15.12.13

Os Orleães e outros Capetianos – Notas

Os Orleães e outros Capetianos – Notas

 

 

Hugo Capeto, rei dos Francos (em 987-996), fundador da dinastia Capetiana, descendente em linha feminina de Carlos Magno, sucedeu a Luís V, “o Indolente”, último rei dos Francos da dinastia Carolíngia (em 986-987), que morreu sem descendência (outros descendentes de Carlos Martel e do seu neto, Carlos Magno, sucederam-se, segundo alguns, durante mais 4 séculos, até à extinção da linhagem).

 

 

 

Hugo Capeto, descendente em linha feminina de Carlos Magno (a descendência do imperador Carlos Magno):

 

o  Carlos Magno, Carlos I (em 768-800 como rei dos Francos e 800-814 como Imperador do Ocidente)

o  Pepino I de Itália, Pepino Carlomano, rei de Itália em 781-810 (reino dos Lombardos sob domínio franco, por Carlos Magno), irmão de Luís I, “o Piedoso”, rei dos francos em 814-840 e Imperador do Ocidente (augusto imperador romano)

o  Bernardo de Itália, rei de Itália em 810-818

o  Pepino I, conde de Vermandois (1.º conde), Senhor de Péronne

o  Herberto I, conde de Vermandois

o  Beatriz de Vermandois, irmã de Herberto II, conde de Vermandois, casou com Roberto I, rei dos Francos e foram pais de Hugo, “o Grande”, duque dos Francos; Roberto I foi filho de Roberto, “o Forte”, conde de Anjou e fundador da família dos "Robertiens”, antepassado da dinastia Capetiana

o  Hugo, “o Grande”, duque dos Francos, conde de Paris

o  Hugo Capeto, rei dos Francos (fundador da dinastia Capetiana, 987-1328, de reis francos e reis franceses)

 

 

 

Luís I, “o Piedoso”, rei dos Francos e Imperador do Ocidente, retirou o governo da Itália e o título real a Bernardo de Itália (seu sobrinho).

 

Localização de Vermandois: São Quintino, Picardia, França.

 

 

 

Os descendentes da dinastia Capetiana reinaram em vários Estados, como França, Portugal, Sabóia, Borgonha, Nápoles, Espanha, Constantinopla, Luxemburgo, Andorra, Parma e Brasil.

 

 

 

A dinastia de Bourbon reina até à Revolução Francesa, de que resultou a Primeira República.

 

O rei Luís XVI (em 1774-1792) reinou até ao fim do Antigo Regime no Reino da França. O início da Revolução Francesa em 1789 inaugurou a Idade Contemporânea.

 

A Revolução Francesa (1789-1799) começa com a convocação dos Estados Gerais, o surgimento da Assembleia Constituinte de 1789 e a Tomada da Bastilha.

 

Em 1789-91 dá-se o primeiro período da Revolução Francesa – a Constituinte, com o surgimento da Assembleia Nacional Constituinte Francesa de 1789.

 

A França passa a ser uma Monarquia Constitucional (1791-92), com o mesmo rei Luís XVI.

 

 

Com o surgimento da Assembleia Legislativa, dá-se o segundo período da Revolução em 1791-92.

 

 

Em 1792 surge a Convenção (terceiro período da Revolução, em 1792-95), assembleia constituinte que governa o país e estabelece a Primeira República Francesa (1792-1804). O Calendário Republicano foi o calendário revolucionário francês utilizado de 1792 até 1806. O rei Luís XVI e outros membros da família real francesa são presos (fim do reinado de Luís XVI em 1792).

 

Quando Luís XVI foi guilhotinado em 1793, os monárquicos proclamaram rei da França o príncipe real Luís Carlos, como Luís XVII, então prisioneiro dos revolucionários na Prisão do Templo (encarcerado com os pais e outros familiares). Foi rei de jure de 1793 a 1795 (ano em que morreu misteriosamente na prisão com 10 anos), sem governar, sendo seu herdeiro o tio Luís XVIII.

 

 

Guerra e Contra-Revolução em 1792-97. Com o surgimento do Directório (1795-99), passa-se ao quarto e último período da Revolução Francesa.

 

O Directório é o novo governo autoritário, de 26 Outubro de 1795 (4 de Brumário do Ano IV, no Calendário Republicano) a 9 de Novembro de 1799 (18 de Brumário do Ano VIII). Uma comissão formada por cinco directores, eleitos por cinco anos, detinha o poder executivo.

 

O golpe de Estado de 18 de Brumário (do Calendário Republicano francês) de Napoleão Bonaparte estabelece o fim do Directório e da Revolução Francesa e o início do Consulado (1799-1804).

 

O general Napoleão Bonaparte, com este golpe militar em 1799, inicia quinze anos em que permaneceu no poder como primeiro-cônsul, cônsul vitalício e imperador (como Napoleão I, em 1804), até ao “Governo dos Cem Dias”, quando voltou do exílio em Elba (ilha italiana) e marchou com um regimento militar até Paris, de onde fugiu o rei Luís XVIII. Apesar de reconquistar, então, o poder, Napoleão I da França é derrotado em 1815 por uma coligação anglo-prussiana, sob as ordens de Wellington e Blucher, na Batalha de Waterloo (Bélgica, 18 de Junho de 1815) e abdica pela segunda vez. Deste modo, a derrota das tropas francesas provocou a queda de Napoleão e pôs termo a 23 anos de guerra entre a França e outros países europeus. Napoleão Bonaparte foi preso e exilado pelos ingleses na ilha de Santa Helena, na costa de África, onde morreu em 1821.

 

Depois do Consulado (1799-1804) e do Primeiro Império Francês, do imperador Napoleão I, de 1804 até à sua primeira abdicação em 1814, surge a primeira restauração do reino da França com o rei Luís XVIII (em 1814-1815), neto de Luís XV. Napoleão reconquista o poder em 1815 com o governo dos 100 dias, acabando por abdicar a favor do filho, Napoleão II (por 15 dias imperador). Então, Luís XVIII afasta Napoleão II e toma o poder, com a segunda restauração em 1815, reinando até 1824.

 

Os últimos reis da França da dinastia de Bourbon foram os irmãos Luís XVI (em 1774-1792), Luís XVIII (em 1814-1815 e 1815-1824) e Carlos X (em 1824-1830), netos de Luís XV. Seguiu-se o reinado do último rei francês, Luís Filipe I, em 1830-1848 (dinastia de Orleães).

 

Os reis e imperadores franceses da Idade Contemporânea:

 

o Luís XVI, rei da França (em 1774-1792), da dinastia de Bourbon (1589-1792, 1814-1815 e 1815-1830), na Monarquia do Antigo Regime (até 1792), pai de Luís Carlos, príncipe real da França, legítimo pretendente do trono francês como Luís XVII (em 1793-1795)

o Primeira República Francesa (1792-1804): Convenção (1792-1795), Directório (1795-1799) e Consulado (1799-1804)

o Napoleão I, imperador (1804-1814 e 1815), da Casa de Bonaparte (1804-1814 e 1815 e, ainda, 1852-1870), no Primeiro Império Francês (1804-1814 e 1815)

o Luís XVIII, rei da França (1814-1815 e 1815-1824), Restauração da Monarquia da dinastia de Bourbon (1814) e Segunda Restauração (1815) – Restauração (1814-1815 e 1815-1830)

o Napoleão II, imperador (1815, sem governar), no primeiro Império

o Carlos X, rei da França (1824-1830), pai do rei não proclamado Luís XIX (1830)

o Luís Filipe I, rei da França (1830-1848), da dinastia de Orleães (1830-1848), na Monarquia Constitucional (1830-1848)

o Segunda República Francesa (1848-1852)

o Napoleão III, imperador (1852-1870), no Segundo Império Francês (1852-1870)

o Terceira República Francesa (1870-1940), foi o período mais longo desde o início da Idade Contemporânea (Revolução Francesa em 1789); a Terceira República durou até à ocupação pela Alemanha Nazi, na Segunda Guerra Mundial

 

 


 

Em 1572 Henrique III de Navarra, filho de António de Bourbon, duque de Vendôme (rei António I de Navarra) e de Joana III de Navarra, sucede à sua mãe (a rainha Joana III faleceu já viúva) e, portanto, foi rei de Navarra e Co-Príncipe de Andorra de 1572 a 1610 (rei da França em 1589).

 

A parte do reino de Navarra situada na Península Ibérica, tinha sido conquistada, em 1512, por Fernando II de Aragão, “o Católico” e, depois, incorporada no Reino de Castela com a filha, Joana I de Castela, passando os monarcas espanhóis a utilizar o título de “rei de Navarra”, reduzindo assim o reino à sua expressão francesa.

 

Henrique III de Navarra, em 1589, tornou-se o primeiro monarca da França da dinastia de Bourbon, como Henrique IV, passando a coroa de Navarra para os reis da França.

 

Mais tarde, Henrique IV da França, que também era Henrique II, conde de Foix e detentor de outros domínios, uniu à coroa francesa os seus feudos pessoais que se encontravam sob soberania francesa (passando para o domínio real).

 

Assim, o título de “Co-Príncipe de Andorra” (do Principado de Andorra), que pertencia aos condes de Foix (Henrique II, conde de Foix), acabou por ser transferido para o chefe de Estado francês.

 

Em 1620, Navarra é formalmente incorporada na Coroa Francesa, por Luís XIII (Luís II de Navarra), no entanto, os reis da França continuam a usar o título de reis da França e de Navarra (até 1789 e, depois, durante a Restauração do reino da França, em 1814-1815 e 1815-1830, com os reis da dinastia de Bourbon, Luís XVIII e Carlos X).

 

 

[Note-se que o sinal (~) representa: filhos entre outros]

 

Henrique IV, rei da França (em 1589-1610) e Navarra (1572-1610), foi casado com Margarida de Valois (sem descendência), filha de Henrique II e irmã de Henrique III da França (a quem Henrique IV sucedeu) e, em segundas núpcias, com Maria de Médicis, filha de Francisco I de Médicis, grão-duque da Toscana
~
Luís XIII (de Bourbon), rei da França (em 1610-1643)
~
Luís XIV (de Bourbon), rei da França (em 1643-1715)

 

 

 

Henrique IV, o primeiro rei da França da dinastia de Bourbon, sucedeu em 1589 ao seu primo e cunhado, Henrique III de Valois.

 

Maria de Médicis (1575-1642), filha do Grão-duque da Toscana, Francisco I de Médicis, foi rainha da França e de Navarra, como segunda esposa de Henrique IV da França e, portanto, foi mãe do rei Luís XIII e, ainda, regente do reino, em 1610-1614/17, durante a menoridade do filho.

 

 

 

A ascendência por varonia de Henrique IV de Bourbon, rei da França e Navarra:

 

o  Luís IX, rei da França, São Luís da França (1214-1270), rei da dinastia Capetiana desde 1226 até à sua morte

o  Roberto, conde de Clermont, filho varão mais novo do rei Luís IX da França e de Margarida da Provença e irmão do rei Filipe III da França; também Senhor de Bourbon por casamento com Beatriz de Borgonha (neta do duque Hugo IV de Borgonha), herdeira do senhorio de Bourbon; os seus descendentes formaram a Casa de Bourbon

o  Luís I, duque de Bourbon, foi conde de Clermont e o primeiro duque de Bourbon e foi, ainda, pai de Pedro I, duque de Bourbon (seu sucessor, com descendência, que acaba por se extinguir mais tarde e os seus domínios reverteriam para a coroa francesa)

o  Jaime I, conde de Marche, foi irmão de Pedro I, duque de Bourbon

o  João I, conde de Marche, segundo filho varão de Jaime I, sucedeu no condado ao irmão, conde Pedro I de Marche (Pedro de Bourbon-Marche), após a sua morte (sem descendência) pouco depois do pai, ambos em consequência de batalha; também conde de Vendôme por casamento com Catarina de Vendôme, filha de João VI de Vendôme (conde de Vendôme) e herdeira do condado, e foram pais de Jaime II, conde de Marche (sucessor no condado) e de Castres e rei consorte de Nápoles (casado em terceiras núpcias, sem descendência, com Joana II de Nápoles), que teve descendência que posteriormente acaba por se extinguir (revertendo as respectivas possessões para a coroa francesa)

o  Luís de Bourbon, conde de Vendôme (Luís I de Bourbon-Vendôme), segundo filho varão de João I, conde de Marche (e irmão de Jaime II, conde de Marche)

o  João de Bourbon, conde de Vendôme (João VIII de Bourbon-Vendôme)

o  Francisco de Bourbon, conde de Vendôme (durante a sua menoridade, o seu cunhado, Luís de Joyeuse, assegurou a sua tutela e o governo do condado)

o  Carlos de Bourbon, duque de Vendôme, com quem o condado foi elevado a ducado

o  António de Bourbon, duque de Vendôme e, por casamento com Joana III de Navarra, rei de Navarra (António I) e Co-Príncipe de Andorra (título que passou para os seus sucessores); Joana III de Navarra foi filha de Henrique II de Navarra e de Margarida de Angoulême, irmã do rei Francisco I (de Valois) da França

o  Henrique IV de Bourbon, rei da França e Navarra (Henrique IV da França e III de Navarra); filho de António de Bourbon, duque de Vendôme e Joana III de Navarra, foi rei de Navarra como Henrique III, em 1572-1610 (também Co-Príncipe de Andorra), e tornou-se o primeiro monarca da França da dinastia de Bourbon, como Henrique IV, em 1589, por morte do seu primo e cunhado, Henrique III de Valois, até ser assassinado em 1610; Joana III de Navarra foi prima-irmã de Henrique II da França, o pai da primeira esposa de Henrique IV, Margarida de Valois, e também dos reis Francisco II, Carlos IX e Henrique III

 

 

 

Luís I, duque de Bourbon foi pai de Pedro I, duque de Bourbon, que lhe sucedeu no ducado, e Jaime I, conde de Marche. O duque de Bourbon, Pedro I, teve descendência, que acaba por se extinguir mais tarde e os seus domínios reverteriam para a coroa francesa.

 

João I, conde de Marche foi pai de Jaime II, conde de Marche, seu sucessor no condado (Jaime II, conde de Marche e de Castres e rei consorte de Nápoles, casado, em terceiras núpcias, com Joana II de Nápoles, não tendo descendência deste último casamento). Luís de Bourbon, conde de Vendôme (Luís I de Bourbon-Vendôme) foi o segundo filho varão de João I, conde de Marche e irmão de Jaime II, conde de Marche. O conde de Marche, Jaime II, teve descendência, que acaba por se extinguir mais tarde, revertendo as respectivas possessões para a coroa francesa.

 

 

 

Henrique IV (de Bourbon), rei da França (em 1589-1610), com Maria de Médicis (filha de Francisco I de Médicis, grão-duque da Toscana), sua segunda esposa (que, mais tarde, seria regente do reino, em 1610-1614/17, durante a menoridade do filho Luís XIII)
~
Luís XIII (de Bourbon), rei da França (1610-1643)
&
Isabel da França, rainha de Portugal e Espanha, casada com Filipe III (IV de Espanha)
&
Cristina da França, casada com Vítor Amadeu I de Sabóia (do ducado de Sabóia)
&
Gastão, duque de Orleães
&
Henriqueta Maria da França, casada com Carlos I de Inglaterra

 

 

 

A linhagem Capetiana de Henrique IV de Bourbon, rei da França e Navarra:

 

o  Hugo Capeto, rei dos Francos (em 987-996), fundador da Dinastia Capetiana

o  Roberto II, o Pio, rei dos Francos (em 996-1031), pai do rei Henrique I e de Roberto I, duque de Borgonha

o  Henrique I (n. 1008), rei dos Francos (em 1031-1060) e, antes, duque de Borgonha (em 1016-1031)

o  Filipe I (n. 1052), rei dos Francos (em 1060-1108)

o  Luís VI (n. 1081), rei dos Francos (em 1108-1137)

o  Luís VII (n. 1120), rei dos Francos (em 1137-1180)

o  Filipe II da França (“Philippe Auguste”, 1165-1223), rei dos Francos, foi o último a utilizar o título de “rex Francorum”; rei da França em 1180-1223

o  Luís VIII, rei da França (em 1223-1226)

o  Luís IX, rei da França (em 1226-1270), São Luís da França

o  Roberto, conde de Clermont (irmão do rei Filipe III da França), também Senhor de Bourbon por casamento com Beatriz de Borgonha (os seus descendentes formaram a Casa de Bourbon)

o  Luís I, duque de Bourbon (foi conde de Clermont e o primeiro duque de Bourbon)

o  Jaime I, conde de Marche

o  João I, conde de Marche, também conde de Vendôme por casamento com Catarina de Vendôme

o  Luís de Bourbon, conde de Vendôme (Luís I de Bourbon-Vendôme)

o  João de Bourbon, conde de Vendôme (João VIII de Bourbon-Vendôme)

o  Francisco de Bourbon, conde de Vendôme

o  Carlos de Bourbon, duque de Vendôme (com quem o condado foi elevado a ducado)

o  António de Bourbon, duque de Vendôme e, por casamento com Joana III de Navarra, rei de Navarra (António I) e Co-Príncipe de Andorra (título que passou para os seus sucessores)

o  Henrique IV de Bourbon, rei da França e Navarra

 

 

 

Henrique IV da França (em 1589-1610) e III de Navarra (em 1572-1610; também Co-príncipe de Andorra), fundador da dinastia de Bourbon (dinastia real francesa em 1589-1792, 1814-1815 e 1815-1830)
~
Luís XIII (de Bourbon), rei da França e Navarra (em 1610-1643), casado com Ana de Áustria, filha de Filipe II, rei de Portugal e Espanha (III) e de Margarida de Áustria (a rainha Ana foi regente do filho Luís XIV, em 1643-1661)
~
Luís XIV (de Bourbon), rei da França (em 1643-1715), casado com a prima direita Maria Teresa de Áustria (filha de Filipe IV de Espanha – Filipe III de Portugal até 1640 - e de Isabel da França e, ainda, irmã unilateral de Carlos II, último rei de Espanha da casa de Habsburgo), sucedido pelo bisneto Luís XV
~
Luís, “o Grande Delfim” da França, delfim da França
~
Luís, delfim da França e duque de Borgonha, casado com Maria Adelaide de Sabóia (ambos bisnetos de Luís XIII da França), pais do rei Luís XV da França
~
Luís XV (de Bourbon), rei da França (em 1715-1774), sucessor do bisavô (Luís XIV), teve como regente (em 1715-1723) o duque Filipe II de Orleães
~
Luís, delfim da França, casado com Maria Teresa de Bourbon (filha do seu tio-avô Filipe V de Espanha) e, depois de enviuvar (sem descendência), com Maria Josefa da Saxónia (filha de Frederico Augusto II, príncipe-eleitor da Saxónia e, como Augusto III, rei da Polónia e grão-duque da Lituânia, monarca da Casa de Wettin; também neta materna de José I, sacro imperador romano-germânico e, ainda, irmã de Maria Amália da Saxónia, rainha consorte de Carlos III de Espanha)
~
Luís XVI, rei da França (em 1774-1792; guilhotinado em 1793 no decorrer da Revolução Francesa), casado com Maria Antonieta de Áustria (filha de Francisco I e de Maria Teresa, imperadores do Sacro Império Romano-Germânico) e pais de Luís Carlos, príncipe real da França, legítimo pretendente do trono francês como Luís XVII (em 1793-1795) e, também, de Maria Teresa da França, que se casou com o primo direito (filho de Carlos X), Luís, duque de Angoulême, depois delfim da França e rei Luís XIX
&
Luís XVIII, rei da França (em 1814-1815 e 1815-1824)
&
Carlos X (de Bourbon), rei da França (em 1824-1830), casado com Maria Teresa de Sabóia (falecida em 1805, filha de Vítor Amadeu III, rei da Sardenha e duque de Sabóia, neta materna de Filipe V de Espanha e, ainda, irmã de Maria Josefina de Sabóia, que casara com Luís XVIII da França) e pais de Luís, duque de Angoulême, depois delfim da França e rei não proclamado Luís XIX (em 1830) e, também, de Carlos Fernando, duque de Berry (que foi pai de Henrique, conde de Chambord)

 

 

 

Luís XVI, rei até 1792 (I República Francesa), guilhotinado em 1793 no decorrer da Revolução Francesa (1789-1799), foi pai de Luís XVII, rei de jure de 1793 a 1795, sem governar, então prisioneiro dos revolucionários na Prisão do Templo. Luís XVII morreu na prisão, com dez anos, em 1795 e foi seu herdeiro o tio, Luís XVIII, que restaurou o reino em 1814 (primeira Restauração).

 

Últimos reis franceses:

 

o  Luís XVI, rei da França (em 1774-1792)

o  Luís XVIII, rei da França (1814-1815 e 1815-1824)

Luís XVIII, rei da França em 1814 (viúvo desde 1810, sem descendência), foi sucedido pelo irmão, Carlos, conde de Artois, duque de Berry.

o  Carlos X, rei da França (1824-1830)

Carlos X, rei da França em 1824 (viúvo desde 1805; falecido em 1836), irmão de Luís XVI e de Luís XVIII e, também, neto de Luís XV da França (dinastia de Bourbon), na sequência das revoluções de 1830 abdica para o filho Luís XIX (Luís, duque de Angoulême e delfim da França, casado com a prima direita, Maria Teresa da França, filha de Luís XVI) que, no entanto, também abdica sem ser proclamado rei (Luís XIX faleceria, sem descendência, em 1844 e Maria Teresa em 1851). Torna-se Henrique, conde de Chambord (também duque de Bordéus), neto de Carlos X (e filho póstumo de Carlos Fernando, duque de Berry e, portanto, sobrinho de Luís XIX), rei da França (como Henrique V, aos 9 anos) e o duque Luís Filipe III de Orleães, membro da mesma dinastia, seu regente (descendente direto de Luís XIII da França).

o  Luís Filipe I, rei da França (1830-1848)

Henrique (falecido em 1883, sem descendência) também não foi proclamado rei, sucedendo a Carlos X o duque de Orleães, como rei Luís Filipe I em 1830 (cujo reinado termina com as revoluções de 1848; falecido em 1850). Henrique, conde de Chambord, que foi tio materno de Roberto I, duque de Parma (seu herdeiro, filho de Carlos III de Parma e Luísa de Bourbon-Artois), faleceria em 1883 (Terceira República Francesa, 1870-1940), ficando Filipe, conde de Paris e último príncipe real (herdeiro ao trono por morte do pai), neto do rei Luís Filipe I, pretendente ao extinto trono francês.

 

 

 

O duque Filipe de Orleães, filho do rei Luís XIII da França, foi delfim da França (em 1643-1661) com a coroação do irmão Luís XIV, até ao nascimento do sobrinho, Luís, “o Grande Delfim” da França.

 

 

 

Luís XIII (de Bourbon), rei da França (em 1610-1643), com Ana de Áustria, filha de Filipe II, rei de Portugal e Espanha (III)
~
Filipe, duque de Orleães (irmão de Luís XIV da França)
~
Maria Luísa de Orleães, rainha de Espanha (com Carlos II de Espanha)
&
Ana Maria de Orleães, rainha da Sardenha (casada com Vítor Amadeu II, duque de Sabóia, rei da Sicília, depois rei da Sardenha; pais de Maria Adelaide de Sabóia, a mãe de Luís XV da França, de Maria Luísa de Sabóia, rainha de Espanha, primeira esposa de Filipe V de Espanha e, também, pais de Carlos Manuel III de Sabóia, rei da Sardenha e duque de Sabóia)
&
Filipe II, duque de Orleães
&
Isabel Carlota de Orleães, duquesa de Lorena (casada com Leopoldo, duque de Lorena e Bar; pais de Francisco I, imperador com a esposa, Maria Teresa, do Sacro Império Romano-Germânico)

 

 

 

O rei Luís XIV da França foi avô de Filipe, duque de Anjou, depois rei Filipe V de Espanha, de quem descendem as dinastias reinantes em Espanha e Parma.

 

 

 

Luís XIV (de Bourbon), rei da França (em 1643-1715), com Maria Teresa de Áustria (filha de Filipe IV de Espanha – Filipe III de Portugal até 1640 - e Isabel da França e, ainda, irmã unilateral de Carlos II, último rei de Espanha da casa de Habsburgo)
~
Luís, “o Grande Delfim” da França, delfim da França
~
Luís, delfim da França e duque de Borgonha, casado com Maria Adelaide de Sabóia (filha de Vítor Amadeu II, duque de Sabóia, rei da Sicília, depois rei da Sardenha), pais do rei Luís XV da França
&
Filipe, duque de Anjou, depois rei Filipe V de Espanha (sucedeu a Carlos II de Espanha)

 

 

 

Filipe V (de Bourbon), rei de Espanha (fundador da dinastia Bourbon em Espanha), também rei de Nápoles e da Sicília (filho de Luís, o “Grande Delfim” da França e neto de Luís XIV da França) e Maria Luísa de Sabóia (filha de Vítor Amadeu II, duque de Sabóia, rei da Sicília, depois rei da Sardenha; irmã de Maria Adelaide, esposa do cunhado, Luís, delfim da França)
~
Luís I de Espanha (em 1724), casado com Luísa Isabel de Orleães (filha de Filipe II, duque de Orleães)
&
Fernando VI de Espanha (em 1746-1759), casado com Maria Bárbara de Bragança (filha do rei João V de Portugal)

 

 

 

Filipe V, rei de Espanha (em 1700-1746) e Isabel Farnésio (enteada e sobrinha do príncipe Francisco Farnésio, duque de Parma; herdeira do Ducado de Parma)
~
Carlos III de Espanha (em 1759-1788), casado com Maria Amália da Saxónia (filha de Frederico Augusto II, príncipe-eleitor da Saxónia e, como Augusto III, rei da Polónia e grão-duque da Lituânia)
&
Mariana Vitória de Bourbon (casada com o rei José I de Portugal)
&
Filipe I de Parma
&
Maria Teresa de Bourbon (casada com Luís, delfim da França, filho de Luís XV)
&
Luís António de Bourbon, infante de Espanha (também Cardeal)
&
Maria Antónia de Bourbon (casada com Vítor Amadeu III, rei da Sardenha e duque de Sabóia; pais de Maria Teresa de Sabóia, que foi esposa de Carlos X da França)

 

 

 

O duque Luís Filipe III de Orleães (1773-1850), foi proclamado rei dos franceses em 1830, como Luís Filipe I (de 1830 a 1848), chegando ao poder a dinastia de Orleães, ramo da dinastia de Bourbon (Bourbon-Orleães) e, por conseguinte, Capetianos. O reinado do último rei da França, Luís Filipe I, “o Rei Cidadão”, termina com as revoluções de 1848 e a sua abdicação para a Segunda República (1848-1852).

 

 

 

A ascendência por varonia de Luís Filipe I, rei da França:

 

o  Luís XIII, rei da França e Navarra (em 1610-1643), da dinastia de Bourbon

o  Filipe, duque de Orleães (irmão do rei Luís XIV)

o  Filipe II, duque de Orleães (regente, em 1715-1723, de Luís XV da França)

o  Luís, duque de Orleães

o  Luís Filipe, duque de Orleães

o  Luís Filipe II, duque de Orleães (“Philippe Égalité”)

o  Luís Filipe III, duque de Orleães, depois rei Luís Filipe I da França (“Rei Cidadão”), de 1830 a 1848, fundador da dinastia de Orleães

 

 

 

Os reis e príncipes da Monarquia de Julho em França, de 1830 a 1848 (entre a Restauração e a Segunda República):

 

 

 

Luís Filipe I, rei da França (em 1830-1848), “Rei Cidadão”, fundador da dinastia de Orleães, com Maria Amélia de Nápoles (filha de Fernando IV de Nápoles, depois Fernando I das Duas Sicílias)
~
Fernando Filipe, duque de Orleães e príncipe real da França
~
Filipe, conde de Paris e príncipe real
&
Roberto de Orleães, duque de Chartres

 

 

 

Luís Filipe I da França e Maria Amélia de Nápoles
~
Fernando Filipe, duque de Orleães e príncipe real da França (avô de Amélia de Orleães, esposa do rei Carlos I de Portugal; também avô de João de Orleães, pretendente ao trono francês como “Jean III”)
&
Luís de Orleães, duque de Nemours (com Vitória de Saxe-Coburgo-Gotha, irmã de Fernando II de Portugal; pais de Gastão de Orleães, príncipe imperial consorte do Brasil, conde de Eu)
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Francisco Fernando de Orleães, príncipe de Joinville (com Francisca Carolina, princesa do Brasil, filha do rei Pedro IV de Portugal e imperador do Brasil)
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Henrique de Orleães, duque de Aumale
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António de Orleães, duque de Montpensier

 

 

 

Luís Filipe I, rei da França (em 1830-1848), casado com Maria Amélia de Nápoles
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Fernando Filipe, duque de Orleães e príncipe real da França (falecido em 1842, foi casado com Helena de Meclemburgo-Schwerin, da Casa de Meclemburgo)
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Filipe, conde de Paris (herdeiro ao trono por morte do pai) e último príncipe real da França de 1842 a 1848 (pai de Amélia de Orleães, consorte do rei Carlos I de Portugal, de Filipe de Orleães, falecido em 1926, de Isabel de Orleães, casada com o primo João de Orleães e, ainda, de Luísa de Orleães)
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Roberto de Orleães, duque de Chartres (casado com a prima direita Francisca de Orleães, filha de Francisco Fernando de Orleães, príncipe de Joinville e de Francisca Carolina, princesa do Brasil), foi pai de João de Orleães, pretendente ao trono francês como “Jean III” (que casou com a prima direita Isabel de Orleães, filha do príncipe Filipe)

 

 

 

 

 

Note-se que os casamentos e filhos apresentados não são exclusivos.

Sinal gráfico (&) usado para substituir a conjunção “e” (representa a conjunção latina et).

O sinal (~) representa (filhos entre outros).