Os Orleães e outros Capetianos
Os Orleães formaram uma linha colateral da família
real francesa, tendo um eventual direito de suceder ao trono.
Os Valois, Orleães e Bourbons são ramos colaterais
da Dinastia Capetiana, família de origem franca que inclui qualquer descendente
directo do seu fundador, o rei Hugo Capeto, eleito rei dos Francos em 987 até 996. A Dinastia Capetiana
continua a reinar em França com os ramos dos Valois, Bourbon e Orleães, de 987
a 1848, ou seja, de Hugo Capeto até ao fim do reinado de Luís Filipe I, que
abdicou para a Segunda República Francesa, exceptuando-se o período da
Revolução Francesa (Primeira República) e do Primeiro Império de Napoleão
Bonaparte. Hugo Capeto, fundador da dinastia capetiana, descendente em linha
feminina de Carlos Magno, sucedeu a Luís V, “o Indolente” (rei em 986-987),
último rei dos Francos da dinastia carolíngia, que morreu sem descendência
(outros descendentes de Carlos Martel e do seu neto Carlos Magno sucederam-se,
segundo alguns, durante mais 4 séculos, até à sua extinção).
Os descendentes da dinastia capetiana reinaram em vários Estados,
como França, Portugal, Sabóia, Borgonha, Nápoles, Espanha, Constantinopla,
Brasil e, também, quase todas as principais dinastias europeias, pela descendência em
linha feminina, derivam desta dinastia.
As outras dinastias de reis franceses que sucederam
à dinastia Capetiana (987-1328) foram a dinastia de Valois (1328-1589), também
com ramos secundários colaterais – Valois-Orleães
e Valois-Orleães-Angoulême –, a
dinastia de Bourbon (1589-1792, 1814-1815 e 1815-1830) e a dinastia de Orleães
(1830-1848).
A dinastia de Bourbon reina até à Revolução
Francesa, de que resultou a Primeira República (1792-1804). Seguiu-se o
Primeiro Império Francês (1804-1814), com a Casa de Bonaparte, fundada por
Napoleão Bonaparte como imperador Napoleão I, de 1804 até à sua primeira
abdicação em 1814. Dá-se, então, a primeira restauração do reino da França com
o rei Luís XVIII. Napoleão I volta a reinar com o governo dos 100 dias, de
1815, seguido, após abdicar novamente, pelo filho Napoleão II (por 15 dias).
Depois, adveio a segunda restauração e o retorno de Luís XVIII (1815).
Após a queda de Napoleão Bonaparte a dinastia de
Bourbon volta ao poder, com o rei Luís XVIII, irmão do último monarca Luís XVI
(netos de Luís XV), até à Monarquia de Julho (1830-1848). Revoluções liberais
antecederam e marcam o fim da Monarquia de Julho, nomeadamente as revoluções de
1830 e as revoluções de 1848.
Luís Filipe I (1773-1850), “o Rei Cidadão”, foi
proclamado rei dos franceses em 1830, chegando ao poder a dinastia de Orleães,
ramo da dinastia de Bourbon (Bourbon-Orleães)
e, por conseguinte, capetianos. O seu reinado termina com as revoluções de 1848
e a sua abdicação para a Segunda República (1848-1852), marcando o fim da
monarquia em França.
Assim, poderá considerar-se que os Capetianos
reinaram de 987 a 1792 e de 1814 (após Napoleão Bonaparte) a 1848.
Posteriormente à II República volta a Casa de
Bonaparte, com Napoleão III, sobrinho de Napoleão I, e o Segundo Império
Francês (1852-1870). Segue-se a Terceira República (1870-1940), depois de 78
anos com sete regimes políticos: três monarquias constitucionais, duas
repúblicas e dois impérios.
No século XIX, Luís Filipe III, duque de Orleães,
ascendeu ao trono após a Revolução de Julho, como Luís Filipe I da França (em
1830-1848). Os descendentes da família constituem os pretendentes orleanistas
do trono francês, sendo o título ostentado por vários membros da Casa de
Orleães e é utilizado pelo primogénito do «conde de Paris», Henrique de Orleães
(nascido em 1933).
As regras de sucessão do trono francês excluíam, de
modo absoluto, as mulheres e a descendência em linha feminina. Muitas vezes
referido como a vigência da “lei sálica”, esse regime de sucessão agnática
institui a completa exclusão das mulheres da dinastia e dos seus descendentes
da sucessão.
Luís XIII, rei da França e Gastão, duque de Orleães
(herdeiro da coroa francesa de 1611 até ao nascimento do futuro Luís XIV em
1638) foram filhos de Henrique IV de Bourbon (também pai de Isabel da França,
rainha de Portugal e Espanha), o primeiro rei da França da dinastia de Bourbon,
que sucedeu em 1589 ao seu primo e cunhado Henrique III de Valois.
Luís XIII continuou a dinastia de Bourbon e teve
dois filhos: Luís XIV e Filipe, duque de Orleães. Ana de Áustria, rainha
consorte da França e Navarra, casada com Luís XIII, filha de Filipe II, rei de
Portugal e Espanha, e de Margarida de Áustria, foi regente do filho Luís XIV
(em 1643-1661).
Filipe, duque de Orleães (ou Filipe I de Orleães)
recebeu por concessão real o ducado de Orleães, pertencente a seu tio Gastão de
Orleães (irmão de Luís XIII), depois deste falecer sem descendência em linha
masculina, sendo de quem descende a Casa de Orleães (ascendente do rei Luís
Filipe I). Irmão do rei Luís XIV, Filipe foi herdeiro da coroa francesa
(1643-1661).
[Note-se que o ~ representa: filhos entre outros]
Luís XIII (de Bourbon), rei da França
(em 1610-1643)
~
Luís XIV, rei da França (em
1643-1715)
&
&
Filipe, duque de Orleães
Filipe, duque de Orleães
~
Filipe II, duque de Orleães
~
Luís, duque de Orleães
~
Luís Filipe, duque de Orleães
~
Luís Filipe II, duque de Orleães
(“Philippe Égalité”)
~
Luís Filipe III, duque de Orleães,
depois rei Luís Filipe I da França (“Rei Cidadão”)
~
Fernando Filipe, duque de Orleães e
príncipe real da França
~
Filipe, conde de Paris e príncipe
real (herdeiro ao trono por morte do pai)
~
Amélia de Orleães (com o rei Carlos I
de Portugal)
&
&
Filipe de Orleães
&
&
Isabel de Orleães (casada com o primo
direito João de Orleães)
&
&
Luísa de Orleães
Filipe II, duque de Orleães, regente do reino de 1715 a 1723 (o Regente
Filipe de Orleães, no período “A Regência”) durante a menoridade de Luís XV,
seu sobrinho-neto, herdeiro da coroa francesa em 1723.
Fernando Filipe de Orleães, filho de Luís Filipe I
(de Orleães), rei da França (em 1830-1848), e de Maria Amélia de Nápoles, foi
príncipe real da França de 1830 até à sua morte prematura em 1842 (herdeiro do
trono). Teve dois filhos, Filipe, conde de Paris e Roberto, duque de Chartres.
O príncipe Filipe, conde de Paris (1838-1894), foi
príncipe real da França desde a morte acidental do pai, em 1842, até à
abdicação do seu avô Luís Filipe I e abolição da monarquia, em 1848. Tornou-se,
então, pretendente ao trono francês (como Luís Filipe II ou Filipe VII). O
conde de Paris casou com a prima direita Maria Isabel de Orleães, infanta de
Espanha (filha de António de Orleães, duque de Montpensier) e foram pais da
última rainha de Portugal Amélia de Orleães (1865-1951), de Filipe de Orleães
(1869-1926; sem descendência, foi sucedido como pretendente do trono francês
pelo primo direito e cunhado João de Orleães, filho de Roberto, duque de
Chartres) e de Luísa de Orleães, descendentes do rei Luís XIII da França.
Luísa de Orleães casada com Carlos de Bourbon e
Duas Sicílias, viúvo de Maria das Mercês de Bourbon, princesa das Astúrias
(filha de Afonso XII de Espanha) e neto de Fernando II das Duas Sicílias. Foram
pais de Maria das Mercês de Bourbon e Duas Sicílias, casada com o primo infante
João de Bourbon, conde de Barcelona (e, portanto, avós de João Carlos I, actual
monarca espanhol) e de Maria da Esperança de Bourbon e Duas Sicílias, casada
com Pedro Gastão de Orleães e Bragança (neto da princesa imperial do Brasil, Isabel
de Bragança e do príncipe imperial consorte, Gastão de Orleães, conde de Eu;
irmão de Isabel de Orleães e Bragança, casada com Henrique de Orleães, neto de
Roberto de Orleães, duque de Chartres, e de Maria Francisca de Orleães e
Bragança, casada com Duarte Nuno de Bragança, neto do rei Miguel I de
Portugal).
Luís Filipe I, rei da França (em 1830-1848), “Rei Cidadão”
~
Fernando Filipe, duque
de Orleães e príncipe real da França
~
Filipe, conde de Paris e
príncipe real (herdeiro ao trono por morte do pai)
&
&
Roberto de Orleães, duque de Chartres
(casado com a prima direita
Francisca de Orleães, filha de
Francisco Fernando de Orleães, príncipe de Joinville e Francisca Carolina,
princesa do Brasil)
Roberto de Orleães, duque de Chartres (1840-1910),
neto do rei Luís Filipe I. Casado com Francisca de Orleães, filha de Francisco
Fernando de Orleães, príncipe de Joinville e de Francisca Carolina, princesa do
Brasil (e, portanto, sobrinha de Pedro II do Brasil e prima direita de Luís I
de Portugal). De Roberto de Orleães, duque de Chartres procedem os descendentes na linha masculina dos actuais membros da Casa de Orleães.
Roberto de
Orleães, duque de Chartres (neto do rei Luís Filipe I da França)
~
João de Orleães (1874-1940)
~
Henrique de Orleães
(1908-1999)
~
Henrique de Orleães (nascido em 1933, pai de João de Orleães,
nascido em 1965)
João de Orleães (duque de Guise), filho de Roberto
de Orleães, duque de Chartres e bisneto do rei Luís Filipe I da França,
pretendente ao trono francês como “Jean III” (casou com a prima direita Isabel
de Orleães, filha do tio príncipe Filipe, conde de Paris) ~ Henrique de Orleães
(conde de Paris), pretendente ao trono francês, casou com Isabel de Orleães e
Bragança (bisneta de Pedro II, imperador do Brasil e irmã de Maria Francisca de
Orleães e Bragança, casada com Duarte Nuno de Bragança, neto de Miguel I de
Portugal); Henrique e Isabel são bisnetos respectivamente dos irmãos Fernando
Filipe, duque de Orleães e príncipe real da França, e Luís de Orleães, duque de
Nemours ~ Henrique de Orleães (conde de Paris), actual pretendente ao extinto
trono francês, pai de João de Orleães (duque de Vendôme), descendente por
varonia do duque Filipe de Orleães, filho de Luís XIII da França.
João
de Orleães, filho de Roberto, duque de Chartres ~
descendência
viva
Luís Filipe I, rei da França (em 1830-1848), casado com
Maria Amélia de Nápoles
(filha de Fernando IV de Nápoles, depois Fernando I das Duas Sicílias)
~
Fernando Filipe, duque
de Orleães e príncipe real da França
&
&
Luís de Orleães, duque de Nemours
(com Vitória de Saxe-Coburgo-Gotha, irmã de Fernando II de Portugal)
&
&
Francisco Fernando de Orleães,
príncipe de Joinville (com Francisca Carolina, princesa do Brasil, filha do rei
Pedro IV de Portugal e imperador do Brasil)
&
&
Henrique de Orleães, duque de Aumale
&
&
António de Orleães, duque de
Montpensier
Luís de Orleães, duque de Nemours e António de
Orleães, duque de Montpensier geraram descendência masculina. Do primogénito do
duque de Nemours descendem os príncipes de Orleães e Bragança da família
imperial brasileira.
Gastão
de Orleães, conde de Eu, filho de
Luís
de Orleães, duque de Nemours ~
descendência
viva
Luís Filipe I da França
(“Rei Cidadão”)
~
Luís de Orleães, duque
de Nemours
~
Gastão de Orleães, príncipe imperial
consorte do Brasil, conde de Eu
Gastão de Orleães, conde de Eu, neto de Luís Filipe
I da França, primo do príncipe Filipe, conde de Paris e de Roberto de Orleães,
duque de Chartres, casou com a princesa imperial do Brasil, Isabel de Bragança
(filha do imperador Pedro II e Teresa Cristina de Bourbon e Duas Sicílias). O
conde de Eu era também sobrinho materno de Fernando II de Portugal (Fernando de
Saxe-Coburgo-Gotha).
Gastão de Orleães,
príncipe imperial consorte do Brasil, conde de Eu, casado com Isabel de
Bragança, princesa imperial do Brasil (filha de Pedro II do Brasil)
~
Pedro de Alcântara de Orleães e
Bragança, príncipe do Grão-Pará
&
&
Luís de Orleães e Bragança, príncipe
do Brasil
Pedro de Alcântara de
Orleães e Bragança
~
Isabel de Orleães e Bragança (casada
com Henrique de Orleães, pretendente ao trono francês, neto de Roberto, duque
de Chartres)
&
&
Pedro Gastão de Orleães e Bragança
(casado com Maria da Esperança de Bourbon e Duas Sicílias, bisneta de Fernando
II das Duas Sicílias e tia de João Carlos I, actual monarca espanhol e, também,
neta do príncipe Filipe, conde de Paris)
&
&
Maria Francisca de Orleães e Bragança
(casada com Duarte Nuno de Bragança, neto do rei Miguel I de Portugal)
&
&
João Maria de Orleães e Bragança (com
descendência)
Luís de Orleães e
Bragança (casado com Maria Pia de Bourbon e Duas Sicílias, neta de Fernando II
das Duas Sicílias e tia de Maria das Mercês, a mãe do actual rei espanhol João
Carlos I, e de Maria da Esperança, que casou com Pedro Gastão de Orleães e
Bragança, também sobrinho do seu marido)
~
Pedro Henrique de Orleães e Bragança
(ramo dinástico de Vassouras, casado com Maria Isabel da Baviera, princesa da
Baviera, neta de Luís III, último rei da Baviera, tiveram 12 filhos)
~
Luís de Orleães e Bragança (sem
filhos, neto de Luís de Orleães e Bragança e bisneto de Isabel de Bragança,
princesa imperial do Brasil, pretendente ao extinto trono imperial brasileiro,
actual chefe da Casa Imperial do Brasil)
&
&
Eudes de Orleães e Bragança
&
&
Bertrand de Orleães e Bragança (sem
filhos)
&
&
Pedro de Orleães e Bragança
&
&
António de Orleães e Bragança (sexto
filho varão, herdeiro, com a sua descendência, dos direitos dinásticos de
Bertrand e Luís, pois os segundo, quarto e quinto varões renunciaram aos seus
direitos)
Pedro Carlos de Orleães e Bragança, filho de Pedro
Gastão de Orleães e Bragança e Maria da Esperança de Bourbon e Duas Sicílias, é
o pretendente ao extinto trono brasileiro do ramo dinástico de Petrópolis.
O filho mais novo do rei Luís Filipe I da França
foi António de Orleães (1824-1890), duque de Montpensier. O duque de Montpensier
tornou-se príncipe em 1830, quando o pai foi nomeado rei da França. António de
Orleães e Luísa Fernanda de Bourbon, infanta de Espanha, filha de Fernando VII
e irmã da então rainha de Espanha Isabel II, casaram em 1846. Com as revoluções
de 1848 e a abdicação do rei Luís Filipe I, o duque de Montpensier e a sua
família tiveram que deixar França e, desde então, viveu em Espanha. Foi
promovido em 1859 pela sua cunhada, rainha Isabel II, infante de Espanha. A
filha Maria Isabel de Orleães, infanta de Espanha, casou com o primo direito
príncipe Filipe, conde de Paris.
António de Orleães, duque de Montpensier e infante
de Espanha, participa na revolução espanhola de 1868, que implicou a
destituição da soberana Isabel II, tendo sido pretendente ao trono espanhol. Em
1878, a
sua filha Maria das Mercês de Orleães torna-se rainha consorte do primo direito
Afonso XII de Espanha, sobrinho de Luísa Fernanda e filho de Isabel II,
reconciliando-se com a família real espanhola.
António de Orleães (1866-1930), infante de Espanha
e duque de Galliera (Itália), filho de António de Orleães (que recebera o
ducado de Galliera por doação) e de Luísa Fernanda de Bourbon, neto de Luís
Filipe I da França e de Fernando VII de Espanha, casa com a prima direita
Eulália de Bourbon, infanta de Espanha, irmã de Afonso XII (uma irmã de António
também foi rainha consorte deste primo e cunhado).
Afonso de Orleães (1886-1975) infante de Espanha e
5.º duque de Galliera, filho de António e Eulália, casado com a princesa
Beatriz de Saxe-Coburgo-Gotha, filha do duque Alfredo de Saxe-Coburgo-Gotha,
duque de Edimburgo e, portanto, neta da rainha Vitória do Reino Unido da
Grã-Bretanha e Irlanda (que era prima direita de Fernando II de Portugal), e
prima direita da rainha consorte de Afonso XIII de Espanha, Vitória Eugénia de
Battenberg (também neta da rainha Vitória do Reino Unido).
A respectiva descendência continua nos duques de
Galliera.
António
de Orleães, duque de Montpensier ~
descendência
viva
Luís XIV (de Bourbon),
rei da França (em 1643-1715), com Maria Teresa de Áustria (filha de Filipe IV
de Espanha – Filipe III de Portugal até 1640 - e Isabel da França, e irmã
unilateral de Carlos II, último rei de Espanha da casa de Habsburgo), sucedido
pelo bisneto Luís XV
~
Luís, “o Grande Delfim” da França,
delfim da França (herdeiro do trono, não sobreviveu ao pai)
~
Luís, delfim da França e duque de
Borgonha
&
&
Filipe, duque de Anjou, depois rei
Filipe V de Espanha
&
&
Carlos, duque de Berry
Luís, duque de Borgonha
(depois delfim da França)
~
Luís XV (de Bourbon), rei da França (em 1715-1774)
~
Luís, delfim da França (herdeiro do trono, não sobreviveu ao pai), casado com Maria Teresa de Bourbon (filha do seu tio-avô Filipe V de Espanha) e, depois de enviuvar (sem descendência), com Maria Josefa da Saxónia (filha de Frederico Augusto II, príncipe-eleitor da Saxónia e, como Augusto III, rei da Polónia e grão-duque da Lituânia)
~
Luís XVI, rei da França (em 1774-1792)
&
~
Luís XV (de Bourbon), rei da França (em 1715-1774)
~
Luís, delfim da França (herdeiro do trono, não sobreviveu ao pai), casado com Maria Teresa de Bourbon (filha do seu tio-avô Filipe V de Espanha) e, depois de enviuvar (sem descendência), com Maria Josefa da Saxónia (filha de Frederico Augusto II, príncipe-eleitor da Saxónia e, como Augusto III, rei da Polónia e grão-duque da Lituânia)
~
Luís XVI, rei da França (em 1774-1792)
&
Luís XVIII, rei da França (em
1814-1815 e 1815-1824)
&
&
Carlos X, rei da França (em
1824-1830)
Luís XVI, rei da França
(em 1774-1792), com Maria Antonieta de Áustria (filha de Francisco I e Maria
Teresa, imperadores do Sacro Império Romano-Germânico)
~
Maria Teresa (com o primo direito,
filho de Carlos X, Luís, duque de Angoulême, depois delfim da França e rei Luís
XIX)
&
&
Luís Carlos, príncipe real da França,
legítimo pretendente do trono francês como Luís XVII
Luís Carlos (1785-1795), príncipe real da França
(de 1791 a
1792), antes delfim da França (em 1789), herdeiro de Luís XVI, rei até à
Revolução Francesa, em 1792. Quando Luís XVI foi guilhotinado em 1793, os
monárquicos proclamaram rei da França o príncipe real, como Luís XVII, então
prisioneiro dos revolucionários na Prisão do Templo (encarcerado com os pais e
outros familiares). Foi rei “de jure” de 1793 a 1795, sem governar (pretendido
rei, mas não efectivo), sendo seu herdeiro o tio Luís XVIII. Morreu na prisão,
com dez anos (1795), em misteriosas circunstâncias, que contribuíram para que
ao longo do século XIX surgissem vários falsos Delfins, tendo sido o mais
célebre Karl Wilhelm Naundorff.
Carlos X, rei da França
(em 1824-1830)
~
~
Luís, duque de Angoulême, depois
delfim da França e rei não proclamado Luís XIX (em 1830)
&
&
Carlos Fernando, duque de Berry
Carlos, conde de Artois, duque de Berry
(1757-1836), irmão de Luís XVI e Luís XVIII, neto de Luís XV da França. Em
1824, após a morte do irmão Luís XVIII
(que tinha restaurado a monarquia da dinastia de Bourbon), sucede-lhe como rei Carlos
X da França. Abdica para o filho Luís XIX (1775-1844),
na sequência das revoluções de 1830, que nesse momento viria também a abdicar
(não chega a ser proclamado rei), convertendo o neto Henrique, conde de
Chambord (filho de Carlos Fernando, duque de Berry), rei da França, como
Henrique V, e o duque Luís Filipe III de Orleães seu regente. Henrique também
não foi proclamado rei, sucedendo a Carlos X o duque de Orleães, como rei Luís
Filipe I (cujo reinado termina com as revoluções de 1848).
Carlos Fernando, duque
de Berry
~
Luísa de Bourbon-Artois (casada com o
duque Carlos III de Parma)
&
&
Henrique, conde de Chambord
Henrique, conde de Chambord (1820-1883), também
duque de Bordéus, filho póstumo de Carlos Fernando, duque de Berry (1778-1820)
e de Carolina de Bourbon e Duas Sicílias (filha de Francisco I das Duas
Sicílias e Maria Clementina de Áustria), irmão de Luísa de Bourbon-Artois,
duquesa de Parma (casada com Carlos III de Parma) e neto de Carlos, conde de
Artois, duque de Berry (rei Carlos X da França em 1824-1830). Na sequência da
Revolução de Julho, o seu avô Carlos X abdicou (em 1830) para o delfim Luís,
duque de Angoulême (como Luís XIX), que nesse momento viria também a abdicar,
convertendo Henrique rei da França, como Henrique V, e o duque Luís Filipe III
de Orleães seu regente. No entanto, foi deposto pelo duque de Orleães,
proclamado rei Luís Filipe I (sucedendo a Carlos X) e retirou-se ao exílio. Com
a morte do avô Carlos X em 1836 e do tio Luís (sem descendência) em 1844,
Henrique tornou-se o principal pretendente ao trono francês do ramo Bourbon.
Com o fim do Segundo Império (1870), colocou-se a hipótese de Henrique assumir
a coroa, sendo sucedido por Filipe, conde de Paris (Henrique não teve
descendência), mas que não veio a concretizar-se, seguindo-se a Terceira
República. O sobrinho Roberto I de Parma (filho de Carlos III de Parma e Luísa
de Bourbon-Artois) foi seu herdeiro. Henrique é o último descendente Bourbon de Luís XV (sucedido pelos netos Luís XVI,
Luís XVIII e Carlos X).
Filipe V (de Bourbon),
rei de Espanha (fundador da dinastia Bourbon em Espanha;
também rei de Nápoles e da Sicília), filho de Luís, o “Grande Delfim” da França
e neto de Luís XIV da França; casado com
Isabel Farnésio (enteada
e sobrinha do príncipe Francisco Farnésio, duque de Parma; herdeira do Ducado
de Parma)
~
Carlos III de Espanha
&
&
Mariana Vitória de Bourbon (com o rei
José I de Portugal)
&
&
Filipe I de Parma
Filipe
V de Espanha
~
Carlos III de Espanha
~
Carlos IV de Espanha
~
Fernando
VII de Espanha
~
Isabel II de Espanha
Carlos
IV, rei de Espanha
~
infante Francisco de Paula de Bourbon
~
Francisco I, rei consorte de Isabel II
~
Afonso XII de Espanha
~
Afonso XIII de
Espanha
Afonso
XIII
~
infante João de Bourbon, conde de Barcelona
~
rei João Carlos I
O segundo filho do rei Afonso XIII, infante Jaime
de Bourbon, duque de Segóvia, renunciou aos seus direitos ao trono espanhol em
favor do seu sobrinho, o actual rei João Carlos I. A descendência de Jaime de
Bourbon, duque de Segóvia, está na linha de sucessão dos pretendentes ao trono
espanhol e francês.
Rei
João Carlos I de Espanha ~
descendência
viva
Jaime
de Bourbon, duque de Segóvia ~
descendência
viva
Filipe V (de Bourbon),
rei de Espanha (fundador da dinastia Bourbon em Espanha;
também rei de Nápoles e da Sicília), filho de Luís, o “Grande Delfim” da França
e neto de Luís XIV da França; casado com
Isabel Farnésio,
princesa de Parma (enteada e sobrinha do príncipe Francisco Farnésio, duque de
Parma; herdeira do Ducado de Parma)
~
Filipe I, duque de Parma
(irmão de Carlos I de Parma, o primeiro da dinastia Bourbon no ducado, mais
tarde rei de Espanha, como Carlos III; Filipe e Carlos foram pais
respectivamente dos primos direitos e casados Maria Luísa de Parma e Carlos IV
de Espanha)
~
Fernando I de Parma
~
Luís de Bourbon e Parma, rei de
Etrúria, como Luís I (com a prima direita Maria Luísa Josefina de Bourbon,
duquesa de Lucca, filha de Carlos IV de Espanha e Maria Luísa de Parma)
~
Carlos II de Parma (antes, Luís II de
Etrúria)
~
Carlos III de Parma (com Luísa de
Bourbon-Artois, neta de Carlos X da França)
~
Roberto I de Parma (com Maria Pia de
Bourbon e Duas Sicílias, filha de Fernando II das Duas Sicílias, e com Maria
Antónia de Bragança, filha de Miguel I de Portugal)
Fernando I de Parma, irmão de Maria Luísa de Parma
(com Carlos IV de Espanha) e pai de (entre outros) Carolina de Parma (mãe de
Maria Josefa Amália da Saxónia, rainha consorte de Fernando VII de Espanha) e
avô de Carlos II de Parma (que recuperou o ducado italiano para a família Bourbon-Parma, depois dos duques nomeados
por Napoleão Bonaparte).
A descendência de Roberto I de Parma (último
soberano do extinto ducado) está na linha de sucessão dos pretendentes ao
ducado de Parma e ao trono espanhol.
Roberto
I de Parma ~
descendência
viva
Os Orleães foram uma das mais importantes famílias
da nobreza francesa, que alastrou a sua influência por toda a Europa,
descendentes dos reis francos e da dinastia Capetiana.
Note-se que os casamentos e filhos
apresentados não são exclusivos.
Sinal gráfico (&) usado para substituir a conjunção “e”
(representa a conjunção latina et).
O sinal (~) representa (filhos entre outros).