Os
condes da Flandres
Condado
da Flandres, séc. IX-XVIII
Condado
da Flandres (Idade Média)
Casa
da Flandres (862-1119)
► Balduíno I da Flandres, primeiro
margrave ou conde da Flandres (Flandria em latim, Vlaanderen em neerlandês e Flandre em francês), vassalo do rei Carlos II, o
Calvo (reinou de 840 a 877, neto de Carlos
Magno), do Reino ocidental dos Francos (Francia ocidental, 843-987)
► Balduíno II da Flandres (filho do
antecedente)
► Arnolfo I da Flandres
► Balduíno III da Flandres
► Arnolfo II da Flandres
► Balduíno IV da Flandres
► Balduíno V da Flandres
O conde
Balduíno V, cunhado de Henrique I, rei dos Francos (antes duque de Borgonha),
foi regente na menoridade do sobrinho, Filipe I, rei dos Francos em 1060-1108.
Balduíno V e a consorte, Adélia da França (que foi casada duas vezes, filha de
Roberto II, rei dos Francos e, também, tia-avó de Henrique de Borgonha, conde
de Portucale), foram pais do conde Balduíno VI, de Matilde da Flandres (rainha
consorte de Guilherme I de Inglaterra) e, ainda, do conde Roberto I.
► Balduíno VI da Flandres (também conde
do Hainaut)
Balduíno VI (que
foi neto materno de Roberto II, rei dos Francos) casou com Riquilda, condessa do
Hainaut, tornando-se conde do Hainaut e, posteriormente, também herdou o
condado da Flandres. Balduíno VI e Riquilda do Hainaut foram pais de Arnolfo
III da Flandres, conde da Flandres e do Hainaut (sem descendência) e de
Balduíno II, conde do Hainaut (sucede ao irmão no Hainaut).
Balduíno VI da Flandres, também conde do Hainaut (como Balduíno I), e Riquilda do Hainaut (herdeira do Hainaut) foram pais de Arnolfo
III da Flandres, conde da Flandres e do Hainaut (sem descendência) e de
Balduíno II, conde do Hainaut (sucede ao irmão no Hainaut).
► Arnolfo III da Flandres (também conde
do Hainaut)
Arnolfo III da Flandres (também conde do Hainaut, como Arnolfo I) e Balduíno II
do
Hainaut foram filhos de Balduíno
VI da Flandres.
► Roberto I da Flandres (tio do
antecedente)
O conde Roberto
I foi filho de Balduíno V da Flandres e, portanto, tio de Arnolfo III (a quem
sucede na Flandres).
Balduíno
V, conde da Flandres
~
Balduíno
VI, conde da Flandres e do Hainaut (pai de Arnolfo III da Flandres e de
Balduíno II do Hainaut)
&
Matilde
da Flandres, rainha consorte de Guilherme I de Inglaterra (duque da Normandia e
fundador da dinastia dos reis normandos de Inglaterra) e que foram avós do
conde Guilherme da Flandres
&
Roberto
I, conde da Flandres
Roberto
I, conde da Flandres
~
Roberto
II, conde da Flandres (pai do conde Balduíno VII da Flandres)
&
Adélia
da Flandres, rainha consorte de Canuto IV da Dinamarca (pais do conde Carlos I
da Flandres)
&
Gertrudes
da Flandres, consorte do duque Teodorico II de Lorena (pais do conde Teodorico
da Flandres)
&
Filipe
da Flandres
► Roberto II da Flandres (filho do
antecedente)
► Balduíno VII da Flandres (falecido em
1119, sem descendência, foi sucedido pelo primo direito, Carlos I da Flandres)
Casa
da Dinamarca (1119-1127)
► Carlos I da Flandres (falecido em 1127
sem descendência), neto materno de Roberto I da Flandres, filho do rei Canuto
IV da Dinamarca e de Adélia da Flandres (que foi casada duas vezes)
Dinastia
Normanda (1127-1128)
► Guilherme da Normandia, conde da
Flandres (falecido em 1128, sem descendência), filho do duque Roberto II da
Normandia, foi neto do rei Guilherme I de Inglaterra e de Matilde da Flandres
(irmã de Balduíno VI e de Roberto I da Flandres) e, portanto, bisneto do conde
Balduíno V da Flandres
Casa
da Alsácia (1128-1194)
► Teodorico da Alsácia, conde da Flandres
(em 1128-1168, primo direito de Baduíno VII e de Carlos I da Flandres)
O conde foi
filho de Teodorico II, duque de Lorena e de Gertrudes da Flandres e, portanto,
neto materno de Roberto I da Flandres e, ainda, primo direito de Balduíno VII e
de Carlos I da Flandres (foi também irmão consanguíneo do duque Simão I de
Lorena).
Teodorico
II, duque de Lorena
~
Simão I,
duque de Lorena (tio de Filipe da Alsácia)
&
Teodorico
da Alsácia, conde da Flandres (irmão consanguíneo de Simão I)
Teodorico
II, duque de Lorena
~
Simão I
de Lorena
~
Mateus I
de Lorena (primo direito de Filipe da Alsácia)
~
Alice de
Lorena, casada com Hugo III, duque de Borgonha (e irmã de Simão II de Lorena)
~
Odo III
de Borgonha, casado com Matilde de Portugal (segundo consorte de Matilde, ambos
casados duas vezes)
► Filipe da Alsácia, conde da Flandres
(filho do antecedente)
Filipe da Alsácia, conde da Flandres (em 1168-1191),
sem descendência, casado em primeiras núpcias com Isabel, condessa de
Vermandois e, em segundas núpcias em 1184, com Matilde, infanta de Portugal
(filha de Afonso I, primeiro rei de Portugal e de Mafalda de Sabóia).
Filipe da
Alsácia (1143-1191), conde da Flandres, filho do conde Teodorico e de Sibila de
Anjou (filha de Fulco V de Anjou, conde de Anjou e rei de Jerusalém e,
portanto, irmã de Godofredo V, o Plantageneta, conde de Anjou, que foi
casado com Matilde, imperatriz viúva do Sacro Império Romano-Germânico e
princesa herdeira de Inglaterra e pais de Henrique II de Inglaterra), foi primo
direito de Henrique II, rei de Inglaterra (em 1154-1189, fundador da dinastia
Plantageneta), duque da Normandia e da Aquitânia e conde de Anjou (casado com
Leonor da Aquitânia, que foi duquesa da Aquitânia, rainha consorte de Luís VII,
rei dos Francos de 1137 a
1180 e, ainda, depois de anulado este casamento, rainha consorte de Henrique
II).
Henrique II de Inglaterra (em 1154-1189, filho
dos soberanos Matilde e Godofredo) e Leonor, duquesa da Aquitânia (rainha)
~
Henrique, “o Jovem” (falecido em 1183), rei associado em 1170-1183, com o
pai, casado com Margarida da França (filha de Luís VII, rei dos Francos e de
Constança de Castela e, portanto, neta materna de Afonso VII de Castela e
Leão), rainha consorte de Inglaterra (posteriormente, foi também rainha
consorte da Hungria e Croácia em 1186 e faleceu em 1197 sem descendência)
&
Ricardo I de Inglaterra, “o Coração de Leão”
(em 1189-1199), casado com Berengária de Navarra (a rainha não teve
descendência)
&
Leonor Plantageneta, rainha consorte de Afonso
VIII de Castela, tendo sido pais de Berengária, rainha de Castela e rainha
consorte de Afonso IX de Leão, de Urraca, rainha consorte de Afonso II de
Portugal (rei em 1211-1223), de Branca, rainha consorte de Luís VIII da França
(filho dos reis Filipe II da França e Isabel do Hainaut), de Leonor, rainha
consorte de Jaime I de Aragão e, ainda, de Henrique I de Castela (casou com a
Rainha Beata Mafalda, filha de Sancho I de Portugal)
&
Joana de Inglaterra, rainha consorte de
Guilherme II da Sicília e também casada, em segundas núpcias, com Raimundo VI
(1156-1222), conde de Tolosa (“comte de Toulouse”)
&
João de Inglaterra (João Sem-Terra, rei em
1199-1216, último duque da Normandia, conquistada pelo rei Filipe II da França,
rei de 1180 a
1223)
O conde Filipe
foi casado em primeiras núpcias com Isabel, condessa de Vermandois (irmã e
sucessora de Raul II de Vermandois), sem descendência e, depois de enviuvar, em
segundas núpcias (1184) com Matilde, infanta
de Portugal.
Isabel de
Vermandois foi irmã e sucessora de Raul II, conde de Vermandois (sem
descendência, foi o primeiro consorte de Margarida I da Flandres, irmã de
Filipe da Alsácia) e foi, ainda, bisneta de Henrique I, rei dos Francos, antes
duque de Borgonha, da dinastia Capetiana (tio-avô de Henrique, conde de
Portucale).
Filipe da
Alsácia participa na Terceira Cruzada, vindo a falecer num dos primeiros
confrontos, no Cerco de Acre (São João de Acre, na Palestina), vítima de peste,
em 1191 (sem descendência).
A infanta
Matilde de Portugal, condessa da Flandres e, depois, duquesa de Borgonha
(falecida em 1218), que usou os nomes Mafalda Afonso, Teresa e, também,
Maltide, contraiu dois casamentos.
Matilde,
condessa da Flandres ficou viúva em 1191 e volta a casar em 1193 com Odo III
(1166-1218), duque de Borgonha (em 1192-1218), filho do duque Hugo III e de Alice
de Lorena. No entanto, o casal separou-se em 1195.
Teodorico
da Alsácia, conde da Flandres
~
Filipe
da Alsácia, conde da Flandres (casado em segundas núpcias com Matilde de
Portugal, condessa-velha da Flandres, falecida em 1218)
&
Margarida
I, condessa da Flandres, casada com Balduíno V do Hainaut, conde do Hainaut e
da Flandres (Balduíno VIII da Flandres)
condes
Margarida I da Flandres e Balduíno V do Hainaut
~
Isabel
do Hainaut, rainha consorte de Filipe II da França e, portanto, mãe de Luís VIII
da França
&
Balduíno
de Constantinopla, conde do Hainaut e da Flandres e imperador latino de
Constantinopla
&
Filipe
I de Namur (que
foi regente do irmão e da sobrinha no condado da Flandres, falecido em 1212 sem
descendência)
condes
Margarida I da Flandres (irmã de Filipe da Alsácia, conde da Flandres, casado
em segundas núpcias com Matilde de Portugal) e Balduíno V do Hainaut (trineto
de Balduíno VI da Flandres)
~
Balduíno
de Constantinopla, conde do Hainaut e da Flandres e imperador latino de Constantinopla
~
Joana
de Constantinopla, condessa da Flandres e do Hainaut de 1205 a 1244 (com regência,
até 1212, do tio, Filipe I de Namur), com os consortes Fernando de Portugal e
Tomás de Sabóia
&
Margarida II de Constantinopla, condessa da Flandres (como Margarida II, em
1244-1278) e do Hainaut (Margarida I, 1244-1280), que foi mãe de João
de Avesnes, conde hereditário do Hainaut (pai de João II de Avesnes, conde do
Hainaut, conde da Holanda e da Zelândia), de Guilherme II, conde da Flandres,
senhor de Dampierre e, também, de Guido de Dampierre, conde da Flandres (pai de
Roberto III, conde da Flandres)
A
infanta Matilde de Portugal, condessa da Flandres e, depois, duquesa de
Borgonha (falecida em 1218), foi casada em primeiras núpcias, em 1184, com o
conde Filipe da Flandres e, em segundas núpcias em 1193, com Odo III
(1166-1218), duque de Borgonha em 1192-1218 (o casal separou-se em 1195) e foi,
ainda, tia de Fernando, infante de Portugal (filho do rei Sancho I), conde da
Flandres (co-regente da Flandres e do Hainaut com a consorte Joana de
Constantinopla) e tia por afinidade de Isabel do Hainaut, rainha consorte de
Filipe II da França (e mãe de Luís VIII da França), de Balduíno de Constantinopla, conde do Hainaut e
da Flandres e imperador latino de Constantinopla (que foi pai das condessas
Joana e Margarida de Constantinopla) e, também, de Filipe I de Namur (que foi
regente do irmão e da sobrinha no condado da Flandres).
► Margarida I da Flandres (irmã de Filipe
da Alsácia), condessa da Flandres (em 1191-1194) com o consorte, Balduíno V do
Hainaut, conde do Hainaut e da Flandres (Balduíno VIII da Flandres)
Margarida I,
condessa da Flandres e do Hainaut foi filha do conde Teodorico da Flandres e de
Sibila de Anjou e, portanto, irmã e sucessora de Filipe da Alsácia e foi,
ainda, casada em primeiras núpcias, sem descendência, com Raul II, conde de
Vermandois.
Balduíno V do
Hainaut (1150-1195), conde do Hainaut e da Flandres, segundo consorte de
Margarida I da Flandres, foi trineto de Balduíno VI da Flandres (também conde
do Hainaut).
Balduíno VI da
Flandres (também conde do Hainaut)
~
Balduíno II, conde do
Hainaut (irmão mais novo de Arnolfo III da Flandres, conde da Flandres e do
Hainaut)
~
Balduíno III, conde
do Hainaut
~
Balduíno IV, conde do
Hainaut
~
Balduíno V do
Hainaut, conde do Hainaut e da Flandres (Balduíno VIII da Flandres), casado com
Margarida I da Flandres (filha de Teodorico da Alsácia, conde da Flandres)
Balduíno V do
Hainaut, conde do Hainaut e da Flandres (Balduíno VIII da Flandres), com a
consorte, Margarida I da Flandres, foram pais de Isabel do Hainaut, rainha
consorte de Filipe II da França (que
reinou de 1180 a
1223 e foram pais de Luís VIII e avós de Luís IX da França), de Balduíno de Constantinopla, conde do Hainaut e da
Flandres e imperador latino de Constantinopla e, também, de Filipe I de Namur (falecido
em 1212 sem descendência).
Casa
da Flandres (1194-1278)
► Balduíno de Constantinopla (Balduíno VI
do Hainaut), conde do Hainaut e da Flandres e imperador latino de
Constantinopla (filho dos antecedentes)
Balduíno de Constantinopla
(1171-1205 ou 1206), conde do Hainaut (como Balduíno VI) e da Flandres (Balduíno
IX) de 1194 a
1205 e imperador latino de Constantinopla em 1204-1205 (o primeiro do Império
Latino de Constantinopla, um Estado Cruzado de 1204 a 1261, no período de
ocupação do Império Bizantino, território que durou de 395 a 1453, pelos cruzados), foi
pai de Joana e de Margarida de Constantinopla.
Balduíno V do Hainaut
(1150-1195), conde do Hainaut e da Flandres (Balduíno VIII da Flandres), casado
com Margarida I da Flandres (filha de Teodorico da Alsácia, conde da Flandres)
~
Balduíno
de Constantinopla (1171-1205 ou 1206), conde do Hainaut (como Balduíno VI) e da
Flandres (Balduíno IX) e imperador latino de Constantinopla (em 1204-1205, o
primeiro do Império Latino de Constantinopla), casado com Maria de Champanhe
~
Joana de
Constantinopla (c. 1200-1244), condessa da Flandres e do Hainaut (em 1205-1244,
com regência, até 1212, do tio, Filipe I de Namur), casada em primeiras núpcias
com Fernando, infante de Portugal (filho de Sancho I e sobrinho de Matilde de
Portugal), co-regente da Flandres e do Hainaut em 1212-1233 e, em segundas
núpcias, com Tomás de Sabóia, senhor de Piemonte (filho do conde Tomás I de
Sabóia), co-regente em 1237-1244 (falecido em 1259)
&
Margarida
II de Constantinopla (c. 1202-1280), condessa da Flandres (Margarida II, em
1244-1278) e do Hainaut (Margarida I, 1244-1280), irmã e sucessora de Joana de
Constantinopla, foi casada com Burcardo de Avesnes e, em segundas núpcias, com
Guilherme II de Dampierre, senhor de Dampierre; posteriormente, a condessa
nomeou os filhos do segundo consorte como herdeiros, surgindo a disputa dos
condados entre os dois ramos da família de Margarida, o ramo dos Avesnes e o
ramo dos Dampierre
Balduíno I de
Constantinopla foi ainda irmão de Isabel do Hainaut, rainha consorte de Filipe
II da França (reinado em 1180-1223).
► Joana de Constantinopla, condessa da
Flandres e do Hainaut de 1205
a 1244, com os consortes Fernando de Portugal e Tomás de
Sabóia
Joana,
condessa da Flandres foi casada em primeiras núpcias com Fernando, infante de
Portugal (filho de Sancho I e sobrinho de Matilde de Portugal), co-regente da
Flandres e do Hainaut em 1212-1233 e, em segundas núpcias, com Tomás de Sabóia,
senhor de Piemonte (filho do conde Tomás I de Sabóia), co-regente em 1237-1244
(falecido em 1259).
Fernando,
infante de Portugal e conde da Flandres (1188-1233), foi co-regente da Flandres
e do Hainaut de 1212 a
1233 com a consorte, Joana de Constantinopla, que foi sobrinha-neta de Filipe I
da Flandres e de Matilde de Portugal (a condessa-velha da Flandres).
O conde Fernando (consorte
de Joana) foi filho do rei Sancho I de Portugal e sobrinho da condessa-velha da
Flandres, Matilde de Portugal (falecida em 1218). O infante de Portugal e conde
da Flandres foi, portanto, neto do primeiro rei de
Portugal (Afonso Henriques).
Joana de
Constantinopla (c. 1200-1244), foi condessa da Flandres e do Hainaut (em
1205-1244), sendo regente o tio, Filipe I de Namur, em 1205-1212.
Filipe I de
Namur assumiu a regência dos condados da Flandres e do Hainaut até falecer, em
1212 (sem descendência), na ausência do irmão, Balduíno de Constantinopla, que
decidira participar na Quarta Cruzada (1202-1204) e, depois, durante a
menoridade da sobrinha, Joana de Constantinopla.
Joana de Constantinopla,
sobrinha-neta dos condes Filipe I da Flandres e de Matilde de Portugal, casou
em 1212 com Fernando, infante de Portugal e conde da Flandres (falecido em 1233),
irmão do rei de Portugal e sobrinho da condessa-velha da Flandres (Matilde de
Portugal, falecida em 1218).
Joana de
Constantinopla casou em segundas núpcias, em 1237, com Tomás de Sabóia, conde
da Flandres, senhor de Piemonte, filho do conde Tomás I de Sabóia.
Batalha
de Bouvines, 1214
► Margarida II de Constantinopla (irmã de
Joana de Constantinopla), condessa da Flandres de 1244 a 1278 (e condessa do
Hainaut, até à Guerra da Sucessão da Flandres e do Hainaut), com os filhos do
segundo casamento, Guilherme II, conde da Flandres (co-regente do condado,
associado à mãe, falecido em 1251, sem descendência), senhor de Dampierre e,
também, Guido de Dampierre, conde da Flandres
Margarida
II de Constantinopla, condessa da Flandres (como Margarida II, em 1244-1278) e
do Hainaut (Margarida I, 1244-1280), irmã e sucessora de Joana de
Constantinopla, foi casada com Burcardo de Avesnes e, em segundas núpcias, com
Guilherme II de Dampierre, senhor de Dampierre.
Margarida II de
Constantinopla (c. 1202-1280) assumiu o condado após a morte da irmã, em 1244,
tendo nomeado os filhos do segundo
consorte como herdeiros, surgindo, assim, a disputa dos condados entre os dois
ramos da família de Margarida, o ramo dos Avesnes e o ramo dos Dampierre.
Burcardo
de Avesnes e Margarida de Constantinopla (senhora de Beaumont, posteriormente, condessa
da Flandres e do Hainaut)
~
João de
Avesnes (1218-1257), conde hereditário do Hainaut
&
Balduíno
de Avesnes, senhor de Beaumont
João de
Avesnes (1218-1257), conde hereditário do Hainaut (a condessa Margarida de
Constantinopla administrou o Hainaut, não entregando o condado ao filho, líder
do ramo dos Avesnes)
~
João II
de Avesnes, conde do Hainaut (em 1280-1304, como João I), conde da Holanda e da
Zelândia (1299-1304, João II); com o conde João, o Hainaut passou para a Casa
de Avesnes e, posteriormente, para a Dinastia Wittelsbach (Baviera), até ser
cedido a Filipe III, duque de Borgonha (filho de Margarida da Baviera)
Guilherme II,
conde da Flandres (co-regente do condado, associado à mãe, falecido em 1251,
sem descendência), senhor de Dampierre (como Guilherme III)
Guerra
da Sucessão da Flandres e do Hainaut (1244-1254)
O rei Luís IX da
França (em 1226-1270, São Luís da França, pai de Filipe III da França e de
Roberto, conde de Clermont e senhor de Bourbon) concede a Flandres a Guilherme
II, conde da Flandres, senhor de Dampierre (Guilherme III).
Casa
de Dampierre (1278-1405)
► Guido de Dampierre, conde da Flandres
(em 1278-1305)
Teobaldo
de Dampierre (séc. XI-XII)
~
Guido I
de Dampierre
~
Guilherme
I de Dampierre
~
Guido II
de Dampierre, senhor de Dampierre, casado com Matilde I de Bourbon, senhora de
Bourbon (senhorio de que era titular por direito próprio)
~
Archambaud
VIII de Bourbon, senhor de Bourbon (sucedeu no senhorio à mãe), da Casa de
Dampierre
&
Guilherme
II de Dampierre, senhor de Dampierre (sucedeu nesse senhorio ao pai), casado
com Margarida de Constantinopla (falecida em 1280, filha de Balduíno de
Constantinopla, conde do Hainaut e da Flandres e primeiro imperador latino de
Constantinopla)
Archambaud
VII de Bourbon, senhor de Bourbon
~
Archambaud
de Bourbon (falecido antes do pai)
~
Matilde
I de Bourbon, senhora de Bourbon (senhorio de que era titular por direito
próprio), neta e sucessora de Archambaud VII de Bourbon, foi casada, em
segundas núpcias, com Guido II de Dampierre, senhor de Dampierre, tendo sido avós
de Guilherme II da Flandres e de Guido de Dampierre, condes da Flandres
~
Archambaud
VIII de Bourbon, senhor de Bourbon (sucedeu no senhorio à mãe), da Casa de
Dampierre (irmão de Guilherme II de Dampierre e, portanto, tio dos condes da
Flandres)
~
Archambaud
IX de Bourbon, senhor de Bourbon
~
Matilde
II de Bourbon, condessa de Nevers (título herdado da mãe), casada com Odo de
Borgonha (sem filho varão e que faleceu antes do seu pai, Hugo IV da Borgonha
e, portanto, irmão de Roberto II, duque de Borgonha), pais de Iolanda de
Borgonha, condessa de Nevers (casada com Roberto III, conde da Flandres, da
Casa de Dampierre)
&
Inês de
Bourbon (herdeira do senhorio de Bourbon), casada em primeiras núpcias com João
de Borgonha, senhor de Charolais e senhor de Bourbon (filho do duque Hugo IV da
Borgonha) e, em segundas núpcias (sem descendência), com Roberto II, conde de
Artois (que teve três casamentos e prole); Inês de Bourbon e João de Borgonha
foram pais de Beatriz de Borgonha, que herdou os domínios de ambos e casou-se
com o príncipe Roberto, conde de Clermont (filho do rei Luís IX, São Luís da
França), antepassados da Casa de Bourbon
Guilherme
II de Dampierre, senhor de Dampierre (falecido em 1231), casado com Margarida
de Constantinopla, senhora de Beaumont e, posteriormente, condessa da Flandres
(em 1244-1278) e do Hainaut (1244-1280), falecida em 1280 (foi também casada,
com prole, em primeiras núpcias com Burcardo de Avesnes)
~
Joana de
Dampierre (sem descendência, casada em primeiras núpcias com o conde de Rethel
e em segundas núpcias com o conde de Bar)
&
Guilherme
II, conde da Flandres (co-regente do condado, associado à mãe, falecido em
1251, sem descendência), senhor de Dampierre (Guilherme III)
&
Guido de
Dampierre (1225-1305), conde da Flandres (em 1278-1305; administrou o condado
da Flandres após a morte do irmão), foi sucedido pelo filho, Roberto III da
Flandres, conde da Flandres em 1305-1322, da Casa de Dampierre
Guido de
Dampierre (1225-1305), conde da Flandres (1278), que administrou o condado da
Flandres após a morte do irmão (1251), foi sucedido pelo filho, Roberto III da
Flandres, conde da Flandres em 1305-1322, da Casa de Dampierre.
► Roberto III da Flandres
► Luís I da Flandres, conde da Flandres,
conde de Nevers e de Rethel (neto do antecedente)
O conde Luís I
da Flandres foi neto e sucessor de Roberto III.
Odo de
Borgonha (herdeiro do ducado de Borgonha, que faleceu antes do seu pai e sem
filho varão e que foi, ainda, irmão de Roberto II, duque de Borgonha) e Matilde
II de Bourbon, condes de Nevers
~
Iolanda
de Borgonha, condessa de Nevers (título herdado da mãe), casada em segundas núpcias (sem
prole do primeiro casamento) com Roberto III, conde da Flandres (membro da
Casa de Dampierre, também no estado de viúvo)
~
Luís I,
conde de Nevers e herdeiro do condado da Flandres (faleceu, também, antes do
seu pai), casado com a condessa Joana de Rethel
~
Luís I da Flandres, conde da Flandres, conde de Nevers e de
Rethel, da Casa de Dampierre, casado com Margarida da França (falecida em 1382),
filha do rei Filipe V da França, que foi posteriormente Margarida I de Borgonha
(condessa palatina de Borgonha, condessa de Artois)
~
Luís II da Flandres, conde palatino de Borgonha, conde da
Flandres, conde de Nevers e de Rethel, da Casa de Dampierre (falecido em 1384),
casado com Margarida do Brabante (filha de João III do Brabante, duque do
Brabante e de Limburgo)
~
Margarida III da Flandres, condessa da Flandres, de Borgonha, de
Artois, de Nevers e de Rethel (falecida em 1405), herdeira do ducado do
Brabante e de Limburgo, casada em primeiras núpcias com o duque Filipe I de
Borgonha (falecido em 1361, sem descendência) e em segundas núpcias com Filipe
II de Borgonha (duque em 1363-1404, descendente da dinastia de Valois, filho de
João II da França)
► Luís II da Flandres, conde palatino de
Borgonha, conde da Flandres, conde de Nevers e de Rethel
► Margarida III da Flandres, condessa da
Flandres, de Borgonha, de Artois, de Nevers e de Rethel (falecida em 1405)
Margarida III
da Flandres e o consorte Filipe II da Borgonha, condes da Flandres (em 1384
surgem os Países Baixos da Borgonha)
Margarida III,
casada em primeiras núpcias com o duque Filipe I de Borgonha, membro da
dinastia Capetiana que não teve descendência (falecido em 1361) e em segundas
núpcias com Filipe II de Borgonha, herda o condado da Flandres em 1384.
Odo IV,
duque de Borgonha (em 1315-1349), da Dinastia Capetiana, casado com Joana III,
condessa palatina de Borgonha (em 1330-1347)
~
Filipe
de Borgonha, conde de Auvergne e de Bolonha (conde consorte, falecido em 1346),
casado com Joana I de Auvergne, condessa de Auvergne e de Bolonha, que foi
depois rainha da França, consorte de João II da França (união sem prole)
~
duque
Filipe I de Borgonha (falecido em 1361 sem descendência), casado com Margarida
III da Flandres (falecida em 1405)
Filipe II de
Borgonha, duque em 1363-1404 (descendente da dinastia de Valois, filho de João
II da França), com a consorte, Margarida III da Flandres (com o consórcio a Borgonha ficou herdeira do
Franco Condado e da Flandres)
Filipe
II de Borgonha e Margarida III da Flandres (viúva de Filipe I de Borgonha)
foram pais do duque João I de Borgonha (duque em 1404-1419).
Países
Baixos da Borgonha, 1384
Em 1384 surgem
os Países Baixos da Borgonha, que integram vários feudos dos duques da
Borgonha, Filipe II de Borgonha e Margarida III da Flandres, incluindo o
condado da Flandres. Assim, o condado da Flandres e os outros estados dos
Países Baixos passam a integrar o património dos duques de Borgonha.
Casa
dos duques de Borgonha (1384/1404-1482), da dinastia de Valois
O condado da
Flandres, parte de uma união pessoal, integra-se nos Países Baixos da Borgonha,
sob a suserania dos duques de Borgonha, desde o duque João I ao último duque,
Carlos de Borgonha.
Filipe
VI, rei da França (em 1328-1350), fundador da dinastia de Valois (ramo
colateral da dinastia Capetiana), neto de Filipe III da França, foi casado em
primeiras núpcias com Joana de Borgonha (rainha consorte), que foi filha do
duque Roberto II de Borgonha (e irmã dos duques Hugo V e Odo IV)
~
João II,
rei da França (em 1350-1364), da Dinastia de Valois
~
Filipe
II de Borgonha, duque em 1363-1404, casado com Margarida III da Flandres (que
foi casada em primeiras núpcias com Filipe I de Borgonha, falecido em 1361)
~
João I,
duque de Borgonha (em 1404-1419)
► João I, duque de Borgonha (em
1404-1419)
► Filipe III, o Bom, duque de
Borgonha (em 1419-1467, filho do antecedente), fundador da Ordem do Tosão de
Ouro, casado em terceiras núpcias com Isabel de Portugal (filha do rei João I)
► Carlos, o Temerário, último duque de Borgonha em 1467-1477 (neto materno de
João I de Portugal)
Dezassete
Províncias
Em 1477, após o
fim do ducado da Borgonha (Carlos de Borgonha foi derrotado por Luís XI da
França, pelos cantões suíços e pelo duque de Lorena), surgem as Dezassete
Províncias, continuando a serem governadas pelos “duques titulares”. As
Dezassete Províncias eram Artois, Flandres, Malinas, Namur, Hainaut, Zelândia,
Holanda, Brabante, Limburgo, Luxemburgo, Utreque, Frísia, Guéldria, Groninga,
Drente, Overissel e, ainda, Zutphen.
► Maria de Borgonha, duquesa titular de
Borgonha em 1477-1482, com o consorte, o imperador Maximiliano I de Áustria
Maria de
Borgonha, duquesa titular de Borgonha em 1477-1482, com o consorte (em 1477), o
imperador Maximiliano I de Áustria (Maximiliano I governou a Borgonha com a
consorte, o filho e, também, com o neto). Maximiliano I (da casa de Áustria)
foi imperador em 1508-1519 do Sacro Império Romano-Germânico, filho do
imperador Frederico III de Habsburgo e de Leonor de Portugal (filha do rei
Duarte I).
Maria de
Borgonha (filha de Carlos, o Temerário)
e o consorte, imperador Maximiliano I, governaram em conjunto desde 1477. Com a
soberania da Casa de Áustria, a totalidade da Flandres passa para a esfera de
influência do Sacro Império Romano-Germânico.
Países
Baixos Habsburgueses, 1482-1795
Em 1482, as
Dezassete Províncias passam para a soberania da Casa de Áustria, ficando
conhecidas como Países Baixos Habsburgueses, que inclui os Países Baixos
espanhóis (1556), os Países Baixos do sul (1581, com a declaração de
independência das Províncias Unidas do norte) e, também, os Países Baixos
austríacos (1715).
Casa
de Áustria (1482-1700)
► Filipe I de Castela, duque titular de
Borgonha (em 1482-1506, com regência do pai, Maximiliano I, na sua menoridade,
até 1494) e rei de Castela (em 1506), casado com Joana I de Espanha (reinou, em
1504-1555, com o pai Fernando II de Aragão, o consorte Filipe I de Castela e,
também, com o filho Carlos I de Espanha)
► imperador Carlos V (1520), rei de
Espanha (1516), pai de Filipe II de Espanha, foi, ainda, duque titular de
Borgonha em 1506-1556 (com regência, por menoridade, assumida pelo avô
Maximiliano I de Áustria e, depois, pela tia arquiduquesa Margarida de Áustria
até 1515)
Imperador
Carlos V, rei de Espanha
(Clicar na imagem para ampliar)
Países
Baixos espanhóis (1556)
Os Países
Baixos espanhóis são uma série de estados vassalos do Sacro Império
Romano-Germânico e, também, parte da Casa de Áustria, existindo apenas uma
união pessoal entre a Espanha e os estados dos Países Baixos.
► Filipe II de Espanha (desde 1556) e I
de Portugal (em 1581-1598), duque titular da Borgonha em 1556-1598, soberano
dos Países Baixos desde 1555
Filipe II de
Espanha e I de Portugal (falecido em 1598), filho do imperador Carlos V, rei de
Espanha (Carlos I) e de Isabel de Portugal, foi pai de Carlos, príncipe das
Astúrias (falecido em 1568), da infanta Isabel de Espanha (arquiduquesa de
Áustria, soberana dos Países Baixos, duquesa titular de Borgonha), de Diogo
Félix, príncipe das Astúrias e príncipe de Portugal (falecido em 1582) e,
ainda, de Filipe III de Espanha e II de Portugal (que foi pai de Filipe IV de
Espanha).
Guerra dos
Oitenta Anos, 1568-1648
Guerra dos
Países Baixos contra a casa de Áustria de Espanha, iniciada por Guilherme I de
Orange (1533-1584). Guilherme I, príncipe de Orange (desde 1544), da Casa de
Orange-Nassau, «stadhouder» de várias províncias dos Países Baixos, foi,
também, avô de Guilherme II, príncipe de Orange (em 1647-1650).
Países
Baixos do sul (1581)
Em 1581, as
Províncias Unidas do norte declaram-se independentes dos Países Baixos do sul
(Países Baixos espanhóis, da Casa de Áustria).
República
das Sete Províncias Unidas dos Países Baixos (Províncias Unidas, República
holandesa), 1581/88-1795
► Isabel de Espanha e Alberto de Áustria,
soberanos dos Países Baixos (em 1598-1621)
Em 1598, a infanta Isabel Clara Eugénia (filha de
Filipe II de Espanha e de Isabel de Valois, rainha consorte de Espanha) e o
consorte Alberto de Áustria (primos direitos, Alberto foi filho do imperador
Maximiliano II do Sacro Império) foram designados por Filipe II de Espanha como
co-soberanos dos Países Baixos e da Borgonha.
Alberto,
arquiduque de Áustria e Isabel, infanta de Espanha, soberanos dos Países Baixos
foram governantes das Dezassete Províncias, embora de facto apenas dos estados
do sul (Países Baixos do sul).
Após o
falecimento de Alberto de Áustria, em 1621, sem descendência, os Países Baixos
do sul passam para Filipe IV de Espanha, que mantém Isabel de Espanha no
governo, mas com menos poderes. O rei Filipe IV de Espanha foi sobrinho de
Isabel de Espanha e filho de Filipe III de Espanha e II de Portugal (que reinou
em 1598-1621).
► Filipe IV de Espanha (reinado em
1621-1665) e III de Portugal, rei de Portugal até 1640 (restauração da
independência com João IV, fundador da dinastia de Bragança)
► Carlos II de Espanha (reinado em 1665-1700)
Carlos
II, rei de Espanha em 1665-1700 (regência da mãe, Mariana de Áustria, em 1665-1675), da
casa de Áustria, faleceu em 1700 sem descendência e foi sucedido pelo
sobrinho-neto, Filipe V, fundador da dinastia
Bourbon (neto de Luís XIV da França), dando origem à Guerra da Sucessão
Espanhola (1701-1713/15).
Carlos II de
Espanha nomeou Maximiliano III, Eleitor da Baviera (falecido em 1726, pai do futuro
imperador Carlos VII do Sacro Império em 1742-1745), casado em primeiras
núpcias com Maria Antónia de Áustria (neta materna de Filipe IV de Espanha,
falecida em 1692, e que foram pais de José Fernando da Baviera, falecido ainda
criança em 1699, herdeiro de Carlos II de Espanha) e, portanto, consorte da
sobrinha do rei de Espanha e genro do imperador Leopoldo I do Sacro Império
(falecido em 1705, sucedido pelos filhos, José I e Carlos VI), para governador
dos Países Baixos espanhóis, em 1691 (opositor dos Habsburgo do Sacro Império).
A Maximiliano
III, Eleitor da Baviera (soberano em 1679-1726, membro da dinastia de
Wittelsbach), como último governador dos Países Baixos espanhóis em 1692-1706,
seguiu-se um Conselho de Estado (os Países Baixos do sul são ocupados pela
Inglaterra e pelas Províncias Unidas do norte), no âmbito da Guerra da Sucessão Espanhola (1701-1713/15),
até à governação do imperador Carlos VI do Sacro Império (em 1713), surgindo então
os Países Baixos austríacos. O Tratado de Utreque, de 1713-1715, pôs fim à Guerra da Sucessão Espanhola.
Dinastia
Bourbon (1700-1713)
► Filipe V de Espanha (1700-1713),
fundador da dinastia Bourbon em Espanha (tendo governado a Espanha entre 1700 e
1746, bem como os reinos de Nápoles, até 1707, e
da Sicília, até 1713)
Filipe V
(antes, Filipe de Anjou) foi rei de Espanha em 1700/15-1724 e 1724-1746 (fundador
da dinastia Bourbon)
Luís
XIV, rei da França (em 1643-1715), casado com a prima direita, Maria Teresa de
Áustria (filha de Filipe IV de Espanha e irmã de Carlos II, o último rei
espanhol da Casa de Áustria e, também, prima direita e cunhada do imperador
Leopoldo I do Sacro Império)
~
Luís,
“o Grande Delfim” (delfim da França)
~
Filipe
V de Espanha (antes, Filipe, duque de Anjou), rei em 1700/15-1724 e 1724-1746
(sucessor de Carlos II de Espanha, na sequencia da Guerra da Sucessão Espanhola
de 1701-1713/15), foi irmão de Luís, delfim da França e duque de Borgonha e,
portanto, tio de Luís XV da França (em 1715-1774) e foi, ainda, fundador da
dinastia Bourbon dos reis de Espanha (também rei de Nápoles e da Sicília)
O
último rei da dinastia de Habsburgo em Espanha, Carlos II, faleceu em 1700 e
foi sucedido por Filipe V, fundador da dinastia Bourbon em Espanha e neto de
Luís XIV da França, em disputa do trono espanhol, na Guerra da Sucessão
Espanhola, com o imperador Carlos VI de Áustria (que também foi no Sacro
Império o último membro da dinastia de Habsburgo em linha varonil directa).
Guerra
da Sucessão Espanhola, 1701-1713/15
Países
Baixos austríacos (1715)
Com o fim da
Guerra da Sucessão Espanhola, os Países Baixos do sul passam para a soberania
do ramo austríaco dos Habsburgo, surgindo, assim, os Países Baixos austríacos
(que são, também, os Países Baixos Habsburgueses, 1482-1795).
Casa
de Áustria (1713-1780)
► imperador Carlos VI de Áustria, do
Sacro Império Romano-Germânico (em 1713-1740)
Carlos VI foi
imperador em 1711-1740 do Sacro Império e conde da Flandres desde 1713, com
outros títulos dos Países Baixos Habsburgueses.
O imperador
Carlos VI (irmão e sucessor de José I) foi o último membro da dinastia de
Habsburgo em linha varonil directa, pai de Maria Teresa de Áustria (casada com
Francisco I de Lorena) e de Maria Ana de Áustria.
Leopoldo I de Áustria, imperador do Sacro Império Romano-Germânico em 1658-1705,
foi casado em primeiras núpcias com a sobrinha (e prima direita materna),
Margarida Teresa de Áustria, infanta de Espanha (filha de Filipe IV de Espanha
e, também, irmã consanguínea de Carlos II, último rei da dinastia de Habsburgo
em Espanha, falecido em 1700 – Guerra da Sucessão Espanhola) e, em segundas
núpcias, com Cláudia Felicidade de Áustria (também uma membro da Casa de
Áustria) e, ainda, em terceiras núpcias com Leonor Madalena de Neuburgo (filha
de Filipe Guilherme, duque e conde palatino do Palatinado-Neuburgo e Eleitor do
Palatinado e, também, irmã de Maria Sofia de Neuburgo, segunda consorte de
Pedro II de Portugal)
~
Maria Antónia de Áustria (falecida em 1692, que foi filha de Margarida
Teresa de Áustria), casada (primeira consorte) com Maximiliano II, Eleitor da
Baviera (posteriormente foi pai de Carlos VII da Baviera, imperador do Sacro
Império) e que foram pais de José Fernando da Baviera (1692-1699)
&
José I, sacro imperador romano-germânico em 1705-1711 (sucessor do pai no
trono e que foi filho de Leonor Madalena de Neuburgo), pai de Maria Josefa de
Áustria (casada com Frederico Augusto II, príncipe-eleitor da Saxónia e, como
Augusto III, rei da Polónia e grão-duque da Lituânia, com descendência) e,
também, de Maria Amália de Áustria (casada com Carlos Alberto da Baviera,
Eleitor da Baviera em 1726-1745, rei da Boémia em 1741-1743, da dinastia de
Wittelsbach, depois Carlos VII da Baviera, imperador do Sacro Império em
1742-1745, depois do imperador Carlos VI e antes do imperador Francisco I)
&
Maria Isabel de Áustria, arquiduquesa da Áustria e governadora dos Países
Baixos
&
Maria Ana de Áustria, rainha consorte do primo direito João V de Portugal
(que foi filho de Maria Sofia de Neuburgo)
&
Carlos VI, sacro imperador romano-germânico em 1711-1740, último membro da
dinastia de Habsburgo em linha varonil directa (Guerra da Sucessão da Áustria,
1740-1748), pai de Maria Teresa de Áustria (imperatriz do Sacro Império, rainha
da Hungria, Croácia e Boémia e arquiduquesa da Áustria, casada com Francisco
Estêvão de Lorena, da casa de Lorena, o imperador Francisco I do Sacro Império
em 1745-1765) e, também, de Maria Ana de Áustria (casada com o príncipe Carlos
Alexandre de Lorena, irmão do imperador Francisco I)
► Maria Teresa (regente em 1740-1780) e
Francisco I (co-regente com a esposa), imperadores do Sacro Império
Maria Teresa de
Áustria, imperatriz do Sacro Império, rainha da Hungria, Croácia e Boémia e
arquiduquesa da Áustria (falecida em 1780), casada com Francisco Estêvão de
Lorena, o imperador Francisco I do Sacro Império (em 1745-1765).
Francisco
I e Maria Teresa, imperadores do Sacro Império Romano-Germânico
~
Leopoldo
II, sacro imperador romano-germânico (sucedeu ao irmão José II)
~
Francisco
I da Áustria, último sacro imperador romano-germânico, como Francisco II, e
primeiro imperador da Áustria e, também, presidente da Confederação Germânica
Francisco I de
Lorena foi imperador do Sacro Império Romano-Germânico de 1745 a 1765, sendo sucedido
pelo filho, o imperador José II (1765).
Guerra
da Sucessão da Áustria, 1740-1748
Ocupação
francesa dos Países Baixos austríacos em 1746-1748 (Luís XV, rei da França em
1715-1774)
Casa
de Habsburgo-Lorena (1745/1765 - 1795)
► José II, sacro imperador romano-germânico
(em 1765-1790), da Dinastia de Habsburgo-Lorena (Casa de Áustria)
Revolução
Brabançona, 1790 (Países Baixos austríacos) e república dos Estados Belgas
Unidos (1790)
► Leopoldo II de Habsburgo-Lorena, sacro
imperador romano-germânico (sucedeu ao irmão José II) em 1790-1792
Francisco
I de Lorena, imperador do Sacro Império Romano-Germânico em 1745-1765, foi
também duque de Lorena em 1729-1736 (como Francisco III), grão-duque da Toscana
(em 1737-1765), casado (em 1736) com Maria Teresa de Áustria (1717-1780),
imperatriz do Sacro Império, rainha da Hungria, Croácia e Boémia e arquiduquesa
da Áustria (filha de Carlos VI de Habsburgo, imperador do Sacro Império)
~
Leopoldo
II, sacro imperador romano-germânico em 1790-1792 (sucedeu ao irmão José II,
imperador em 1765-1790), da dinastia de Habsburgo-Lorena (dos imperadores José
II, Leopoldo II e Francisco II)
~
Francisco
I da Áustria, último sacro imperador romano-germânico (em 1792-1806), como
Francisco II, e primeiro imperador da Áustria (em 1804-1835, tendo sido
sucedido pelo filho Fernando I, imperador da Áustria), foi, também, presidente
da Confederação Germânica (em 1815-1835)
~
Francisco
Carlos de Áustria (irmão de Fernando I, imperador da Áustria e presidente da
Confederação Germânica em 1835-1848, que não teve descendência, sendo sucedido
pelo sobrinho Francisco José I)
~
Francisco
José I da Áustria, imperador austro-húngaro (imperador do Império da Áustria
que, em 1867, se torna numa monarquia dualista, o Império Austro-Húngaro
dissoluto em 1918 após a I Guerra Mundial, Reinos e Terras representados no
Conselho Imperial e as Terras da húngara Coroa de Santo Estêvão, imperador da
Áustria e rei da Hungria), em 1848-1916, e presidente da Confederação Germânica
(em 1850, depois das revoluções de 1848, até à dissolução da confederação em
1866, após a vitória do reino da Prússia na Guerra Austro-Prussiana)
&
Maximiliano
de Áustria, depois imperador Maximiliano I do México (casado com Carlota do
México, imperatriz consorte em 1864-1867, e irmã de Leopoldo II da Bélgica)
&
arquiduque
Carlos Luís de Áustria (casado em primeiras núpcias com Margarida da Saxónia,
sem descendência, filha do rei João I da Saxónia, em segundas núpcias com Maria
Anunciada de Bourbon e Duas Sicílias, filha de Fernando II das Duas Sicílias,
com quem teve quatro filhos e, ainda, em terceiras núpcias em 1873, com Maria
Teresa de Bragança, filha de Miguel I de Portugal, com quem teve duas filhas,
Maria Anunciada de Áustria e Isabel Amália de Áustria, arquiduquesa da Áustria
e princesa de Liechtenstein), foi pai do arquiduque Francisco Fernando de
Áustria, herdeiro do trono austro-húngaro (assassinado em Saraievo em 1914) e,
também, de Oto Francisco de Áustria (casado com Maria Josefa da Saxónia, que
foi filha de Jorge I da Saxónia e de Maria Ana de Bragança e, portanto, neta
materna de Maria II de Portugal e foi, ainda, irmã do último rei da Saxónia,
Frederico Augusto III) e foi, portanto, avô de Carlos I da Áustria (filho de
Oto Francisco e último imperador austro-húngaro, em 1916-1918, ao suceder ao
tio-avô Francisco José I, e ainda, que foi casado com Zita de Bourbon e Parma,
filha de Roberto I de Parma e Maria Antónia de Bragança e neta materna de
Miguel I de Portugal)
► Francisco II de Habsburgo-Lorena,
último sacro imperador romano-germânico a partir de 1792, governou o condado da
Flandres em 1792-1795, integrado nos Países Baixos austríacos (1715-1795)
Francisco I da
Áustria (reinou em 1792-1835), último sacro imperador romano-germânico, como
Francisco II (em 1792-1806), e primeiro imperador da Áustria (desde 1804) e,
ainda, presidente da Confederação Germânica (em 1815-1835).
Em 1795, o
condado de Flandres foi anexado pela França (Primeira República Francesa, 1792-1804)
e, por fim, o condado foi dissolvido.
Em 1794/95,
deu-se a anexação à Primeira República Francesa, da República das Sete
Províncias Unidas dos Países Baixos e dos Países Baixos austríacos.
Domínios
da França (República, desde 1792, e Império, até 1815)
Primeira República Francesa (1792-1804)
Primeiro Império Francês (1804-1814 e 1815)
Ocupação
francesa no norte (anteriores Províncias Unidas):
República
Batávica, 1795-1806. Estado satélite da França (Países Baixos do norte).
Reino da
Holanda, 1806-1810 (Países Baixos do norte). Luís I e Luís II, da Casa de
Bonaparte.
Anexação
ao Império Francês, em 1810, dos Países Baixos do norte (até 1813).
Principado dos
Países Baixos Unidos, 1813-1815 (fim da anexação francesa no norte, em 1813).
O Principado
(Países Baixos do norte) era constituído pelas seguintes províncias: Guéldria, Holanda,
Zelândia, Utreque, Frísia, Overissel, Groninga, Brabante e, ainda, Drente.
Nos Países
Baixos do sul (anteriores Países Baixos austríacos), em 1814/15 dá-se o fim da
anexação francesa, com governos-gerais dependentes de Francisco I da Áustria
(Império da Áustria), nos territórios conquistados ao Império Francês.
Em 1815, surge
(no norte e sul) o Reino Unido dos Países Baixos (1815-1830).
Em 1830, o
Reino da Bélgica, com o rei Leopoldo I. O monarca, da Casa de
Saxe-Coburgo-Gotha, primeiro rei dos Belgas em 1831-1865, foi casado em
segundas núpcias com Luísa de Orleães (a primeira rainha, que foi filha do rei
Luís Filipe I da França).
Bélgica, Países
Baixos e Luxemburgo formam o actual Benelux.
Os
condes da Flandres
Genealogia da infanta Matilde de Portugal, condessa da Flandres, duquesa de Borgonha
Borgonha
Roberto
II, “o Pio” (c. 972-1031), rei dos Francos (em 996-1031)
~
Roberto
I, duque de Borgonha (pai de Constança de Borgonha, rainha consorte de Afonso
VI de Leão e Castela), irmão de Henrique I, rei dos Francos em 1031-1060 (antes
duque de Borgonha)
~
Henrique
de Borgonha, herdeiro do duque de Borgonha (faleceu pouco antes do seu pai)
~
Hugo I,
duque de Borgonha (sucessor de Roberto I)
&
Odo I,
duque de Borgonha
&
Henrique
de Borgonha, Conde de Portucale (1066-1112), avô da infanta Matilde de
Portugal, condessa da Flandres e, depois, duquesa de Borgonha
Odo I,
duque de Borgonha (tio-avô de Matilde da Flandres, infanta de Portugal)
~
Hugo II,
duque de Borgonha
~
Odo II,
duque de Borgonha
~
Hugo
III, duque de Borgonha, da Dinastia Capetiana, casado com Alice de Lorena
~
Odo III
(1166-1218), duque de Borgonha (em 1192-1218), casado em primeiras núpcias com
Matilde de Portugal (infanta de Portugal e viúva de Filipe da Alsácia, conde da
Flandres), sem descendência e, em segundas núpcias, com Alice de Vergy (filha
de Hugo, senhor de Vergy, que seria regente na menoridade do seu filho Hugo IV
de Borgonha)
~
Hugo IV
(c. 1214-1272), duque de Borgonha (em 1218-1272)
~
Odo de
Borgonha, conde de Nevers (herdeiro do ducado de Borgonha, que faleceu antes do
seu pai e sem filho varão), casado com Matilde II de Bourbon, condessa de
Nevers (título herdado da mãe)
&
João de
Borgonha, senhor de Charolais e senhor de Bourbon (faleceu, também, antes do
seu pai, sem filho varão), casado com Inês de Bourbon (herdeira do senhorio de
Bourbon, que foi filha de Archambaud IX de Bourbon, senhor de Bourbon, membro da Casa de Dampierre)
&
Roberto II
(falecido em 1305), duque de Borgonha (sucedeu ao pai em 1272), casado com Inês
da França (filha do rei Luís IX, São Luís da França e, também, irmã de Filipe
III, rei da França em 1270-1285)
Roberto
II, duque de Borgonha, casado com Inês da França (filha de Luís IX)
~
Hugo V,
duque de Borgonha (sem descendência; foi rei titular da Tessalónica, um Estado
Cruzado)
&
Branca
de Borgonha, casada com Eduardo, conde de Sabóia (foram pais de Joana de
Sabóia, falecida sem descendência)
&
Margarida
de Borgonha, rainha consorte (primeira) de Luís X, rei da França e de Navarra
(em 1314-1316; bisneto do rei Luís IX), tendo sido pais da rainha Joana II de
Navarra (em 1328-1349), antepassada dos reis de Navarra (dinastia de Evreux)
&
Joana de
Borgonha, rainha consorte de Filipe VI, rei da França (primo direito do rei
Luís X), tendo sido pais de João II da França e, portanto, avós de Filipe II de
Borgonha
&
Odo IV,
duque de Borgonha, casado com Joana III, condessa palatina de Borgonha, sendo
ambos avós de Filipe I, duque de Borgonha (que os sucedeu no ducado e no
condado)
&
Luís de
Borgonha (sem descendência)
&
Maria de
Borgonha, condessa consorte de Eduardo I, conde de Bar
&
Roberto
de Borgonha (sem descendência)
Flandres & Borgonha
Teodorico
II, duque de Lorena
~
Simão I,
duque de Lorena (tio de Filipe da Alsácia)
&
Teodorico
da Alsácia, conde da Flandres (irmão consanguíneo de Simão I)
Teodorico
II, duque de Lorena
~
Simão I
de Lorena
~
Mateus I
de Lorena (primo direito de Filipe da Alsácia)
~
Alice de
Lorena, casada com Hugo III, duque de Borgonha (e irmã de Simão II de Lorena)
~
Odo III
de Borgonha, casado em primeiras núpcias com Matilde de Portugal (infanta de
Portugal e viúva de Filipe da Alsácia, conde da Flandres), sem descendência
Borgonha & Flandres
Guido I
de Albon (Guigo em latim, Guigues em francês)
~
Guido II
de Albon (foi casado em segundas núpcias com Inês de Barcelona, que foi filha
do conde Raimundo Berengário I de Barcelona e da condessa Almodis)
~
Guido
III de Albon (filho de um primeiro casamento de Guido II de Albon)
~
Mafalda
de Albon (1105-1145), ou Matilde, da casa condal do Delfinado, casada com o
conde Amadeu III de Sabóia e de Moriana (c. 1095-1148), foi, também, irmã de
Guido IV de Albon (pai de Guido V de Albon)
~
Mafalda
de Sabóia (1125-c. 1157), rainha de Portugal, por casamento, em 1146, com
Afonso I, primeiro rei de Portugal
~
Matilde,
condessa da Flandres (irmã de Sancho I, rei em 1185-1211)
Guido
III de Albon
~
Guido IV
de Albon
~
Guido V
de Albon
~
Beatriz
de Albon, casada (segundo consorte) com Hugo III, duque de Borgonha (pai de Odo
III de Borgonha, que foi filho de Alice de Lorena)
Humberto
II de Sabóia e Gisela de Borgonha (da casa dos condes da Borgonha, que foi
filha de Guilherme I, “o Grande”, conde palatino
de Borgonha)
~
conde
Amadeu III de Sabóia e de Moriana (c. 1095-1148), casado com Mafalda de Albon
(pais da rainha Mafalda e, portanto, avós maternos da condessa Matilde)
Guilherme I, “o Grande”, conde palatino de Borgonha (da Casa
de Ivreia)
~
Reinaldo II de Borgonha
&
Estêvão I de Borgonha (sucedeu ao irmão Reinaldo II)
&
Raimundo de Borgonha, conde da Galiza, casado com Urraca de
Castela e Leão (tia do rei Afonso I de Portugal), tendo sido pais de Afonso VII
de Castela e Leão
&
Guido de Borgonha (1060? -1124), arcebispo de Vienne, depois
Papa Calisto II (em 1119-1124); foi feito arcebispo de Vienne, França (na
região de Ródano-Alpes), em 1088, antes de ter sido eleito Papa em 1119, num
conclave reunido em Cluny; convocou, ainda, o Concílio de Latrão I (1123)
&
Sibila de Borgonha, casada com Odo I, duque de Borgonha (tio
de Afonso I de Portugal)
&
Gisela de Borgonha, casada em primeiras núpcias com Humberto
II de Sabóia (conde em 1080), tendo sido pais de Adelaide de Sabóia, rainha
consorte de Luís VI, rei dos Francos (em 1108-1137) e, também, de Amadeu III de
Sabóia (pai de Mafalda de Sabóia, rainha consorte de Afonso I de Portugal)
&
Clemência de Borgonha, casada em primeiras núpcias com
Roberto II, conde da Flandres
&
Berta de Borgonha, terceira esposa (após a morte de
Constança) de Afonso VI de Leão e Castela (avô de Afonso I de Portugal),
falecida sem descendência
Flandres & Portugal
Roberto
II, “o Pio”, rei dos Francos (dinastia Capetiana de reis francos e reis
franceses)
~
Roberto
I, duque de Borgonha (Casa Capetiana de Borgonha)
~
Henrique
de Borgonha, herdeiro do ducado de Borgonha (pai dos duques Hugo I e Odo I)
~
Henrique
de Borgonha, conde de Portucale (em c. 1093-c. 1112), descendente da linhagem
dos reis francos e do ducado da Borgonha, casado com D. Teresa, condessa de
Portucale e infanta de Leão, regente (em c. 1112-1128) na menoridade do filho,
com o título de “regina” (rainha), que foi filha natural de Afonso VI de Leão e
Castela
~
D.
Afonso Henriques, "o Conquistador" (Primeira Dinastia – Afonsina),
casado com D. Mafalda, herda em 1112 e governa em 1128-1139 o Condado
Portucalense (filho do conde D. Henrique e da rainha D. Teresa e neto do
imperador D. Afonso VI), fundador da nacionalidade portuguesa, como Afonso I,
rei em 1139-1185 e que foi, portanto, o primeiro rei de Portugal (independente
desde 1139, reconhecido pelo rei de Leão e Castela em 1143 e pelo Papa em 1179)
~
infanta
Matilde de Portugal, condessa da Flandres, duquesa de Borgonha (“rainha
Matilde”, falecida em 1218), que foi irmã do rei Sancho I de Portugal e da
rainha Urraca, consorte de Fernando II de Leão e, também, tia do infante
Fernando de Portugal, conde da Flandres (em 1212-1233, com a consorte, Joana de
Constantinopla) e do rei Afonso II, o terceiro de Portugal em 1211-1223 (ambos
filhos de Sancho I)
NOTAS:
O sinal (~)
representa: «filhos entre outros».
Os
casamentos e filhos apresentados não são exclusivos.
Sinal
gráfico (&) usado para substituir a conjunção «e» (representa a
conjunção latina et).