28.10.10

Cronologia dos Duques de Bragança

Duques de Bragança

O rei D. João I e o Condestável D. Nuno Álvares Pereira contribuíram para o estabelecimento da Casa de Bragança pelos dotes que o primeiro fez ao seu filho bastardo, que teve de Inês Pires, D. Afonso (o primeiro duque de Bragança) e o segundo à sua filha D. Beatriz Pereira Alvim, pelo casamento de ambos realizado em 1401. Em 1442, foi instituído o Ducado de Bragança.

D. Afonso I de Bragança (n.1377 – m.1461)
D. Afonso, 8.º conde de Barcelos e 1.º duque de Bragança, filho bastardo reconhecido de D. João I e genro de D. Nuno Álvares Pereira, Condestável do Reino.
D. Afonso I, filho ilegítimo de D. João I de Portugal, casa com D. Beatriz Pereira Alvim, filha do condestável D. Nuno Álvares Pereira.
Herdeiro de um vastíssimo património, ainda enriquecido pelo dote concedido por D. Nuno a sua filha, D. Afonso tornar-se-ia um dos mais ricos senhores da sua época. Feito 8.º conde de Barcelos em 1401, título que também recebia em herança do condestável D. Nuno, haveria de ser agraciado com o título de 1.º duque de Bragança, em 1442, pelo infante D. Pedro, então regente de D. Afonso V.
D. Afonso I, filho ilegítimo de D. João I e de Inês Pires Esteves, nasceu provavelmente em 1380, no castelo de Veiros (Estremoz). Em 1401 casou com D. Beatriz Pereira, de quem teve três filhos. A sua primeira esposa era filha de Nuno Álvares Pereira e, como dote pelo seu casamento com o infante, receberia a vila e castelo de Chaves, a terra e o julgado de Montenegro (Valpaços), o castelo de Montalegre, as terras de Barroso e Barcelos, a que se juntavam outros coutos e honras de Entre-Douro-e-Minho e de Trás-os-Montes, bens que se vinham acrescentar às doações de D. João I a seu filho, sobretudo os julgados de Viana, Faria e Vermoim e ainda a terra de Penafiel. Foi este o imenso núcleo patrimonial que esteve na origem da Casa de Bragança, cujo título ducal viria a ser concedido a D. Afonso em 1442. Em 1414, D. Afonso enviuvou e contraiu segundas núpcias com D. Constança de Noronha, em 1420. D. Afonso morreu em 1461, encontrando-se sepultado na Igreja dos Agostinhos (Panteão dos Duques), em Vila Viçosa.
D. Afonso I de Bragança faleceu em 1461 e esteve sepultado no interior da Igreja do Antigo Convento de S. Francisco de Chaves, em mausoléu erigido por D. João IV. No centro de Chaves, onde existia a igreja de Nossa Senhora do Rosário do século XV, entre 1635 e 1637 foi construído um convento franciscano. Anos depois, devido às guerras Peninsulares, o rei D. João IV ordenou a construção de muralhas em volta do convento transformando-o numa fortaleza militar, onde durante séculos conviveram monges franciscanos e militares. Aí esteve até 1943 o túmulo do 1.º duque de Bragança, mas devido ao mau estado de conservação de todo o monumento do Forte de S. Francisco de Chaves, a igreja e todo forte em geral, resolveu-se transladar os seus restos mortais para o Paço Ducal em Vila Viçosa.
D. Fernando I de Bragança (1403-1478)
D. Fernando II de Bragança (1430-1483)
D. Jaime I de Bragança (1479-1532)
D. Teodósio I de Bragança (?-1563)
Ignora-se a data de nascimento (por volta de 1510?) do 5.º duque de Bragança, filho de D. Jaime.
D. João I de Bragança (1543-1583)
D. João I de Bragança, 6.º Duque de Bragança, casou em 1563 com D. Catarina (1540-1614), sua prima, filha do infante D. Duarte e de D. Isabel, irmã de seu pai.
D. Catarina, Infanta de Portugal, duquesa de Bragança, foi a segunda filha do Infante D. Duarte, Duque de Guimarães e filho do rei D. Manuel I, e da Infanta D. Isabel de Bragança, filha do 4.º Duque de Bragança, D. Jaime I.
D. Teodósio II de Bragança (1568-1630)
Foi o 7.° Duque de Bragança. Casou em 1603 com Ana de Velasco. O seu primogénito, D. João II, herdou o ducado de Bragança e foi coroado rei de Portugal em 1640, com o nome de D. João IV, iniciando-se desta forma a Dinastia de Bragança (1640-1910).

D. João IV, rei de Portugal (1604-1656)
D. João IV, Rei (Dinastia de Bragança) 1640-1656. Casou em 1632 com Luísa de Gusmão (da Casa Ducal de Medina-Sidónia).
D. Teodósio III de Bragança (1634-1653)
D. Teodósio III, simultaneamente D. Teodósio, Príncipe do Brasil, herdeiro presuntivo de D. João IV (1604-1656). 
D. Afonso VI, rei de Portugal (1643-1683)
Irmão do precedente, filho do rei D. João IV.
D. João V, rei de Portugal (1689-1750)
Sobrinho do precedente, filho do rei D. Pedro II.
D. José I, rei de Portugal (1714-1777)
D. Maria I, rainha de Portugal (1734-1816)
D. José de Bragança (1761-1788)
D. José II, simultaneamente D. José, Príncipe do Brasil, herdeiro presuntivo de D. Maria I (1734-1816). 
D. João VI, rei de Portugal (1767-1826)
Irmão do precedente, filho da rainha D. Maria I.
D. Pedro IV, rei de Portugal (1798 - 1834)
D. Miguel I, rei de Portugal (1802-1866)
D. Maria II, rainha de Portugal (1819-1853)
D. Pedro V, rei de Portugal (1837-1861)
D. Carlos I, rei de Portugal (1863 - 1908)
Sobrinho do precedente, filho do rei D. Luís I.
D. Luís Filipe de Bragança (1887-1908)
Príncipe Real D. Luís Filipe, herdeiro presuntivo de D. Carlos I.
D. Manuel II, rei de Portugal (1889-1932)
D. Duarte Nuno de Bragança (1907-1976)
Filho de D. Miguel de Bragança (1853-1927) e neto do rei D. Miguel I. Em 1942, casou com D. Maria Francisca de Orleães e Bragança, princesa de Orléans e Bragança e bisneta de Pedro II, Imperador do Brasil (1825-1891).
D. Duarte Pio de Bragança (1945…)
            Filho de D. Duarte Nuno de Bragança.

6 comentários:

Anónimo disse...

Nuno de Santa Maria Álvares Pereira (1360-1431)- o Santo Condestável. São Nuno de Santa Maria. Homilia do Papa Bento XVI na Cerimónia de Canonização de São Nuno de Santa Maria - 26 de Abril de 2009: «(...)"Sabei que o Senhor me fez maravilhas. Ele me ouve, quando eu o chamo" (Sl 4, 4). Estas palavras do Salmo Responsorial exprimem o segredo da vida do bem-aventurado Nuno de Santa Maria, herói e santo de Portugal. Os setenta anos da sua vida situam-se na segunda metade do século XIV e primeira do século XV, que viram aquela nação consolidar a sua independência de Castela e estender-se depois pelos Oceanos – não sem um desígnio particular de Deus – abrindo novas rotas que haviam de propiciar a chegada do Evangelho de Cristo até aos confins da terra. São Nuno sente-se instrumento deste desígnio superior e alistado na "militia Christi", ou seja, no serviço de testemunho que cada cristão é chamado a dar no mundo. Características dele são uma intensa vida de oração e absoluta confiança no auxílio divino. Embora fosse um óptimo militar e um grande chefe, nunca deixou os dotes pessoais sobreporem-se à acção suprema que vem de Deus. São Nuno esforçava-se por não pôr obstáculos à acção de Deus na sua vida, imitando Nossa Senhora, de Quem era devotíssimo e a Quem atribuía publicamente as suas vitórias. No ocaso da sua vida, retirou-se para o Convento do Carmo por ele mandado construir. Sinto-me feliz por apontar à Igreja inteira esta figura exemplar nomeadamente pela presença duma vida de fé e oração em contextos aparentemente pouco favoráveis à mesma, sendo a prova de que em qualquer situação, mesmo de carácter militar e bélico, é possível actuar e realizar os valores e princípios da vida cristã, sobretudo se esta é colocada ao serviço do bem comum e da glória de Deus.(...)».

LANA CAPRINA disse...

D. Miguel I, "O Rei Absoluto" (1802-1866, rei em 1828-34), casou com D. Adelaide de Rosenberg, filha de Constantino de Löwenstein-Wertheim-Rosenberg e Inês de Hohenlohe-Langenburg.

D. Miguel de Bragança (1853-1927) casou com D. Isabel de Thurn e Taxis e com D. Maria Teresa de Löwenstein-Wertheim-Rosenberg. Maria Teresa de Löwenstein-Wertheim-Rosenberg, filha de Carlos, príncipe de Löwenstein-Wertheim-Rosenberg (irmão de Adelaide de Rosenberg) e Sofia de Liechtenstein, foi mãe de D. Duarte Nuno de Bragança.

D. Duarte Nuno de Bragança (1907-1976) casou com D. Maria Francisca de Orleans e Bragança.

D. Duarte Pio de Bragança (1945-actual pretendente ao trono de Portugal) casou com D. Isabel de Herédia. D. Duarte é pai de D. Afonso, de D. Maria Francisca e de D. Dinis nascidos respectivamente em 1996, 1997 e 1999.



Principados germânicos:
Principado de Thurn e Taxis
Principado de Löwenstein-Wertheim-Rosenberg
Principado de Hohenlohe-Langenburg
Principado de Liechtenstein (Listenstaine)

LANA_CAPRINA disse...

A Sereníssima Casa de Bragança

Casa Ducal de Bragança, mais tarde, Casa Real e Ducal de Bragança


A Casa Ducal de Bragança ascendeu à categoria real através de D. João II, 8.º duque de Bragança, que se torna rei com o nome de D. João IV, em 1640, fundando a Dinastia de Bragança, como quarta dinastia dos reis de Portugal.

15.º Duque: D. João IV de Bragança, depois D. João VI, rei de Portugal (1767-1826)

D. Pedro I, simultaneamente D. Pedro IV, rei de Portugal (1798-1834)

D. Maria II, depois D. Maria II, rainha de Portugal (1819-1853)

D. Pedro II, depois D. Pedro V, rei de Portugal (1837-1861)

D. Carlos I, depois D. Carlos I, rei de Portugal (1863-1908, filho do rei, irmão de D. Pedro V, D. Luís I), morto com o seu herdeiro a 1 de Fevereiro de 1908

D. Luís I, simultaneamente D. Luís Filipe, Príncipe Real de Portugal (1887-1908), herdeiro presuntivo do Trono, assassinado com o pai


No pós-monarquia reivindicaram a chefia da Casa Ducal de Bragança:

D. Duarte Nuno de Bragança (1907-1976). Filho de D. Miguel de Bragança (1853-1927) e neto de D. Miguel I. Em 1942 casou com D. Maria Francisca de Orleães e Bragança, princesa de Orleans e Bragança e bisneta de Pedro II (1825-1891), Imperador do Brasil.

D. Duarte Pio de Bragança (1945-actual pretendente ao trono de Portugal), filho de D. Duarte Nuno, casou com D. Isabel de Herédia. D. Duarte é pai de D. Afonso, de D. Maria Francisca e de D. Dinis nascidos respectivamente em 1996, 1997 e 1999.

LANA CAPRINA disse...

Duques de Bragança (1442-1910)

O 1.º duque de Bragança foi D. Afonso, filho bastardo do rei D. João I.

É no século XIV que está a origem patrimonial da Casa de Bragança, sobretudo nos bens que haviam pertencido ao condestável D. Nuno Álvares Pereira, filho bastardo de D. Álvaro Gonçalves Pereira, prior do Hospital, da linhagem dos Pereira. A única filha de D. Nuno, D. Brites Pereira, casou-se com o infante D. Afonso, em 1401. Na década de 40 desse século, Bragança foi doada a D. Afonso, conde de Barcelos, e foi-lhe então atribuído o título ducal em 1442.

D. Nuno Álvares Pereira e D. João I fizeram importantes doações aos seus filhos e os bens imóveis, as rendas e direitos da Casa não deixaram de aumentar nos reinados seguintes.

Em 1478, no tempo do 3.º duque não havia senhorio que o igualasse. Por isso, D. João II procurou combatê-lo, acusou o duque de traição e mandou-o degolar em 1483.

Durante o reinado de D. Manuel I, a Casa de Bragança foi reabilitada e os membros que estavam exilados em Castela regressaram ao reino. Durante a vida do 5.º duque, D. Teodósio, o poderio material da Casa e os seus privilégios aumentaram. E, ainda no século XVI, os duques mudaram-se para Vila Viçosa.

Na sequência da crise sucessória de 1580, D. João, o 8.º duque, procurou que lhe fossem reconhecidos os direitos ao trono e conseguiu, sendo aclamado, a 1 de dezembro de 1640, D. João IV, rei de Portugal.

A partir de 1640, a história dos duques de Bragança funde-se com a dos Reis de Portugal até ao fim da monarquia, em 1910. O atual representante da família é Duarte Pio de Bragança, neto de D. Miguel I.


Texto de (hoje):

http://www.inventarq.fcsh.unl.pt/index.php/casa-de-braganca-2



www.inventarq.fcsh.unl.pt

(Inventários de arquivos de família, sécs. XV-XIX)

Projeto sediado no Instituto de Estudos Medievais, em associação com o Centro de História d’Aquém e d’Além-Mar e o Instituto de História Contemporânea, todos da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, e o Instituto de Investigação Científica Tropical. Conta com a participação da Casa de Velázquez e o Laboratoire de Recherche «Identités, territoires, expressions, mobilités» da Université de Pau et des Pays de l’Adour

LANA CAPRINA disse...

Fundação da Casa de Bragança (Caxias, Oeiras)


Por vontade d'El-Rei D. Manuel II [1889-1932; último rei de Portugal em 1908-1910], expressa no seu testamento de 20 de Setembro de 1915, foi criada a Fundação da Casa de Bragança em 1933, um ano após a sua morte ocorrida a 2 de Julho de 1932.

O último Rei de Portugal quis preservar intactas as suas colecções e todo o património da Casa de Bragança, pelo que deixou ainda outros elementos para precisar o seu intuito inicial e legar todos os bens sob a forma do Museu da Casa de Bragança, "à minha Pátria bem amada".

Por isso, o Governo Português [Oliveira Salazar, Presidente do Conselho de Ministros, em 1932-1968] decidiu legislar no sentido de dar cumprimento à vontade do Rei. Assim, no Diário do Governo, I Série, n.º 266, de 21 de Novembro de 1933, publica-se o Decreto-Lei n.º 23240, originário do Ministério das Finanças, que institui a Fundação.


Texto de (Novembro de 2017):

www.fcbraganca.pt

LANA CAPRINA disse...

Chefe da Casa de Bragança
Duarte Pio de Bragança, chefe da Casa de Bragança





O atual chefe da Casa de Bragança e pretendente ao trono é D. Duarte Pio.

Novembro de 2017, em:
https://www.infopedia.pt/$casa-de-braganca





Na tribuna de honra perfilavam-se, entre outras individualidades, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, o primeiro ministro, António Costa, o vice presidente da Assembleia da República, José Manuel Pureza, a procuradora geral da República, Joana Marques Vidal, o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina, o chefe do Estado Maior das Forças Armadas, general Artur Pina Monteiro, os chefes de Estado maior dos três ramos das Forças Armadas e os comandantes das forças policiais e militarizadas, o presidente da Sociedade Histórica da Independência de Portugal, José Alarcão Troni, o coordenador geral do Movimento 1º de Dezembro de 1640, José Ribeiro e Castro, os diretores das academias e colégios militares e de segurança, diversos deputados (incluindo a líder do CDS / PP, Assunção Cristas), o chefe da Casa de Bragança, D. Duarte Pio de Bragança (acompanhado pela esposa, D. Isabel de Herédia), vereadores da Câmara Municipal de Lisboa de todas as formações políticas aí representadas e diversos presidentes de Juntas de Freguesia (incluindo o da freguesia local, Santa Maria Maior, Miguel Coelho).

Cerimónia do 1º de Dezembro
01, dezembro 2016

Novembro de 2017, em:
http://www.cm-lisboa.pt/noticias/detalhe/article/cerimonia-do-1o-de-dezembro





Duarte Pio de Bragança, chefe da Casa de Bragança, bisneto do rei Miguel I de Portugal e, também, trineto, por via materna, do imperador Pedro II do Brasil (portanto, bisneto de Gastão de Orleães, conde de Eu e de Isabel de Bragança, princesa imperial do Brasil).



Duarte Pio de Bragança, chefe da Casa de Bragança e Luís de Orleães e Bragança, herdeiro dinástico da família imperial brasileira, são bisnetos de Isabel de Bragança, princesa imperial do Brasil e de Gastão de Orleães, conde de Eu (que foi neto do rei Luís Filipe I da França e, também, sobrinho materno de Fernando II de Portugal).