia passou o resto dos seus dias confinado a um mosteiro, onde viria a falecer em 1090.
Garcia II da Galiza (1065-1071), também rei de Portucale (sucedido por Sancho II e, depois, por Afonso VI)


Reis de Leão: Afonso VI de Leão (imperador Afonso VI de Leão e Castela), “o Bravo”, rei de Leão (1065-1109), da Galiza (1071-1109) e de Castela (1072-1109), usando o título de imperador a partir de 1073
Sancho II de Leão e Castela, “o Forte”, rei de Castela (1065-1072), também rei da Galiza (em 1071-1072, após a derrota de Garcia II), chegou a reinar durante alguns meses de 1072 sobre Leão, que desapossou ao seu irmão, Afonso VI (Sancho II faleceu no cerco de Zamora em 1072)

[Afonso VI, rei de Leão, 1.º reinado: 1065-72.
Seguido por: Sancho II, rei de Leão durante escassos meses no ano de 1072.
Rei de Leão - Afonso VI -, 2.º reinado: 1072-1109]


Reis de Leão e Castela (com capital em Leão): Afonso VI de Leão e Castela, “o Bravo”, rei de Leão (1065-1109), da Galiza (1071-1109) e de Castela (1072-1109), utilizando o título de imperador a partir de 1073
Urraca de Castela e Leão (1109-1126), casada (1090?) com Raimundo da Borgonha (falecido em 1107), de quem teve Afonso VII (Afonso Raimundes), e posteriormente com Afonso I de Aragão, “o Batalhador” (reinou entre 1104 e 1134), rei consorte de Castela e Leão, não de jure, até à anulação do matrimónio
Afonso VII de Castela e Leão, com o título de imperador (1126-1157)
Afonso VII, ainda antes de subir ao trono de Leão-Castela, foi feito por sua mãe, rainha Urraca de Castela e Leão, rei da Galiza, que assim procurava obstar às revoltas da nobreza contra a sua ligação matrimonial ao rei Afonso I de Aragão. Rei da Galiza entre 1112 e 1157, o título passou, por sua morte, para os seus sucessores no título de reis de Leão.
Afonso VII de Castela e Leão (1126-57), rei da Galiza a partir de 1112 e imperador a partir de 1135



Condado Portucalense

D. Henrique de Borgonha, Conde de Portucale (em 1093-1112)
D. Teresa, condessa de Portugal (infanta de Leão; condessa-rainha), regente na menoridade do filho (em 1112-1128), com o título de regina (rainha)
D. Afonso Henriques, Conde de Portucale (em 1112-1139) e depois primeiro Rei de Portugal


rainha Teresa, condessa de Portucale, com o título de rainha de Portugal (1112-1128)
Depois da morte de D. Henrique em 1112, D. Teresa governou o condado como regente do filho, Afonso Henriques (com o título de rainha); exilada na Galiza em 1128 (D. Teresa, condessa de Portugal e infanta de Leão, regente em 1112-1128 na menoridade do filho com o título de “regina”, filha de Afonso VI de Leão e Castela)



Reis de Portugal

Afonso I (rei em 1139-1185), D. Afonso Henriques ou D. Afonso I de Portugal (1109? - 1185), foi o primeiro rei de Portugal (independente desde 1139, reconhecido pelo rei de Leão e Castela em 1143 e pelo Papa em 1179)

D. Afonso Henriques, “o Conquistador”, rei de 1143 a 1185, casou com D. Mafalda de Sabóia (a rainha foi mãe de Sancho I de Portugal)

A Bula "Manifestis Probatum est", do Papa Alexandre III, foi um documento promulgado em 1179, que confirmava a independência de Portugal e o título de rei a Afonso Henriques.

I Dinastia dos Reis de Portugal (Dinastia Afonsina)…