19.9.17

Reis da França


Reis da França



Romanos, Francos e reis franceses


Império Romano
Império Romano (27 a.C.-476, no Ocidente)
Queda do Império Romano do Ocidente em 476
Galo-romanos

Domínio de Soissons (457-486)
Entidade política de contornos incertos (“domínio” é uma hipótese, como poderia ser uma entidade romana ou uma entidade dos francos dentro do Império).

Domínio de Soissons (ou Domínio de Syagrius, 457-486), estado romano, depois independente, com a queda do Império Romano do Ocidente (476), que foi conquistado por Clóvis I, rei dos Francos. Territórios galo-romanos, na província romana da Gália, sob a autoridade de um comando militar romano, que foram cercados por povos germânicos. O Domínio romano situava-se no norte da Gália, numa região entre os rios Sena e Loire. Clóvis I conquistou o Domínio de Soissons, considerado o último reduto do Império Romano do Ocidente.

“Reis” do Domínio de Soissons

Egídio, general romano, falecido em 464(?), soberano militar do Domínio de Soissons em 457-464

Siágrio (em latim, Syagrius), general romano, filho de Egídio, soberano militar do Domínio de Soissons em 464-486 (“regnum Syagrii”, em latim), conhecido por “rei dos Romanos”

Reino dos Francos (481-843)
Francos

Reis francos:
de Clóvis I, rei dos Francos em 481-511
a Filipe II da França (reinado em 1180-1223), rei dos Francos, depois, rei da França

Dinastia dos Merovíngios (século V-751)

dinastia dos Merovíngios (século V-751), a estirpe descendente do rei franco-sálio Meroveu (reinou em 448-457). Clóvis I (rei dos Francos em 481-511, filho de Childerico I e neto de Meroveu) é considerado o fundador dessa primeira dinastia franca, sendo o rei de todas as tribos francas e o primeiro rei bárbaro a converter-se ao cristianismo

Império Carolíngio (800-843), da dinastia Carolíngia

Reino ocidental dos Francos (843-987)
Soberanos da França (843-1792, 1804-1848 e 1852-1870)

Reis (843-1792, 1814-1815 e 1815-1848) e
Imperadores da Casa de Bonaparte (1804-1814 e 1815 e, ainda, 1852-1870)

Tratado de Verdun de 843
Carlos II, o Calvo, rei da Francia ocidental em 840-877, imperador em 875-877

Dinastia Carolíngia (751-987)



Dinastias reais da França


Dinastias francas e francesas
Dinastia Carolíngia (751-987), na Francia ocidental
Dinastia Capetiana (987-1328), França, reis francos e reis franceses

Dinastias de reis franceses
Dinastia Capetiana (987-1328), reis francos e reis franceses

Filipe II da França (Philippe Auguste, 1165-1223), rei dos Francos, foi o último a utilizar o título de «rex Francorum», sendo rei da França em 1180-1223

Os Valois, Orleães e Bourbons são ramos colaterais da Dinastia Capetiana, família de origem franca que inclui qualquer descendente directo do seu fundador, o rei Hugo Capeto, eleito rei dos Francos em 987 até 996

Dinastia de Valois (1328-1589), com ramos secundários colaterais («Valois-Orleães» e «Valois-Orleães-Angoulême»)
Dinastia de Bourbon (1589-1792, 1814-1815 e 1815-1830)
Dinastia de Orleães (1830-1848)

Imperadores franceses
Casa de Bonaparte (1804-1814, 1815 e 1852-1870)


França
reis dos Francos, desde Clóvis I
reis da França, desde Filipe II da França
reis dos Franceses, desde Luís XVI (intitulação régia de
Luís XVI e de Luís Filipe I)


Datas fundadoras do reino da França
481 – Clóvis I
843 – Carlos II, o Calvo (Tratado de Verdun, 843)
987 – Hugo Capeto
1204 – Filipe II, rei da França


Reino da França
Datas fundadoras do reino:

481 – Clóvis I
Clóvis I, rei dos Francos (reina em 481-511), da dinastia Merovíngia

843 – Carlos II, o Calvo
Carlos II, o Calvo, neto de Carlos Magno da dinastia Carolíngia que reinou em 840-877 e foi imperador do Ocidente em 875-877, recebeu da divisão do Império Carolíngio, com o Tratado de Verdun de 843, a Francia ocidental (Francia Occidentalis), reino ocidental dos Francos, que daria origem ao reino francês

987 – Hugo Capeto
Hugo Capeto (reina em 986-987), duque dos francos, conde de Paris, eleito rei dos Francos em 987, sucedeu ao último rei carolíngio (Luís V) e inicia a dinastia Capetiana, que reinou em França de 987 a 1328 (a dinastia Capetiana, de origem franca, considera-se a primeira dinastia dos reis da França)

1204 – Filipe II, rei da França
Filipe II (1165-1223), rei da França em 1180-1223. Filipe II da França (Philippe Auguste), rei dos Francos, foi o último a utilizar o título de “rex Francorum”

Fim do reino:
1792 – Abolição da monarquia e proclamação da república

Luís XVI, último rei
Luís XVI (rei em 1774-1792) reinou até ao fim do Antigo Regime no Reino de França; o início da Revolução Francesa em 1789 inaugurou a Idade Contemporânea

Restauração do reino da França, de 1814 a 1848:
Primeira Restauração, 1814-1815 (Luís XVIII, rei de 1814 a 1815)

Segunda Restauração, 1815-1830 (Luís XVIII, rei em 1814-1815 e 1815-1824 e Carlos X, rei em 1824-1830)

Monarquia de Julho, 1830-1848 (Luís Filipe I, rei de 1830 a 1848)

Luís Filipe I, o último rei da França.



Soberanos da França (843-1792)



Reino dos Francos (481-843)


Reis francos e, ainda, Carlos Magno e Luís I (reis dos Francos e imperadores do Ocidente)

Dinastia dos Merovíngios (século V), primeira dinastia franca

O Reino dos Francos é a mesma raiz histórica que partilham França e Alemanha.

Clóvis I, rei dos Francos em 481-511 (filho de Childerico I e neto de Meroveu), fundador da dinastia dos Merovíngios (rei cristão)

Dinastia Carolíngia (751), Reino Franco, até 987 na Francia ocidental

Pepino, o Breve, rei dos Francos de 751 a 768, foi pai de Carlomano I e de Carlos Magno e, ainda, filho de Carlos Martel



Império Carolíngio (800-843)


Carlos Magno, rei dos Francos e imperador (reinado em 768-814)
Carlos Magno, Carlos I (em 768-800 como rei dos Francos e 800-814 como Imperador do Ocidente), fundador do Império Carolíngio (filho de Pepino, o Breve, rei dos Francos), foi o primeiro de uma série de imperadores francos do Ocidente (entre 800 e 924)

Dinastia Carolíngia (751-987)

A Dinastia Carolíngia governou os Francos entre os séculos VIII e X e surgiu dos descendentes de Carlos Martel e de Carlos Magno (neto do anterior). O primeiro rei dos Francos da dinastia foi Pepino, o Breve (filho de Carlos Martel), rei dos Francos de 751 a 768 e foi pai de Carlomano I (rei dos Francos em 768-771) e, também, de Carlos Magno (rei dos Francos desde 768 e, depois, imperador), a quem se seguiram vários reis e, a partir de Carlos Magno, também alguns imperadores do Ocidente, tendo o reino dos Francos sofrido diversas divisões.

A dinastia Carolíngia teve início em 751 e durou até 887 em Itália, com Carlos, o Gordo, rei dos Francos e imperador do Ocidente (foi rei da Alamânia em 876-882, rei de Itália em 879-887, imperador do Ocidente em 881-888, rei da Francia oriental em 882-887 e rei da Francia ocidental em 884-887), também até 911 no reino oriental dos Francos, com Luís IV, o Menino (rei da Francia Oriental em 899/900-911) e, finalmente, até 987 na Francia ocidental, com Luís V, o Indolente (reina em 986-987), último rei da dinastia Carolíngia. Carlos, o Gordo, rei dos Francos e imperador do Ocidente foi o último monarca da dinastia Carolíngia a reinar sobre um império unificado. Em Itália, ainda seria rei Arnolfo da Caríntia (falecido em 899), monarca da dinastia Carolíngia, que foi margrave da Caríntia desde 876, rei da Francia oriental em 887-899, rei de Itália em 894-895 e 896-899 e, também, imperador do Ocidente em 896-899. Arnolfo da Caríntia foi filho ilegítimo de Carlomano da Baviera (e, portanto, bisneto de Luís I, o Piedoso, rei dos Francos e imperador do Ocidente) e, num tempo de anarquia feudal no reino (desde a morte do imperador Carlos, o Gordo, durando até à conquista de Otão I, o Grande, sacro imperador romano-germânico), contestou a ocupação do trono italiano por Berengário I de Itália (primo direito do seu pai) e por Lamberto de Espoleto.

Luís I, o Piedoso, rei dos Francos e imperador (em 814-840)
Luís I, o Piedoso, rei dos Francos e imperador do Ocidente em 814-840, filho de Carlos Magno e pai do imperador Lotário I, de Luís II, o Germânico e, ainda, de Carlos II, o Calvo



Luís I, “o Piedoso”, rei dos Francos e imperador do Ocidente, em 814-840, filho do imperador Carlos Magno
~
Lotário I, rei da Francia (ou “regnum Francorum”) central (posteriormente dividido em três reinos) e imperador do Ocidente, em 795-855, imperador desde 840 (foi filho de Hermengarda de Hesbania e irmão de Pepino I e Luís II e, ainda, meio-irmão de Gisela e Carlos II)
&
Pepino I da Aquitânia (rei da Aquitânia em 817-838)
&
Luís II, “o Germânico”, rei da Francia oriental em 843-876 (reino, depois, dividido pelos filhos), pai de Carlomano da Baviera, de Luís, “o Jovem” e do imperador Carlos, “o Gordo” (irmãos que se sucederam sucessivamente)
&
Gisela, filha de Luís I, “o Piedoso (e de Judite da Baviera e, ainda, irmã do imperador Carlos II, “o Calvo” e, também, meia-irmã do imperador Lotário I e de Luís II, “o Germânico”), casada com Everardo do Friul, conde do Friul, foram pais de Berengário I de Itália, rei de Itália e imperador do Ocidente
&
Carlos II, “o Calvo”, rei da Francia ocidental em 840-877, imperador do Ocidente em 875-877



Carlos III, “o Simples”, rei da Francia ocidental em 893-922, neto de Carlos II, “o Calvo”
~
Luís IV, rei da Francia ocidental em 936-954
~
Lotário, rei da Francia ocidental em 954-986, foi pai de Luís V, rei da Francia ocidental em 986-987, o último rei da dinastia Carolíngia
&
Carlos, duque da Baixa Lotaríngia (953-991)



Há quem considere que o Império Carolíngio perdurou até Carlos, o Gordo, rei dos Francos, imperador do Ocidente em 881-888 e último monarca da dinastia Carolíngia a reinar sobre um império unificado, outros, ainda, até Berengário I de Itália, rei de Itália desde 888 e último imperador do Ocidente em 915-924.



Imperadores francos



Imperadores do Ocidente (800-924), imperadores “romanos” que procederam de Carlos Magno e do Império Carolíngio e, mais tarde, foram sucedidos pelos imperadores do Sacro Império Romano-Germânico.

Imperadores francos do Ocidente, 800-924

Carlos Magno, Carlos I, rei dos Francos desde 768 e Imperador do Ocidente em 800-814

Luís I, o Piedoso, rei dos Francos e imperador do Ocidente em 814-840, filho de Carlos Magno e pai do imperador Lotário I, de Luís II, o Germânico e de Carlos II, o Calvo

Lotário I (falecido em 855), imperador do Ocidente desde 840 (com o pai, Luís I, desde 817) e rei da Francia central em 843-855 (após o Tratado de Verdun de 843 e a divisão do Império Carolíngio pelos três netos de Carlos Magno), reino central dos Francos (Francia Media, Reino Franco Central, que incluía os Países Baixos, um território ao longo dos rios Reno e Ródano, Alsácia, Lorena, Borgonha e Itália), que depois da sua morte se dividiu em três reinos, a Lotaríngia, o reino da Borgonha e de Arles (Arles, Provença) e, também, o reino de Itália (norte e centro da Itália)

Luís II de Itália, imperador em 855-875, rei de Itália desde 844, filho de Lotário I, rei da Francia central e imperador do Ocidente

Carlos II, o Calvo, rei da Francia ocidental em 840-877, imperador em 875-877 (meio-irmão do imperador Lotário I)

Carlos, o Gordo, rei dos Francos e imperador do Ocidente (foi imperador de 881 a 888). Foi rei da Alamânia em 876-882, rei de Itália em 879-887, imperador do Ocidente em 881-888, rei da Francia oriental em 882-887 e rei da Francia ocidental em 884-887. Carlos, o Gordo imperador carolíngio em 881, foi o filho mais novo de Luís II, o Germânico, rei da Francia oriental e neto do imperador Luís I, o Piedoso. Último monarca da dinastia Carolíngia a reinar sobre um império unificado (após a sua morte, o império divide-se em cinco reinos, Francia oriental, Francia ocidental, reino de Itália, reino da Alta Borgonha e reino da Aquitânia). A deposição, por incapacidade, de Carlos, o Gordo, por Arnolfo da Caríntia em 887 marca o fim definitivo da unidade dos francos sob a dinastia Carolíngia

Guido III de Espoleto, rei de Itália (contestado) em 889-894 e imperador do Ocidente em 891-894, bisneto (descendente em linha feminina) de Pepino I de Itália, rei de Itália (portanto, trineto de Carlos Magno)

Lamberto II de Espoleto, imperador do Ocidente em 892/894-898 e rei de Itália (contestado) em 894-898 (filho e sucessor de Guido III)

Arnolfo da Caríntia (850-899), rei da dinastia Carolíngia da Francia oriental em 887-899, rei de Itália em 894-895 e 896-899 e, também, imperador do Ocidente de 896 a 899 (filho ilegítimo de Carlomano da Baviera)

Luís, o Cego, rei da Provença (em 887-928), rei de Itália (900-905) e imperador do Ocidente (em 901-905, Luís III), filho de Boso da Provença (a quem sucedeu no trono da Provença) e neto materno do imperador Luís II de Itália

Berengário I de Itália, rei de Itália (contestado) em 888-924 e último imperador do Ocidente em 915-924 (vacatura do título de imperador até Otão I, rei da Germânia e fundador do Sacro Império Romano-Germânico), foi neto materno do imperador Luís I, o Piedoso



Reino ocidental dos Francos (843-987)


Carlos II, o Calvo, rei da Francia ocidental (840-877)
Carlos II, o Calvo, rei da Francia ocidental em 840-877 e imperador do Ocidente em 875-877 (reis posteriores designados, por exemplo, “da Francia ocidental”, ou “dos Francos”), foi meio-irmão de Lotário I, imperador do Ocidente e rei do Reino Franco Central e de Luís II, o Germânico, rei da Francia oriental e, ainda, tio de Luís II de Itália, rei de Itália e imperador do Ocidente

A Francia (ou regnum Francorum) ocidental (reino ocidental dos Francos, Reino Franco Ocidental) surge após o Tratado de Verdun de 843 e a divisão do Império Carolíngio pelos três netos de Carlos Magno, o imperador Lotário I, Luís II, o Germânico e, ainda, Carlos II, o Calvo.

Na Francia ocidental, a dinastia Carolíngia, dinastia de reis francos (desde 751), persistiu até Luís V, rei do Reino Franco Ocidental em 986-987, último rei franco dessa dinastia (foi sucedido por Hugo Capeto).


Reis da Francia ocidental que foram Imperadores do Ocidente:
Carlos II, o Calvo, rei da Francia ocidental em 840-877, imperador em 875-877

Carlos, o Gordo, rei dos Francos e imperador do Ocidente (foi imperador de 881 a 888)



imperador Carlos Magno (rei dos Francos desde 768 e imperador do Ocidente em 800-814)
~
imperador Luís I, “o Piedoso” (rei dos Francos e imperador do Ocidente em 814-840)
~
imperador Carlos II, “o Calvo” (rei da Francia ocidental em 840-877, imperador do Ocidente em 875-877), iniciou uma série de soberanos do reino ocidental dos Francos (Francia ocidental), da Dinastia Carolíngia, reis designados da Francia ocidental ou dos Francos
~
Luís II, “o Gago” (rei da Francia ocidental em 877-879)
~
Carlos III, “o Simples” (rei da Francia ocidental em 893-922)
~
Luís IV (rei da Francia ocidental em 936-954)
~
Lotário (rei da Francia ocidental em 954-986)
~
Luís V (rei da Francia ocidental em 986-987), último rei da dinastia Carolíngia (foi sucedido por Hugo Capeto, fundador da dinastia Capetiana)



Luís II, o Gago, rei da Francia ocidental (877-879)
Luís II, o Gago, reina em 877-879, foi neto de Luís I, o Piedoso, rei dos Francos e imperador do Ocidente

Luís III, rei da Francia ocidental (879-882)
Luís III, reina em 879-882

Carlomano II, rei da Francia Ocidental (879-884)
Carlomano II, rei da Francia Ocidental em 879-884, foi filho do rei Luís II, o Gago. Quando o pai morreu, em 879, Carlomano tornou-se rei, juntamente com o irmão, Luís III

Carlos, o Gordo, rei dos Francos e imperador do Ocidente (reinado em 876-888)
Carlos, o Gordo, rei dos Francos e imperador do Ocidente, foi rei da Alamânia em 876-882, rei de Itália em 879-887, imperador em 881-888, rei da Francia oriental em 882-887 e rei da Francia ocidental em 884-887, último monarca da dinastia Carolíngia a reinar sobre um império unificado, foi o filho mais novo de Luís II, o Germânico, rei da Francia oriental (que também foi pai de Carlomano da Baviera e de Luís, o Jovem) e neto de Luís I, o Piedoso, rei dos Francos e imperador do Ocidente e, ainda, primo direito de Luís II, o Gago, rei da Francia ocidental; seguiram-lhe, como imperadores, Guido III de Espoleto (em 891-894) e Lamberto II de Espoleto (em 892/894-898), reis de Itália e duques de Espoleto

Odo, rei da Francia Ocidental (888-898)
Odo, conde de Paris, reina em 888-898, filho de Roberto, o Forte, conde de Anjou, foi o primeiro rei não carolíngio desde Pepino, o Breve (Odo, Roberto I e Raul foram soberanos não carolíngios). Roberto, o Forte, conde de Anjou (fundador da família dos «Robertiens»), antepassado da dinastia Capetiana (bisavô de Hugo Capeto), foi pai dos reis da Francia ocidental, Odo e Roberto I

Carlos III, o Simples, rei da Francia Ocidental (893-922)
Carlos III, o Simples, reina em 893-922, foi filho de Luís II, o Gago e irmão de Luís III e Carlomano II (o pai, Luís II, foi primo direito de Carlomano da Baviera, que foi pai de Arnolfo da Caríntia, imperador e rei da Francia oriental e de Itália e, também, foi primo direito de Luís II de Itália, imperador e rei de Itália, que foi avô materno de Luís, o Cego, imperador e rei da Provença e de Itália e, por fim, foi primo direito de Berengário I de Itália, rei de Itália e último imperador do Ocidente)

Roberto I, rei da Francia Ocidental (922-923)
Roberto I, reina em 922-923, foi irmão de Odo (filhos de Roberto, o Forte, conde de Anjou)

Raul, rei da Francia Ocidental (923-936)
Raul, reina em 923-936, foi filho de Ricardo, o Justiceiro, primeiro duque da Borgonha e, também, genro de Roberto I

Luís IV, rei da Francia Ocidental (936-954)
Luís IV, reina em 936-954, foi filho de Carlos III, o Simples e neto de Luís II, o Gago

Lotário, rei da Francia Ocidental (954-986)
Lotário, reina em 954-986 (filho de Luís IV e pai de Luís V)

Luís V, rei da Francia Ocidental (986-987)
Luís V, reina em 986-987, o último rei franco da dinastia Carolíngia, foi sucedido por Hugo Capeto, duque dos francos, conde de Paris, eleito rei dos Francos (reina em 987-996), que foi neto de Roberto I e o fundador da Dinastia Capetiana (reis francos capetianos, posteriormente, reis franceses)



Dinastia Capetiana (987), reis francos e reis franceses (até 1328)


Hugo Capeto, rei dos Francos (em 987-996)
Hugo Capeto (neto do rei Roberto I), duque dos Francos, conde de Paris (descendente em linha feminina de Carlos Magno), foi eleito rei dos Francos (sucedendo a Luís V, último da dinastia Carolíngia), fundador da Dinastia Capetiana (os reis francos capetianos podem considerar-se, também, entre o rol de reis da França)
Hugo Capeto, monarca do “regnum Francorum” ou da França

Hugo Capeto (neto do rei Roberto I), eleito rei dos Francos em 987 (fundador da Dinastia Capetiana), põe fim ao domínio da Dinastia Carolíngia sobre os Francos, iniciada por Pepino, o Breve (rei dos Francos em 751)

Roberto II, rei dos Francos (996-1031)
Roberto II, o Pio, foi pai (entre outros) de Henrique I, rei dos Francos que, antes, foi duque de Borgonha (cedendo o ducado, quando ascendeu ao trono em 1031, ao irmão) e de Roberto I, duque de Borgonha (que foi avô de Henrique de Borgonha, conde de Portucale/Portugal)

Henrique I, rei dos Francos (1031-1060)
Henrique I (n. 1008) foi duque de Borgonha de 1016 a 1031

Filipe I, rei dos Francos (1060-1108)
Filipe I (n. 1052) teve como regente na sua menoridade o tio, Balduíno V, conde da Flandres (cunhado de Henrique I)

Luís VI, rei dos Francos (1108-1137)
Luís VI casou-se, pela segunda vez, com Adelaide de Sabóia, filha de Humberto II de Sabóia (a rainha foi irmã do conde Amadeu III de Sabóia e de Moriana, portanto, tia da rainha de Portugal, Mafalda de Sabóia), e foram pais do rei Luís VII (primo direito de Mafalda de Sabóia)

Luís VII, rei dos Francos (1137-1180)
Luís VII foi casado em primeiras núpcias com Leonor da Aquitânia, casado em segundas núpcias com Constança de Castela, filha de Afonso VII de Castela e Leão (em 1126-1157), e foram pais de Margarida da França e, ainda, casado em terceiras núpcias com Adélia de Champanhe (terceira rainha consorte de Luís VII) e foram pais de Filipe II da França e da imperatriz bizantina, Inês da França (ou Ana de Bizâncio)

Margarida da França, filha de Luís VII, foi rainha consorte de Inglaterra, casada com Henrique, o Jovem, filho de Henrique II de Inglaterra (e de Leonor da Aquitânia) que o associou ao trono (rei associado em 1170-1183), coroado em 1170 e, depois de casar, coroado com a sua consorte, Margarida, em 1172, posteriormente, Margarida da França foi também rainha consorte da Hungria e Croácia em 1186 e faleceu em 1197 sem descendência

Leonor, duquesa da Aquitânia (filha e sucessora de Guilherme X, duque da Aquitânia), foi rainha consorte de Luís VII, rei dos Francos, até à anulação do seu casamento (havia impedimento por consanguinidade), uma vez que Luís VII ainda se encontrava sem herdeiro varão e, em segundas núpcias, foi também rainha consorte de Henrique II de Inglaterra (em 1154-1189), quando este ascendeu ao trono e foram pais de Henrique, o Jovem (falecido em 1183) e dos reis Ricardo I e João de Inglaterra e, ainda, de Leonor Plantageneta (casada com Afonso VIII de Castela e que foram pais de Urraca, rainha consorte de Afonso II de Portugal, que reinou em 1211-1223)

Luís VII, após o casamento de Leonor da Aquitânia com Henrique II de Inglaterra, seus vassalos, envolveu-se numa série de conflitos armados com Inglaterra, iniciando uma longa rivalidade

Filipe II da França, rei dos Francos, rei da França (em 1180-1223)
Filipe II (n. 1165), Philippe Auguste, rei dos Francos, foi o último a utilizar o título de rex Francorum

Luís VIII, rei da França (1223-1226)
Luís VIII foi casado com Branca de Castela (filha de Afonso VIII de Castela e de Leonor Plantageneta e, ainda, irmã de Urraca, rainha consorte de Afonso II de Portugal), que foi regente na menoridade do filho, Luís IX, de 1226 a 1235 (e, posteriormente, noutro período)

Luís VIII da França foi pai de Luís IX (São Luís da França), de Roberto I, conde de Artois e de Carlos I, conde de Anjou, rei da Sicília

Carlos I, conde de Anjou, rei da Sicília (em 1266-1282), primeiro rei de Nápoles (1282-1285), rei da Albânia (1272-1285, território de Durazzo), conde da Provença (dinastia Capetiana), também Carlos I de Anjou (ou I da Sicília, ou, ainda, I de Nápoles). Carlos I fundou a dinastia Angevina de Nápoles em 1282 (reino de Nápoles, separado da coroa da Sicília, ou reino da Sicília citerior) e foi pai de Carlos II de Nápoles.

Luís IX, rei da França (1226-1270)
São Luís da França (n.1214), casado com Margarida da Provença, foram pais de Filipe III e, também, de Roberto, conde de Clermont, senhor de Bourbon (que foi casado com Beatriz da Borgonha)

Roberto, conde de Clermont, filho varão mais novo do rei Luís IX da França e de Margarida da Provença e irmão do rei Filipe III da França; também Senhor de Bourbon por casamento com Beatriz de Borgonha (neta do duque Hugo IV de Borgonha), herdeira do senhorio de Bourbon; os seus descendentes formaram a Casa de Bourbon

Filipe III, rei da França (1270-1285)
Filipe III da França foi casado em primeiras núpcias com Isabel de Aragão e foram pais de Filipe IV (que foi pai do último rei da dinastia Capetiana, Carlos IV, sucedido por Filipe VI) e de Carlos, conde de Valois (que foi pai de Filipe VI, fundador da dinastia de Valois) e, ainda, casado em segundas núpcias com Maria do Brabante (segunda rainha consorte de Filipe III) e foram pais de Luís, conde de Evreux (irmão consanguíneo de Filipe IV e de Carlos e, ainda, pai de Filipe III de Navarra, que sucedeu em Navarra, com Joana II, a Carlos IV da França e I de Navarra) e, também, de Margarida da França (segunda rainha consorte de Eduardo I de Inglaterra)

Filipe IV da França e I de Navarra, rei da França (1285-1314) e Navarra (1284-1305, com Joana I)
Filipe I de Navarra, em 1284, rei consorte de Joana I de Navarra, rei até à morte da esposa, em 1305, foi, ainda, rei da França em 1285-1314; Joana I de Navarra (reinado em 1274-1305), última rainha da dinastia de Champagne, foi rainha da França em 1285; Filipe I de Navarra e IV da França e Joana I de Navarra foram pais de Luís I de Navarra e X da França, de Filipe V da França e II de Navarra, de Isabel da França (rainha consorte de Eduardo II de Inglaterra, que foram pais de Eduardo III, rei de Inglaterra em 1327-1377, pretendente ao trono francês que adoptou o título de “rei da França”) e, também, de Carlos IV da França e I de Navarra (último rei da dinastia Capetiana)

Luís X da França e I de Navarra, rei da França (1314-1316) e Navarra (1305-1316)
Luís I de Navarra e X da França, foi rei de Navarra em 1305, da dinastia Capetiana, sucedendo à mãe, Joana I, e rei da França e foi, ainda, pai de Joana II de Navarra (em 1328-1349) e de João I da França e Navarra; Joana II de Navarra ascendeu ao trono, após a morte dos tios, com a celebração de um acordo por Filipe VI de Valois (rei da França em 1328) e pelo seu marido (desde 1318), Filipe de Evreux (Filipe III de Navarra, em 1328-1343), com quem reinou (foram pais de Carlos II de Navarra, da dinastia de Evreux)

João I, rei da França e Navarra (1316)
João I da França e de Navarra, filho póstumo de Luís X da França e I de Navarra (e neto de Filipe IV da França e I de Navarra e de Joana I de Navarra), viveu apenas durante alguns dias e a regência foi assegurada pelo seu tio paterno, Filipe V da França

Filipe V, rei da França e Navarra (1316-1322)
Filipe V da França e II de Navarra, rei da França, filho de Filipe IV da França e I de Navarra e de Joana I de Navarra, foi, também, rei de Navarra da dinastia Capetiana em detrimento da sobrinha Joana, a filha de Luís I de Navarra e X da França (depois da morte do pai e do irmão consanguíneo João I, em 1316, Joana II de Navarra foi excluída da sucessão em favor dos tios paternos)

Carlos IV, rei da França e Navarra (1322-1328)
Carlos IV da França e I de Navarra (1322-1328), irmão de Filipe V e de Luís X e, também, filho de Filipe IV da França e de Joana I de Navarra, foi o último rei da dinastia Capetiana (morre sem descendência masculina), foi sucedido por Filipe VI no trono francês e, em Navarra, por Joana II (em 1328-1349) e Filipe III de Navarra (em 1328-1343), que foram pais de Carlos II de Navarra (em 1349-1387)





Genealogia dos reis da França

(Clicar na imagem para ampliar)



Dinastia de Valois (1328-1589) – Reis da França


Dinastia de Valois com ramos secundários colaterais «Valois-Orleães» (com Luís XII, rei em 1498-1515) e «Valois-Orleães-Angoulême» (de Francisco I, em 1515, a Henrique III, 1589)

Filipe VI, rei da França (1328-1350)
Filipe VI, fundador da dinastia de Valois (ramo colateral da dinastia Capetiana), foi sobrinho de Filipe IV e, portanto, primo do anterior rei, Carlos IV e, ainda, neto de Filipe III da França

A Guerra dos Cem Anos (1337-1453) foi uma série de lutas armadas entre a dinastia real inglesa de Plantageneta (1154-1399/1485) e a dinastia real francesa de Valois (1328-1589). Teve início com o rei Eduardo III de Inglaterra (reinado em 1327-1377) e Filipe VI da França (em 1328-1350, fundador da dinastia de Valois), tendo o rei inglês reivindicado o seu direito de herdar a coroa francesa, depois da morte do tio, Carlos IV da França (em 1322-1328), último rei da dinastia Capetiana.



Filipe III, rei da França em 1270-1285, da dinastia Capetiana
~
Carlos, conde de Valois (irmão de Filipe IV da França)
~
Filipe VI, rei da França em 1328-1350, fundador da dinastia de Valois



João II, rei da França (1350-1364)

Carlos V, rei da França (1364-1380)
Carlos V foi pai de Carlos VI da França e de Luís I, duque de Orleães (que foi avô de Luís XII da França e, também, bisavô de Francisco I da França)

Carlos VI, rei da França (1380-1422)
Carlos VI foi casado com Isabel da Baviera

Carlos VII, rei da França (1422-1461)

Em 1453 dá-se a Batalha de Castillon, entre os exércitos de Henrique VI de Inglaterra e os de Carlos VII da França, com uma vitória decisiva para os franceses, que acaba por pôr fim à participação militar do reino de Inglaterra na Guerra dos Cem Anos

Luís XI, rei da França (1461-1483)
Luís XI da França foi pai de Ana de Valois, casada com Pedro II de Bourbon (regentes, em 1483-1491, durante a menoridade de Carlos VIII e, também, em 1494-1495), de Carlos VIII da França e de Santa Joana de Valois (rainha sem descendência), que foi casada com Luís XII da França

Carlos VIII, rei da França (1483-1498)
Carlos VIII da França realizou uma expedição a Nápoles (1494-1495) para reivindicar o reino, após a morte de Fernando I de Nápoles
Carlos VIII foi casado com Ana da Bretanha, filha do duque Francisco II da Bretanha
Ana da Bretanha foi casada em primeiras núpcias com o imperador Maximiliano I (viúvo da herdeira da casa de Borgonha, Maria de Borgonha, duquesa titular de Borgonha, foi filho de Frederico III e de Leonor de Portugal e imperador de facto desde a morte do pai em 1493 e com o título em 1508; no Sacro Império Romano-Germânico foi sucedido pelo neto Carlos V), casamento anulado, casada em segundas núpcias com Carlos VIII da França (rainha consorte) e, ainda, casada em terceiras núpcias com Luís XII da França (segunda rainha consorte de Luís XII) e foram pais de 2 filhas




Genealogia dos reis da França

(Clicar na imagem para ampliar)


Dinastia de Valois (1328-1589), ramo secundário colateral «Valois-Orleães» (1498-1515)

Luís XII, rei da França (1498-1515)
Luís XII foi primo de Carlos VIII da França e foi também duque de Milão e, ainda, rei de Nápoles (em 1501-1504, sendo sucedido por Fernando II de Aragão, o Católico)
Luís XII da França foi casado em primeiras núpcias com Santa Joana de Valois (rainha sem descendência), irmã de Carlos VIII, sendo o casamento anulado, casado em segundas núpcias com Ana da Bretanha (filha do duque Francisco II da Bretanha) e foram pais de 2 filhas e, ainda, casado em terceiras núpcias com Maria Tudor, filha de Henrique VII de Inglaterra (rainha da França que casou em segundas núpcias com Carlos Brandon, duque de Suffolk, avós de Joana Grey, rainha de Inglaterra e Irlanda que foi executada), sem descendência
Luís XII foi pai de Cláudia da França, primeira rainha consorte de Francisco I da França, que foram pais de Henrique II da França



Carlos V, rei da França em 1364-1380, da dinastia de Valois
~
Luís I, duque de Orleães
~
Carlos I de Valois, duque de Orleães
~
Luís XII, rei da França em 1498-1515



Dinastia de Valois (1328-1589), ramo secundário colateral «Valois-Orleães-Angoulême» (1515-1589)

Francisco I, rei da França (1515-1547)
Francisco I foi primo e genro de Luís XII da França e foi casado em primeiras núpcias com Cláudia da França e foram pais do rei Henrique II e, ainda, casado em segundas núpcias com Leonor de Áustria (rainha sem descendência), viúva e terceira rainha consorte de Manuel I de Portugal (mãe da infanta Maria de Portugal), também irmã de Carlos V, rei de Espanha e sacro imperador romano-germânico (e da rainha Catarina de Áustria, consorte de João III de Portugal)



Carlos V, rei da França em 1364-1380, da dinastia de Valois
~
Luís I, duque de Orleães
~
João, conde de Angoulême
~
Carlos de Valois, conde de Angoulême
~
Francisco I, rei da França em 1515-1547



Henrique II, rei da França (1547-1559)
Henrique II da França casou com Catarina de Médicis (rainha, por várias vezes regente, filha de Lourenço de Médicis, duque de Urbino) e foram pais dos reis Francisco II, Carlos IX e Henrique III da França e, também de Margarida de Valois, que casou com Henrique IV, rei da França e Navarra

Francisco II, rei da França (1559-1560)
Francisco II (1544-1560) foi rei consorte da Escócia em 1558, ao casar (sem descendência) com a rainha Maria I da Escócia (1542-1587), que reinou em 1542-1567 (com regência, na menoridade da rainha, do primo, James Hamilton, conde de Arran e duque de Châtellerault, em 1542-1554 e, ainda, da mãe, Maria de Guise, em 1554-1560)
Francisco II faleceu em 1560, aos 16 anos, sendo sucedido pelo irmão, Carlos IX, e Maria I da Escócia (rainha consorte da França em 1559-1560) casou em segundas núpcias com o primo Henrique Stuart (neto materno da rainha da Escócia, Margarida Tudor e, portanto, bisneto de Henrique VII de Inglaterra) e foram pais de Jaime VI da Escócia e I de Inglaterra e, ainda, em terceiras núpcias com um nobre escocês, Jaime Hepburn

Maria I da Escócia foi, também, pretendente ao trono inglês (como neta de Margarida Tudor e bisneta de Henrique VII de Inglaterra) e, posteriormente, abdicou do trono em favor do seu único filho e fugiu para Inglaterra, regida por Isabel I, onde foi acusada e executada por alta traição, em 1587

Carlos IX, rei da França (1560-1574)
Carlos IX, irmão do anterior, foi casado com Isabel de Áustria (rainha com parentesco endógamo), filha de Maximiliano II, sacro imperador romano-germânico e de Maria de Áustria (filha do imperador Carlos V e de Isabel de Portugal) e foi, também, sucedido pelo irmão, Henrique III

Henrique III, rei da França (1574-1589)
Henrique III, irmão do anterior, antes de herdar a coroa francesa foi eleito rei da Polónia e grão-duque da Lituânia em 1573 até 1575 e, mais tarde, foi assassinado em 1589





Genealogia dos reis da França

(Clicar na imagem para ampliar)



Dinastia de Bourbon (1589) – Reis da França
Dinastia de Bourbon (1589-1792, 1814-1815 e 1815-1830)


Henrique IV da França e III de Navarra, rei da França (1589-1610) e Navarra (1572-1610) e, ainda, Co-Príncipe de Andorra (1572-1610)
Rei da França e Navarra, Co-Príncipe de Andorra (título que passou para os seus sucessores), foi o primeiro monarca da França da dinastia de Bourbon, como Henrique IV de Bourbon, filho de António de Bourbon, duque de Vendôme, ou António I de Navarra, e de Joana III de Navarra, tendo sucedido em 1589 ao seu primo e cunhado Henrique III de Valois
Henrique IV, casado com Margarida de Valois (rainha sem descendência), filha de Henrique II e irmã de Henrique III da França (a quem Henrique IV sucedeu) e em segundas núpcias com Maria de Médicis, filha de Francisco I de Médicis, grão-duque da Toscana (a rainha, mais tarde, seria regente do reino, em 1610-1614/17, durante a menoridade do filho Luís XIII)
Henrique IV e Maria de Médicis foram pais de Luís XIII da França, de Isabel da França, rainha de Portugal e Espanha (consorte de Filipe III de Portugal e IV de Espanha), de Cristina da França (consorte de Vítor Amadeu I, duque de Sabóia), de Gastão, duque de Orleães (herdeiro da coroa francesa de 1611 até ao nascimento do futuro Luís XIV em 1638) e, também, de Henriqueta Maria da França, rainha de Inglaterra, Irlanda e Escócia (consorte de Carlos I de Inglaterra)

Em 1512 a parte do reino de Navarra situada na Península Ibérica é conquistada por Fernando II de Aragão, o Católico, e depois incorporada no Reino de Castela com a filha Joana I de Castela, passando os monarcas espanhóis a utilizar o título de “rei de Navarra”, reduzindo assim o reino à sua expressão francesa.

Em 1572 o rei Henrique III de Navarra, filho de António de Bourbon, duque de Vendôme (rei António I de Navarra) e de Joana III de Navarra, sucede à sua mãe (a rainha Joana III faleceu já viúva) e, em 1589, tornou-se o primeiro monarca da França da dinastia de Bourbon, como Henrique IV, passando a coroa de Navarra para os reis da França. No Principado de Andorra, o título de “Co-Príncipe de Andorra” que pertencia aos condes de Foix e, posteriormente, também aos reis de Navarra (Henrique II, conde de Foix e, como Henrique III, rei de Navarra), acabou igualmente por se transferir para os chefes de Estado francês.

Em 1620, Navarra é formalmente incorporada na Coroa Francesa, por Luís XIII (Luís II de Navarra), embora os reis da França continuem a usar o título de reis da França e de Navarra (até 1789 e, posteriormente, durante a Restauração – do reino francês em 1814-1815 e 1815-1830, com os reis Luís XVIII e Carlos X da dinastia de Bourbon).



Luís IX, rei da França em 1226-1270, da dinastia Capetiana (São Luís da França)
~
Roberto, conde de Clermont (irmão do rei Filipe III da França), também Senhor de Bourbon por casamento com Beatriz de Borgonha (neta do duque Hugo IV de Borgonha), herdeira do senhorio de Bourbon (os seus descendentes formaram a Casa de Bourbon)
~
Luís I, duque de Bourbon, foi conde de Clermont e o primeiro duque de Bourbon e foi, ainda, pai de Pedro I, duque de Bourbon (seu sucessor, com descendência, que acaba por se extinguir mais tarde e os seus domínios reverteriam para a coroa francesa)
~
Jaime I, conde de Marche (irmão de Pedro I, duque de Bourbon)
~
João I, conde de Marche, segundo filho varão de Jaime I, sucedeu no condado ao irmão, conde Pedro I de Marche (Pedro de Bourbon-Marche), após a sua morte (sem descendência) pouco depois do pai, ambos em consequência de batalha; também conde de Vendôme por casamento com Catarina de Vendôme, filha de João VI de Vendôme, conde de Vendôme e herdeira do condado de Vendôme; foram pais de Jaime II, conde de Marche (sucessor no condado) e de Castres e rei consorte de Nápoles (casado em terceiras núpcias, sem descendência, com Joana II de Nápoles), que teve descendência que posteriormente acaba por se extinguir (revertendo as respectivas possessões para a coroa francesa)
~
Luís de Bourbon, conde de Vendôme (Luís I de Bourbon-Vendôme), segundo filho varão de João I, conde de Marche (e irmão de Jaime II, conde de Marche)
~
João de Bourbon, conde de Vendôme (João VIII de Bourbon-Vendôme)
~
Francisco de Bourbon, conde de Vendôme (durante a sua menoridade, o seu cunhado, Luís de Joyeuse, assegurou a sua tutela e o governo do condado)
~
Carlos de Bourbon, duque de Vendôme (com quem o condado foi elevado a ducado)
~
António de Bourbon, duque de Vendôme e, por casamento com Joana III de Navarra, rei de Navarra (António I de Navarra) e Co-Príncipe de Andorra (título que passou para os seus sucessores); Joana III de Navarra foi filha de Henrique II de Navarra e de Margarida de Angoulême, irmã do rei Francisco I (de Valois) da França
~
Henrique IV da França e III de Navarra, rei da França (1589-1610; fundador da dinastia de Bourbon) e Navarra (1572-1610; também Co-Príncipe de Andorra)



Luís XIII, rei da França e Navarra (1610-1643)
Luís XIII da França e II de Navarra uniu (1620) a coroa de Navarra com a coroa da França, sendo também reis de Navarra os reis Luís XIV, XV e XVI (o reino de Navarra desapareceu com a reorganização administrativa da França em departamentos, em 1789); Luís XIII (de Bourbon) foi casado com Ana de Áustria (rainha consorte de França e Navarra), que foi regente do filho Luís XIV (em 1643-1661) e, ainda, filha de Filipe II, rei de Portugal e Espanha (III) e de Margarida de Áustria
Luís XIII foi pai de Luís XIV da França e de Filipe, duque de Orleães

Luís XIV, rei da França (1643-1715)
Luís XIV, casado com a prima direita Maria Teresa de Áustria (filha de Filipe IV de Espanha – Filipe III de Portugal até 1640 – e de Isabel da França e, também, irmã consanguínea de Carlos II, último rei de Espanha da casa de Áustria), foi sucedido pelo bisneto Luís XV
Luís XIV foi pai de Luís, “o Grande Delfim” da França e, também, avô de Luís, delfim da França e duque de Borgonha, casado com Maria Adelaide de Sabóia (ambos bisnetos de Luís XIII da França), que foi filha de Vítor Amadeu II, duque de Sabóia, rei da Sicília, depois rei da Sardenha, sendo pais de Luís XV
Luís XIV foi avô de Luís, delfim da França e duque de Borgonha (pai de Luís XV da França) e de Filipe, duque de Anjou, depois rei Filipe V de Espanha (fundador da dinastia Bourbon em Espanha, que sucedeu a Carlos II de Espanha) e também rei de Nápoles e da Sicília (de quem descendem as dinastias reinantes em Espanha, Parma e Duas Sicílias)

Filipe V de Espanha (fundador da dinastia Bourbon em Espanha), também rei de Nápoles e da Sicília casou em primeiras núpcias com a prima Maria Luísa de Sabóia. A rainha Maria Luísa foi filha de Ana Maria de Orleães, rainha da Sardenha (e, portanto, sobrinha-neta de Luís XIV, o avô do esposo) e foi, ainda, irmã de Maria Adelaide de Sabóia (a mãe de Luís XV da França) e de Carlos Manuel III de Sabóia, rei da Sardenha e duque de Sabóia. Filipe V e Maria Luísa foram pais de Luís I de Espanha (em 1724), casado com a prima Luísa Isabel de Orleães (filha de Filipe II, duque de Orleães) e, também, de Fernando VI de Espanha (em 1746-1759), casado com Maria Bárbara de Bragança (filha do rei João V de Portugal). Filipe V de Espanha (em 1700/15-1724 e 1724-1746) casou em segundas núpcias com Isabel Farnésio, que foi enteada e sobrinha do príncipe Francisco Farnésio, duque de Parma e, ainda, herdeira do Ducado de Parma. Os reis Filipe V e Isabel Farnésio foram pais de Carlos III de Espanha (em 1759-1788), de Mariana Vitória de Bourbon (casada com o rei José I de Portugal), de Filipe I de Parma (o irmão, Carlos III, foi o primeiro da dinastia Bourbon no ducado, como Carlos I de Parma), de Maria Teresa de Bourbon (casada com o primo Luís, delfim da França, filho de Luís XV), Luís António de Bourbon, infante de Espanha (também Cardeal) e, ainda, de Maria Antónia de Bourbon (casada com o rei Vítor Amadeu III da Sardenha, duque de Sabóia). Carlos III foi pai de Carlos IV de Espanha (em 1788-1808) e de Fernando IV de Nápoles (rei de Nápoles e da Sicília desde 1759), depois Fernando I das Duas Sicílias (1816-1825).

João do Luxemburgo, Nassau e Bourbon e Parma, grão-duque do Luxemburgo descende de Roberto I de Parma e de Filipe V de Espanha e, ainda, de Luís XIV da França

Luís XV, rei da França (1715-1774)
Luís XV, bisneto e sucessor de Luís XIV, teve com regente o duque Filipe II de Orleães
Luís XV foi pai de Luís, delfim da França, que foi casado em primeiras núpcias com Maria Teresa de Bourbon (sem descendência, filha do seu tio-avô Filipe V de Espanha) e em segundas núpcias com Maria Josefa da Saxónia (filha de Frederico Augusto II, príncipe-eleitor da Saxónia e, como Augusto III, rei da Polónia e grão-duque da Lituânia, monarca da Casa de Wettin e, ainda, neta materna de José I, sacro imperador romano-germânico e, também, irmã de Maria Amália da Saxónia, rainha consorte de Carlos III de Espanha)
Luís XV foi avô de Luís XVI, Luís XVIII e Carlos X da França (filhos de Luís, delfim da França e de Maria Josefa da Saxónia)

Filipe II, duque de Orleães, regente do reino de 1715 a 1723 (o Regente Filipe de Orleães, no período “A Regência”) durante a menoridade de Luís XV, seu sobrinho-neto, herdeiro da coroa francesa em 1723



Luís XIII (de Bourbon), rei da França e Navarra em 1610-1643, casado com Ana de Áustria (filha de Filipe II, rei de Portugal e III de Espanha), que foi regente do filho Luís XIV
~
Filipe, duque de Orleães (irmão de Luís XIV da França), foi casado em primeiras núpcias com Henriqueta Ana Stuart de Inglaterra (filha de Carlos I e irmã de Carlos II e Jaime II de Inglaterra), pais de Maria Luísa e Ana Maria e, ainda, casado em segundas núpcias com Isabel Carlota do Palatinado (filha do Eleitor do Palatinado), pais do duque Filipe II e de Isabel Carlota
~
Maria Luísa de Orleães, rainha de Espanha, consorte de Carlos II de Espanha (sem descendência)
&
Ana Maria de Orleães, rainha da Sardenha, consorte de Vítor Amadeu II, duque de Sabóia, rei da Sicília, depois rei da Sardenha, que foram pais de Maria Adelaide de Sabóia (mãe de Luís XV da França, casada com Luís, delfim da França), de Maria Luísa de Sabóia, rainha de Espanha, primeira esposa de Filipe V de Espanha (irmão de Luís, delfim da França, ambos netos de Luís XIV da França) e, ainda, de Carlos Manuel III de Sabóia, rei da Sardenha e duque de Sabóia
&
Filipe II, duque de Orleães (regente, em 1715-1723, de Luís XV da França)
&
Isabel Carlota de Orleães, duquesa de Lorena (casada com Leopoldo, duque de Lorena e Bar, foram pais de Francisco I, imperador, com a esposa Maria Teresa, do Sacro Império Romano-Germânico)



Luís XVI, rei da França (1774-1792)
Luís XVI, rei até 1792 (I República Francesa), guilhotinado em 1793 no decorrer da Revolução Francesa (1789-1799), casado com Maria Antonieta de Áustria, pais de Luís Carlos, príncipe real da França, legítimo pretendente do trono francês como Luís XVII (em 1793-1795), então prisioneiro dos revolucionários na Prisão do Templo, onde morreu, com dez anos (foi seu herdeiro o tio, Luís XVIII, que restaurou o reino em 1814)
Luís XVI foi filho de Luís, delfim da França e de Maria Josefa da Saxónia e, ainda, neto de Luís XV e, por sua vez, Maria Antonieta de Áustria foi filha de Francisco I e Maria Teresa, imperadores do Sacro Império Romano-Germânico, os reis franceses também foram pais de Maria Teresa, que se casou com o primo direito, filho de Carlos X, Luís, duque de Angoulême, depois delfim da França e rei Luís XIX
Luís XVI, rei da França (e Navarra) em 1774-1791 e rei dos Franceses em 1791-1792
Luís XVI da França, rei (até 1792) da dinastia de Bourbon (1589-1792, 1814-1815 e 1815-1830)

A dinastia de Bourbon reina até à Revolução Francesa, de que resultou a Primeira República (1792-1804). Seguiu-se o Primeiro Império Francês (1804-1814), com a Casa de Bonaparte, fundada por Napoleão Bonaparte como imperador Napoleão I, de 1804 até à sua primeira abdicação em 1814. Dá-se, então, a primeira restauração do reino de França com o rei Luís XVIII. Napoleão I volta a reinar com o governo dos 100 dias, de 1815, seguido, após abdicar novamente, pelo filho Napoleão II (por 15 dias). Depois, adveio a segunda restauração e o retorno de Luís XVIII (1815).



Últimos monarcas da França
Luís XVI, rei da França (1774-1792)
Primeira República Francesa (1792-1804)
Napoleão I, imperador (1804-1814 e 1815)
Luís XVIII, rei da França (1814-1815 e 1815-1824)
Napoleão II, imperador (1815, sem governar)
Carlos X, rei da França (1824-1830)
Luís Filipe I, rei da França (1830-1848)
Segunda República Francesa (1848-1852)
Napoleão III, imperador (1852-1870)
Terceira República Francesa (1870-1940)



Reis da França
Hugo Capeto, rei dos Francos (em 987-996)
Roberto II, rei dos Francos (996-1031)
Henrique I, rei dos Francos (1031-1060)
Filipe I, rei dos Francos (1060-1108)
Luís VI, rei dos Francos (1108-1137)
Luís VII, rei dos Francos (1137-1180)
Filipe II da França, rei dos Francos, rei da França (1180-1223)
Luís VIII, rei da França (1223-1226)
Luís IX, rei da França (1226-1270), São Luís da França
Filipe III, rei da França (1270-1285)
Filipe IV da França e I de Navarra, rei da França (1285-1314)
Luís X da França e I de Navarra, rei da França (1314-1316)
João I, rei da França e Navarra (1316)
Filipe V, rei da França e Navarra (1316-1322)
Carlos IV, rei da França e Navarra (1322-1328)
Filipe VI, rei da França (1328-1350)
João II, rei da França (1350-1364)
Carlos V, rei da França (1364-1380)
Carlos VI, rei da França (1380-1422)
Carlos VII, rei da França (1422-1461)
Luís XI, rei da França (1461-1483)
Carlos VIII, rei da França (1483-1498)
Luís XII, rei da França (1498-1515)
Francisco I, rei da França (1515-1547)
Henrique II, rei da França (1547-1559)
Francisco II, rei da França (1559-1560)
Carlos IX, rei da França (1560-1574)
Henrique III, rei da França (1574-1589)
Henrique IV da França e III de Navarra, rei da França (1589-1610)
Luís XIII, rei da França e Navarra (1610-1643)
Luís XIV, rei da França (1643-1715)
Luís XV, rei da França (1715-1774)
Luís XVI, rei da França (1774-1792), pai de Luís Carlos, príncipe real da França, legítimo pretendente do trono francês como Luís XVII (em 1793-1795)
Luís XVIII, rei da França (1814-1815 e 1815-1824)
Carlos X, rei da França (1824-1830), pai de Luís XIX (1830)
Luís Filipe I, rei da França (1830-1848)



Monarquia do Antigo Regime (Luís XVI), até 1792
Primeira República Francesa (1792-1804), Convenção (1792-1795)
República, Directório (1795-1799)
República, Consulado (1799-1804)
Império (Napoleão I), 1804-1814
(Primeiro Império Francês, 1804-1814 e 1815)
Restauração da Monarquia da dinastia de Bourbon (Luís XVIII), 1814-1815
(Restauração, 1814-1815 e 1815-1830)
Império (Napoleão I e Napoleão II), 1815
Segunda Restauração (Luís XVIII e Carlos X), 1815-1830
Monarquia Constitucional (Luís Filipe I), 1830-1848
Segunda República Francesa (1848-1852)
Império (Napoleão III), 1852-1870
Terceira República Francesa (1870-1940)



Monarquia do Antigo Regime (Luís XVI), até 1792


Reino da França, dinastia de Bourbon (1589-1792)
Reino da França – Antigo Regime

Rei Luís XVI da França (em 1774-1792)

Luís XVI, rei até 1792 (I República Francesa), guilhotinado em 1793 no decorrer da Revolução Francesa, pai de Luís Carlos, príncipe real da França, legítimo pretendente do trono francês como Luís XVII (em 1793-1795), então prisioneiro dos revolucionários na Prisão do Templo, onde morreu, com dez anos (foi seu herdeiro o tio, Luís XVIII, que restaurou o reino em 1814)

Revolução Francesa, 1789-1799

A Revolução Francesa (1789-1799) começa com a convocação dos Estados Gerais, o surgimento da Assembleia Constituinte de 1789 e a Tomada da Bastilha

Início da Idade Contemporânea: o início da Revolução Francesa em 1789 inaugurou a Idade Contemporânea

1789-1791: primeiro período da Revolução Francesa (a Constituinte), com o surgimento da Assembleia Nacional Constituinte Francesa de 1789

Presidentes da Assembleia Nacional Constituinte, 1789-1791
Presidentes da Assembleia Legislativa, 1791-1792

Monarquia Constitucional, 1791-1792 (rei Luís XVI da França)

1791-1792: segundo período da Revolução Francesa, com o surgimento da Assembleia Legislativa

Em 1792, o rei Luís XVI e outros membros da família real francesa são presos (fim do reinado de Luís XVI em 1792, que depois foi guilhotinado, em 1793)



Primeira República Francesa (1792-1804), Convenção (1792-1795)


Primeira República Francesa (1792-1804)
Convenção (1792), Directório (1795) e Consulado (1799)

Convenção, 1792-1795: terceiro período da Revolução Francesa, com o surgimento da Convenção (1792), assembleia constituinte que governa o país e estabelece a primeira República

Durante o regime político da Convenção, assembleia constituinte que governa o país, de Setembro de 1792 a Outubro de 1795 (que inclui o período do Terror, liderado por Maximilien de Robespierre, membro do Comité de Salvação Pública de Julho de 1793 a Julho de 1794 e foi, ainda, Presidente da Convenção), foram presos ou executados, ou ambos:

Luís XVI, executado em Janeiro de 1793 (julgado e condenado à morte na guilhotina)

Maria Antonieta de Áustria, executada em Outubro de 1793

Luís Filipe II, duque de Orleães (Philippe Égalité), executado em Novembro de 1793, pai do futuro rei Luís Filipe I (descendentes directos de Luís XIII)

princesa Isabel da França (irmã do rei Luís XVI), executada em Maio de 1794

Luís Carlos (nascido em 1785), príncipe real de França (de 1791 a 1792), “Luís XVII”, falecido na Prisão do Templo em Junho de 1795

Maria Teresa, Madame Royale (filha do rei Luís XVI), foi encarcerada na Prisão do Templo em Agosto de 1792 e, depois de libertada em Dezembro de 1795 (em troca de prisioneiros políticos detidos pela Áustria), seguiu para o exílio em Viena

Luís Carlos (1785-1795), príncipe real de França (de 1791 a 1792), antes delfim de França (em 1789), herdeiro de Luís XVI, rei até à Revolução Francesa, em 1792. Quando Luís XVI foi guilhotinado em 1793, os monárquicos proclamaram rei de França o príncipe real, como Luís XVII, então prisioneiro dos revolucionários na Prisão do Templo (encarcerado com os pais e outros familiares). Foi rei “de jure” de 1793 a 1795, sem governar (pretendido rei, mas não efectivo), sendo seu herdeiro o tio Luís XVIII. Morreu na prisão, com dez anos (1795), em misteriosas circunstâncias, que contribuíram para que ao longo do século XIX surgissem vários falsos Delfins, tendo sido o mais célebre Karl Wilhelm Naundorff.

Chefes de estado (1792-1804, de Luís XVI a Napoleão I):
Presidentes da Convenção, 1792-1795
Maximilien de Robespierre lidera o Comité de Salvação Pública, Julho de 1793 a Julho de 1794
(Comité de Salvação Pública, 1793-1795, um órgão executivo da Convenção)
Autoridades transitórias, Outubro a Novembro de 1795
Directório, 1795-1799
Paul Barras lidera o Directório
Directório, Novembro de 1795 a Novembro de 1799
Consulado, 1799-1804

Guerra e Contra-Revolução, 1792-1797



República, Directório (1795-1799)


Primeira República Francesa (1792-1804)
Convenção (1792), Directório (1795) e Consulado (1799)

Directório, 1795-1799: quarto e último período da Revolução Francesa, com o surgimento do Directório

Directório, Novembro de 1795 a Novembro de 1799
Paul Barras lidera o Directório

O Directório é o novo governo autoritário de 26 Outubro de 1795 (4 Brumário do Ano IV, no Calendário Republicano, calendário revolucionário francês utilizado de 1792 a 1806) a 9 de Novembro de 1799 (18 Brumário do Ano VIII). Uma comissão formada por cinco directores eleitos por cinco anos detinha o poder executivo. O golpe de Estado de 18 de Brumário (do Calendário Republicano francês) de Napoleão Bonaparte estabelece o fim do Directório e da Revolução Francesa e o início do Consulado (1799-1804).

O general Napoleão Bonaparte, com este golpe militar em 1799, inicia quinze anos em que permaneceu no poder como primeiro-cônsul, cônsul vitalício e imperador (como Napoleão I, em 1804), até ao “Governo dos Cem Dias”, quando voltou do exílio em Elba (ilha italiana) e marchou com um regimento militar até Paris, de onde fugiu o rei Luís XVIII. Apesar de reconquistar, então, o poder, Napoleão I da França é derrotado em 1815 por uma coligação anglo-prussiana, sob as ordens de Wellington e Blucher, na Batalha de Waterloo (Bélgica, 18 de Junho de 1815) e abdica pela segunda vez. Deste modo, a derrota das tropas francesas provocou a queda de Napoleão e pôs termo a 23 anos de guerra entre a França e outros países europeus. Napoleão Bonaparte foi preso e exilado pelos ingleses na ilha de Santa Helena, na costa de África, onde morreu em 1821.



República, Consulado (1799-1804)


Primeira República Francesa (1792-1804)
Convenção (1792), Directório (1795) e Consulado (1799)

Consulado, 1799-1804
Cônsules, Novembro a Dezembro de 1799 (“consul de jour”, rotatividade)
Emmanuel Joseph Sieyès (abade Sieyès)
Roger Ducos
Napoleão Bonaparte
Primeiro Cônsul da República Francesa, 1799-1804
Napoleão Bonaparte, Primeiro Cônsul (até Maio de 1804)

Luís António de Bourbon-Condé, duque de Enghien (1772-1804), último descendente da Casa de Bourbon-Condé, filho de Luís Henrique de Bourbon, príncipe de Condé (1756-1830) e, também, neto materno de Luís Filipe II, duque de Orleães (portanto, sobrinho de Luís Filipe I da França), foi executado (como membro da dinastia de Bourbon) por ordens de Napoleão Bonaparte, Primeiro Cônsul da França. A Casa de Bourbon-Condé extinguiu-se, assim, em 1830, com a morte de Luís Henrique de Bourbon, príncipe de Condé, sem descendência (após a morte do filho Luís António).

Luís de Bourbon, príncipe de Condé (1530-1569), filho de Carlos de Bourbon, duque de Vendôme (descendente do rei Luís IX da França, São Luís da França) e, ainda, tio de Henrique IV, rei da França e Navarra (fundador da dinastia de Bourbon), foi o primeiro príncipe e o fundador da casa de Condé (ou, posteriormente, Bourbon-Condé).



Primeiro Império Francês (1804-1814 e 1815)
Império, 1804-1814 (Napoleão I)


Primeiro Império Francês (1804-1814), com a Casa de Bonaparte, fundada por Napoleão Bonaparte

Primeiro Império Francês
Imperadores franceses
Casa de Bonaparte (1804-1814 e 1815 e, ainda, 1852-1870)



Carlos Buonaparte e Letícia Ramolino, “Madame Mère” (título que recebeu como mãe do imperador francês)
~
José I Bonaparte, rei de Espanha (1768-1844)
&
Napoleão I Bonaparte, imperador da França (1769-1821)
&
Luciano Bonaparte, príncipe de Canino (1775-1840)
&
Elisa Bonaparte, grã-duquesa da Toscana (1777-1820)
&
Luís I Bonaparte, rei da Holanda (1778-1846)
&
Paulina Bonaparte, princesa de Guastalla (1780-1825)
&
Carolina Bonaparte, rainha de Nápoles (1782-1839)
&
Jerónimo, rei de Vestefália (1784-1860)



Napoleão I, imperador (1804-1814 e 1815)

Napoleão I foi casado em primeiras núpcias com a imperatriz Josefina e, em segundas núpcias, em 1810, com a imperatriz Maria Luísa (mãe de Napoleão II)



general Napoleão Bonaparte governou a França (por 15 anos) como primeiro-cônsul (depois, cônsul vitalício) de 1799 a 1804 (durante o Consulado, que se seguiu à Revolução Francesa) e como imperador Napoleão I, de 1804 a 1814 (primeira abdicação de Napoleão I) e, posteriormente, em 1815 no “Governo dos Cem Dias”, até ser derrotado por uma coligação anglo-prussiana (sob as ordens de Wellington e Blucher) na Batalha de Waterloo (Bélgica, 18 de Junho de 1815), abdicando pela segunda e última vez; Napoleão I da França foi casado em primeiras núpcias com Josefina de Beauharnais e, em segundas núpcias, com Maria Luísa de Áustria
e
imperatriz Josefina (1763-1814), primeira consorte do general Napoleão Bonaparte de 1796 a 1809 (depois de ficar viúva em 1794 do visconde Alexandre de Beauharnais, de quem teve 2 filhos, Eugénio e Hortênsia); os filhos de Josefina, imperatriz da França foram filhos adoptivos do imperador Napoleão I
~
Eugénio de Beauharnais, príncipe da França, vice-rei de Itália, duque de Leuchtenberg (pai de Augusto, príncipe consorte de Portugal e de Amélia, segunda imperatriz do Brasil, duquesa de Bragança)
&
Hortênsia de Beauharnais, esposa de Luís Bonaparte, rei da Holanda (irmão de Napoleão I) e foram pais de Napoleão III da França



Napoleão I da França (1769-1821) e Maria Luísa de Áustria (1791-1847), filha de Francisco I da Áustria, último sacro imperador romano-germânico e primeiro imperador da Áustria (e irmã de Leopoldina de Áustria, imperatriz do Brasil, rainha de Portugal), imperatriz da França (1810-1814), duquesa de Parma (1816-1847)
~
Napoleão II da França (1811-1832), rei de Roma, como herdeiro de Napoleão I, e imperador em 1815



Imperatriz Josefina (em 1804-1810)

Josefina de Beauharnais (1763-1814) casou com Alexandre de Beauharnais (Visconde de Beauharnais), de quem teve dois filhos, Eugénio de Beauharnais (1781-1824) e Hortênsia de Beauharnais (1783-1837). Em 1796, então viúva do Visconde de Beauharnais, casou com o general Napoleão Bonaparte (1769-1821), tendo este adoptado os dois enteados. Depois do divórcio, o imperador Napoleão I da França (em 1804-1814 e 1815) voltaria a casar em 1810 com Maria Luísa de Áustria.

Eugénio de Beauharnais (filho da imperatriz Josefina, primeira consorte de Napoleão Bonaparte), filho adoptivo do imperador da França, príncipe da França, vice-rei de Itália, duque de Leuchtenberg, casou com Augusta da Baviera, filha do rei da Baviera, Maximiliano I José

Hortênsia de Beauharnais foi rainha consorte de Luís I da Holanda, ou Luís Bonaparte, rei da Holanda (irmão de Napoleão Bonaparte) e foram pais de Napoleão III da França (1808-1873)



Eugénio de Beauharnais, duque de Leuchtenberg e princesa Augusta da Baviera
~
Josefina (1807-1876), casada com Óscar I, rei da Suécia e da Noruega
&
Eugénia (1808-1847), casada com o príncipe alemão, Constantino de Hohenzollern-Hechingen
&
Augusto (1810-1835), príncipe consorte de Portugal casado com D. Maria II
&
Amélia de Leuchtenberg (1812-1873), segunda imperatriz do Brasil, duquesa de Bragança, casada com Pedro IV de Portugal e I do Brasil (pais de Maria Amélia de Bragança, princesa do Brasil)
&
Teodolinda (1814-1857), casada com Guilherme, duque de Urach
&
Maximiliano (1817-1852), casado com Maria Nikolaevna (da Dinastia Romanov), grã-duquesa da Rússia, filha de Nicolau I da Rússia



Imperatriz Maria Luísa (em 1810-1814)

Maria Luísa de Áustria foi imperatriz consorte do Primeiro Império Francês e rainha consorte da Itália, arquiduquesa de Áustria, duquesa de Parma. Casou com o imperador (em 1804-1814 e 1815) Napoleão I da França em 1810 (depois deste se divorciar da imperatriz Josefina, de quem não teve descendência) e foram pais de Napoleão II (1811-1832). Maria Luísa de Áustria, separada, de facto, de Napoleão I da França desde 1814, após a sua primeira abdicação (seguindo-se a primeira restauração do reino, com Luís XVIII), recebe o ducado de Parma em 1814 (depois de Fernando I de Parma e da anexação pela França), no âmbito do Congresso de Viena, sendo duquesa de Parma até morrer em 1847 (conforme os acordos internacionais, o ducado foi depois entregue a Carlos II de Parma, neto de Fernando I de Parma).



Francisco I da Áustria, último sacro imperador romano-germânico (como Francisco II, em 1792-1806) e primeiro imperador da Áustria (em 1804-1835), presidente da Confederação Germânica (em 1815-1835) e a prima direita Maria Teresa de Nápoles (segunda consorte, filha de Fernando I das Duas Sicílias)
~
Maria Luísa de Áustria (1791-1847), casada (1810) com Napoleão Bonaparte (1769-1821), imperador da França em 1804-1814 e 1815, pais de Napoleão II da França (1811-1832)
&
Fernando I da Áustria, imperador da Áustria e presidente da Confederação Germânica em 1835-1848; sem descendência, foi sucedido pelo sobrinho Francisco José I
&
Leopoldina de Áustria, primeira imperatriz do Brasil, casada com o rei Pedro IV de Portugal e imperador do Brasil
&
Maria Clementina Francisca de Áustria, casada com o tio, Leopoldo de Nápoles e foram pais de Maria Carolina Augusta de Bourbon e Duas Sicílias, que foi casada com Henrique de Orleães, duque de Aumale
&
Francisco Carlos de Áustria, pai de Francisco José I (sucessor do tio, Fernando I) e, também, de Maximiliano de Áustria, depois imperador Maximiliano I do México (foi noivo de Maria Amélia de Bragança, princesa do Brasil, filha de Pedro I)



Francisco I e Maria Teresa, imperadores do Sacro Império Romano-Germânico (em 1745-1765)
~
José II, sacro imperador romano-germânico (1765-1790)
&
Maria Amália de Áustria, casada com Fernando I, duque de Parma
&
Leopoldo II, sacro imperador romano-germânico (1790-1792; sucedeu ao irmão José II), pai de Francisco I da Áustria (antes, também Francisco II)
&
Maria Carolina de Áustria, casada com Fernando IV de Nápoles, depois Fernando I das Duas Sicílias
&
Maria Antonieta de Áustria, casada com Luís XVI da França



Fernando I das Duas Sicílias, rei em 1816-1825
(antes, Fernando IV de Nápoles, rei de Nápoles e da Sicília desde 1759, filho de Carlos III de Espanha),
casado com Maria Carolina de Áustria
~
Maria Teresa de Nápoles, casada com o primo direito, Francisco I da Áustria (último sacro imperador romano-germânico e primeiro imperador da Áustria)
&
Francisco I das Duas Sicílias, casado em primeiras núpcias com Maria Clementina de Áustria, filha de Leopoldo II, sacro imperador romano-germânico e, em segundas núpcias, com Maria Isabel de Bourbon
&
Maria Amélia de Nápoles, casada com Luís Filipe I da França
&
Maria Antónia de Nápoles, casada com Fernando VII de Espanha (filho do seu tio, Carlos IV de Espanha)
&
Leopoldo de Nápoles, casado com a arquiduquesa Maria Clementina de Áustria (filha da sua irmã, Maria Teresa de Nápoles)



Primeiro Império Francês, com a Casa de Bonaparte, fundada por Napoleão Bonaparte como imperador Napoleão I, de 1804 até à sua primeira abdicação em 1814.



Restauração (1814-1815 e 1815-1830)
Restauração da Monarquia da dinastia de Bourbon, 1814-1815 (Luís XVIII)


Reino da França (1814-1815), dinastia de Bourbon
Reino da França, Restauração, dinastia de Bourbon (1814-1815 e 1815-1830)

Luís XVIII, rei da França (1814-1815 e 1815-1824)

Depois do Consulado e do Primeiro Império Francês, do imperador Napoleão I, de 1804 até à sua primeira abdicação em 1814, surge a primeira restauração do reino da França com o rei Luís XVIII (em 1814-1815), neto de Luís XV. Napoleão reconquista o poder em 1815 com o governo dos 100 dias, acabando por abdicar a favor do filho, Napoleão II (por 15 dias imperador). Então, Luís XVIII afasta Napoleão II e toma o poder, com a segunda restauração em 1815, reinando até 1824.



Primeiro Império Francês (1804-1814 e 1815)
Império, 1815 (Napoleão I e Napoleão II)


Primeiro Império Francês (1815), Casa de Bonaparte

Primeiro Império Francês (1815)
Governo dos 100 dias
Napoleão I, imperador (1815)
Comissão Napoleão II, Comissão de governo de 1815
Napoleão II, imperador (1815, sem governar)

Napoleão I, imperador em 1804-1814 e 1815 (de Março a Junho de 1815)
Primeiro Império Francês, 1804-1814 e Março a Julho de 1815
Governo dos Cem Dias, Março a Julho de 1815
Napoleão I, imperador de Março a Junho de 1815
Napoleão II, imperador de Junho a Julho de 1815

Napoleão II da França (em 1815) faleceu aos 21 anos (1832), solteiro e sem descendência

À Primeira República seguiu-se o Primeiro Império Francês, com a Casa de Bonaparte, fundada por Napoleão Bonaparte como imperador Napoleão I, de 1804 até à sua primeira abdicação em 1814. Dá-se, então, a primeira restauração do reino de França com o rei Luís XVIII.

Napoleão I volta a reinar com o governo dos 100 dias, de 1815, seguido, após abdicar novamente, pelo filho Napoleão II (por 15 dias). Depois, adveio a segunda restauração e o retorno de Luís XVIII (1815).



Restauração (1814-1815 e 1815-1830)
Segunda Restauração, 1815-1830 (Luís XVIII e Carlos X)


Reino da França, dinastia de Bourbon (1815-1830)
Dinastia de Bourbon (1589-1792, 1814-1815 e 1815-1830)
Luís XVIII da França

Após a queda de Napoleão Bonaparte a dinastia de Bourbon volta ao poder, com os reis Luís XVIII e Carlos X, irmãos do último monarca Luís XVI (netos de Luís XV), até à Monarquia de Julho (1830-1848). Revoluções liberais antecederam e marcam o fim da Monarquia de Julho, nomeadamente as revoluções de 1830 e as revoluções de 1848.

Reino da França, Primeira Restauração: Luís XVIII, rei de 1814 a 1815
Segunda Restauração: Luís XVIII, rei de 1815 a 1824 e Carlos X, rei de 1824-1830

Luís XVIII, rei da França (1814-1815 e 1815-1824)

Carlos X, rei da França (1824-1830)
Carlos X foi conde de Artois, duque de Berry, pai de “Luís XIX”
Carlos X foi casado com Maria Teresa de Sabóia (faleceu em 1805, filha de Vítor Amadeu III, rei da Sardenha e duque de Sabóia e, também, neta materna de Filipe V de Espanha e, ainda, irmã de Maria Josefina de Sabóia, que casara com Luís XVIII da França)

Luís, duque de Angoulême, depois delfim da França e rei não proclamado Luís XIX (1830), tio de Henrique, conde de Chambord (1820-1883), “Henrique V” (também duque de Bordéus)



Henrique IV da França e III de Navarra, rei da França em 1589-1610, fundador da dinastia de Bourbon (dinastia real francesa em 1589-1792, 1814-1815 e 1815-1830)
~
Luís XIII (de Bourbon), rei da França e Navarra em 1610-1643, casado com Ana de Áustria, filha de Filipe II, rei de Portugal e Espanha (III) e de Margarida de Áustria (a rainha Ana foi regente do filho Luís XIV, em 1643-1661)
~
Luís XIV, rei da França em 1643-1715, casado com a prima direita Maria Teresa de Áustria (filha de Filipe IV de Espanha – Filipe III de Portugal até 1640 - e Isabel da França e, ainda, irmã consanguínea de Carlos II, último rei de Espanha da casa de Áustria), sucedido pelo bisneto Luís XV
~
Luís, “o Grande Delfim” da França
~
Luís, delfim da França e duque de Borgonha, casado com Maria Adelaide de Sabóia (ambos bisnetos de Luís XIII da França), pais do rei Luís XV da França
~
Luís XV, rei da França em 1715-1774
~
Luís, delfim da França, casado com Maria Teresa de Bourbon (filha do seu tio-avô Filipe V de Espanha) e, depois de enviuvar (sem descendência), com Maria Josefa da Saxónia (filha de Frederico Augusto II, príncipe-eleitor da Saxónia e, como Augusto III, rei da Polónia e grão-duque da Lituânia, monarca da Casa de Wettin; neta materna de José I, sacro imperador romano-germânico; irmã de Maria Amália da Saxónia, rainha consorte de Carlos III de Espanha)
~
Luís XVI, rei da França em 1774-1792, casado com Maria Antonieta de Áustria (filha de Francisco I e Maria Teresa, imperadores do Sacro Império Romano-Germânico)
&
Luís XVIII, rei da França em 1814-1815 e 1815-1824
&
Carlos X (de Bourbon), rei da França em 1824-1830, casado com Maria Teresa de Sabóia (faleceu em 1805, filha de Vítor Amadeu III, rei da Sardenha e duque de Sabóia, neta materna de Filipe V de Espanha e irmã de Maria Josefina de Sabóia, que casara com Luís XVIII da França)



Os últimos reis da França da dinastia de Bourbon foram os irmãos Luís XVI (em 1774-1792), Luís XVIII (em 1814-1815 e 1815-1824) e Carlos X (em 1824-1830), netos de Luís XV. Seguiu-se o reinado do último rei francês, Luís Filipe I, em 1830-1848 (dinastia de Orleães).



Monarquia Constitucional (Luís Filipe I), 1830-1848


Reino da França, monarquia de Julho (1830-1848)
Dinastia de Orleães (1830-1848)

Luís Filipe I, rei da França (1830-1848)
Luís Filipe I (Rei Cidadão) foi casado com a rainha Maria Amélia de Nápoles, pais de Fernando Filipe (falecido em 1842) e, também, avós de Filipe, conde de Paris e príncipe real (1838-1894)
O duque Luís Filipe III de Orleães (1773-1850) casou com Maria Amélia de Nápoles (falecida em 1866, filha de Fernando IV de Nápoles, depois Fernando I das Duas Sicílias, neta do rei de Espanha e dos imperadores do Sacro Império Romano-Germânico) e foi, em 1830, rei Luís Filipe I da França

Luís Filipe I, rei da França de 1830 a 1848 (abdicação)



Luís Filipe I da França (em 1830-1848) e Maria Amélia de Nápoles
~
Fernando Filipe, duque de Orleães e príncipe real da França, avô de Filipe de Orleães (1869-1926; sem descendência) e de João de Orleães (1874-1940), pretendentes ao trono francês (e, ainda, avô de Amélia de Orleães, consorte do rei Carlos I de Portugal)
&
Luísa de Orleães, rainha consorte de Leopoldo I da Bélgica (Leopoldo de Saxe-Coburgo-Gotha), primeiro rei dos Belgas em 1831-1865 (depois deste enviuvar de Carlota de Gales, filha única de Jorge IV do Reino Unido) e foram pais de Leopoldo II da Bélgica, de Filipe, conde da Flandres (pai de Alberto I, sucessor de Leopoldo II) e de Carlota do México, imperatriz consorte do México (com Maximiliano I do México)
&
Maria de Orleães, casada com Alexandre de Württemberg (1804-1881, da Casa de Vurtemberga)
&
Luís de Orleães, duque de Nemours, casado com Vitória de Saxe-Coburgo-Gotha, irmã de Fernando II de Portugal, e foram pais de Gastão de Orleães, príncipe imperial consorte do Brasil, conde de Eu (genro de Pedro II do Brasil)
&
Clementina de Orleães, casada com Augusto de Saxe-Coburgo-Gotha e foram pais de Fernando I da Bulgária e de Luís Augusto de Saxe-Coburgo-Gotha (consorte de Leopoldina de Bragança, princesa do Brasil, irmã de Isabel de Bragança, princesa imperial do Brasil, filhas do imperador Pedro II)
&
Francisco Fernando de Orleães, príncipe de Joinville, casado com Francisca Carolina, princesa do Brasil, filha de Pedro I do Brasil e IV de Portugal
&
Henrique de Orleães, duque de Aumale, casado com Maria Carolina Augusta de Bourbon e Duas Sicílias (neta paterna de Fernando I das Duas Sicílias e, também, neta materna de Francisco I da Áustria)
&
António de Orleães, duque de Montpensier, casado com Luísa Fernanda de Bourbon, infanta de Espanha (irmã da rainha Isabel II de Espanha), de quem teve descendência



Luís Filipe I (1773-1850), o Rei Cidadão, foi proclamado rei dos franceses em 1830, chegando ao poder a dinastia de Orleães, ramo da dinastia de Bourbon (Bourbon-Orleães) e, por conseguinte, capetianos. O seu reinado termina com as revoluções de 1848 e a sua abdicação para a Segunda República, marcando o fim da monarquia em França.



Luís XIII, rei da França e Navarra em 1610-1643, da dinastia de Bourbon, casado com Ana de Áustria (filha de Filipe II, rei de Portugal e III de Espanha), que foi regente do filho Luís XIV
~
Filipe, duque de Orleães (irmão de Luís XIV da França)
~
Filipe II, duque de Orleães (regente, em 1715-1723, de Luís XV da França)
~
Luís, duque de Orleães
~
Luís Filipe, duque de Orleães
~
Luís Filipe II, duque de Orleães (“Philippe Égalité”)
~
Luís Filipe I, rei da França em 1830-1848, fundador da dinastia de Orleães



Luís Filipe I, rei da França (em 1830-1848), “Rei Cidadão”, casado com Maria Amélia de Nápoles (filha de Fernando IV de Nápoles, depois Fernando I das Duas Sicílias)
~
Fernando Filipe, duque de Orleães e príncipe real da França
~
Filipe, conde de Paris (herdeiro ao trono por morte do pai) e último príncipe real da França de 1842 a 1848 (pai de Amélia de Orleães, consorte do rei Carlos I de Portugal, de Filipe de Orleães, falecido em 1926, de Isabel de Orleães, casada com o primo João de Orleães e, ainda, de Luísa de Orleães)
&
Roberto de Orleães, duque de Chartres (casado com a prima direita Francisca de Orleães, filha de Francisco Fernando de Orleães, príncipe de Joinville e de Francisca Carolina, princesa do Brasil)



Roberto de Orleães, duque de Chartres (neto do rei Luís Filipe I da França)
~
João de Orleães (1874-1940), pretendente ao trono francês, casado com a prima direita, Isabel de Orleães (filha de Filipe, conde de Paris e príncipe real e irmã da rainha D. Amélia e, ainda, de Filipe de Orleães, que faleceu em 1926 sem descendência)
~
Henrique de Orleães (1908-1999), pretendente ao trono francês, casado com Isabel de Orleães e Bragança, bisneta de Pedro II, imperador do Brasil (e irmã de Maria Francisca de Orleães e Bragança, casada com Duarte Nuno de Bragança, neto de Miguel I de Portugal); Henrique e Isabel foram trinetos de Luís Filipe I da França
~
Henrique de Orleães (nascido em 1933), actual pretendente ao extinto trono francês (pai de João de Orleães, nascido em 1965), descendente por varonia do rei Luís Filipe I da França (e, também, de Luís XIII)



Segunda República Francesa (1848-1852)


Luís Napoleão Bonaparte, presidente (1848-1852)
Luís Napoleão Bonaparte (depois, Napoleão III) foi, de facto, o primeiro presidente da República em França (de Dezembro de 1848 a 1852)



Império (Napoleão III), 1852-1870


Segundo Império Francês (1852-1870)

Napoleão III, imperador da França em 1852-1870
«imperador dos franceses»
Casa de Bonaparte (1804-1814 e 1815 e, ainda, 1852-1870)
Napoleão III da França (1808-1873) foi casado (1853) com Eugénia de Montijo (1826-1920) e foram pais de Luís Napoleão (1856-1879), príncipe imperial da França (sem descendência)



Luís I Bonaparte (1778-1846), rei da Holanda em 1806-1810, irmão de Napoleão I, e Hortênsia de Beauharnais (filha da imperatriz Josefina e do visconde Alexandre de Beauharnais, posteriormente, filha adoptiva de Napoleão I)
~
Napoleão Carlos Bonaparte (1802-1807), príncipe francês do Primeiro Império (um eventual sucessor do imperador Napoleão I)
&
Luís II da Holanda (Napoleão Luís Bonaparte, 1804-1831), rei da Holanda em 1810, também grão-duque de Berg (1809-1813; estado alemão), príncipe francês do Primeiro Império (casado com a prima direita Carlota Bonaparte, filha de José I Bonaparte, que foi o irmão primogénito de Napoleão I)
&
Napoleão III da França (sobrinho paterno de Napoleão I e, portanto, primo de Napoleão II, imperadores da França, foi pretendente à coroa imperial depois da morte de Napoleão II em 1832; José I Bonaparte faleceu em 1844), procedeu à restauração do império, 37 anos depois do fim deste



Jerónimo Bonaparte (1784-1860), príncipe francês (família imperial francesa da Casa de Bonaparte, desde 1804 até 1870), rei de Vestefália, príncipe de Montfort, foi o irmão mais novo de Napoleão Bonaparte (filhos de Carlos Buonaparte e Letícia Ramolino). Napoleão I da França fez do irmão rei de Vestefália, um estado cliente do Primeiro Império Francês, como rei Jerónimo Napoleão em 1807-1813. Quando o seu sobrinho, Luís Napoleão Bonaparte, se tornou presidente da Segunda República Francesa (1848-1852) em 1848 e, depois, imperador do Segundo Império Francês (Napoleão III da França, em 1852-1870), Jerónimo Bonaparte actuou em vários papéis oficiais.

Jerónimo Bonaparte (1784-1860), casado com Catarina de Vurtemberga (filha de Frederico I, primeiro rei de Vurtemberga), foi pai de Napoleão José Bonaparte (1822-1891), príncipe francês, príncipe de Montfort (que foi casado com Maria Clotilde de Sabóia, filha do rei de Itália, Vítor Manuel II) e avô de Vítor Napoleão (1862-1926), príncipe francês (que foi casado com Clementina da Bélgica, filha do rei Leopoldo II da Bélgica, e foram pais de Luís Napoleão, pretendente bonapartista ao trono imperial francês).



Carlos Buonaparte e Letícia Ramolino («Madame Mère», título que recebeu como mãe do imperador francês)
~
Jerónimo Bonaparte, príncipe francês, rei de Vestefália, príncipe de Montfort (irmão de Napoleão I da França)
~
Napoleão José Bonaparte (1822-1891), príncipe francês, príncipe de Montfort (primo-irmão de Napoleão III da França)
~
Vítor Napoleão (1862-1926), príncipe francês (herdeiro de Luís Napoleão, príncipe imperial da França, filho de Napoleão III da França)
~
Luís Napoleão (pretendente “bonapartista” ao trono imperial francês)
~
Carlos Napoleão
~
João Cristóvão Napoleão



Terceira República Francesa (1870-1940)


Terceira República Francesa (1870-1940)
Adolphe Thiers, presidente (1871-1873)
Adolphe Thiers (1797-1877), segundo presidente da República francesa (primeiro presidente da Terceira República)


Ocupação da França pela Alemanha Nazi, 1940-1944


Regime francês de Vichy, 1940-1944


França livre, 1940-1943


Comité francês de Libertação nacional, 1943-1944


Governo provisório da República francesa, 1944-1946


Quarta República Francesa, 1946-1958


Quinta República Francesa, desde 1958


Quinta República Francesa
Charles de Gaulle, presidente (1959-1969)
Georges Pompidou, presidente (1969-1974)
Valéry Giscard d'Estaing, presidente (1974-1981)
François Mitterrand, presidente (1981-1995)
Jacques Chirac, presidente (1995-2007)
Nicolas Sarkozy, presidente (2007-2012)
François Hollande, presidente (2012-2017)
Emmanuel Mácron, presidente (desde 2017)






NOTAS:

O sinal (~) representa: «filhos entre outros».

Os casamentos e filhos apresentados não são exclusivos.

Sinal gráfico (&) usado para substituir a conjunção «e» (representa a conjunção latina et).