14.7.14

A casa de Áustria e os imperadores do Sacro Império Romano-Germânico



Dinastia Filipina ou da Casa de Áustria dos Reis de Portugal – II PARTE
(II/II)



A casa de Áustria e os imperadores do Sacro Império Romano-Germânico


Soberanos da «Germânia»

Reis francos e, ainda, Carlos Magno e Luís I, o Piedoso, reis dos Francos e imperadores do Ocidente.

Reino dos Francos (481-843), desde Clóvis I, rei dos Francos em 481-511, até à divisão do Império Carolíngio, com o Tratado de Verdun de 843.


Império Carolíngio (Dinastia Carolíngia), 800-840

A Dinastia Carolíngia governou os Francos entre os séculos VIII e X e surgiu dos descendentes de Carlos Martel e de Carlos Magno (neto do anterior). O primeiro rei dos Francos da dinastia foi Pepino, o Breve (751), a quem se seguiram vários reis e, a partir de Carlos Magno, também alguns imperadores do Ocidente, tendo o reino dos Francos sofrido diversas divisões.

A dinastia Carolíngia teve início em 751 e durou
até 887 em Itália, com Carlos, o Gordo, rei dos Francos e imperador do Ocidente (foi rei da Alamânia em 876-882, rei de Itália em 879-887, imperador do Ocidente em 881-888, rei da Francia oriental em 882-887 e rei da Francia ocidental em 884-887), também
até 911 no reino oriental dos Francos, com Luís IV, o Menino (rei da Francia Oriental em 899/900-911) e, finalmente,
até 987 na Francia ocidental, com Luís V, o Indolente (reina em 986-987), último rei da dinastia Carolíngia.

Carlos, o Gordo, rei dos Francos e imperador do Ocidente foi o último monarca da dinastia Carolíngia a reinar sobre um império unificado.

Em Itália, ainda seria rei Arnolfo da Caríntia (falecido em 899), monarca da dinastia Carolíngia, que foi margrave da Caríntia desde 876, rei da Francia oriental em 887-899, rei de Itália em 894-895 e 896-899 e, também, imperador do Ocidente em 896-899. Arnolfo da Caríntia foi filho ilegítimo de Carlomano da Baviera (e, portanto, bisneto de Luís I, o Piedoso, rei dos Francos e imperador do Ocidente) e, num tempo de anarquia feudal no reino (desde a morte do imperador Carlos, o Gordo e que durou até à conquista de Otão I, o Grande, sacro imperador romano-germânico), contestou a ocupação do trono italiano por Berengário I de Itália (primo direito do seu pai) e por Lamberto de Espoleto.


Imperadores carolíngios:

Carlos Magno, rei dos Francos desde 768 e Imperador do Ocidente em 800-814;

Luís I, o Piedoso, rei dos Francos e imperador do Ocidente em 814-840 (filho de Carlos Magno).


Carlos Magno foi o primeiro imperador do Ocidente romano desde a queda do Império Romano ocidental (Rómulo Augusto, último imperador romano do Ocidente, foi deposto em 476, subsistindo só o império do Oriente). O rei cristão dos Francos foi coroado imperador no Natal de 800, em Roma, pelo Papa Leão III que, depositário do poder divino, legava ao imperador os assuntos temporais, numa tentativa de restauração do Império Romano do Ocidente, com a translação da tradição imperial, reatando simbolicamente a linhagem dos imperadores romanos ocidentais.

A divisão do Império Carolíngio:
Reino Franco Central (depois, Lotaríngia, Provença e Itália), com o imperador Lotário I (imperador do Ocidente em 840-855 e rei da Francia central em 843-855);

Francia ocidental, com Carlos II, o Calvo (rei da Francia ocidental em 840-877, imperador do Ocidente em 875-877);

Reino oriental dos Francos, com Luís II, o Germânico (rei da Francia oriental em 843-876).


Reino oriental dos Francos, 843-918/962

O reino oriental dos Francos surge após o Tratado de Verdun de 843 e a divisão do Império Carolíngio pelos três netos de Carlos Magno, nomeadamente, o imperador Lotário I, com o Reino Franco Central, Luís II, o Germânico (rei da Francia oriental) e, ainda, Carlos II, o Calvo, com a Francia ocidental (filhos do imperador Luís I, o Piedoso).

Luís II, o Germânico foi rei da Francia oriental em 843-876, Francia Orientalis, reino oriental dos Francos, que incluía a Suábia, Francónia, Baviera e Saxónia, e onde mais tarde surgiria o título de rei da Germânia, núcleo do futuro Sacro Império Romano-Germânico.


Imperadores francos do Ocidente (800-924):

Carlos Magno (Carlos I), rei dos Francos desde 768 e Imperador do Ocidente em 800-814;

Luís I, o Piedoso, rei dos Francos e imperador do Ocidente em 814-840, filho de Carlos Magno e pai do imperador Lotário I, de Luís II, o Germânico e de Carlos II, o Calvo;

Lotário I (falecido em 855), imperador do Ocidente desde 840 (com o pai, Luís I, desde 817) e rei da Francia central em 843-855 (após o Tratado de Verdun de 843 e a divisão do Império Carolíngio pelos três netos de Carlos Magno); depois da sua morte, o reino central dos Francos dividiu-se em três reinos, a Lotaríngia, o reino da Borgonha e de Arles (Arles, Provença) e, ainda, o reino de Itália (norte e centro da Itália);

Luís II de Itália, imperador em 855-875, rei de Itália desde 844 (filho de Lotário I);

Carlos II, o Calvo, rei da Francia ocidental em 840-877, imperador em 875-877 (meio-irmão do imperador Lotário I);

Carlos, o Gordo, rei dos Francos e imperador do Ocidente (imperador de 881 a 888), filho mais novo de Luís II, o Germânico (rei da Francia oriental, que também foi pai de Carlomano da Baviera e de Luís, o Jovem) e neto do imperador Luís I, o Piedoso, foi o último monarca da dinastia Carolíngia a reinar sobre um império unificado (após a sua morte, o império divide-se em cinco reinos, Francia oriental, Francia ocidental, reino de Itália, reino da Alta Borgonha e reino da Aquitânia);

Guido III de Espoleto, rei de Itália em 889-894 e imperador do Ocidente em 891-894 (contestou o trono italiano com Berengário I de Itália);

Lamberto II de Espoleto, imperador do Ocidente em 892/894-898 e rei de Itália em 894-898, filho e sucessor de Guido III de Espoleto (contestou o trono italiano com Berengário I de Itália e Arnolfo da Caríntia);

Arnolfo da Caríntia (850-899), rei da dinastia Carolíngia da Francia oriental em 887-899, rei de Itália em 894-895 e 896-899 e, também, imperador do Ocidente de 896 a 899;

Luís, o Cego, rei da Provença (em 887-928), rei de Itália (900-905) e imperador do Ocidente (em 901-905, Luís III), foi neto materno do imperador Luís II de Itália;

Berengário I de Itália, rei de Itália em 888-924 (a ascensão do rei foi contestada por vários oponentes) e imperador do Ocidente em 915-924, margrave do Friul (Berengário do Friul), descendente da nobreza franca, foi o último imperador do Ocidente, seguindo-se a vacatura do título de imperador até Otão I, fundador do Sacro Império Romano-Germânico.


Carlos, o Gordo, rei dos Francos e imperador do Ocidente (último monarca da dinastia Carolíngia a reinar sobre um império unificado) e Arnolfo da Caríntia, rei da Francia oriental e de Itália e, também, imperador do Ocidente são os únicos reis da Francia oriental que foram imperadores.


Reis da Francia oriental:

Luís II, o Germânico, rei da Francia oriental em 843-876 (reino, depois, dividido pelos filhos, Carlomano da Baviera, Luís, o Jovem e, ainda, Carlos, o Gordo), foi filho do imperador do Ocidente, Luís I, o Piedoso;

Luís, o Jovem, rei da Francia oriental (em parte) em 876-882 (depois de 880, incluindo a Lotaríngia), sobrinho de Carlos II, o Calvo,(que foi rei da Francia Ocidental em 840-877 e imperador do Ocidente em 875-877);

Carlomano da Baviera, rei da Baviera em 876-880 e rei de Itália em 877-879 (Carlomano da Baviera e Luís, o Jovem, filhos do rei Luís II, governaram, em parte, o reino oriental dos Francos);

Carlos, o Gordo, rei dos Francos e imperador do Ocidente, foi rei da Alamânia em 876-882, rei de Itália em 879-887, imperador em 881-888, rei da Francia oriental em 882-887 e rei da Francia ocidental em 884-887, último monarca da dinastia Carolíngia a reinar sobre um império unificado, foi irmão e sucessor de Carlomano da Baviera e de Luís, o Jovem; seguiram-lhe, como imperadores, Guido III de Espoleto (em 891-894) e Lamberto II de Espoleto (em 892/894-898), reis de Itália e duques de Espoleto;

Arnolfo da Caríntia, rei da Francia oriental em 887-899, rei de Itália em 894-895 e 896-899 e, também, imperador do Ocidente de 896 a 899. Arnolfo, margrave da Caríntia (em 876), foi filho ilegítimo de Carlomano da Baviera;

Luís IV, o Menino (893-911; 18 anos de vida), último monarca carolíngio do reino oriental dos Francos em 899/900-911, filho do imperador Arnolfo da Caríntia;

Conrado I da Germânia, duque da Francónia desde 906, de uma dinastia de condes e duques francos do século VIII e rei em 911-918 do reino oriental dos Francos, eleito pelos governantes dos ducados, ciosos do seu poder, para suceder ao rei Luís IV (pode-se considerar Conrado I o último rei da Francia oriental).


Reino da Germânia, 919-962

Reis:

Henrique I da Germânia, o primeiro da dinastia Otoniana de reis dos Germanos (e, depois, dos imperadores do Sacro Império), foi duque da Saxónia desde 912 e rei dos Germanos em 919-936, fundador do império alemão medieval (a ascensão ao trono foi contestada por Arnolfo da Baviera, duque da Baviera em 907-937, que foi derrotado por Henrique I, em 921);

Otão I, o Grande, rei desde 936 da Germânia (reino que subsistiu até 962, quando foi incorporado no Sacro Império Romano-Germânico) e sacro imperador romano-germânico em 962-973, considerado o fundador do Sacro Império (prossecutor do Império Carolíngio e do seu primeiro imperador, Carlos Magno).


Sacro Império Romano-Germânico, 962-1806

As tentativas posteriores de restaurar a antiga unidade carolíngia não tiveram êxito. Embora Carlos Magno tenha sido o primeiro imperador e ascendente dos imperadores seguintes, a linha contínua de imperadores só começou com Otão I, o Grande, quando voltou a ser coroado o imperador do Ocidente, em 962, podendo considerar-se que fundou o Sacro Império Romano-Germânico (962-1806), numa nova tentativa de restaurar o Império do Ocidente. O império foi uma união de vastos territórios sob a autoridade do imperador eleito. O último imperador do Sacro Império foi Francisco II de Áustria em 1792-1806, depois primeiro imperador da Áustria como Francisco I (1804-1835), que na sequência das Guerras Napoleónicas (1803-1815), após as vitórias de Napoleão I da França, teve de abdicar em 1806, dissolvendo-se o Sacro Império Romano-Germânico (com a renúncia ao título imperial).

Otão I, o Grande (912-973), foi duque da Saxónia. Com a morte do pai (Henrique I) foi coroado rei dos Germanos em Aquisgrano (Aquisgranum/ Aix-La-Chapelle/ Aachen), a capital imperial de Carlos Magno, em 936 segundo a tradição carolíngia. O Papa João XII reconhece o papel dominante de Otão e coroa-o como imperador do Ocidente, em 962, do Sacro Império Romano-Germânico.

Reis da Germânia e imperadores do Sacro Império Romano-Germânico, de Otão I, o Grande a Francisco II de Áustria.

Sacro Império Romano-Germânico (em latim, Sacrum Romanum Imperium e em alemão, Heiliges Römisches Reich, HRR), 962-1806 (Primeiro Reich).

Imperadores do Sacro Império:

Otão I, “o Grande” (reinado em 962-973)
Otão II (973-983)
Otão III (996-1002)
Henrique II (1014-1024)
Conrado II (1027-1039)
Henrique III (1046-1056)
Henrique IV (1084-1106)
Henrique V (1111-1125)
Lotário III (1133-1137)
Frederico I (1155-1190)
Henrique VI (1191-1197)
Otão IV (1209-1218)
Frederico II (1220-1250)
Interregno (1250-1273/1312)

Henrique VII (1312-1313)
Luís IV (1328-1347)
Carlos IV (1355-1378)
Segismundo (1433-1437)
Frederico III, da casa de Áustria (a partir de 1452)


No Sacro Império Romano-Germânico de 1250 (morte de Frederico II) a 1312 (com Henrique VII) não foram coroados imperadores (62 anos), como consequência de diversas disputas pela posse da coroa imperial (formalmente, um título electivo) – Interregno, 1250-1273/1312.

Entre 1250 e 1273 não foi unanimemente eleito nenhum rei na Germânia (até à eleição de Rodolfo I da Germânia, como “Rei dos Romanos”).

E entre 1273 e 1312, os reis na Germânia não foram coroados imperadores, detendo apenas o título de “Rei dos Romanos”.


Rei dos Romanos, na Germânia e a casa de Áustria

(reis dos Romanos…)

1273-1291: Rodolfo I da Germânia
Rodolfo I da Germânia, rei dos Romanos em 1273-1291 (rei da Germânia, Sacro Império Romano-Germânico), conde de Habsburgo e duque da Áustria (obtém os ducados da Áustria e da Estíria)
Rodolfo I da Germânia foi eleito rei (governando a Germânia), mas não foi coroado imperador do Sacro Império Romano-Germânico e foi, ainda, o primeiro da casa de Áustria no Sacro Império como rei dos Romanos (dinastia de soberanos na Alemanha, como reis dos Romanos e imperadores do Sacro Império Romano-Germânico)

1292-1298: Adolfo da Germânia
Adolfo da Germânia (Adolfo de Nassau), rei dos Romanos em 1292-1298 (rei da Germânia, Sacro Império Romano-Germânico) e conde de Nassau

1298-1308: Alberto I da Germânia
Alberto I da Germânia, rei dos Romanos em 1298-1308 (rei da Germânia, Sacro Império Romano-Germânico), duque da Áustria, foi filho de Rodolfo I da Germânia

(Henrique VII, imperador do Sacro Império…)



Alberto, “o Sábio”, conde de Habsburgo
~
Rodolfo I da Germânia, rei dos Romanos, conde de Habsburgo e duque da Áustria, foi o primeiro rei da casa de Áustria (Habsburgo)
~
Alberto I da Germânia, rei dos Romanos, duque da Áustria



Rodolfo I da Germânia, Adolfo da Germânia e Alberto I da Germânia foram “reis dos Romanos” (reis da Germânia, Sacro Império Romano-Germânico) de 1273 a 1308, sem serem coroados imperadores do Sacro Império.

Rodolfo I e Alberto I, pai e filho, são reis da casa de Áustria (ou de Habsburgo) e Adolfo da Germânia, rei da casa de Nassau.

Frederico III de Habsburgo, imperador do Sacro Império (em 1452-1493) e arquiduque da Áustria, foi trineto de Alberto I da Germânia.


Imperadores da casa de Áustria do Sacro Império

(Do imperador Otão I, o Grande, em 962-973, ao imperador Segismundo, em 1433-1437)

1452-1493: Frederico III de Habsburgo, arquiduque da Áustria, casado com a infanta D. Leonor de Portugal (filha de Duarte I), usou o lema simbólico esotérico «AEIOU»; no fim da Idade Média, Viena torna-se a sede da dinastia de Habsburgo, que aí estabelece residência e a corte imperial dos extensos territórios que governava (Frederico III de Áustria foi trineto de Alberto I da Germânia)

1508-1519: Maximiliano I de Habsburgo (imperador de facto desde a morte do pai em 1493 e com o título em 1508, no Sacro Império foi sucedido pelo neto Carlos V); filho do imperador Frederico III e da imperatriz Leonor de Portugal, casou com a herdeira da casa de Borgonha, Maria de Borgonha, duquesa titular de Borgonha (sucedida pelo filho Filipe I de Castela, duque titular de Borgonha, da dinastia Habsburgo), filha de Carlos, o Temerário, duque de Borgonha (que era primo direito da imperatriz Leonor, ambos netos de João I, e soberano de um ducado que, no século XIV, se transformara numa das principais potências da Europa)

1520-1556/58: Carlos V de Áustria, rei de Espanha (Carlos I de Espanha), de Nápoles (até 1554), da Sicília e da Sardenha em 1516-1556 (sucedendo, com a mãe Joana I de Espanha, rainha até 1555, a Fernando II de Aragão, rei de Aragão e governador de Castela), duque titular de Borgonha (e soberano dos Países Baixos, as Dezassete Províncias, até 1555) em 1506-1556 (sucedendo ao pai Filipe I de Castela, com regentes até 1515), arquiduque soberano da Áustria e rei dos romanos em 1519 e, em 1520-1558, sacro imperador romano-germânico (Carlos V, sucedendo ao avô paterno, o imperador Maximiliano I) e ainda, em 1535-1540 anexa o ducado de Milão aos domínios do Sacro Império, casado com Isabel de Portugal (irmã de João III e filha de Manuel I), dividiu a casa de Habsburgo nas linhas dinásticas austríaca - para o irmão Fernando I - e espanhola - para o filho Filipe II de Espanha e I de Portugal

1558-1564: Fernando I de Habsburgo sucedeu ao irmão Carlos V em 1558 no Sacro Império (netos de Maximiliano I), arquiduque da Áustria desde 1521, igualmente, sucedeu ao cunhado Luís II da Boémia e Hungria (que reinou em 1516-1526) como rei da Hungria e Boémia em 1526-1564, rei da Croácia desde 1526/27, acarretando a inclusão das terras das coroas da Boémia e da Hungria às suas possessões hereditárias, casado com Ana da Boémia e Hungria (irmã do rei Luís II da Hungria)

1564-1576: Maximiliano II de Habsburgo (casado com a prima direita Maria de Áustria, filha de Carlos V e Isabel de Portugal e irmã de Filipe I de Portugal e II de Espanha e de Joana de Áustria, que foi mãe do rei Sebastião I de Portugal)

1576-1612: Rodolfo II de Habsburgo

1612-1619: Matias de Habsburgo (irmão e sucessor de Rodolfo II)

1619-1637: Fernando II de Habsburgo (filho de Carlos II de Estíria), arquiduque de Áustria e neto do imperador Fernando I (reunificou todos os territórios austríacos que tinham sido divididos pelos filhos de Fernando I)

1637-1657: Fernando III de Habsburgo (casado, em primeiras núpcias, com Maria Ana de Áustria, filha de Filipe II de Portugal e III de Espanha)

1658-1705: Leopoldo I de Habsburgo (casado, em primeiras núpcias, com Margarida Teresa de Áustria, filha de Filipe IV de Espanha e III de Portugal) sucedeu ao irmão, Fernando de Áustria (Fernando IV, rei dos romanos, também rei da Hungria, morre em 1654), como herdeiro do pai, o imperador Fernando III; foi rei da Hungria em 1655, rei da Boémia em 1656, arquiduque da Áustria em 1657 (também rei da Croácia-Eslavónia) e imperador do Sacro Império em 1658 (reunificou, definitivamente, todos os territórios austríacos que tinham sido divididos por Fernando II, na sequência da Guerra dos Trinta Anos), até à sua morte em 1705, e combateu a expansão francesa de Luís XIV e a expansão do Império Otomano, aumentando a sua própria esfera de influência



Leopoldo I de Áustria e Leonor Madalena de Neuburgo (terceira consorte, filha de Filipe Guilherme, duque e conde palatino do Palatinado-Neuburgo e Eleitor do Palatinado)
~
José I, sacro imperador romano-germânico, pai de Maria Josefa de Áustria e Maria Amália de Áustria
&
Maria Isabel de Áustria, arquiduquesa da Áustria e governadora dos Países Baixos
&
rainha Maria Ana de Áustria, consorte do primo direito João V de Portugal (sobrinha da rainha Maria Sofia de Neuburgo, consorte de Pedro II)
&
Carlos VI, sacro imperador romano-germânico, último membro da dinastia de Habsburgo em linha varonil directa, pai de Maria Teresa de Áustria e Maria Ana de Áustria

[Note-se que o ~ representa: filhos entre outros]



Filipe Guilherme, duque e conde palatino do Palatinado-Neuburgo e Eleitor do Palatinado (teve vasta descendência; membro da dinastia de Wittelsbach)
~
imperatriz Leonor Madalena de Neuburgo, terceira consorte do imperador Leopoldo I do Sacro Império
&
João Guilherme, Eleitor do Palatinado
&
Carlos III Filipe, Eleitor do Palatinado
&
rainha Maria Sofia de Neuburgo, segunda consorte de Pedro II de Portugal
&
rainha Maria Ana de Neuburgo, segunda consorte de Carlos II de Espanha
&
Doroteia Sofia de Neuburgo, consorte de Eduardo Farnésio, príncipe herdeiro de Parma (pais de Isabel Farnésio) e de Francisco Farnésio, duque de Parma; portanto, mãe de Isabel Farnésio, princesa de Parma (enteada e sobrinha do príncipe Francisco Farnésio, duque de Parma; herdeira do Ducado de Parma), rainha consorte de Filipe V de Espanha (segunda consorte e, ainda, mãe do rei Carlos III de Espanha)
&
Hedviges Isabel de Neuburgo, consorte de Jaime Luís Sobieski, o príncipe herdeiro do rei João III da Polónia.





A casa de Áustria em Espanha e no Sacro Império

(Clicar na imagem para ampliar)



1705-1711: José I de Habsburgo

1711-1740: Carlos VI de Habsburgo (irmão e sucessor de José I), pai de Maria Teresa de Áustria, que foi casada com Francisco I de Lorena



Leopoldo I de Áustria, imperador do Sacro Império Romano-Germânico em 1658-1705, foi casado em primeiras núpcias com a sobrinha (e prima direita materna), Margarida Teresa de Áustria, infanta de Espanha (filha de Filipe IV de Espanha e, também, irmã consanguínea de Carlos II de Espanha, último rei da dinastia de Habsburgo em Espanha, falecido em 1700 – Guerra da Sucessão Espanhola, 1701-1713/15), que foi mãe de Maria Antónia de Áustria, em segundas núpcias com Cláudia Felicidade de Áustria (também uma membro da Casa de Áustria) e, ainda, em terceiras núpcias com Leonor Madalena de Neuburgo (filha de Filipe Guilherme, duque e conde palatino do Palatinado-Neuburgo e Eleitor do Palatinado e, também, irmã de Maria Sofia de Neuburgo, segunda consorte de Pedro II de Portugal)
~
Maria Antónia de Áustria (falecida em 1692, que foi filha de Margarida Teresa de Áustria), casada (primeira consorte) com Maximiliano II, Eleitor da Baviera (posteriormente foi pai de Carlos VII da Baviera, imperador do Sacro Império) e foram pais de José Fernando da Baviera (1692-1699)
&
José I, sacro imperador romano-germânico em 1705-1711 (sucessor do pai no trono, que foi filho de Leonor Madalena de Neuburgo), pai de Maria Josefa de Áustria (casada com Frederico Augusto II, príncipe-eleitor da Saxónia e, como Augusto III, rei da Polónia e grão-duque da Lituânia, com descendência) e de Maria Amália de Áustria (casada com Carlos Alberto da Baviera, Eleitor da Baviera, rei da Boémia, depois Carlos VII da Baviera, imperador do Sacro Império em 1742-1745, depois do imperador Carlos VI e antes do imperador Francisco I)
&
Maria Isabel de Áustria, arquiduquesa da Áustria e governadora dos Países Baixos
&
Maria Ana de Áustria, rainha consorte do primo direito João V de Portugal (filho de Maria Sofia de Neuburgo)
&
Carlos VI, sacro imperador romano-germânico em 1711-1740, último membro da dinastia de Habsburgo em linha varonil directa (Guerra da Sucessão da Áustria, 1740-1748), pai de Maria Teresa de Áustria (imperatriz do Sacro Império, rainha da Hungria, Croácia e Boémia e arquiduquesa da Áustria, casada com Francisco Estêvão de Lorena, o imperador Francisco I do Sacro Império em 1745-1765) e de Maria Ana de Áustria (casada com o príncipe Carlos Alexandre de Lorena, irmão do imperador Francisco I)







Imperador Carlos VI, o último descendente varão da Casa de Áustria
 Os últimos Habsburgo do Sacro Império Romano-Germânico

(Clicar na imagem para ampliar)



O imperador Carlos VI de Áustria, do Sacro Império, foi o último membro da dinastia de Habsburgo em linha varonil directa no trono imperial. Com a morte do imperador e a recusa de alguns de adesão à Pragmática Sanção de 1713, seguiu-se a Guerra da Sucessão da Áustria (1740-1748) e a subida ao trono do imperador Carlos VII da Baviera, da dinastia de Wittelsbach.




O imperador do Sacro Império da casa de Wittelsbach

… depois de 288 anos de domínio da casa de Áustria do trono imperial…

Depois de 288 anos de domínio da casa de Áustria do trono imperial foi eleito imperador um membro da casa de Wittelsbach.

Carlos VII da Baviera
Imperador do Sacro Império Romano-Germânico em 1742-1745

Carlos Alberto da Baviera, Eleitor da Baviera (1726-1745), rei da Boémia (1741-1743), depois Carlos VII da Baviera, imperador do Sacro Império (1742-1745).



Leopoldo I de Áustria e Leonor Madalena de Neuburgo
~
imperador José I, pai de Maria Josefa de Áustria (casada com Frederico Augusto II, príncipe-eleitor da Saxónia e, como Augusto III, rei da Polónia e grão-duque da Lituânia, com descendência) e Maria Amália de Áustria (casada com Carlos Alberto da Baviera, Eleitor da Baviera, rei da Boémia, depois Carlos VII da Baviera, imperador do Sacro Império)
&
imperador Carlos VI, pai de Maria Teresa de Áustria (casada com Francisco Estêvão de Lorena, o imperador Francisco I, do Sacro Império) e Maria Ana de Áustria (casada com o príncipe Carlos Alexandre de Lorena)



Carlos VII da Baviera e Maria Amália de Áustria
~
Maria Antónia da Baviera (casada com o primo direito Frederico Cristiano, príncipe-eleitor da Saxónia, príncipe da Polónia, filho de Frederico Augusto II da Saxónia e irmão de Maria Ana)
&
Maximiliano III, Eleitor da Baviera (em 1745-1777), casado com a prima direita Maria Ana da Saxónia, sem descendência; a morte de Maximiliano III levou à Guerra da Sucessão da Baviera (1778-1779), que opôs os arquiduques da Áustria ao reino da Prússia, Eleitorado da Saxónia e Eleitorado da Baviera
&
Maria Josefa da Baviera, casada com José II, sacro imperador romano-germânico, sem descendência




Os imperadores sucessores de Francisco I de Lorena e Maria Teresa de Áustria (herdeiros de Carlos VI de Áustria)

Os sucessores (Habsburgo-Lorena) de Francisco I de Lorena e Maria Teresa de Áustria (herdeiros de Carlos VI de Habsburgo) no Sacro Império Romano-Germânico (até 1806), no Império da Áustria (1804-1867) e no Império Austro-Húngaro (1867-1918).


Francisco I de Lorena
Imperador do Sacro Império Romano-Germânico em 1745-1765

Francisco III, duque de Lorena em 1729-1736, grão-duque da Toscana em 1737-1765, imperador do Sacro Império em 1745-1765. Casou em 1736 com Maria Teresa de Áustria (1717-1780), filha de Carlos VI, sacro imperador romano-germânico.


Maria Teresa de Áustria, imperatriz do Sacro Império, rainha da Hungria, Croácia e Boémia e arquiduquesa da Áustria

Com a morte do imperador Carlos VI do Sacro Império, em Outubro de 1740, a linhagem masculina da dinastia de Habsburgo extingue-se. A Pragmática Sanção de 1713 promulgada por Carlos VI, que previa, na monarquia austríaca, a descendência feminina na ausência de herdeiros masculinos, permitiu a sucessão da filha, Maria Teresa de Áustria, na monarquia da Áustria e também nos reinos da Boémia (excepto de 1741 a 1743, quando a Boémia foi governada por Carlos Alberto da Baviera), Hungria e Croácia e em vários ducados e condados, de 1740 até 1780.

Em Novembro de 1740, Maria Teresa, rainha da Hungria e Boémia, arquiduquesa da Áustria promove o marido, Francisco Estêvão de Lorena, grão-duque da Toscana, a co-governante dos seus territórios da monarquia austríaca.



Leopoldo I, imperador do Sacro Império Romano-Germânico
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imperador Carlos VI
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Maria Teresa de Áustria, imperatriz do Sacro Império, rainha da Hungria, Croácia e Boémia e arquiduquesa da Áustria (com o imperador Francisco I)



Maria Teresa de Áustria, imperatriz do Sacro Império, rainha da Hungria, Croácia e Boémia e arquiduquesa da Áustria foi a última membro dos Habsburgo (consorte do imperador Francisco I do Sacro Império).



Francisco I e Maria Teresa, imperadores do Sacro Império Romano-Germânico
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José II, sacro imperador romano-germânico
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Maria Amália de Áustria (casada com Fernando I, duque de Parma)
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Leopoldo II, sacro imperador romano-germânico (sucedeu ao irmão José II)
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Maria Carolina de Áustria (casada com Fernando IV de Nápoles)
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Fernando Carlos de Áustria, arquiduque da Áustria, duque titular de Modena e Regio, duque de Brisgóvia (Breisgau), casado com Maria Beatriz de Este (filha e herdeira de Hércules III de Este, duque de Modena e Regio), pais de Francisco IV de Áustria-Este, duque de Modena e Regio
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Maria Antonieta de Áustria (casada com Luís XVI da França)
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arquiduque Maximiliano Francisco de Áustria, Arcebispo Eleitor de Colónia, grão-mestre da Ordem Teutónica (sucedeu ao tio, príncipe Carlos Alexandre de Lorena, como grão-mestre)



José II de Habsburgo-Lorena
Imperador do Sacro Império Romano-Germânico em 1765-1790


Leopoldo II de Habsburgo-Lorena (irmão e sucessor de José II)
Imperador do Sacro Império Romano-Germânico em 1790-1792
Grão-duque Pedro Leopoldo I da Toscana em 1765-1790 (sendo sucedido pelo filho, grão-duque Fernando III).



Leopoldo II de Habsburgo-Lorena, sacro imperador romano-germânico e Maria Luísa de Bourbon (filha de Carlos III de Espanha e Maria Amália da Saxónia)
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Maria Teresa Josefa de Áustria (com António da Saxónia, rei da Saxónia, estado membro da Confederação Germânica em 1815-66, sob hegemonia austríaca)
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Francisco I da Áustria, último sacro imperador romano-germânico, como Francisco II, e primeiro imperador da Áustria
&
Fernando III de Áustria, grão-duque da Toscana
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arquiduque Carlos de Áustria, duque de Teschen, grão-mestre da Ordem Teutónica (faleceu em 1847, com descendência)
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José de Áustria, Palatino da Hungria (arquiduque José António, faleceu em 1847, com descendência)
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Maria Clementina de Áustria (com Francisco I das Duas Sicílias)
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António Víctor de Áustria, arquiduque da Áustria e grão-mestre da Ordem Teutónica (faleceu em 1835)
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arquiduque João de Áustria, contraiu casamento morganático e faleceu em 1859, foi chefe de estado provisório com o título de "Regente Imperial", do proto-estado (na Confederação Germânica, que durou de 1815 a 1866) designado Império Alemão (regente do revolucionário "Império Alemão", estabelecido em 1848-1849)
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Rainer de Áustria (pai de Maria Adelaide de Áustria, que casou com o rei Vítor Manuel II de Itália, depois pais de Humberto I de Itália, Amadeu I de Espanha e Maria Pia de Sabóia), vice-rei do reino Lombardo-Véneto (estado unido ao Império da Áustria na pessoa do soberano), faleceu em 1853
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Luís de Áustria, chefe do Conselho da Conferência Secreto («Geheime Staatskonferenz», organismo do Império da Áustria de 1836 a 1848), que controlava todos os gabinetes do governo em nome do imperador Fernando I (seu sobrinho, filho do primeiro imperador da Áustria); o arquiduque contraiu casamento morganático e faleceu em 1864
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arquiduque Rodolfo de Áustria, cardeal, arcebispo de Olomouc (cidade checa), patrono e aluno de Ludwig van Beethoven



Francisco I da Áustria, antes Francisco II
Último imperador do Sacro Império Romano-Germânico em 1792-1806, como Francisco II de Habsburgo-Lorena (neto de Francisco I)

Francisco I da Áustria reinou de 1792 (ao assumir o trono do Sacro Império) até morrer, em 1835 (no trono austríaco).

Francisco I da Áustria, como primeiro imperador da Áustria em 1804, até 1835. Foi também presidente da Confederação Germânica em 1815-1835.



Francisco I da Áustria, último sacro imperador romano-germânico (Francisco II em 1792-1806) e primeiro imperador da Áustria (em 1804-1835; casa de Áustria, Habsburgo-Lorena, do Império da Áustria, estado que surgiu em 1804), presidente da Confederação Germânica (em 1815-1835) e a prima direita Maria Teresa de Nápoles (filha de Fernando I das Duas Sicílias)
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Maria Luísa de Áustria (com Napoleão Bonaparte, depois pais de Napoleão II da França)
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Fernando I da Áustria, imperador da Áustria, em 1835-1848, e presidente da Confederação Germânica (em 1835-1848), faleceu sem descendência em 1875
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Leopoldina de Áustria (com o rei Pedro IV de Portugal e imperador do Brasil)
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Maria Clementina Francisca de Áustria (com o tio Leopoldo de Nápoles, depois pais de Maria Carolina Augusta de Bourbon e Duas Sicílias, esta casada com Henrique de Orleães, duque de Aumale)
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Maria Carolina Fernanda de Áustria (com Frederico Augusto II da Saxónia, rei da Saxónia, que sucedeu ao tio António da Saxónia; filho do príncipe Maximiliano da Saxónia e irmão de João I, seu sucessor)
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Francisco Carlos de Áustria (pai de Francisco José I, sucessor do tio Fernando I e, também, de Maximiliano de Áustria, que foi depois imperador Maximiliano I do México e tinha sido noivo de Maria Amélia de Bragança, princesa do Brasil e filha de Pedro I), faleceu em 1878



Fernando I da Áustria
Monarca do Império da Áustria em 1835-1848 e presidente da Confederação Germânica (1835-1848)


Francisco José I da Áustria (sobrinho e sucessor de Fernando I)
Monarca do Império da Áustria (até 1867, passando a uma monarquia dualista) e do Império Austro-Húngaro de 1848 até 1916 e presidente da Confederação Germânica (1850-1866)


Francisco José I da Áustria, imperador austro-húngaro, foi casado com Isabel da Baviera, imperatriz da Áustria e rainha da Hungria (também conhecida por imperatriz Sissi, assassinada em Genebra, em 1898) e foram pais da arquiduquesa Gisela de Áustria (m. 1932), do arquiduque Rodolfo de Áustria (único filho varão do imperador, o príncipe herdeiro suicidou-se em 1889) e, ainda, da arquiduquesa Maria Valéria de Áustria (m. 1924).



Maximiliano I, rei da Baviera (em 1806-1825), da Casa de Wittelsbach (dinastia de duques, príncipes-eleitores e reis da Baviera)
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Luís I, rei da Baviera de 1825 a 1848 (abdicou após as Revoluções de 1848, faleceu em 1868)
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Augusta da Baviera, casada com Eugénio de Beauharnais (filho da imperatriz Josefina, a primeira consorte de Napoleão Bonaparte), filho adoptivo do imperador da França, príncipe da França, vice-rei de Itália, duque de Leuchtenberg, e foram pais de Augusto (1810-1835), príncipe consorte de Portugal (casado com a rainha Maria II)
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Carolina Augusta da Baviera, casada em primeiras núpcias com Guilherme I de Vurtemberga (futuro rei em 1816-1864), casamento dissolvido e, em segundas núpcias (em 1816),com Francisco I da Áustria (antes Francisco II do Sacro Império), ambos sem descendência, tornando-se imperatriz da Áustria e rainha da Hungria (foi a quarta e última esposa do imperador)
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príncipe Carlos Teodoro da Baviera (com descendência)
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Isabel Luísa da Baviera (filha de Carolina de Bade, segunda esposa do rei da Baviera), rainha consorte de Frederico Guilherme IV da Prússia (rei em 1840-1861, sem descendência)
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Amélia Augusta da Baviera, rainha consorte de João da Saxónia (rei em 1854-1873) e foram pais dos reis Alberto e Jorge (este casado com a infanta Maria Ana de Bragança, filha de Maria II e Fernando II, reis de Portugal) e, ainda, de Margarida e Sofia da Saxónia
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Maria Ana da Baviera, rainha consorte de Frederico Augusto II da Saxónia (rei em 1836-1854, sem descendência, sucedido pelo irmão João)
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Sofia da Baviera, casada com Francisco Carlos de Áustria, filho do primeiro imperador da Áustria e foram pais do imperador Francisco José I (sucessor do tio Fernando I), de Maximiliano de Áustria, que foi depois imperador Maximiliano I do México (e tinha sido noivo de Maria Amélia de Bragança, princesa do Brasil e filha de Pedro I), de Carlos Luís de Áustria (falecido em 1896, avô de Carlos I da Áustria) e, também, de Luís Víctor de Áustria (falecido sem descendência em 1919)
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Luísa Guilhermina da Baviera, casada com o duque Maximiliano José da Baviera (duque na Baviera, do ramo ducal da Casa de Wittelsbach)



A ascensão do sobrinho do imperador, Francisco José I, ao trono austríaco, ocorreu depois das revoluções de 1848. Francisco José I tornou-se imperador da Áustria aos 18 anos, após a abdicação de Fernando I da Áustria e, ainda, a renúncia do seu pai, arquiduque Francisco Carlos, a seu favor. Essa mudança foi também influenciada pela sua mãe, a arquiduquesa Sofia (da Baviera), e pela imperatriz Maria Ana, consorte do seu tio, Fernando I. A imperatriz consorte da Áustria, Maria Ana de Sabóia (1803-1884), filha do rei Vítor Manuel I da Sardenha (em 1802-1821), foi casada com o imperador Fernando I da Áustria, sem descendência.



Maximiliano I, rei da Baviera (Casa de Wittelsbach)
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Luísa Guilhermina da Baviera, casada com o duque Maximiliano José da Baviera (duque na Baviera, do ramo ducal da Casa de Wittelsbach)
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Isabel da Baviera (apelidada de Sissi), imperatriz consorte de Francisco José I da Áustria, imperador austro-húngaro
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duque Carlos Teodoro da Baviera (sucedeu ao pai e ao irmão no ducado), casado em primeiras núpcias com Sofia da Saxónia (filha do rei João da Saxónia e cunhada da infanta Maria Ana de Bragança), tendo uma filha única, Amélia Maria da Baviera (com descendência) e, em segundas núpcias, com Maria José de Bragança, filha de Miguel I de Portugal (uma das filhas dos duques, Isabel da Baviera, foi rainha consorte de Alberto I da Bélgica)



Maria José de Bragança foi casada com o duque Carlos Teodoro da Baviera, neto materno do rei Maximiliano I da Baviera e irmão da imperatriz Isabel da Baviera (apelidada de Sissi, consorte do imperador austro-húngaro Francisco José I) e os duques foram pais de Sofia Adelaide da Baviera, de Isabel da Baviera, rainha consorte de Alberto I da Bélgica, de Maria Gabriela da Baviera, princesa consorte de Rodolfo, príncipe herdeiro da Baviera (filho do rei Luís III), do duque Luís Guilherme da Baviera (falecido em 1968, foi o último duque, até à abolição da monarquia com o final da I Guerra Mundial) e, também, de Francisco José da Baviera.

Rodolfo, príncipe herdeiro da Baviera, filho do último rei da Baviera (Luís III, até à abolição da monarquia com o final da I Guerra Mundial), foi casado em primeira núpcias com Maria Gabriela da Baviera (filha do duque Carlos Teodoro da Baviera e de Maria José de Bragança e, portanto, neta materna de Miguel I de Portugal) e, em segundas núpcias, com Antónia do Luxemburgo (filha de Guilherme IV, grão-duque do Luxemburgo e de Maria Ana de Bragança e, também, neta materna de Miguel I de Portugal, sendo, assim, prima-irmã de Maria Gabriela da Baviera).



Francisco I e Maria Teresa, imperadores do Sacro Império Romano-Germânico
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Leopoldo II, sacro imperador romano-germânico (sucedeu ao irmão José II)
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Francisco I da Áustria, último sacro imperador romano-germânico, como Francisco II, e primeiro imperador da Áustria (sucedido pelo filho Fernando I, imperador da Áustria)
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Francisco Carlos de Áustria (irmão do imperador Fernando I, que não teve descendência e foi sucedido pelo sobrinho Francisco José I)
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Francisco José I da Áustria, imperador austro-húngaro (imperador do Império da Áustria que em 1867 se torna numa monarquia dualista até 1918, o Império Austro-Húngaro, Reinos e Terras representados no Conselho Imperial e as Terras da húngara Coroa de Santo Estêvão, imperador da Áustria e rei da Hungria), em 1848-1916, e presidente da Confederação Germânica (em 1850, depois das revoluções de 1848, até à dissolução da confederação em 1866, após a vitória do reino da Prússia na Guerra Austro-Prussiana)
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Maximiliano de Áustria (1832-1867), depois imperador Maximiliano I do México (em 1864-1867)
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arquiduque Carlos Luís de Áustria (casado por três vezes, com Margarida da Saxónia, sem descendência, filha de João I da Saxónia, rei da Saxónia, com Maria Anunciada de Bourbon e Duas Sicílias, filha de Fernando II das Duas Sicílias, com quem teve quatro filhos e, finalmente, com Maria Teresa de Bragança, em 1873, filha de Miguel I de Portugal, com quem teve duas filhas, Maria Anunciada de Áustria e Isabel Amália de Áustria, arquiduquesa da Áustria e princesa de Liechtenstein), falecido em 1896, foi avô de Carlos I da Áustria
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Luís Víctor de Áustria, faleceu sem descendência em 1919



Carlos Luís, arquiduque da Áustria (irmão de Francisco José I e, também, avô de Carlos I da Áustria), foi casado em primeiras núpcias com Margarida da Saxónia (sem descendência, que foi filha do rei João da Saxónia), em segundas núpcias com Maria Anunciada de Bourbon e Duas Sicílias (filha de Fernando II das Duas Sicílias) com quem teve quatro filhos e, em terceiras núpcias (em 1873), com Maria Teresa de Bragança (filha de Miguel I de Portugal), com quem teve duas filhas.



arquiduque Carlos Luís de Áustria (1833-1896; irmão de Francisco José I da Áustria) e Maria Anunciada de Bourbon e Duas Sicílias (filha de Fernando II das Duas Sicílias)
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Francisco Fernando de Áustria (1863-1914), herdeiro do trono austro-húngaro após a morte do primo direito arquiduque Rodolfo, filho único do imperador Francisco José I (e da imperatriz Sissi)
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Oto Francisco de Áustria (1865-1906), casado com Maria Josefa da Saxónia, filha de Jorge I da Saxónia e de Maria Ana de Bragança e neta materna de Maria II de Portugal (portanto, irmã do último rei da Saxónia, Frederico Augusto III), foram pais de Carlos I, último imperador austro-húngaro, que se tornou o sucessor do tio-avô Francisco José I em 1914, após o assassinato do tio arquiduque Francisco Fernando (e esposa) em Saraievo, o que serviu de pretexto para o início da I Guerra Mundial



Carlos Luís, arquiduque da Áustria e Maria Anunciada de Bourbon e Duas Sicílias foram pais de Francisco Fernando de Áustria (1863-1914), herdeiro do trono austro-húngaro (sobrinho do imperador Francisco José I da Áustria) assassinado em Saraievo em 1914, de Oto Francisco de Áustria (casado com Maria Josefa da Saxónia e foram pais de Carlos I da Áustria e de Maximiliano Eugénio de Áustria), de Fernando Carlos de Áustria (m. 1915) e, também, de Margarida Sofia de Áustria (com descendência).

Carlos Luís, arquiduque da Áustria e Maria Teresa de Bragança foram pais de Maria Anunciada de Áustria e, também, de Isabel Amália de Áustria, arquiduquesa da Áustria e princesa de Liechtenstein.









Os últimos Habsburgo reinantes (séc. XVIII-XX)
Casa de Áustria (Habsburgo / Habsburgo-Lorena)


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Carlos I da Áustria (sobrinho-neto e sucessor de Francisco José I)
Último monarca do Império Austro-Húngaro em 1916-1918



Francisco I da Áustria, último sacro imperador romano-germânico (Francisco II em 1792-1806) e primeiro imperador da Áustria (em 1804-1835), da casa de Áustria (Habsburgo-Lorena, do Império da Áustria, estado que surgiu em 1804), casado (segunda de quatro consortes) com a prima direita Maria Teresa de Nápoles (filha de Fernando I das Duas Sicílias), foi sucedido pelo filho Fernando I da Áustria
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Francisco Carlos de Áustria (casado com Sofia da Baviera, filha do rei Maximiliano I da Baviera), faleceu em 1878, pai do imperador austro-húngaro Francisco José I (e irmão de Fernando I, imperador da Áustria em 1835-1848, falecido sem descendência em 1875)
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arquiduque Carlos Luís de Áustria (casado em segundas núpcias com Maria Anunciada de Bourbon e Duas Sicílias, filha de Fernando II das Duas Sicílias), faleceu em 1896 (irmão de Francisco José I da Áustria, monarca do Império da Áustria e do Império Austro-Húngaro de 1848 até 1916, pois em 1867 o império passa a uma monarquia dualista, e presidente da Confederação Germânica em 1850, depois das revoluções de 1848, até à dissolução da confederação em 1866, sobrinho e sucessor de Fernando I); Maria Teresa de Bragança (faleceu em 1944, filha de Miguel I de Portugal) foi a terceira e última esposa do arquiduque, em 1873 (com quem teve duas filhas)
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Oto Francisco de Áustria (casado com Maria Josefa da Saxónia, filha do rei Jorge I da Saxónia e neta materna de Maria II de Portugal), faleceu em 1906, sobrinho do imperador austro-húngaro (e irmão de Francisco Fernando de Áustria, assassinado em Saraievo em 1914, herdeiro do trono austro-húngaro após a morte, em 1889, do primo direito arquiduque Rodolfo, único filho varão do imperador Francisco José I)
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Carlos I da Áustria (1887-1922), Beato Carlos da Áustria, sobrinho-neto e sucessor de Francisco José I, foi o último imperador austro-húngaro em 1916-1918 (dissolução do Império Austro-Húngaro, após a I Guerra Mundial), casado com Zita de Bourbon e Parma (filha do duque Roberto I de Parma e neta materna de Miguel I de Portugal)
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arquiduque Oto de Áustria (1912-2011), herdeiro do trono austro-húngaro em 1916-1918 (com descendência)



Carlos I da Áustria, último imperador austro-húngaro e a imperatriz Zita de Bourbon e Parma foram pais do arquiduque Oto de Áustria (1912-2011), herdeiro do trono austro-húngaro em 1916-1918 e, também, do arquiduque Roberto de Áustria-Este (1915-1996). Este último foi sucessor dos títulos de Francisco V, duque de Modena e Regio (sem descendência), bem como do arquiduque e herdeiro do trono Francisco Fernando (assassinado em 1914).



Francisco I da Áustria, imperador da Áustria
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Francisco Carlos de Áustria (irmão do imperador Fernando I)
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arquiduque Carlos Luís de Áustria (irmão do imperador Francisco José I)
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Oto Francisco de Áustria (com Maria Josefa da Saxónia, foram pais de Carlos I e do arquiduque Maximiliano Eugénio de Áustria, ambos com descendência)
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Carlos I da Áustria (1887-1922; Beato Carlos da Áustria), último imperador austro-húngaro, em 1916-1918 (dissolução do Império Austro-Húngaro, após a I Guerra Mundial), casou em 1911 com Zita de Bourbon e Parma (filha de Roberto I de Parma e Maria Antónia de Bragança e neta materna de Miguel I de Portugal) e foram pais de 5 filhos e 3 filhas
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arquiduque Oto de Áustria (1912-2011), herdeiro do trono austro-húngaro em 1916-1918 (Oto de Habsburgo, Otto von Habsburg, também Otão de Habsburgo-Lorena, Otto Habsburg-Lothringen), casado com Regina da Saxónia-Meiningen, filha de Jorge da Saxónia-Meiningen (chefe da Casa da Saxónia-Meiningen, como Jorge III; neto de Jorge II, duque da Saxónia-Meiningen), o casal teve 5 filhas e 2 filhos
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Carlos de Habsburgo-Lorena (pai de 2 filhas e de Fernando de Habsburgo-Lorena, Ferdinand Zvonimir Habsburg-Lothringen)



Carlos I da Áustria e Zita de Bourbon e Parma foram os últimos imperadores austro-húngaros, em 1916-1918 (pais do arquiduque Oto de Áustria). Em 1918 ocorre a dissolução do Império Austro-Húngaro, após a I Guerra Mundial.





Note-se que os casamentos e filhos apresentados não são exclusivos.
O sinal (~) representa: «filhos entre outros».

Sinal gráfico (&) usado para substituir a conjunção «e» (representa a conjunção latina et).